sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

AVIVAMENTO ESPIRITUAL: FOGO, TRADICIONALISMO OU PRÁTICA DO AMOR?





            A igreja cristã mundial está vivendo um momento de crise. Por um lado, nos países onde é proibido pregar o Evangelho, os cristãos estão sendo perseguidos, presos e mortos; e por outro, onde há liberdade de expressão e de culto, os cristãos se mostram frios. Dentro desta problemática, numa coisa todos concordam: a igreja do Senhor necessita de um avivamento espiritual urgente! Somente isto poderá resolver os diversos problemas enfrentados pela igreja dentro da sociedade em que está inserida e entre seus próprios membros. Sem avivamento espiritual, sem uma entrega total e incondicional a Deus, é impossível à igreja glorificar a Deus, crescer e cumprir cabalmente com o seu papel de testemunha do Evangelho de Cristo.
            Mas como se dá o avivamento espiritual na igreja e na vida do cristão? Cada igreja, cada pregador tem a sua fórmula teológica para chegar ao avivamento, e elas parecem variar de acordo com as épocas e conforme a tradição de cada denominação. No início da igreja cristã, no livro dos Atos dos Apóstolos, alguns afirmam que ele veio através dos dons do Espírito Santo, principalmente o falar em línguas. Na Coréia, a maior igreja do mundo experimentou o avivamento através da oração. Em outras épocas as pessoas passaram a testemunhar mais de Cristo e esse fator despertou a igreja. Desta forma, uns afirmam que o avivamento vem através da manifestação dos dons espirituais, outros afirmam que somente pela oração, outros conclamam os cristãos a serem verdadeiras testemunhas de Cristo, outros falam em perdão, em dar o dízimo, em investir em missões.
            Todavia, embora as soluções apresentadas sejam diversas e pareçam apontar para lados diferentes, todas convergem a um só ponto, pois todas estão corretas. O que não está correto é pensar que o avivamento espiritual se dá através de um fato desses isolado. Ele, na verdade, envolve todas as dimensões da vida cristã pessoal e eclesiástica. O avivamento espiritual genuíno opera no ser humano físico, emocional, social e, acima de tudo, espiritual; ele é desencadeado em todas as áreas da sua vida, principalmente nos seus relacionamentos.
            Mas quando buscamos o avivamento espiritual não podemos esperar que ele surja durante um culto de avivamento, nem podemos estabelecer regras e práticas para que ele aconteça na vida da igreja. Quando dizemos que a igreja precisa orar para receber o avivamento, estamos tratando de coisas periféricas. A oração não deve ser a chave do avivamento, mas fruto de uma igreja avivada. Da mesma forma, quando insistimos que através da caridade o avivamento pode nascer, também estamos olhando apenas de longe a questão, porque caridade não é um princípio do avivamento, mas também um fruto. O mesmo podemos pensar do evangelismo, do envolvimento com a obra do Senhor e tantas outras coisas.
            O avivamento espiritual não é um ato isolado. Para que o recebamos ao adiantam cultos pentecostais, o dia “D” do avivamento. O avivamento é uma decisão que tomamos hoje e que praticamos todos os dias. Avivamento é diário e não tem haver com a liturgia da igreja, embora ela possa colaborar. Avivamento é uma obra que o Espírito Santo produz no nosso coração, e não algo que possamos fazer por nós mesmos. E essa obra é exclusivamente pela graça de Deus, não por mérito nosso. O nosso mérito está unicamente em anularmos a nossa vontade para dar lugar a vontade de Deus em nós.


Avivamento e espiritualidade

             
            Não há como entender o avivamento espiritual sem antes compreendermos o que realmente é espiritualidade. Mas antes de entendermos o que a Palavra de Deus nos fala a cerca da verdadeira espiritualidade, é importante que conheçamos algumas doutrinas erradas que nos dizem o que é ser um crente espiritualmente avivado. Essas doutrinas, como veremos a seguir, englobam normalmente dois erros: 1) achar que a espiritualidade é mérito nosso; 2) tentar alcançar a espiritualidade e o avivamento através de práticas meramente exteriores, como se elas fossem capazes de transformar o nosso coração.


