A igreja cristã mundial está vivendo
um momento de crise. Por um lado, nos países onde é proibido pregar o
Evangelho, os cristãos estão sendo perseguidos, presos e mortos; e por outro,
onde há liberdade de expressão e de culto, os cristãos se mostram frios. Dentro
desta problemática, numa coisa todos concordam: a igreja do Senhor necessita de
um avivamento espiritual urgente! Somente isto poderá resolver os diversos
problemas enfrentados pela igreja dentro da sociedade em que está inserida e
entre seus próprios membros. Sem avivamento espiritual, sem uma entrega total e
incondicional a Deus, é impossível à igreja glorificar a Deus, crescer e
cumprir cabalmente com o seu papel de testemunha do Evangelho de Cristo.
Mas como se dá o avivamento
espiritual na igreja e na vida do cristão? Cada igreja, cada pregador tem a sua
fórmula teológica para chegar ao avivamento, e elas parecem variar de acordo
com as épocas e conforme a tradição de cada denominação. No início da igreja
cristã, no livro dos Atos dos Apóstolos, alguns afirmam que ele veio através
dos dons do Espírito Santo, principalmente o falar em línguas. Na Coréia, a
maior igreja do mundo experimentou o avivamento através da oração. Em outras
épocas as pessoas passaram a testemunhar mais de Cristo e esse fator despertou
a igreja. Desta forma, uns afirmam que o avivamento vem através da manifestação
dos dons espirituais, outros afirmam que somente pela oração, outros conclamam
os cristãos a serem verdadeiras testemunhas de Cristo, outros falam em perdão,
em dar o dízimo, em investir em missões.
Todavia, embora as soluções
apresentadas sejam diversas e pareçam apontar para lados diferentes, todas
convergem a um só ponto, pois todas estão corretas. O que não está correto é
pensar que o avivamento espiritual se dá através de um fato desses isolado.
Ele, na verdade, envolve todas as dimensões da vida cristã pessoal e
eclesiástica. O avivamento espiritual genuíno opera no ser humano físico,
emocional, social e, acima de tudo, espiritual; ele é desencadeado em todas as
áreas da sua vida, principalmente nos seus relacionamentos.
Mas quando buscamos o avivamento
espiritual não podemos esperar que ele surja durante um culto de avivamento,
nem podemos estabelecer regras e práticas para que ele aconteça na vida da
igreja. Quando dizemos que a igreja precisa orar para receber o avivamento,
estamos tratando de coisas periféricas. A oração não deve ser a chave do
avivamento, mas fruto de uma igreja avivada. Da mesma forma, quando insistimos
que através da caridade o avivamento pode nascer, também estamos olhando apenas
de longe a questão, porque caridade não é um princípio do avivamento, mas
também um fruto. O mesmo podemos pensar do evangelismo, do envolvimento com a
obra do Senhor e tantas outras coisas.
O avivamento espiritual não é um ato
isolado. Para que o recebamos ao adiantam cultos pentecostais, o dia “D” do
avivamento. O avivamento é uma decisão que tomamos hoje e que praticamos todos
os dias. Avivamento é diário e não tem haver com a liturgia da igreja, embora
ela possa colaborar. Avivamento é uma obra que o Espírito Santo produz no nosso
coração, e não algo que possamos fazer por nós mesmos. E essa obra é
exclusivamente pela graça de Deus, não por mérito nosso. O nosso mérito está
unicamente em anularmos a nossa vontade para dar lugar a vontade de Deus em
nós.
Avivamento e
espiritualidade
Não há como entender o avivamento
espiritual sem antes compreendermos o que realmente é espiritualidade. Mas
antes de entendermos o que a Palavra de Deus nos fala a cerca da verdadeira
espiritualidade, é importante que conheçamos algumas doutrinas erradas que nos
dizem o que é ser um crente espiritualmente avivado. Essas doutrinas, como
veremos a seguir, englobam normalmente dois erros: 1) achar que a
espiritualidade é mérito nosso; 2) tentar alcançar a espiritualidade e o
avivamento através de práticas meramente exteriores, como se elas fossem
capazes de transformar o nosso coração.
Oração
de fogo
Um engano lamentável praticado por
muitas igrejas pentecostais é achar que o simples fato de uma pessoa orar em
voz alta, de maneira exaltada, gritando glória e aleluia mostra que ela é
altamente espiritual, que está na unção, no fogo do Espírito. Se pararmos para
prestar atenção a essas orações, encontraremos muito pouco de Bíblia e da
vontade de Deus. As declarações de fé normalmente são acompanhadas de “eu
declaro”, “eu decreto”, eu rejeito”, “eu não aceito”, “eu profetizo”, “eu
exijo” e tantos outros “eus”, como se o
crente que ora fosse o próprio Deus.
