quinta-feira, 2 de maio de 2024

OITO CONSELHOS A TODOS OS EVANGELISTAS


Oito conselhos aos evangelistas
(Mizael Xavier)

1. Tenha uma vida de oração

Mantenha uma vida de oração constante. Ore para que Deus te abençoe com sabedoria, ousadia, oportunidades e amor pelas almas que carecem de salvação. Ore pela conversão dos pecadores. Ore por todos os evangelistas e missionários. Ore para que Deus envie mais trabalhadoras para a sua seara.

1 Timóteo 2:8; Efésios 6:18; Colossenses 4:2; Romanos 12:12; Mateus 5:44; Lucas 10:2

2. Leia e estude a Bíblia

Aplique-se todos os dias à leitura e ao estudo da Palavra de Deus, para conhecer a vontade de Deus e praticá-la. Conheça profundamente esta Palavra para ter conteúdo na sua evangelização, para responder aos contradizentes e para combater as heresias. Estude para ser um obreiro aprovado, evangelista, fazedor de discípulos e discipulador.

1 Timóteo 4:13; 2 Timóteo 2:15; 3:16,17; Deuteronômio 6:6-8; Josué 1:8; Romanos 15:4; Atos 17:11

3. Seja santo

Como portador da mensagem do Evangelho, tenha um estilo de vida santo e exemplar, para dar bom testemunho aos de fora e não se tornar um tropeço para o Evangelho. Ande na verdade e seja praticante da Palavra. Imite o Senhor em todo o seu procedimento.

1 Pedro 1:15,16; Efésios 1:4; Hebreus 12:14; 1 Coríntios 7:1; 1 Tessalonicenses 4:3-7; Romanos 6:19

4. Prepare-se

A oração e o estudo da Palavra de Deus são fundamentais na preparação do evangelista. Além disso estude sobre evangelização, técnicas de evangelismo, o conteúdo da pregação, cuidados a serem tomados e outros temas pertinentes antes de sair em campo.

Efésios 4:14,15; 6:10-20; Tiago 1:6; Romanos 12:1,2; 1 Pedro 3:15

5. Planeje

Além de planejar orar, ler e estudar a Bíblia, viver de modo santo e preparar-se constantemente, planeje cada ação evangelística, levando em conta as condições do local, o público alvo e o encaminhamento dos convertidos ao discipulado na igreja local. Plenaje também os recursos financeiros, estruturais e logísticos.

Provérbios 15:22; 16:3; 24:3,4; Lucas 14:28

6. Pregue o Evangelho

Não pregue nada além do Evangelho da graça de Deus, chamando os pecadores ao arrependimento e alertando-os sobre a vinda do Senhor, o Julgamento final e a condenação dos ímpios, no inferno. Pregue a salvação pela fé em Jesus Cristo, jamais Teologia da Prosperidade.

Mateus 10:7; 1 Pedro 2:9; Romanos 1:16,17; 1 Coríntios 1:7; Gálatas 1:6-9; Atos 8:35

7. Trabalhe em equipe

Não trabalho sozinho. Monte uma equipe de evangelistas separados e capacitados para a obra. Inclua todos em cada um dos pontos anteriores. Faça reuniões periódicas para oração, treinamento e capacitação. Entretanto, esteja sempre preparado para as oportunidades solo.

Romanos 15:5-7; Salmo 133:1-3; Eclesiastes 4:9-12; Marcos 6:7; Lucas 10:1-24

8. Preste de contas

Como membro da igreja local, esteja sempre submisso ao seu pastor, mantendo-o informado de todo o processo e as ações evangelísticas, contando com seu apoio, orientação e orações.

1 Pedro 4,5; 5:1-4; Lucas 16:2; Filipenses 4:17; Mateus 18:24; Hebreus 13:17; Tito 1:6-9; 1 Timóteo 3:2-7

DICAS DE LEITURA:

"Influência Digital e Evangelização (IDE): comunicação, comportamento, relacionamento e evangelismo nas redes sociais"

"Missão: vocação e propósito, volume 1"

"Curso de formação de evangelistas"

"Missão Integral: evangelismo e responsabilidade social na dinâmica solidária do Reino de Deus"

"Agora eu sei: pequenas mensagens para evangelização"

"Novo método evangelístico dos cinco dedos"

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terça-feira, 23 de abril de 2024

NOVO NASCIMENTO


Estudo bíblico: novo nascimento

Texto: João 3:1-30

Mizael Xavier


I. Contexto anterior ( João cap. 1)


Nascimento de Jesus (1:1-14), testemunho de João Batista (1:15-31), batismo de Jesus (1:32-34), vocação dos apóstolos (1:35-21), bodas de Caná (2:1-12), purificação do templo (2:13-22), primeiras conversões (2:23-25).



II. Contexto posterior (João cap. 2)


Novo testemunho de João Batista confirmando o ministério de Jesus (3:22-36), com a repetição do ensino de Jesus a respeito da salvação e da condenação (3:36).



