quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Quando a oração faz sentido em nossa vida



  

·         Quando reconhecemos a paternidade de Deus e transportamos para Ele todas as nossas dúvidas, todas as nossas angústias, abrindo-nos totalmente à unção poderosa do seu Santo Espírito.

  • Quando aprendemos que o perdão de Deus é algo tão fundamental e importante para a nossa vida que tornamo-nos propagadores deste mesmo perdão, sendo por oração, atos ou palavras.

  • Quando nos despimos dos pequenos valores da nossa vida e começamos a compreender o valor real do Reino de Deus, onde os cuidados do mundo não fazem sentido e as coisas do alto resplandecem como sol do meio-dia.

  • Quando fazemos brilhar em nossas vidas a Glória de Deus e tornamos permanente a nossa oração, a nossa comunhão com o Altíssimo, vivendo-o e amando-o todos os dias como se não houvesse amanhã.

  • Quando colocamos nossa vida inteira dentro do Pai-nosso, desistindo de todo sentimento egoísta e mesquinho que possa nos impedir de perdoar, de amar, de viver plenamente a vontade de Deus, de desejar ardentemente que se cumpra aqui na terra a mesma vontade que é cumprida no céu.

  • Quando aquilo que desejamos e queremos é posto abaixo do querer de Deus e antes do nosso ego colocamos o próximo e seus problemas em grande amor altruísta.

  • Quando a nossa vida é uma incessante oração, um constante contato com o Espírito Santo, uma desenfreada busca pela santidade e pela perfeição, apoderando-nos das promessas que Deus nos fez.

  • Quando Deus está no centro de tudo que pedimos e vivemos; quando na estrada da nossa vida brilha a luz do Salvador e o seu amor é o nosso combustível.

  • Quando através de nossos atos deixamos frutificar a realidade da vontade de Deus em nossas vidas, aquela vontade que buscamos na sua Palavra e/ou através de oração.

  • Quando o pão nosso torna-se o pão de todos; quando os nossos ideais estão entronizados na visão do Reino, não de liturgia, mas de caridade e servidão; piedade e contribuição; doação e sacrifício.

·         Quando descobrimos na oração uma forma concreta de, não somente suprirmos nossas necessidades físicas e espirituais, mas de complementarmos nossa vida com as ações vivificantes deste Pai-nosso, que requer sempre que estejamos dispostos a não apenas receber, mas, principalmente, a dar.

  • Quando tomamos atitudes coerentes com aquilo que pregamos ou oramos, principalmente no tocante ao pecado, procurando não somente orar ao Pai que nos livre do mal, mas buscando, também, nos distanciar e nos livrar daquilo que nos traz tentação.

  • Quando o sentido na nossa vida é Deus e a oração torna-se tão indispensável para nós quanto o ar que respiramos e a necessidade de comunhão com Deus transforma-se no pulsar incessante do nosso coração.

  • Quando encontramos em Jesus a chave que abre a porta pra uma nova vida repleta de bênçãos, repleta da unção do Espírito Santo renovador que nos capacita a caminhar, por mais que o caminho seja pedregoso; a lutar, por mais dura que seja a batalha; a vencer, por mais que aos nossos olhos a vitória pareça impossível, e a enxergar a vida não com os olhos carnais limitados da nossa existência, mas com os olhos repletos do amor de Deus, que são os olhos da salvação.

  • Quando o amor é o motivo da nossa oração, nos levando a crucificar o nosso ego por amor a Jesus.

  • Quando fazer a vontade de Deus não nos parece mais uma dura obrigação, mas um delicioso prazer.

  • Quando compreendemos que a verdadeira oração é demonstrada através de gestos significativos, grandes ou pequenos, que demonstram o tamanho do compromisso que temos com Deus a cada súplica que fazemos.

  • Quando ansiamos por estar na presença do Senhor para ouvir aquilo que Ele tem a nos dizer, mesmo que vá contra o que pensamos, sentimos e queremos.


Viver uma vida de oração é mais que ajoelhar-se para repetir palavras aleatoriamente, palavras já prescritas em fórmulas aparentemente mágicas que visam manipular a vontade de Deus. Oração é vida, é comunhão viva e direta com o Pai, é fonte de alegria e prazer, não de obrigação religiosa. Orar é reconhecer-se limitado, é enxergar-se pequeno diante do mundo e das coisas do mundo; é enxergar em Deus toda a sua infinitude e plenitude, é assumir posição de servo humilde e desprendido de valores mesquinhos. Oração é a celebração da fé, é a esperança na solução dos nossos problemas, é uma arma eficaz contra os poderes das trevas e contra o mal que existe dentro do nosso próprio coração.
     Infelizmente não são todas as pessoas que crêem em Deus, que consideram a sua Palavra e levam em conta os seus ensinamentos. Quando perdidas, sem rumo, tristes, derrotadas, apelam a coisas mais limitadas que elas, materiais, inanimadas, incapazes de mover-se ou de sentir misericórdia e compaixão, incapazes de compreender seu coração aflito e suas dores. Estas pessoas se mostram auto-suficientes por fora, mas no escuro do seu quarto, com a cabeça recostada no travesseiro, perdem o sono, choram, agonizam e, mesmo duvidando da existência de um Ser divino, murmuram escondidas suas preces mais desesperadas, na esperança que alguém em algum lugar as ouça.
     Enquanto a ciência tenta provar a inexistência de Deus, enquanto alguns tentam convencer-se de que Deus é apenas uma idéia antiquada, muitos joelhos dobram-se diariamente no mundo inteiro buscando algo que a ciência jamais poderá lhes mostrar. Vidas são restauradas, o amor é renovado nos corações, o perdão surge de onde só havia ódio, a Palavra de Deus é pregada, os cegos voltam a enxergar, os mudos falam, os paralíticos andam, os mortos ressuscitam. E não estamos na Idade Média nem há dois mil anos atrás; estamos em pleno século XXI. A oração de fé confunde a ciência descrente. Homens e mulheres de fé triunfam e experimentam verdadeira transformação de vida. E é tudo isso que a sociedade mais precisa: de oração, pois só assim os milagres que todos esperamos podem, então, aparecer.
     Qual o milagre que você espera acontecer na sua vida? Então ore, hoje, agora, sempre.


Mizael de Souza Xavier

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