Oração de fogo

            Um engano lamentável praticado por muitas igrejas pentecostais é achar que o simples fato de uma pessoa orar em voz alta, de maneira exaltada, gritando glória e aleluia mostra que ela é altamente espiritual, que está na unção, no fogo do Espírito. Se pararmos para prestar atenção a essas orações, encontraremos muito pouco de Bíblia e da vontade de Deus. As declarações de fé normalmente são acompanhadas de “eu declaro”, “eu decreto”, eu rejeito”, “eu não aceito”, “eu profetizo”, “eu exijo” e tantos outros “eus”, como se o  crente que ora fosse o próprio Deus.
            Orar dessa forma não demonstra espiritualidade nem avivamento. Os fariseus eram mestres nesse tipo de oração, em pé nas esquinas e sinagogas, com as mãos levantadas para serem observados pelos homens (Mateus 6:5). A eles o Senhor Jesus chamou de hipócritas. Com isso não queremos dizer que os crentes que oram assim não o estejam fazendo com sinceridade de coração e em verdadeiro espírito de adoração, mas apenas que isso não deve servir de termômetro para medir a espiritualidade do crente.
            Não é a oração que traz a espiritualidade, mas a espiritualidade é que leva o crente a orar. Nós não oramos para sermos mais espirituais, mas oramos porque somos espirituais. E esta oração nem sempre é acompanhada de lágrimas, gritos de exaltação, línguas estranhas, mas com certeza de um coração sincero que busca manter comunhão com Deus, reconhecendo a dependência dele, glorificando o seu Nome Santo e buscando viver na sua vontade.


Modismo

            Olhando para a história da igreja poderemos encontrar vários momentos em que grandes avivamentos aconteceram. Em cada época este avivamento ocorreu de uma forma diferente. Hoje, quando continuamos em busca de uma vida espiritual mais próxima de Deus – como se pudesse existir algum tipo de espiritualidade longe do Senhor – o avivamento continua na moda. As igrejas estão sempre realizando cultos, seminários e cruzadas de avivamento, cada um enfocando um aspecto diferente.
O mais interessante é que sempre há uma mudança de paradigma para o avivamento. Hora enfatizasse a necessidade de uma vida intensa oração, logo depois a ênfase é dada ao evangelismo; mais tarde o dom de línguas é colocado como símbolo seguro do avivamento de poder; amanhã o avivamento virá com a prosperidade. Daqui há mais um tempo as curas milagrosas e as libertações de possessão demoníaca serão outro paradigma, que certamente será trocado posteriormente pelo asceticismo ou pela exaltação ao conhecimento.
Todavia, avivamento não é algo que está na moda, que muda de acordo com as diferentes épocas e culturas. O avivamento é somente um: a necessidade do homem de arrepender-se dos seus pecados e buscar o perdão de Deus e uma vida santa na Sua presença. E isso é algo que o crente deve buscar todos os dias, por mais que esteja certo de estar nos caminhos do Senhor. Assim como as misericórdias do Senhor se renovam a cada amanhecer, a nossa dependência dele também deve se renovar. Devemos estar sempre atentos a nós mesmos, nos policiando, nos examinando, aceitando a Jesus todos os dias.


Falar em línguas

Para muitas denominações, o dom de línguas é superior a todos os outros dons, ao contrário do que afirma a Palavra de Deus através do apóstolo Paulo (1 Coríntios 14:1-19). Essas denominações acreditam que somente quem fala em línguas está cheio do Espírito Santo, que um crente que fala em línguas é mais espiritual que os outros, que para o crente exercer um ministério na igreja precisa falar em línguas, que falar em línguas significa “revestimento de poder”, que falar em línguas significa que o crente foi batizado no Espírito.
Falar em línguas, conforme vemos na Palavra de Deus, nunca foi um sinal de avivamento espiritual ou mesmo de espiritualidade. A igreja de Corinto se gabava por ter todos os dons, principalmente o dom de línguas, e Paulo os chamou de carnais (1 Coríntios 3:1-3). E esses crentes de Corinto, “revestidos de poder”, praticavam toda sorte de pecados na igreja (cf. 1 Coríntios, capítulos 5 e 6). Ora, será que esses pecados praticados pela igreja de Corinto, que falava muito em línguas estranhas, eram sinal de avivamento?
Não somente o dom de línguas, mas nenhum dom nos torna mais espirituais, pois ele não é dado por merecimento, mas conforme a vontade do Espírito (1 Coríntios 12:1-11). Dons espirituais são “coisas controladas ou caracterizadas pelo Espírito” (do grego ton pneumatikon). Os dons não são dados em proporção à santidade ou qualquer outra coisa, por isso não podemos afirmar que alguém que possui o dom de línguas ou outros dons é mais espiritual que os outros. São dons da graça (carismáticos), não há mérito.
Um dos textos utilizados para argumentar que o derramamento do Espírito tem haver diretamente com o dom de línguas e que esse está ligado ao avivamento espiritual é Atos 2:1-4. Todavia, esse texto não fala de avivamento espiritual, mesmo porque o Espírito ainda não havia descido para que alguém fosse mais ou menos espiritual que carecesse de avivamento. Aqui trata-se da descida definitiva do Espírito Santo sobre a igreja prometida por Jesus (João 14:16,26; 15:26; 16:7). A partir daquele momento o Espírito Santo passaria a habitar para sempre o coração do crente (1 Coríntios 3:16; 12:13,14), atuando dentro dele (João 14:17) e capacitando-o na obra para qual o Senhor o chamou (Efésios 2:8-10).
Reduzir o avivamento espiritual a simplesmente falar em línguas estranhas, é tratar o problema de uma forma extremamente superficial e legalista. Falar em línguas não promove santidade nem mudança de caráter. O dom em si não tem essa função, mas foi feito para a edificação do corpo de Cristo. Seria mais correto ligar o avivamento a manifestação do fruto do Espírito. Isso de fato causa transformação de caráter, de vida; isso chama o homem ao arrependimento, a uma vida de total entrega aos pés do Senhor, à dependência do Espírito. Talvez seja por isso que muitos preferem demonstrar a sua poderosa espiritualidade e o seu grande avivamento simplesmente falando em línguas estranhas; é mais fácil e cômodo.


