quinta-feira, 7 de março de 2013

AS FEIAS QUE ME PERDOEM, MAS BELEZA É FUNDAMENTAL!



AS MUITO FEIAS QUE ME PERDOEM

 

 

“As muito feias que me perdoem, mas beleza é fundamental”. Esta frase não é parte do ideário machista de uma sociedade reacionária e preconceituosa. Na verdade, ela é o prelúdio do poema “Receita de mulher”, do aclamado poeta Vinicius de Moraes. Com sua poética e sensibilidade indiscutíveis, Vinícius de Moraes nos dá uma receita saborosa do seu ideal de uma bela mulher, sem permitir meio-termo. Tudo deve ser belo e inesperado: seu rosto, seu olhar, sua boca, seu corpo (“Uma mulher sem saboneteiras é como um rio sem pontes”). É preciso que a mulher “Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação inumerável”. Até mesmo aquelas que não possuem a tal “saboneteira” gostam de se sentir assim: belas. Dificilmente alguém encontrará uma mulher que diga: “Eu sou feia, eu quero ser feia e você não se meta!”

Infelizmente, muitas mulheres lindas não se enquadram na seguinte descrição: “É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos 

Despontem, sobretudo a rótula no cruzar as pernas, e as pontas pélvicas. No enlaçar de uma cintura semovente”. Mas será que deixam de ser belas? Não está, porventura, o poeta criando um estereótipo da mulher ideal, o que transforma todas as demais, que não se enquadram em tal estereótipo, como não-ideais? Devo confessar: o poeta não está exagerando, porque a beleza é realmente fundamental. Mas de um modo geral, não é somente a beleza feminina que deve ser apreciada e cultivada, mas a beleza em todas as pessoas e em todas as coisas. Por mais preconceituoso que isso possa parecer, é cada vez mais verdade na nossa sociedade. É claro, existem aquelas pessoas que destoam completamente dos padrões modernos de beleza, e estas com certeza sofrem as consequências. Mas será que é correto esse pensamento?

Quando pensamos sobre a beleza ser algo fundamental – e aqui estamos falando, sim, da beleza exterior – devemos pensar também sobre para quem e para o quê ela é fundamental. Talvez possamos repetir aquele velho chavão “o que importa é a beleza interior”. Mas... importa para quem? Então de repente aquela pessoa “feia” por fora se revela ainda mais feia por dentro; aquela pessoa “linda” por fora se revela ainda mais linda por dentro. Então, talvez a questão seja bem mais complexas do que possa imaginar a nossa vã filosofia. Mas, deixando de lado o discurso hipócrita e demagógico que cunhou a frase “o que importa é a beleza interior”, e insiste em afirmar que beleza é uma questão cultural, vamos enumerar algumas razões para crer que o poeta estava absolutamente certo, que a beleza visível a olhos nus é fundamental. E não somente a beleza humana, mas tudo que gira em torno de nós. Que o leitor faça a sua crítica e decida seu próprio ponto de vista sobre o que é certo e o que é errado, se é que eles existem.

Como não sei até que parte do mundo poderá chegar este texto, cada povo deve pensar naquilo que é o padrão de beleza para a sua cultura, o seu meio. Com base nesse padrão – que o Brasil pode ser diferente daquela da África, que na Ásia pode ser bem diferente daquele dos Estados Unidos – leia o texto a seguir.

 

Ninguém quer ter filho feio

 Imagine um casal. A esposa está grávida e feliz com a chegada do primeiro filho. Então eles comentam com seus amigos: “Estamos tão ansiosos pela chegada do bebê”. Os amigos perguntam: “Já sabem se é menino ou menina”. E o casal responde; “Tanto faz, o que importa é que venha com saúde e seja muito feio”. Então eles compram os móveis mais veios, o enxoval mais feio e escolhem o nome mais feio (espera... neste caso alguns escolhem sim!). Se a criança vier “feia”, ainda assim eles dirão aos amigos: “Vejam como nosso filho é lindo!”. E os amigos dirão segurando suas caras de espanto: “Verdade, ele é uma gracinha”. Não tem jeito! Feiúra é uma questão de natureza, já vem embutida no nosso DNA. Quem, também, já ouviu falar de um casal que decidiu escolher o DNA do futuro filho (cor dos olhos, dos cabelos, etc.) e optou por uma criança feia? “Doutor, por favor, veja aí o doador mais feio que o senhor encontrar. Quero que meu filho seja feio de assustar!”.