Orar dessa forma não demonstra
espiritualidade nem avivamento. Os fariseus eram mestres nesse tipo de oração,
em pé nas esquinas e sinagogas, com as mãos levantadas para serem observados
pelos homens (Mateus 6:5). A eles o Senhor Jesus chamou de hipócritas. Com isso
não queremos dizer que os crentes que oram assim não o estejam fazendo com
sinceridade de coração e em verdadeiro espírito de adoração, mas apenas que
isso não deve servir de termômetro para medir a espiritualidade do crente.
Não é a oração que traz a
espiritualidade, mas a espiritualidade é que leva o crente a orar. Nós não
oramos para sermos mais espirituais, mas oramos porque somos espirituais. E
esta oração nem sempre é acompanhada de lágrimas, gritos de exaltação, línguas
estranhas, mas com certeza de um coração sincero que busca manter comunhão com
Deus, reconhecendo a dependência dele, glorificando o seu Nome Santo e buscando
viver na sua vontade.
Modismo
Olhando para a história da igreja
poderemos encontrar vários momentos em que grandes avivamentos aconteceram. Em
cada época este avivamento ocorreu de uma forma diferente. Hoje, quando
continuamos em busca de uma vida espiritual mais próxima de Deus – como se
pudesse existir algum tipo de espiritualidade longe do Senhor – o avivamento
continua na moda. As igrejas estão sempre realizando cultos, seminários e
cruzadas de avivamento, cada um enfocando um aspecto diferente.
O mais interessante é que sempre há
uma mudança de paradigma para o avivamento. Hora enfatizasse a necessidade de
uma vida intensa oração, logo depois a ênfase é dada ao evangelismo; mais tarde
o dom de línguas é colocado como símbolo seguro do avivamento de poder; amanhã
o avivamento virá com a prosperidade. Daqui há mais um tempo as curas
milagrosas e as libertações de possessão demoníaca serão outro paradigma, que
certamente será trocado posteriormente pelo asceticismo ou pela exaltação ao
conhecimento.
Todavia, avivamento não é algo que
está na moda, que muda de acordo com as diferentes épocas e culturas. O
avivamento é somente um: a necessidade do homem de arrepender-se dos seus
pecados e buscar o perdão de Deus e uma vida santa na Sua presença. E isso é
algo que o crente deve buscar todos os dias, por mais que esteja certo de estar
nos caminhos do Senhor. Assim como as misericórdias do Senhor se renovam a cada
amanhecer, a nossa dependência dele também deve se renovar. Devemos estar
sempre atentos a nós mesmos, nos policiando, nos examinando, aceitando a Jesus
todos os dias.
Falar
em línguas
Para
muitas denominações, o dom de línguas é superior a todos os outros dons, ao
contrário do que afirma a Palavra de Deus através do apóstolo Paulo (1
Coríntios 14:1-19). Essas denominações acreditam que somente quem fala em
línguas está cheio do Espírito Santo, que um crente que fala em línguas é mais
espiritual que os outros, que para o crente exercer um ministério na igreja
precisa falar em línguas, que falar em línguas significa “revestimento de
poder”, que falar em línguas significa que o crente foi batizado no Espírito.
Falar
em línguas, conforme vemos na Palavra de Deus, nunca foi um sinal de avivamento
espiritual ou mesmo de espiritualidade. A igreja de Corinto se gabava por ter
todos os dons, principalmente o dom de línguas, e Paulo os chamou de carnais (1
Coríntios 3:1-3). E esses crentes de Corinto, “revestidos de poder”, praticavam
toda sorte de pecados na igreja (cf. 1 Coríntios, capítulos 5 e 6). Ora, será
que esses pecados praticados pela igreja de Corinto, que falava muito em línguas
estranhas, eram sinal de avivamento?
Não
somente o dom de línguas, mas nenhum dom nos torna mais espirituais, pois ele
não é dado por merecimento, mas conforme a vontade do Espírito (1 Coríntios
12:1-11). Dons espirituais são “coisas controladas ou caracterizadas pelo
Espírito” (do grego ton pneumatikon).
Os dons não são dados em proporção à santidade ou qualquer outra coisa, por
isso não podemos afirmar que alguém que possui o dom de línguas ou outros dons
é mais espiritual que os outros. São dons da graça (carismáticos), não há
mérito.
Um
dos textos utilizados para argumentar que o derramamento do Espírito tem haver
diretamente com o dom de línguas e que esse está ligado ao avivamento
espiritual é Atos 2:1-4. Todavia, esse texto não fala de avivamento espiritual,
mesmo porque o Espírito ainda não havia descido para que alguém fosse mais ou
menos espiritual que carecesse de avivamento. Aqui trata-se da descida
definitiva do Espírito Santo sobre a igreja prometida por Jesus (João 14:16,26;
15:26; 16:7). A partir daquele momento o Espírito Santo passaria a habitar para
sempre o coração do crente (1 Coríntios 3:16; 12:13,14), atuando dentro dele
(João 14:17) e capacitando-o na obra para qual o Senhor o chamou (Efésios
2:8-10).
