VENCENDO AS TENTAÇÕES

VENCENDO AS TENTAÇÕES

Mizael de Souza Xavier

As tentações revelam a nossa pequenez e a necessidade sempre constante e urgente de Deus. Quanto mais somos tentados, mais vivemos na sua dependência e buscamos a santidade. Passar por várias tentações nos torna humildes, porque é aí que nos vemos sem qualidades próprias, sem vantagem alguma sobre as outras pessoas. O presunçoso julga ser alguma coisa, até que a tentação bate à sua porta e lhe mostra que ele nada é, que sem Deus é incapaz de vencer mesmo os mínimos impulsos da sua carne ou as mais simples seduções do diabo. As tentações são como espelhos onde nos revelam como realmente somos, mas que também nos mostram a marca de Cristo impressa na nossa alma.

Diante das tentações não somente experimentamos o poder de Deus e a sua graça, como também somos instruídos e aperfeiçoados. As tentações vêm de dentro de nós mesmos (Mateus 7:20-23), porque cada um é tentado conforme a sua própria cobiça (Tiago 1:12-14). Todavia, se somos tentados de dentro para fora, também é de dentro para fora que vem o poder que nos sustenta: o Espírito Santo, que milita contra a nossa carne para que não façamos aquilo que desejamos (Gálatas 5:16,17). Como homem, o Senhor Jesus em todas aa coisas foi tentado como nós, embora sem a possibilidade de pecar (Mateus 4:1-11; Hebreus 4:15,16). Somente Ele é poderoso para nos socorrer em nossas tentações (Hebreus 2:18; 2 Pedro 2:9).

Existem quatro atitudes que se espera de um cristão diante das tentações, sejam elas o apelo dos seus apetites carnais ou tribulações que vêm provar a sua fé. Primeira: andar o Espírito e buscar nele os seus preciosos frutos (Gálatas 5:16-22). Segunda: sujeitar-se a Deus, porque assim o diabo irá bater em retirada (Tiago 4:7). Quanto mais submissos a Deus, menos propensos estaremos aos nossos próprios desejos carnais. Terceira: vigiar, não peder de vista o foco, mas permanecer firme na fé, uma fé prática e comprometida com Deus (Mateus 26:41). Quarta: confiar em Deus, porque Ele nos dará sempre um escape, uma forma de resistirmos às tentações (1 Coríntios 10:13). Tudo isso deve nos animar e nos fazer lembrar que já fomos redimidos dos nossos pecados, que a nossa natureza humana caída já está crucificada com Cristo. Nele vivemos e nele somos mais que vencedores.

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