 

Ninguém frequenta “salão de feiúra”

 Se o que importa é a beleza interior, porque os salões de beleza vivem lotados? Por que até mesmo a máscara que protege o rosto do COVID-19 tem de ser bonita e enfeitada? O milionário comércio de cosméticos é a prova viva de que todos concordam que “beleza é fundamental”. Imagine que a Avon, a Jequiti, a Natura, a Boticário ou aquela outra dos produtos “Ivone” resolvem criar uma linha de cosméticos totalmente voltada para o “enfeiuramento”. São produtos especializados em criar pontas duplas nos cabelos, engrossar as sobrancelhas, deixar a pele oleosa e cheia de acne, aumentar as linhas de expressão e os sinais da idade, expandir a sudorese, criar axilas cor de carvão e incentivar o chulé e o mau hálito. Será que esses produtos fariam algum sucesso? Será que revolucionariam a maneira como enxergamos a beleza humana? Que nada! As empresas abririam falência em poucos meses! Se você é mulher, imagine-se chegando ao salão de “beleza”, dizendo: “Mulher, pelo amor de Deus, olha só esse cabelo liso e sedoso! Dá um jeito de deixar ele ressecado e cheio de pontas duplas”.

 

Ninguém quer ficar feio

 Vamos fazer outra viagem com a nossa mente e imaginar a clínica do Dr. Frankenstein. Nela, qualquer pessoa com poder aquisitivo para pagar uma operação plástica pode optar por qualquer um dos seus procedimentos de “enfeiuramento”. Desde o aumento do tamanho do nariz até o acréscimo de uma bela papada e próteses de silicone para aumentar a gordura do abdômen e dos quadris. Inclusive, um dos procedimentos mais procurados na clínica do Dr. Frankenstein é o “enverrugamento narigal”, onde o paciente recebe implantes de verrugas cabeludas no nariz. Várias atrizes, inclusive, já fizeram tal procedimento e estão felizes e satisfeitas! Mas se o caso foi muito grave, o SUS pode oferecer o procedimento! Está claro que ninguém está disposto a pagar uma operação plástica caríssima para ficar feio ou alargar o estômago para ficar com suas formas ainda mais arredondadas. Que mulher deseja cobrir-se de varizes e celulites?

 

 Não existe a “moda da feiúra”

 Ao ir ao shopping, ninguém compra a roupa mais feia, o sapato mais feio, o brinquedo mais feio. Imagine-se indo a uma loja de departamentos, escolhendo uma roupa (vestido para as mulheres, calça jeans para os homens) e depois que experimentar, dizer: “Como essa roupa me cai mal! Ficou horrível! Apertada demais aqui, folgada demais acolá. Pareço uma jaca vestindo um pijama. Vou levar duas dessa!”. Então, sai todo feliz! Se formos pensar em questão daquilo que é “normal” (não se esqueça de reparar o “normal” entre aspas), ninguém jamais faria isso! Da mesma forma, ninguém quer morar na casa mais feia da rua mais feia e ter o carro mais feio na garagem mais feia. Para falar a verdade, até mesmo quando vamos fazer a feira escolhemos as frutas, as verduras e os legumes mais bonitos. Qualquer pontinho preto ou saliência, o produto é logo descartado. Quem quer ir mau vestido e feito à escola, à faculdade, à igreja, ao trabalho? Na medida do possível e de acordo com cada cultura, todos querem estar bem apresentados, e não é apenas por uma exigência social, mas por se sentir bem consigo mesmo.