Reduzir
o avivamento espiritual a simplesmente falar em línguas estranhas, é tratar o
problema de uma forma extremamente superficial e legalista. Falar em línguas
não promove santidade nem mudança de caráter. O dom em si não tem essa função,
mas foi feito para a edificação do corpo de Cristo. Seria mais correto ligar o
avivamento a manifestação do fruto do Espírito. Isso de fato causa
transformação de caráter, de vida; isso chama o homem ao arrependimento, a uma
vida de total entrega aos pés do Senhor, à dependência do Espírito. Talvez seja
por isso que muitos preferem demonstrar a sua poderosa espiritualidade e o seu
grande avivamento simplesmente falando em línguas estranhas; é mais fácil e
cômodo.
Culto de cura e
libertação
Já falamos sobre os vários cultos e
cruzadas de avivamento que sempre são realizados por diversas denominações
espalhadas pelo mundo. Todavia, se entendermos avivamento como a necessidade de
um retorno ao primeiro amor através do arrependimento e da conversão – porque
muitos crentes precisam rever sua conversão – descobriremos que esses cultos
não produzem o que prometem, apenas envolvem as pessoas numa atmosférica
mística, puramente emocional, que não efetua mudança alguma no seu caráter.
Não há como negar o fato: se
precisamos de avivamento é porque estamos mortos ou morrendo. E se nos achamos
assim, é porque certamente estamos em pecado. Todavia, quando ligamos a
televisão e assistimos a alguns cultos evangélicos, percebemos que as pregações
giram em torno de tudo, menos do arrependimento. As pessoas entram em um tipo
de transe e começam a pular, bater palmas, cair ao chão, se “manifestar”,
chorar e tantas outras coisas para se libertar de algo que um simples
arrependimento e pedido de perdão a Deus já resolveria.
Não adianta culto de cura e
libertação da inveja, da maledicência, da avareza, da desonestidade, do
adultério, da prostituição, do ódio, da rebeldia, da preguiça, da idolatria. O
único modo de nos libertarmos de todas essas coisas e sermos crentes avivados,
cheios do Espírito Santo de poder é reconhecendo nosso pecado, nos
arrependendo, pedindo perdão a Deus e procurando viver uma vida nova.
Resumindo: transformação de caráter. Para isso não precisa um culto de cura e
libertação, pois nenhuma oração pode transformar a vida de quem não quer ser
transformado, de quem não reconhece o seu pecado nem se dispõe a mudar.
Esses cultos se constituem numa
tentativa inútil de trazer a transformação de fora para dentro.
Prática do jejum
Outra concepção errada de
espiritualidade e avivamento é o asceticismo. Fazer jejum nunca se constituiu
como doutrina da espiritualidade. Ao contrário, Jesus condenava os fariseus
pela prática do jejum como uma forma de se mostrarem mais espirituais do que os
outros (Mateus 6:16). Dr. Shedd nos diz que “O jejum não é condenado se tiver
como alvo o aproximar-se de Deus e a negação de si mesmo.” (comentário da
Bíblia Snedd). Esse aproximar-se é a busca pela espiritualidade e não a
espiritualidade em si.
O jejum não é um mandamento como
prática da espiritualidade. Se jejuar trouxesse uma maior espiritualidade ao
crente, essa perderia o seu sentido, pois seria por merecimento e esforço
pessoal. Todavia, ela é efetivada tão somente pelo mover do Espírito na nossa
vida, nos purificando e nos capacitando a permanecer fiéis a Deus. Em tempos de
crise, quando queremos nos sacrificar em oração, o jejum é bem-vindo (Atos 9:9;
13:2,3; 14:23). Mas o que Deus espera de nós é um ato de fé e confiança nele,
não asceticismo.
Gíria evangélica
Não
é errado que, ao aceitarmos a Jesus e passarmos a freqüentar uma congregação e
a ler a Bíblia, o nosso vocabulário sofra alguma mudança, pois acabamos nos
impregnado com a novidade de vida que o Evangelho nos dá. Nosso linguajar muda,
principalmente no que diz respeito às palavras torpes (Efésios 4:29) e a
linguagem obscena (Colossenses 3:8). Mas alguns crentes querem impor sobre os
outros uma “gíria evangélica”, afirmando que o crente deve falar assim para ser
verdadeiramente espiritual. Logo, não se contentam com um simples bom dia e se
iram se o irmão não lhe disser A paz do
Senhor, ou Graça e paz, ou A paz, ou Deus te abençoe.
Nos
cultos públicos, a espiritualidade dos irmãos é medida pela quantidade de “Ô glória! Aleluia! Glória a Deus!”, que
falam, mesmo que mecanicamente, sem verdade e vida. Diante do inimigo, da
doença e da tribulação o crente grita: Está
amarrado, em nome de Jesus! Está repreendido! O sangue de Cristo tem poder!
Ao orar o crente declara: Eu profetizo! (mesmo
sem ter o dom de profecia), Eu declaro! (mesmo
sem ter obtido revelação se Deus já declarou aquilo no céu), Eu não aceito! (sem antes se questionar
dos propósitos de Deus para aquela situação).