Culto de cura e libertação

            Já falamos sobre os vários cultos e cruzadas de avivamento que sempre são realizados por diversas denominações espalhadas pelo mundo. Todavia, se entendermos avivamento como a necessidade de um retorno ao primeiro amor através do arrependimento e da conversão – porque muitos crentes precisam rever sua conversão – descobriremos que esses cultos não produzem o que prometem, apenas envolvem as pessoas numa atmosférica mística, puramente emocional, que não efetua mudança alguma no seu caráter.
            Não há como negar o fato: se precisamos de avivamento é porque estamos mortos ou morrendo. E se nos achamos assim, é porque certamente estamos em pecado. Todavia, quando ligamos a televisão e assistimos a alguns cultos evangélicos, percebemos que as pregações giram em torno de tudo, menos do arrependimento. As pessoas entram em um tipo de transe e começam a pular, bater palmas, cair ao chão, se “manifestar”, chorar e tantas outras coisas para se libertar de algo que um simples arrependimento e pedido de perdão a Deus já resolveria.
            Não adianta culto de cura e libertação da inveja, da maledicência, da avareza, da desonestidade, do adultério, da prostituição, do ódio, da rebeldia, da preguiça, da idolatria. O único modo de nos libertarmos de todas essas coisas e sermos crentes avivados, cheios do Espírito Santo de poder é reconhecendo nosso pecado, nos arrependendo, pedindo perdão a Deus e procurando viver uma vida nova. Resumindo: transformação de caráter. Para isso não precisa um culto de cura e libertação, pois nenhuma oração pode transformar a vida de quem não quer ser transformado, de quem não reconhece o seu pecado nem se dispõe a mudar.
            Esses cultos se constituem numa tentativa inútil de trazer a transformação de fora para dentro.


Prática do jejum

            Outra concepção errada de espiritualidade e avivamento é o asceticismo. Fazer jejum nunca se constituiu como doutrina da espiritualidade. Ao contrário, Jesus condenava os fariseus pela prática do jejum como uma forma de se mostrarem mais espirituais do que os outros (Mateus 6:16). Dr. Shedd nos diz que “O jejum não é condenado se tiver como alvo o aproximar-se de Deus e a negação de si mesmo.” (comentário da Bíblia Snedd). Esse aproximar-se é a busca pela espiritualidade e não a espiritualidade em si.
            O jejum não é um mandamento como prática da espiritualidade. Se jejuar trouxesse uma maior espiritualidade ao crente, essa perderia o seu sentido, pois seria por merecimento e esforço pessoal. Todavia, ela é efetivada tão somente pelo mover do Espírito na nossa vida, nos purificando e nos capacitando a permanecer fiéis a Deus. Em tempos de crise, quando queremos nos sacrificar em oração, o jejum é bem-vindo (Atos 9:9; 13:2,3; 14:23). Mas o que Deus espera de nós é um ato de fé e confiança nele, não asceticismo.


Gíria evangélica

Não é errado que, ao aceitarmos a Jesus e passarmos a freqüentar uma congregação e a ler a Bíblia, o nosso vocabulário sofra alguma mudança, pois acabamos nos impregnado com a novidade de vida que o Evangelho nos dá. Nosso linguajar muda, principalmente no que diz respeito às palavras torpes (Efésios 4:29) e a linguagem obscena (Colossenses 3:8). Mas alguns crentes querem impor sobre os outros uma “gíria evangélica”, afirmando que o crente deve falar assim para ser verdadeiramente espiritual. Logo, não se contentam com um simples bom dia e se iram se o irmão não lhe disser A paz do Senhor, ou Graça e paz, ou A paz, ou Deus te abençoe.
Nos cultos públicos, a espiritualidade dos irmãos é medida pela quantidade de “Ô glória! Aleluia! Glória a Deus!”, que falam, mesmo que mecanicamente, sem verdade e vida. Diante do inimigo, da doença e da tribulação o crente grita: Está amarrado, em nome de Jesus! Está repreendido! O sangue de Cristo tem poder! Ao orar o crente declara: Eu profetizo! (mesmo sem ter o dom de profecia), Eu declaro! (mesmo sem ter obtido revelação se Deus já declarou aquilo no céu), Eu não aceito! (sem antes se questionar dos propósitos de Deus para aquela situação).
Estas gírias denunciam um cristianismo meramente exterior. As pessoas acabam vivendo uma espiritualidade de aparência, achando que falar essas coisas e agir dessa forma as torna mais espirituais que as outras. Isso não é avivamento, mas apenas uma mudança no vocabulário. 