III. Quem era Nicodemos?


Membro do Sinédrio, do qual o apóstolo Paulo também fazia parte (Atos 23:1-24); intérprete e doutor da Lei (João 3:10). Protestou contra a tentativa de prender Jesus (João 7:50-52). Ajudou no sepultamento de Jesus (João 19:38-42).



IV. Explicando o texto


1. O início do diálogo entre Jesus e Nicodemos


Nicodemos vai ao encontro de Jesus na parte da noite. Alguns afirmam que é por conta dos seus afazeres diários ou mesmo da disponibilidade de Jesus. Outros afirmam que ele foi escondido, por causa da sua posição no Sinédrio e de receio da reação dos outros líderes judeus.


Nicodemos não introduz a sua fala com uma pergunta, mas com uma afirmação: "Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele" (3:2). Alguns estudiosos veem aqui a intenção de Nicodemos de inquirir o Senhor a respeito do Reino de Deus, de modo que a resposta de Jesus revelaria a sua presciência ao abordar diretamente o assunto.


Também podemos notar o contraste entre a posição de Nicodemos (mestre e doutor da Lei) e a necessidade do tema que o Senhor introduz: o novo nascimento. Os principais dos judeus eram bastante religiosos, mestres e cumpridores da Lei, a ponto de haver a seita dos fariseus. Eles se firmavam no fato de serem naturalmente filhos de Abraão e herdeiros da promessa, um direito, no seu entender, reservado apenas aos judeus.


O Senhor Jesus mostra que os filhos de Deus não pertencem a uma raça e a uma etinia específicas, mas todo aquele que nasce do Espírito é filho de Deus. Além disso, Ele revela como a religião pode ser inteiramente vã, uma vez que não produz vida e não salva o pecador.


2. O nascimento natural


O Senhor ensina ao mestre Nicodemos que existe um nascimento natural, mas que somente aqueles que nascem de novo poderão ver o Reino de Deus: "A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" (João 3:3). Neste nascimento natural estão todos aqueles seres humanos que vieram a partir da Queda, que estão manchados pelo pecado original, separados de Deus e espiritualmente mortos. Eles não podem buscar a Deus nem ter vida em si, mas precisam ser buscados por Deus para que a vida lhes seja dada.


3. O novo nascimento


O Senhor deixa bastante claro que o novo nascimento é uma obra do Espírito Santo, não algo que possamos produzir ou controlar: "Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo. O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito" (João 3:5-8). Da mesma forma como é impossível decidir para onde o vento deve soprar e controlar os seus feitos, também é impossível decidir pelo Espírito Santo, que obedece tão somente a soberana vontade de Deus.


Podemos fazer uma ponte entre João 3:1-30 e Gálatas 5:16-26, onde o apóstolo Paulo fala sobre os frutos da carne e o fruto do Espírito. O novo nascimento ensinado pelo Senhor é uma obra do Espírito Santo, que passa a habitar na vida daquele que Ele regenerou. O cristão convertido, como templo do Espírito Santo (1 Coríntios 6:19), deve viver no Espírito, não na carne, ou seja, em seus desejos pecaminosos. Se Jesus disse que quem não nascer do Espírito não pode ver o Reino de Deus, vemos que Paulo confirma isso, ao listar inúmeros pecados e afirmar: "não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam" (Gálatas 5:21). Ele ainda afirma que "os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências" (v. 24). Quem crucificou a carne, está morto para o pecado e vivo para Cristo (Romanos 6:10). Isto é o novo nascimento, a regeneração.


4. A salvação


O novo nascimento está diretamente ligado à salvação, o que já fica claro nos vs. 14 e 15, onde o Senhor diz: "E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna". Somente aqueles que nascem de novo são os que o Senhor salva. Não podemos entrar no Reino de Deus sem antes seremos regenerados por Ele. Os vs. 15 e 16 explicam a razão e a necessidade do novo nascimento, quando o Senhor diz: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele."


5. A condenação


Da mesma forma como existem aqueles que, pelo poder do Espírito Santo, nascerão de novo, também existem os que permanecerão mortos e não experimentarão a vida. Jesus deixa claro que uns serão salvos, mas que outros permanecerão condenados. Se existem os salvos, existem os não-salvos. O Senhor diz: "Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus" (v. 18).


6. A necessidade da fé


O que separa os salvos dos condenados é a fé em Jesus Cristo. Crer em Jesus é a chave da salvação. O próprio evangelista João afirma a respeito do seu Evangelho: "Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome" (20:30,31). Quem crê, tem a vida; quem não crê, não terá a vida.


7. O testemunho de João Batista


Em seu testemunho a respeito da veracidade, da importância e da excelência da pessoa e da obra de Cristo, João Batista repete o ensino do Senhor, ratificando as suas palavras, ao dizer: "O Pai ama ao Filho, e todas as coisas tem confiado às suas mãos. Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" (João 3:35,36).