Estas
gírias denunciam um cristianismo meramente exterior. As pessoas acabam vivendo
uma espiritualidade de aparência, achando que falar essas coisas e agir dessa
forma as torna mais espirituais que as outras. Isso não é avivamento, mas
apenas uma mudança no vocabulário.
Legalismo
Muito se tem falado sobre o assunto
espiritualidade, e na maioria das vezes a discussão gira em torno de temas mais
ligados a práticas legalistas do que à espiritualidade propriamente dita. Os
pregadores legalistas estão sempre tentando perfazer um caminho inverso, isto
é, ao invés de buscarem a espiritualidade de dentro para fora, insistem em
trazê-la de fora para dentro. Através de proibições e ordenanças esperam tornar
as pessoas mais espirituais, o que tem ocasionado uma religiosidade hipócrita e
uma fé infantil e débil.
Toda teologia da espiritualidade
precisa ser fiel à Palavra de Deus. Quando nos esquecemos da Palavra de Deus,
quando permitimos que a cultura e a nossa tradição religiosa dite as regras,
acabamos nos distanciando da real vontade de Deus para nós e nos apegamos a
formas externas de piedade cristã. Mas o próprio conceito de espiritualidade já
vem intrínseco na palavra: “espiritual”. É algo que existe dentro, e não fora,
de modo que não existe nada que possamos fazer, nenhuma roupa que possamos
vestir que nos torne mais ou menos espiritual.
A espiritualidade é uma obra do
Espírito Santo no coração do crente, e não algo que possamos obter por nós
mesmos, pois somos de natureza carnal, pecaminosa. Somente a graça de Deus em
nós pode nos tornar espirituais. É algo que vem de dentro para fora, e não o
contrário.
Usar um terno alinhado, orar de mãos
levantadas, dizer Aleluia o tempo todo, não torna ninguém mais ou
menos crente, a não ser que tudo isso seja fruto de um coração transformado,
que arda de amor por Jesus, um coração que entende que o motivo da sua
existência e a essência do seu chamado é a glorificação de Deus. Um crente
sincero e piedoso, um verdadeiro adorador, é alguém que vive o ideal de João
Batista: “Convém que ele [Cristo] cresça e que eu diminua.” (João 3:30). A
tradição e o legalismo, ao contrário, exaltam o homem por suas práticas
exteriores e condicionam a vontade de Deus às suas doutrinas antibíblicas,
inflando o ego do crente e apagando do seu coração a imagem de Jesus.
Quando buscamos o avivamento
espiritual através dessas práticas legalistas, estamos apenas tentando maquiar
o pecado, dando-lhe um ar de piedade.
Há dois mil anos atrás Jesus já
combatia esse tipo de religião feita de práticas exteriores, usadas para
esconder um interior sujo e fétido, como sepulcros caiados. Os fariseus talvez
sejam a fonte de inspiração dos que criam tradições e legalismos nas igrejas
(cf. Mateus 23 e Lucas 6 e 11). Deus não está preocupado com essas coisas, Ele
está mais preocupado com o nosso interior, com a nossa santidade. Ele quer ver
os seus filhos se santificando, amando uns aos outros fraternalmente, cumprindo
os seus mandamentos, pregando a sua Palavra, glorificando o seu Nome Santo.
Existe um único culpado por detrás
disso tudo, além do diabo: a falta de conhecimento da Palavra de Deus. Os
crentes não lêem e Bíblia, não a estudam. É mais fácil aceitar as coisas como
são, crer que o que o seu líder fala é o correto e não há mais o que ver. É
tudo muito superficial e acaba-se engolindo qualquer coisa, como os crentes da
Galácia (Gálatas 1:16-9; 3:1-5). Ao contrário disso, deveríamos ser todos
crentes bereianos, recebendo a doutrina que nos é pregada e examinando as
Escrituras para ver se de fato as coisas são realmente assim ou se estamos
dando ouvidos a heresias (Atos 17:10,11).
A verdadeira
espiritualidade
Muitas denominações ao clamar por
avivamento pedem pela descida do Espírito Santo, pela unção do Espírito, pelo
enchimento do Espírito, pelo batismo do Espírito. Todavia, o Espírito Santo já
foi enviado por Jesus quando Ele subiu aos céus (João 14:16; Efésios 4:8) e
derramado plenamente sobre a igreja no dia de Pentecostes (Atos 2:1-4). Assim
que cremos recebemos o Espírito Santo (Romanos 5:5; 1 Coríntios 6:19) e nele
fomos batizados pela graça, por meio da fé. A unção (o Espírito que vem do
Santo, cf. 1 João 2:20) todos nós já recebemos quando cremos.
O problema é que muitos crentes vivem
na carne e não no Espírito, por isso não se sentem revestidos de poder. Eles
conseguem enxergar o mover do Espírito apenas quando estão falando em línguas
ou quando os cegos vêem e os cochos andam, mas não conseguem olhar para dentro
de si e enxergar a necessidade de uma mudança interior, transformando corações
endurecidos pelo pecado em corações de carne, tirando a sua vida da letargia
espiritual e colocando-a a serviço do Reino de Deus.