Legalismo

Muito se tem falado sobre o assunto espiritualidade, e na maioria das vezes a discussão gira em torno de temas mais ligados a práticas legalistas do que à espiritualidade propriamente dita. Os pregadores legalistas estão sempre tentando perfazer um caminho inverso, isto é, ao invés de buscarem a espiritualidade de dentro para fora, insistem em trazê-la de fora para dentro. Através de proibições e ordenanças esperam tornar as pessoas mais espirituais, o que tem ocasionado uma religiosidade hipócrita e uma fé infantil e débil.
            Toda teologia da espiritualidade precisa ser fiel à Palavra de Deus. Quando nos esquecemos da Palavra de Deus, quando permitimos que a cultura e a nossa tradição religiosa dite as regras, acabamos nos distanciando da real vontade de Deus para nós e nos apegamos a formas externas de piedade cristã. Mas o próprio conceito de espiritualidade já vem intrínseco na palavra: “espiritual”. É algo que existe dentro, e não fora, de modo que não existe nada que possamos fazer, nenhuma roupa que possamos vestir que nos torne mais ou menos espiritual.
            A espiritualidade é uma obra do Espírito Santo no coração do crente, e não algo que possamos obter por nós mesmos, pois somos de natureza carnal, pecaminosa. Somente a graça de Deus em nós pode nos tornar espirituais. É algo que vem de dentro para fora, e não o contrário.
Usar um terno alinhado, orar de mãos levantadas, dizer Aleluia o tempo todo, não torna ninguém mais ou menos crente, a não ser que tudo isso seja fruto de um coração transformado, que arda de amor por Jesus, um coração que entende que o motivo da sua existência e a essência do seu chamado é a glorificação de Deus. Um crente sincero e piedoso, um verdadeiro adorador, é alguém que vive o ideal de João Batista: “Convém que ele [Cristo] cresça e que eu diminua.” (João 3:30). A tradição e o legalismo, ao contrário, exaltam o homem por suas práticas exteriores e condicionam a vontade de Deus às suas doutrinas antibíblicas, inflando o ego do crente e apagando do seu coração a imagem de Jesus.
Quando buscamos o avivamento espiritual através dessas práticas legalistas, estamos apenas tentando maquiar o pecado, dando-lhe um ar de piedade.
Há dois mil anos atrás Jesus já combatia esse tipo de religião feita de práticas exteriores, usadas para esconder um interior sujo e fétido, como sepulcros caiados. Os fariseus talvez sejam a fonte de inspiração dos que criam tradições e legalismos nas igrejas (cf. Mateus 23 e Lucas 6 e 11). Deus não está preocupado com essas coisas, Ele está mais preocupado com o nosso interior, com a nossa santidade. Ele quer ver os seus filhos se santificando, amando uns aos outros fraternalmente, cumprindo os seus mandamentos, pregando a sua Palavra, glorificando o seu Nome Santo.
Existe um único culpado por detrás disso tudo, além do diabo: a falta de conhecimento da Palavra de Deus. Os crentes não lêem e Bíblia, não a estudam. É mais fácil aceitar as coisas como são, crer que o que o seu líder fala é o correto e não há mais o que ver. É tudo muito superficial e acaba-se engolindo qualquer coisa, como os crentes da Galácia (Gálatas 1:16-9; 3:1-5). Ao contrário disso, deveríamos ser todos crentes bereianos, recebendo a doutrina que nos é pregada e examinando as Escrituras para ver se de fato as coisas são realmente assim ou se estamos dando ouvidos a heresias (Atos 17:10,11).