 

Ninguém quer a casa feia

 Infelizmente, devido a questões sociais e econômicas, nem todos temos condições de ter aquela casa dos sonhos. Muitos moram de aluguel e outros em locais que nem podem ser chamados de casa, mas que são o seu lar: praças, viadutos, calçadas, etc. Algumas pessoas são obrigadas a se amontoarem em minúsculos cômodos feitos de material alternativo, às vezes com o mínimo de higiene, mesmo porque o esgoto passa logo em baixo. Mas quando podemos escolher onde morar? Quando temos condições de transformar o lugar onde moramos – mesmo alugado ou em um pequeno barraco – em algo bonito e prazeroso, será que não o faremos? Até hoje não via alguém desarrumar a casa e a deixá-la feia por puro prazer ou para receber uma visita, principalmente se a visita for bonita. Quem já contratou um arquiteto, um decorador ou um paisagista para transformar um ambiente do lar em algo feioso aos olhos? “Moço, esta parede está divina! Quero pintá-la de cor de burro quando foge para receber meus convidados”. Ao invés de flores no canteiro, muito mato. Quanto mais feito e mais desagradável, melhor! Não, as pessoas optam pelo belo, por quilo que faz bem aos olhos, traz satisfação e alegria.

 

 As redes sociais

 Quem anda muito pelas redes sociais não pode deixar de perceber o império da beleza. Quando a natureza não foi muito “generosa” com a pessoa, inúmeros aplicativos se encarregam de reparar tal “injustiça”. Alguns internautas aceitam a sua aparência e postam as suas fotos de forma totalmente natural, sem qualquer tipo de retoque no Photoshop ou outros aplicativos. Essas até merecem o nosso aplauso. Mas via de regra, ninguém quer aparecer feio na foto, com uma sujeira nos dentes, os olhos revirados, uma careta ou qualquer outro “fator feiúra”. E as fotos que mais viralizam são aquelas de homens e mulheres de uma beleza impecável. Quando a foto de uma pessoa feia, mas muito feia mesmo viraliza nas redes sociais, é porque carrega alguma piada de mau gosto sobre ela. As redes sociais são o palco da beleza, a passarela de tudo que é exterior, da aparência total. Aliás, algumas mulheres muito lindas pouco se esforçam para esconder o cenário detrás delas, que em alguns casos envolve uma casa desarrumada e suja. A maioria, graças a Deus, lembra desse detalhe e capricha na paisagem. Os homens não ficam atrás com seu físico sarado, seus brincos e colares. Com certeza ninguém acordará pensando: “Hoje vou postar aquela foto horrível que tiraram de mim naquele grupo de relacionamentos”. Outra característica das redes sociais que revela a importância da beleza exterior é o tipo de foto que muitos poetas e escritores usam para ilustrar os seus textos e poemas: pessoas lindas, loiras maravilhosas, ruivas esplendorosas, morenas estonteantes, homens novos e sarados, asiáticas que lembram anjos. Nunca, jamais alguém ilustrará um poema de amor com a foto de uma pessoa desdentada, obesa e de roupas surradas. Pode ilustrar um texto ou um poema de cunho social. Esta é a verdade.

 

AINDA HÁ MUITO MAIS ASSUNTOS. POR EXEMPLO:

Ninguém quer “fechar” numa festa sendo feio

A TV e o cinema investem na beleza

Os comerciais e propagandas pertencem aos belos

As empresas priorizam a boa aparência

Quem se importa?


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2 comentários:

  1. E a parte que diz que somos imagem e semelhança de Deus ?!
    Misericórdia !
    Que princípios são esses? Estão na bíblia ?

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    Respostas
    1. Creio que vc não leu o texto inteiro, muito menos o livro. O que falo é isso mesmo. Deus nos criou conforme a sua imagem e semelhança. Isso está no segundo texto do livro. Este primeiro apenas mostra a realidade do mundo. Obrigado pelo comentário. Deus lhe abençoe sempre

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