A unção e o revestimento de poder já
nos foram dados quando cremos. Agora compete a nós buscarmos as coisas que são
do alto, onde Cristo vive, fazendo morrer a nossa natureza terrena para que o
novo homem, revestido da personalidade de Cristo, se faça presente em nós,
segundo a imagem daquele que o criou (Colossenses 3:1-11). Se morremos com
Cristo, os rudimentos do mundo já não tem mais poder sobre nós (2:20-23).
A verdadeira espiritualidade não parte
de ações externas e legalistas, incapazes de transformar sinceramente o nosso
interior. Elas partem de dentro, do Espírito Santo que habita em nós e nos
transforma por completo.
O
problema do pecado
O pecado nos separa de Deus e nos
torna carnais. A graça nos reaproxima de Deus e nos torna espirituais. Essa
graça se manifesta salvadora aos homens através do amor com que Deus nos amou e
a si mesmo se entregou por nós. Espiritualidade é, portanto, a manifestação do
amor salvador de Deus na nossa vida, libertando-nos do homem carnal para que
vivemos em novidade de vida como seres espirituais.
Quando pecamos e não nos arrependemos,
mas insistimos no pecado numa atitude de clara rebeldia contra Deus, abrimos
mão dessa vida na graça e voltamos a ser carnais. Se somos espirituais devemos
andar no Espírito e não na carne. Mas pelo fato de não andarmos no Espírito é
que nos tornamos carnais e necessitados de avivamento, pois o amor a Deus se
esfria em nós.
Ao criar Adão e Eva, Deus lhes deu a
oportunidade de uma vida perfeita ao lado Criador. Não existia o pecado e eles
viviam em perfeita harmonia com a criação e com Deus. Mas pela sua
desobediência foram expulsos do paraíso preparado por mãos divinas e passaram a
viver do suor do próprio rosto, em meio às agruras de um mundo caído. Além de
levarem consigo o peso da sua culpa, Adão e Eva passaram a amargar uma vida
destituída da graça de Deus. Além disso, a sua atitude repercutiu em todas as
eras da História humana, pois por causa deles o pecado entrou no mundo e pelo
pecado a morte.
Mas
que morte é essa que entrou no mundo após a queda do homem? Duas mortes: a
morte física, que não existiria se não houvesse pecado, e a morte espiritual: o
homem destituído da comunhão com Deus. A primeira morte – a física – sem Jesus
leva o pecador a experimentar a segunda morte (Apocalipse 21:8). Mas a morte
espiritual leva o crente para longe de Deus. E é isso que o avivamento pretende
restaurar: a vida do crente. Não a sua conta bancária ou a cura para as suas
úlceras, mas a sua vida espiritual, a sua comunhão com Deus.
O dom perfeito
Em termos gerais, como já vimos, a
igreja necessita de avivamento espiritual porque se encontra em pecado,
entregue a uma vida sem o sabor do Espírito Santo, morta, parada. É uma igreja
que abandonou o primeiro amor (Apocalipse 2:4,5). Logo, a única coisa que trará
concerto para ela é o amor, que cobre multidão de pecados (1 Pedro 4:8). Sim, é
o amor a mola mestra da vida cristã; é ele quem nos gera, nos faz nascer para
Deus e nos dá crescimento espiritual. Quando inquirido sobre o maior de todos
os mandamentos, Jesus de pronto respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo
o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande
e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: amarás o teu próximo
como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas”
(Mateus 22:34-40). Além disso, Jesus nos apresentou um novo mandamento: “Novo
mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que
também ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se
tiverdes amor uns pelos outros” (João 13:34,35; cf. tb. 14:15).
O amor é o centro da mensagem
cristã, da Palavra de Deus. É ele que move todas as coisas. Sem amor, toda
sorte de males recai sobre o cristão e a igreja. Desse modo, podemos crer que a
igreja só experimentará o genuíno avivamento espiritual quando se entregar
incondicionalmente ao amor de Deus e permitir que ele a transforme de todas as
formas, pois o amor é o dom supremo (1 Coríntios 13). Muitos buscam os dons
espirituais, mas esquecem-se que eles não subsistem sem o amor.
Vejamos, então, como o amor está em
tudo, antes de tudo, acima de tudo, cria tudo e move tudo:
- Deus
é amor em toda a sua essência (1 João 4:8). Ele não sente amor, Ele é o próprio amor. Desde o momento
da criação de todas as coisas visíveis até os dias de hoje, Deus tem
manifestado de todas as formas o seu amor por nós e tem nos cobrado que
vivamos esse amor. Quando deixamos de viver o amor de Deus, já não estamos
em comunhão com ele, e sem essa comunhão, não há como conhecer sua vontade
e praticá-la. Se Deus é amor, para o cristão estar cheio de Deus é preciso
que ele esteja cheio de amor. E se a Trindade é Deus, toda ela se
manifestará na vida da igreja através do amor.