A verdadeira espiritualidade


Muitas denominações ao clamar por avivamento pedem pela descida do Espírito Santo, pela unção do Espírito, pelo enchimento do Espírito, pelo batismo do Espírito. Todavia, o Espírito Santo já foi enviado por Jesus quando Ele subiu aos céus (João 14:16; Efésios 4:8) e derramado plenamente sobre a igreja no dia de Pentecostes (Atos 2:1-4). Assim que cremos recebemos o Espírito Santo (Romanos 5:5; 1 Coríntios 6:19) e nele fomos batizados pela graça, por meio da fé. A unção (o Espírito que vem do Santo, cf. 1 João 2:20) todos nós já recebemos quando cremos.
O problema é que muitos crentes vivem na carne e não no Espírito, por isso não se sentem revestidos de poder. Eles conseguem enxergar o mover do Espírito apenas quando estão falando em línguas ou quando os cegos vêem e os cochos andam, mas não conseguem olhar para dentro de si e enxergar a necessidade de uma mudança interior, transformando corações endurecidos pelo pecado em corações de carne, tirando a sua vida da letargia espiritual e colocando-a a serviço do Reino de Deus.
A unção e o revestimento de poder já nos foram dados quando cremos. Agora compete a nós buscarmos as coisas que são do alto, onde Cristo vive, fazendo morrer a nossa natureza terrena para que o novo homem, revestido da personalidade de Cristo, se faça presente em nós, segundo a imagem daquele que o criou (Colossenses 3:1-11). Se morremos com Cristo, os rudimentos do mundo já não tem mais poder sobre nós (2:20-23).
A verdadeira espiritualidade não parte de ações externas e legalistas, incapazes de transformar sinceramente o nosso interior. Elas partem de dentro, do Espírito Santo que habita em nós e nos transforma por completo.


O problema do pecado


O pecado nos separa de Deus e nos torna carnais. A graça nos reaproxima de Deus e nos torna espirituais. Essa graça se manifesta salvadora aos homens através do amor com que Deus nos amou e a si mesmo se entregou por nós. Espiritualidade é, portanto, a manifestação do amor salvador de Deus na nossa vida, libertando-nos do homem carnal para que vivemos em novidade de vida como seres espirituais.
Quando pecamos e não nos arrependemos, mas insistimos no pecado numa atitude de clara rebeldia contra Deus, abrimos mão dessa vida na graça e voltamos a ser carnais. Se somos espirituais devemos andar no Espírito e não na carne. Mas pelo fato de não andarmos no Espírito é que nos tornamos carnais e necessitados de avivamento, pois o amor a Deus se esfria em nós.
Ao criar Adão e Eva, Deus lhes deu a oportunidade de uma vida perfeita ao lado Criador. Não existia o pecado e eles viviam em perfeita harmonia com a criação e com Deus. Mas pela sua desobediência foram expulsos do paraíso preparado por mãos divinas e passaram a viver do suor do próprio rosto, em meio às agruras de um mundo caído. Além de levarem consigo o peso da sua culpa, Adão e Eva passaram a amargar uma vida destituída da graça de Deus. Além disso, a sua atitude repercutiu em todas as eras da História humana, pois por causa deles o pecado entrou no mundo e pelo pecado a morte.
Mas que morte é essa que entrou no mundo após a queda do homem? Duas mortes: a morte física, que não existiria se não houvesse pecado, e a morte espiritual: o homem destituído da comunhão com Deus. A primeira morte – a física – sem Jesus leva o pecador a experimentar a segunda morte (Apocalipse 21:8). Mas a morte espiritual leva o crente para longe de Deus. E é isso que o avivamento pretende restaurar: a vida do crente. Não a sua conta bancária ou a cura para as suas úlceras, mas a sua vida espiritual, a sua comunhão com Deus.


O dom perfeito


            Em termos gerais, como já vimos, a igreja necessita de avivamento espiritual porque se encontra em pecado, entregue a uma vida sem o sabor do Espírito Santo, morta, parada. É uma igreja que abandonou o primeiro amor (Apocalipse 2:4,5). Logo, a única coisa que trará concerto para ela é o amor, que cobre multidão de pecados (1 Pedro 4:8). Sim, é o amor a mola mestra da vida cristã; é ele quem nos gera, nos faz nascer para Deus e nos dá crescimento espiritual. Quando inquirido sobre o maior de todos os mandamentos, Jesus de pronto respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” (Mateus 22:34-40). Além disso, Jesus nos apresentou um novo mandamento: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns pelos outros” (João 13:34,35; cf. tb. 14:15).
            O amor é o centro da mensagem cristã, da Palavra de Deus. É ele que move todas as coisas. Sem amor, toda sorte de males recai sobre o cristão e a igreja. Desse modo, podemos crer que a igreja só experimentará o genuíno avivamento espiritual quando se entregar incondicionalmente ao amor de Deus e permitir que ele a transforme de todas as formas, pois o amor é o dom supremo (1 Coríntios 13). Muitos buscam os dons espirituais, mas esquecem-se que eles não subsistem sem o amor.
Vejamos, então, como o amor está em tudo, antes de tudo, acima de tudo, cria tudo e move tudo:

  • Deus é amor em toda a sua essência (1 João 4:8). Ele não sente amor, Ele é o próprio amor. Desde o momento da criação de todas as coisas visíveis até os dias de hoje, Deus tem manifestado de todas as formas o seu amor por nós e tem nos cobrado que vivamos esse amor. Quando deixamos de viver o amor de Deus, já não estamos em comunhão com ele, e sem essa comunhão, não há como conhecer sua vontade e praticá-la. Se Deus é amor, para o cristão estar cheio de Deus é preciso que ele esteja cheio de amor. E se a Trindade é Deus, toda ela se manifestará na vida da igreja através do amor.