V. O que significa "nascer de novo" ou "novo nascimento"?


A expressão "nascer de novo" é o mesmo que "nascer do alto" ou "nascer de cima", o que indica a sua natureza divina. O novo nascimento é o mesmo que "regeneração", quando o Espírito Santo atua poderosamente na vida do pecador, dando-lhe a vida verdadeira em Cristo. Conforme o texto de João 3:1-30 nos mostra, a regeneração é uma obra operada por Deus, não pela vontade ou esforços humanos. O primeiro nascimento é carnal, quando a mãe dá a luz ao filho. Todavia, esse nascimento carnal e natural, não nos liga a Deus, mas nascemos espiritualmente mortos, carecendo do novo nascimento para alcançarmos a vida com Deus e a redenção eterna.



VI. Sete pontos sobre o novo nascimento


1. Sua necessidade


Por causa da Queda, nascemos mortos em nossos delitos e pecados (Efésios 2:1). todos precisamos nascer de novo porque somos pecadores que carecem da glória de Deus (Romanos 3:23; 5:12-21).


2. Sua razão


A única razão para a necessidade e a possibilidade do novo nascimento é o amor de Deus, que, em Cristo, quer nos reconciliar com Ele (João 3:16; Romanos 5:8).


3. Sua fonte


Somos regenerados pela graça de Deus, mediante a fé em Jesus Cristo. Somente a graça pode trazer à vida quem está morto em seus delitos e pecados (João 3:16; 5:1-3; Efésios 2:8-9; 1 Coríntios 15:21-23; Atos 15:11; Romanos 11:5,6; Tito 2:11,12).


4. Seus meios


Todos os meios de regeneração são externos a nós e não estão sob o nosso controle. Eles são:


a) o Espírito Santo, como fica claro na conversa de Jesus com Nicodemos (João 3:4-8; 16:7-11; Tito 3:5; Ezequiel 36:25-27);

b) a ressurreição de Cristo (1 Pedro 1:3);

c) a Palavra de Deus (1 Pedro 1:23; Tiago 1:18).


5. Seus objetivos


O novo nascimento tem objetivos específicos. Estes são:


a) a própria regeneração em si (1 Pedro 1:3,23; João 3:6-8; 1 Coríntios 15:21-23);

b) a nossa reconciliação com Deus (2 Coríntios 5:18-20; Romanos 3:23,24; 5:10,11; 6:11; Colossenses 1:21-23; Efésios 2:13-18);

c) a adoção de filhos (João 1:12,13; 3:1; Romanos 8:14-16; 9:8,9; Gálatas 3:26,27; 4:4,5; Hebreus 12:7,8; 1 João 3:10; Efésios 1:5);

d) a salvação eterna (João 3:16-18; Romanos 5:7-10; 8:1,2; 10:9-13; Efésios 2:8,9; Atos 4:12; 2 Timóteo 1:9; Tito 2:11,12; Hebreus 9:27,28).


6. Seus resultados


Os resultados do novo nascimento são os seus objetivos espirituais e eternos, mas também são:


a) quando nascemos de novo, nós nos tornamos novas criaturas, novas criações (2 Coríntios 5:17; Gálatas 6:15);

b) a regeneração faz do salvo um novo homem (Efésios 4:22-24; Colossenses 3:9,10).


7. Seus propósitos


Os propósitos do novo nascimento também envolvem seus objetivos, bem como os seus resultados, mas também apresentam questões práticas da espiritualidade cristã:


a) santidade/santificação (1 Tessalonicenses 4:3-8; Efésios 4:22-24; 2 Pedro 1:4; Romanos 6:4-11; Colossenses 3:5-11; 1 João 3:9; 5:18; 1 Pedro 3:15);

b) serviço (João 12:26; Deuteronômio 13:4; Gálatas 5:13; 1 Pedro 2:16; Hebreus 9:14);

c) obras (Mateus 5:15,16; Efésios 2:8-10; 1 Coríntios 15:58; 2 Timóteo 3:16,17; João 6:28,29; Tiago 2:15-17);

d) frutos (Romanos 7:4; Gálatas 5:22,23; Mateus 3:8; Tiago 3:18; Efésios 5:8-10; Mateus 7:15-20; Lucas 8:11-15);

e) evangelização (2 Coríntios 3:6; 5:20; Marcos 16:15; 1 Pedro 2:9; 3:15; Mateus 28:29; Atos 1:8);

f) amor fraternal (1 João 3:14; 4:7-12; 5:1-3; João 13:34,35; Romanos 12:10; Colossenses 3:14);

e) verdade (Colossenses 3:9,10; 1 João 1:6; 2:27; 3:18; 3 João 1:4; Efésios 4:15; Filipenses 4:8);

f) obediência (Ezequiel 11:19,20; 36:25-27; Deuteronômio 5:29; João 14:15; Lucas 6:46; Tiago 1:22; 1 João 5:3,4; Efésios 6:1-5; Tito 3:1).


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