- O
mandamento de Deus é o amor (Mateus 22:34-40). Toda a Lei e os Profetas
convergem num só ponto: o amor em suas três dimensões: a Deus, ao próximo
e a si mesmo. Quando negligenciamos este amor, deixamos de cumprir os
mandamentos de Deus, esfriamos, andamos conforme a nossa própria vontade,
nosso entendimento humano e pecaminoso.
- O
fruto de Espírito Santo é o amor (Gálatas 5:22). É o amor que produz
frutos na vida do cristão para o seu crescimento e fortalecimento
espiritual. Qualquer outro fruto que não tenha como base o amor é pura
hipocrisia. Sem a chama do amor no seu coração, o cristão é incapaz de
frutificar na obra de Deus. Se a igreja tem sentindo falta de
misericórdia, deve orar a Deus para que viva no amor e a misericórdia virá
em seguida.
- É o
amor que nos identifica com Cristo (João 13:55; 14:23,24). Não são os dons
espirituais nem as obras de caridade que mostram ao mundo nosso caráter
cristão, mas o amor.
- Foi
por amor que Deus nos enviou seu Filho para morrer por nós (João 3:16;
Romanos 5:8).
- O
amor é o que nos une a Deus, que mantém viva a nossa comunhão com Ele
(Romanos 8:39). Uma das primeiras coisas que perdemos quando o amor se
esfria dentro de nós é a comunhão com Deus, seja pela oração, pela leitura
da Palavra ou pela comunhão com o corpo de Cristo, que é a igreja
(Filipenses 2:1).
- O
cristão é edificado pelo amor (1 Coríntios 8:1), muito mais que pela
sabedoria ou qualquer outro fator. O saber é necessário, principalmente no
que diz respeito ao conhecimento de Deus e da sua vontade, mas esse saber
sem amor torna o homem soberbo (1 Coríntios 8:1; cf. 13:4).
- A
perfeição, que deve ser buscada diariamente pelo cristão em todas as
dimensões da sua vida, é efetivada através do amor (Colossenses 3:14; 1
João 2:5; cf. tb. 1 Coríntios 13, o dom perfeito). Sem amor, os próprios
dons espirituais para nada servem. É o amor que edifica a vida cristã.
- É o
amor que prova que conhecemos a Deus e nascemos dele (1 João 4:7,8). Sem
amor nos tornamos estranhos a Deus. Não é pelas suas obras ou pelos seus
dons que o cristão mostra que é de Cristo, mas guardando os seus
mandamentos, acima de tudo o amor. Muitos virão naquele dia e exporão a
Deus as suas obras, mas serão rejeitados, pois suas obras eram iníquas
(Mateus 7:15-23).
- Um
dos impedimentos do nosso crescimento espiritual é o medo, e o amor lança
fora o medo (1 João 4:18). O amor desimpede o cristão de tudo aquilo que o
prende: medo de amar, medo de servir, medo de deixar o pecado costumeiro
de lado, medo de abrir mão do próprio eu, medo da repreensão de Deus, medo
de comprometer-se com o Evangelho.
Quando o amor está ausente, a comunhão
com Deus, com Jesus Cristo e com o Espírito Santo fica comprometida. Sem amor
ao Deus que perdoa não há arrependimento, portanto não há remissão do pecado;
sem amor a Cristo, seu sangue não nos purificará; sem amor ao Espírito Santo, o
amor de Deus não será derramado sobre nós (Romanos 5:5). Isto é, sem amor,
resta apenas a vontade da carne (Gálatas 5:16,17), que é o pecado e que esfria
o cristão e a igreja.
O cristão frio, longe da vontade de
Deus, deixa de fazer algumas coisas importantes, tais como:
- Orar,
demonstrando, assim, falta de amor a Deus e falta de fé, e falta de amor
ao próximo, que deixa de receber a sua intercessão.
- Ler
a Palavra, dando demonstração clara que não crê em Deus nem necessita dos
seus ensinamentos.
- Participar
da vida ministerial da igreja, não orando pelos dons nem desejando saber
seu ministério para a edificação do corpo de Cristo e a grande comissão.
- Dar
o dízimo, pois sem amor à obra e ao Deus da obra não há compreensão da
importância do dizimo para a sua manutenção.
- Buscar
os dons espirituais ou exercê-los sem amor, o que os torna vazios.
- Evangelizar,
deixando de cumprir a função áurea para a qual foi chamado. Os que agem
assim sabem que não devem amar o mundo e acham que também não devem amar
as pessoas que há nele. Mas Deus amou o mundo (João 3:16) e nos pede que
não amemos “o mundo”, nem “as coisas que há no mundo”(1 João 2:15), mas
nada fala sobre as pessoas, pois elas precisam ser amadas e cuidadas.