  • O mandamento de Deus é o amor (Mateus 22:34-40). Toda a Lei e os Profetas convergem num só ponto: o amor em suas três dimensões: a Deus, ao próximo e a si mesmo. Quando negligenciamos este amor, deixamos de cumprir os mandamentos de Deus, esfriamos, andamos conforme a nossa própria vontade, nosso entendimento humano e pecaminoso.

  • O fruto de Espírito Santo é o amor (Gálatas 5:22). É o amor que produz frutos na vida do cristão para o seu crescimento e fortalecimento espiritual. Qualquer outro fruto que não tenha como base o amor é pura hipocrisia. Sem a chama do amor no seu coração, o cristão é incapaz de frutificar na obra de Deus. Se a igreja tem sentindo falta de misericórdia, deve orar a Deus para que viva no amor e a misericórdia virá em seguida.

  • É o amor que nos identifica com Cristo (João 13:55; 14:23,24). Não são os dons espirituais nem as obras de caridade que mostram ao mundo nosso caráter cristão, mas o amor.

  • Foi por amor que Deus nos enviou seu Filho para morrer por nós (João 3:16; Romanos 5:8).

  • O amor é o que nos une a Deus, que mantém viva a nossa comunhão com Ele (Romanos 8:39). Uma das primeiras coisas que perdemos quando o amor se esfria dentro de nós é a comunhão com Deus, seja pela oração, pela leitura da Palavra ou pela comunhão com o corpo de Cristo, que é a igreja (Filipenses 2:1).

  • O cristão é edificado pelo amor (1 Coríntios 8:1), muito mais que pela sabedoria ou qualquer outro fator. O saber é necessário, principalmente no que diz respeito ao conhecimento de Deus e da sua vontade, mas esse saber sem amor torna o homem soberbo (1 Coríntios 8:1; cf. 13:4).

  • A perfeição, que deve ser buscada diariamente pelo cristão em todas as dimensões da sua vida, é efetivada através do amor (Colossenses 3:14; 1 João 2:5; cf. tb. 1 Coríntios 13, o dom perfeito). Sem amor, os próprios dons espirituais para nada servem. É o amor que edifica a vida cristã.

  • É o amor que prova que conhecemos a Deus e nascemos dele (1 João 4:7,8). Sem amor nos tornamos estranhos a Deus. Não é pelas suas obras ou pelos seus dons que o cristão mostra que é de Cristo, mas guardando os seus mandamentos, acima de tudo o amor. Muitos virão naquele dia e exporão a Deus as suas obras, mas serão rejeitados, pois suas obras eram iníquas (Mateus 7:15-23).

  • Um dos impedimentos do nosso crescimento espiritual é o medo, e o amor lança fora o medo (1 João 4:18). O amor desimpede o cristão de tudo aquilo que o prende: medo de amar, medo de servir, medo de deixar o pecado costumeiro de lado, medo de abrir mão do próprio eu, medo da repreensão de Deus, medo de comprometer-se com o Evangelho.

Quando o amor está ausente, a comunhão com Deus, com Jesus Cristo e com o Espírito Santo fica comprometida. Sem amor ao Deus que perdoa não há arrependimento, portanto não há remissão do pecado; sem amor a Cristo, seu sangue não nos purificará; sem amor ao Espírito Santo, o amor de Deus não será derramado sobre nós (Romanos 5:5). Isto é, sem amor, resta apenas a vontade da carne (Gálatas 5:16,17), que é o pecado e que esfria o cristão e a igreja.
O cristão frio, longe da vontade de Deus, deixa de fazer algumas coisas importantes, tais como:

  • Orar, demonstrando, assim, falta de amor a Deus e falta de fé, e falta de amor ao próximo, que deixa de receber a sua intercessão.

  • Ler a Palavra, dando demonstração clara que não crê em Deus nem necessita dos seus ensinamentos.

  • Participar da vida ministerial da igreja, não orando pelos dons nem desejando saber seu ministério para a edificação do corpo de Cristo e a grande comissão.

  • Dar o dízimo, pois sem amor à obra e ao Deus da obra não há compreensão da importância do dizimo para a sua manutenção.

  • Buscar os dons espirituais ou exercê-los sem amor, o que os torna vazios.

  • Evangelizar, deixando de cumprir a função áurea para a qual foi chamado. Os que agem assim sabem que não devem amar o mundo e acham que também não devem amar as pessoas que há nele. Mas Deus amou o mundo (João 3:16) e nos pede que não amemos “o mundo”, nem “as coisas que há no mundo”(1 João 2:15), mas nada fala sobre as pessoas, pois elas precisam ser amadas e cuidadas.

  • Perdoar, pois seu coração fica endurecido, orgulhoso. E sem perdoar o irmão e o próximo, o cristão fica impossibilitado de receber o perdão de Deus (Mateus 6:14,15; 18:23-35). Como estar vivo na igreja sem perdão?

  • Dar frutos para Deus (Efésios 2:8-10). Se o fruto do Espírito é o amor, como seremos férteis sem amar?

  • Manter comunhão com os demais irmãos no partir do pão e na vida comum cristã. Sem amor o que resta é uma vida egocêntrica.

  • Chorar com os que choram e se alegrar com os que se alegram. A falta de amor torna as pessoas insensíveis aos problemas e tristezas das outras e incapazes de compartilhar suas alegrias.

Ainda muitas outras coisas acontecem de errado ou deixam de acontecer como
deviam por falta de amor. As heresias entram na igreja, os falsos profetas são aceitos, casamentos são desfeitos, não há respeito e obediência aos líderes, o mundanismo toma lugar da vida de santidade, o mundo exerce mais influência na vida do cristão do que as coisas do alto. Sem amor cresce os pecados de mentira, de inveja, de competição, de discórdias e facções. Sem amor o cristão torna-se apenas um número no rol de membros da igreja e esta deixa de cumprir o seu papel espiritual e social. Sem amor não há caridade.
            Se o amor é a solução e a sua falta é o problema, o que o cristão deve buscar é uma vida repleta do amor de Deus. Somente assim o avivamento entrará verdadeiramente na igreja e ela crescerá, em qualidade e quantidade. Assim como tudo na vida, o amor deve ser uma decisão que se deve tomar. O cristão decide amar e passa a trilhar este caminho. E se o amor significa avivamento espiritual, experimentar este avivamento é uma decisão que deve ser tomada, e os próximos passos virão.
Mas não basta amar, é preciso amar da maneira correta, que é a maneira de Deus. Como foi dito no princípio, o amor engloba todas as dimensões da vida cristã, e Mateus 22:34-40 nos mostra a quem este amor deve ser direcionado: Deus, o próximo e a si mesmo. E não podemos esquecer: é o amor de Deus que efetiva o avivamento na nossa vida, não o amor humano, falho, interesseiro. Não há avivamento fora do amor de Deus.
Mas como amar a Deus, ao próximo e a si mesmo?


Como amar a Deus?

            Todos concordam que o cristão deve amar a Deus acima de todas as coisas, acima de si mesmo. O que muitos não sabem é de que forma Deus deve ser amado. Amar a Deus é algo muito abstrato se não pensarmos esse amor em questões práticas. O amor não deve ser apenas um sentimento, algo que mexe com a nossa emoção, que nos leva às lágrimas, mas deve se fazer presente nos nossos atos. Amar a Deus, portanto, significa demonstrar esse amor através da nossa vida, dos nossos atos; mostrar exteriormente algo que já aconteceu dentro de nós.
            Existem algumas formas de demonstramos o nosso amor a Deus:


  • Crendo. Muitos querem experimentar as bênçãos de Deus, mas não querem viver debaixo da vontade do Deus da bênção. Acreditam em Deus na medida em que Ele supre as suas necessidades, e O esquecem quando se faz a bonança. Existem muitos cristãos incrédulos, que duvidam do poder de Deus, que estão dentro da igreja, mas não acreditam fielmente nas suas doutrinas. Se amamos a Deus, cremos nele, na sua Palavra e na força do seu poder. E crer em Deus significa viver para Ele e segundo sua santidade que opera em nós pelo seu Santo Espírito. (Salmo 119:66; Marcos 16:16; João 3:36; 5:24; 14:1; 12:44; Romanos 1:16; 4:11; Gálatas 3:6; Hebreus 11:6; 1 João 4:6).

  • Adorando. Deus busca verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade (João 4:23). Adorar a Deus requer que o adorador o ame e reconheça a sua soberania, suas obras e seu poder. Deus merece toda a totalidade do nosso ser (Mateus 22:37), e deseja tomar posse do nosso corpo (Romanos 12:1; cf. tb. 1 Crônicas 16:29; Salmo 95:6; Lucas 4:8; Filipenses 3:3; Apocalipse 19:4). Quando o amor a Deus esfria do coração do cristão, este deixa de adorá-lo e distancia-se da sua poderosa graça, esfriando na fé. Não adorar a Deus significa não reconhecê-lo como Deus.

  • Louvando. Louvar a Deus é reconhecer os seus feitos, as suas bênçãos, agradecer por todas as coisas que Ele nos tem dado; é reconhecer, também, a nossa dependência dele em todas as coisas, assumir que tudo o que somos e temos provém de suas mãos. A falta de amor nos impede de louvar, de ter um coração alegre e agradecido. Somente quando amamos a Deus somos capazes de louva-lo com sinceridade. (Salmo 9:1; 117:1; 135:1; 150:6; Romanos 15:11; Efésios 5:19).