- Perdoar,
pois seu coração fica endurecido, orgulhoso. E sem perdoar o irmão e o
próximo, o cristão fica impossibilitado de receber o perdão de Deus
(Mateus 6:14,15; 18:23-35). Como estar vivo na igreja sem perdão?
- Dar
frutos para Deus (Efésios 2:8-10). Se o fruto do Espírito é o amor, como
seremos férteis sem amar?
- Manter
comunhão com os demais irmãos no partir do pão e na vida comum cristã. Sem
amor o que resta é uma vida egocêntrica.
- Chorar
com os que choram e se alegrar com os que se alegram. A falta de amor
torna as pessoas insensíveis aos problemas e tristezas das outras e
incapazes de compartilhar suas alegrias.
Ainda muitas outras coisas acontecem
de errado ou deixam de acontecer como
deviam
por falta de amor. As heresias entram na igreja, os falsos profetas são
aceitos, casamentos são desfeitos, não há respeito e obediência aos líderes, o
mundanismo toma lugar da vida de santidade, o mundo exerce mais influência na
vida do cristão do que as coisas do alto. Sem amor cresce os pecados de
mentira, de inveja, de competição, de discórdias e facções. Sem amor o cristão
torna-se apenas um número no rol de membros da igreja e esta deixa de cumprir o
seu papel espiritual e social. Sem amor não há caridade.
Se o amor é a solução e a sua falta
é o problema, o que o cristão deve buscar é uma vida repleta do amor de Deus.
Somente assim o avivamento entrará verdadeiramente na igreja e ela crescerá, em
qualidade e quantidade. Assim como tudo na vida, o amor deve ser uma decisão
que se deve tomar. O cristão decide amar e passa a trilhar este caminho. E se o
amor significa avivamento espiritual, experimentar este avivamento é uma
decisão que deve ser tomada, e os próximos passos virão.
Mas não basta amar, é preciso amar da
maneira correta, que é a maneira de Deus. Como foi dito no princípio, o amor
engloba todas as dimensões da vida cristã, e Mateus 22:34-40 nos mostra a quem
este amor deve ser direcionado: Deus, o próximo e a si mesmo. E não podemos
esquecer: é o amor de Deus que efetiva o avivamento na nossa vida, não o amor
humano, falho, interesseiro. Não há avivamento fora do amor de Deus.
Mas como amar a Deus, ao próximo e a
si mesmo?
Como amar a Deus?
Todos concordam que o cristão deve
amar a Deus acima de todas as coisas, acima de si mesmo. O que muitos não sabem
é de que forma Deus deve ser amado. Amar a Deus é algo muito abstrato se não
pensarmos esse amor em questões práticas. O amor não deve ser apenas um
sentimento, algo que mexe com a nossa emoção, que nos leva às lágrimas, mas
deve se fazer presente nos nossos atos. Amar a Deus, portanto, significa
demonstrar esse amor através da nossa vida, dos nossos atos; mostrar
exteriormente algo que já aconteceu dentro de nós.
Existem algumas formas de
demonstramos o nosso amor a Deus:
- Crendo. Muitos querem experimentar as
bênçãos de Deus, mas não querem viver debaixo da vontade do Deus da
bênção. Acreditam em Deus na medida em que Ele supre as suas necessidades,
e O esquecem quando se faz a bonança. Existem muitos cristãos incrédulos,
que duvidam do poder de Deus, que estão dentro da igreja, mas não
acreditam fielmente nas suas doutrinas. Se amamos a Deus, cremos nele, na
sua Palavra e na força do seu poder. E crer em Deus significa viver para
Ele e segundo sua santidade que opera em nós pelo seu Santo Espírito.
(Salmo 119:66; Marcos 16:16; João 3:36; 5:24; 14:1; 12:44; Romanos 1:16;
4:11; Gálatas 3:6; Hebreus 11:6; 1 João 4:6).
- Adorando.
Deus busca
verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade (João 4:23).
Adorar a Deus requer que o adorador o ame e reconheça a sua soberania,
suas obras e seu poder. Deus merece toda a totalidade do nosso ser (Mateus
22:37), e deseja tomar posse do nosso corpo (Romanos 12:1; cf. tb. 1
Crônicas 16:29; Salmo 95:6; Lucas 4:8; Filipenses 3:3; Apocalipse 19:4).
Quando o amor a Deus esfria do coração do cristão, este deixa de adorá-lo
e distancia-se da sua poderosa graça, esfriando na fé. Não adorar a Deus
significa não reconhecê-lo como Deus.
- Louvando. Louvar a Deus é reconhecer os
seus feitos, as suas bênçãos, agradecer por todas as coisas que Ele nos
tem dado; é reconhecer, também, a nossa dependência dele em todas as
coisas, assumir que tudo o que somos e temos provém de suas mãos. A falta
de amor nos impede de louvar, de ter um coração alegre e agradecido.
Somente quando amamos a Deus somos capazes de louva-lo com sinceridade.