  • Orando. Assim como adorar e louvar, orar a Deus significa assumir a nossa dependência dele. Quando oramos, quando o buscamos para suprir todas as nossas necessidades, reconhecemos em Deus, segundo Mateus 6:9-15: sua paternidade (v. 9), sua divindade (v. 9), sua santidade (v. 9), seu senhorio sobre o Reino (v. 10), sua soberana vontade (v. 10), nossa necessidade de suas bênçãos (v. 11), seu perdão (v. 12), seu livramento (v. 13a). A falta de amor a Deus ofusca essa compreensão e nos leva a uma vida egocêntrica e auto-suficiente. (cf. tb. Salmo 122:6; Mateus 5:44; Lucas 11:12; Colossenses 1:9; 1 Tessalonicenses 5:17; Tiago 5:16).

  • Amando. Para demonstrar amor a Deus, nada melhor do que amá-lo. Mas amar a Deus traz a constante necessidade de servi-lo, de seguir seus mandamentos de agir da forma como temos estudado aqui. Amar a Deus requer compromisso, abnegação, sacrifício. Se não amamos a Deus, toda a nossa vida fica comprometida, em todas as suas dimensões. É amando a Deus que nos tornamos conhecidos dele. (Romanos 13:9; 1 João 4:10; 5:2; Mateus 22:37; 1 Coríntios 8:3).

  • Servindo. Quem ama a Deus tem de servi-lo. Não podemos dizer que amamos a Deus se dão lhe dedicamos serviço cristão. Muitas pessoas fazem da vontade de Deus e da sua obra uma pesada obrigação, pois lhes falta amor. Mas aquele que ama a Deus, serve-o com alegria e desprendimento, servindo ao próximo, pregando o Evangelho, exercendo os dons e ministérios, dizimando, orando e vivendo uma vida santa. (Êxodo 4:23; 23:25; 1 Samuel 3:1; Salmo 2:11; 100:2; Romanos 14:18; Efésios 6:7; Colossenses 3:24; Hebreus 9:14).

  • Testemunhando. Deus nos salvou com o propósito de servi-lo com as obras preparadas para nós desde a eternidade (Efésios 2:8-10), e uma das obras para as quais fomos chamados é a de ser testemunha. Quem ama a Deus e guarda os seus mandamentos, também testemunha da sua Palavra e do seu poder. É para isso que o Espírito de amor foi derramado sobre a igreja, para que ela desse testemunho das obras de Deus. Uma igreja fria não dá testemunho, pois não sente amor. (Atos 1:8; 2:40; 3:15; 4:33; 5:42; 28:31; 1 Pedro 5:1; 2 Timóteo 1:8; 4:2; Marcos 16:15; 1 Coríntios 1: 17,23).

  • Lendo a sua Palavra. A falta de leitura da Bíblia é uma demonstração clara de falta de amor para com o seu Autor. Como leite espiritual que a Palavra de Deus é e bússola para o cristão, ela precisa tornar-se o centro de nossas vidas. A partir do momento que deixamos de beber dela, deixamos de absorver seus ensinamentos necessários à nossa vida espiritual, deixamos de conhecer as promessas de Deus para a nossa vida, deixamos de ter base para nosso evangelismo pessoal e perdemos a oportunidade de conhecer mais de Deus. Mas o foco principal deste problema, assim como de todos os outros, não é a falta de leitura da Bíblia, mas falta de amor. E sem a lei de Deus em nossos corações estamos sujeitos a toda sorte de pecados. (1 Timóteo 4:6; 13-16; 2  Timóteo 3:16,17; 1 Pedro 2:2,3; 2 Pedro 1:21; Hebreus 1:1,2; 4:12; João 5:39; 8:47; Tiago 1:21; Mateus 4:4; Marcos 7:13; Filipenses 2:16; Romanos 10:8,17; Efésios 6:17; 1 Tessalonicenses 2:13; Atos 2:41; 17:11; Salmo 1:1,2; 119:105; 109:11,97; Isaías 37:26; Colossenses 3:16; Efésios 1:17; 6:17,18).

  • Guardando os seus mandamentos. É impossível amar a Deus sem seguir os seus mandamentos. A partir do momento em que deixamos de amar a Deus, também deixamos a sua Lei de lado, passamos a não nos preocupar mais com as suas doutrinas, a sua vontade e andamos conforme nossa vontade ordena. Somente o amor é capaz de acender a chama viva no coração do cristão para o despertar para a Palavra de Deus e a sua vontade. (Deuteronômios 6:17; 11:22; 1 Reis 6:12; Salmo 78:10; 105:45; 106:3; 119:11; Provérbios 4:4; Eclesiastes 12:13; João 12:47; 14:15,21; 17:6; 1 Timóteo 6:20; Apocalipse 1:3; 22:7).
MIZAEL XAVIER

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