(Salmo 9:1; 117:1; 135:1; 150:6; Romanos 15:11; Efésios 5:19).
- Orando.
Assim como
adorar e louvar, orar a Deus significa assumir a nossa dependência dele.
Quando oramos, quando o buscamos para suprir todas as nossas necessidades,
reconhecemos em Deus, segundo Mateus 6:9-15: sua paternidade (v. 9), sua
divindade (v. 9), sua santidade (v. 9), seu senhorio sobre o Reino (v.
10), sua soberana vontade (v. 10), nossa necessidade de suas bênçãos (v.
11), seu perdão (v. 12), seu livramento (v. 13a). A falta de amor a Deus
ofusca essa compreensão e nos leva a uma vida egocêntrica e
auto-suficiente. (cf. tb. Salmo 122:6; Mateus 5:44; Lucas 11:12;
Colossenses 1:9; 1 Tessalonicenses 5:17; Tiago 5:16).
- Amando. Para demonstrar amor a Deus,
nada melhor do que amá-lo. Mas amar a Deus traz a constante necessidade de
servi-lo, de seguir seus mandamentos de agir da forma como temos estudado
aqui. Amar a Deus requer compromisso, abnegação, sacrifício. Se não amamos
a Deus, toda a nossa vida fica comprometida, em todas as suas dimensões. É
amando a Deus que nos tornamos conhecidos dele. (Romanos 13:9; 1 João
4:10; 5:2; Mateus 22:37; 1 Coríntios 8:3).
- Servindo. Quem ama a Deus tem de servi-lo.
Não podemos dizer que amamos a Deus se dão lhe dedicamos serviço cristão.
Muitas pessoas fazem da vontade de Deus e da sua obra uma pesada
obrigação, pois lhes falta amor. Mas aquele que ama a Deus, serve-o com
alegria e desprendimento, servindo ao próximo, pregando o Evangelho,
exercendo os dons e ministérios, dizimando, orando e vivendo uma vida
santa. (Êxodo 4:23; 23:25; 1 Samuel 3:1; Salmo 2:11; 100:2; Romanos 14:18;
Efésios 6:7; Colossenses 3:24; Hebreus 9:14).
- Testemunhando.
Deus nos salvou
com o propósito de servi-lo com as obras preparadas para nós desde a
eternidade (Efésios 2:8-10), e uma das obras para as quais fomos chamados
é a de ser testemunha. Quem ama a Deus e guarda os seus mandamentos,
também testemunha da sua Palavra e do seu poder. É para isso que o
Espírito de amor foi derramado sobre a igreja, para que ela desse
testemunho das obras de Deus. Uma igreja fria não dá testemunho, pois não
sente amor. (Atos 1:8; 2:40; 3:15; 4:33; 5:42; 28:31; 1 Pedro 5:1; 2
Timóteo 1:8; 4:2; Marcos 16:15; 1 Coríntios 1: 17,23).
- Lendo a sua Palavra. A falta de leitura da Bíblia é
uma demonstração clara de falta de amor para com o seu Autor. Como leite
espiritual que a Palavra de Deus é e bússola para o cristão, ela precisa
tornar-se o centro de nossas vidas. A partir do momento que deixamos de
beber dela, deixamos de absorver seus ensinamentos necessários à nossa
vida espiritual, deixamos de conhecer as promessas de Deus para a nossa
vida, deixamos de ter base para nosso evangelismo pessoal e perdemos a
oportunidade de conhecer mais de Deus. Mas o foco principal deste
problema, assim como de todos os outros, não é a falta de leitura da
Bíblia, mas falta de amor. E sem a lei de Deus em nossos corações estamos
sujeitos a toda sorte de pecados. (1 Timóteo 4:6; 13-16; 2 Timóteo 3:16,17; 1 Pedro 2:2,3; 2 Pedro
1:21; Hebreus 1:1,2; 4:12; João 5:39; 8:47; Tiago 1:21; Mateus 4:4; Marcos
7:13; Filipenses 2:16; Romanos 10:8,17; Efésios 6:17; 1 Tessalonicenses
2:13; Atos 2:41; 17:11; Salmo 1:1,2; 119:105; 109:11,97; Isaías 37:26;
Colossenses 3:16; Efésios 1:17; 6:17,18).
- Guardando os seus mandamentos. É impossível amar a Deus sem seguir os seus mandamentos. A partir do momento em que deixamos de amar a Deus, também deixamos a sua Lei de lado, passamos a não nos preocupar mais com as suas doutrinas, a sua vontade e andamos conforme nossa vontade ordena. Somente o amor é capaz de acender a chama viva no coração do cristão para o despertar para a Palavra de Deus e a sua vontade. (Deuteronômios 6:17; 11:22; 1 Reis 6:12; Salmo 78:10; 105:45; 106:3; 119:11; Provérbios 4:4; Eclesiastes 12:13; João 12:47; 14:15,21; 17:6; 1 Timóteo 6:20; Apocalipse 1:3; 22:7).
MIZAEL XAVIER
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