Quem é Deus? Quem é Jesus Cristo? Quem
é o Espírito Santo? Todos os cristãos do mundo inteiro conhecem as respostas
que respondem a estas três perguntas. E sabem também que os três são apenas UM:
Jeová. Antes de dar início ao que pretendo escrever aqui, gostaria que o leitor
se recordasse do que sabe a respeito das três pessoas da Trindade nos seguintes
termos:
·
Seu poder em criar
e manter o mundo e tudo o que nele há.
·
A existência
humana pelas mãos do Deus criador, sua origem e seu destino após a morte.
·
Os Deus
imanente e transcendente.
·
A natureza de
Deus: Deus é Espírito e é pessoal, ele age e interage conosco.
·
O seu caráter
perfeitamente bom, repleto de amor e de justiça, mas também de juízo.
·
A sua relação
com o universo: governando-o e sustentando-o pelo seu poder.
·
Os atributos
naturais de Deus: Onipresença, Eternidade, Onisciência, Sabedoria, Onipotência,
Soberania, Constância.
·
Os seus
atributos morais: Bondade, Amor, Santidade, Justiça.
·
A pessoa de
Jesus Cristo: seu papel na criação do Universo e do homem, sua obra salvítica
(vida, morte, ressurreição, ascensão, glorificação, segunda vinda).
·
O caráter de
Cristo como Mestre, Amigo, Pastor.
·
Sua santidade,
sabedoria e servidão.
·
O poder de
Cristo para salvar o homem, libertá-lo e remi-lo pelo seu sangue precioso
derramado na cruz.
·
O papel único
de Cristo como Sumo sacerdote, Mediador entre Deus e os homens, fundamento e
noivo da Igreja.
·
A figura de
Jesus como Deus, Soberano Senhor, Salvador e Rei.
·
O Jesus que
responde nossas orações, que nos consola, que nos enche com seu poder, que nos
governa e nos conduz em vitória.
·
Toda autoridade
de Cristo e seu poder para operar segundo a vontade do Pai.
·
O Espírito
Santo que convence do pecado, da justiça e do juízo.
·
O arrependimento
e a fé para a salvação que o Espírito Santo produz na vida do pecador.
·
A Santificação
que Ele opera na vida do crente, sua consolação e capacitação para a obra de
Deus.
·
O seu selo que
nos identifica como filhos da promessa e de Deus, que nos separa do mundo e nos
consagra para servimos a Deus por meio de Cristo.
·
O poder da Trindade,
operando eficazmente na vida do ser humano, Autossuficiente, Toda-poderosa.
·
A incapacidade
do homem em ser bom e justo e em prover salvação a si mesmo.
·
A dependência
total do homem de Deus.
·
A inutilidade
das obras do homem em favor próprio, tanto para salvar-se, quanto para agradar
a Deus.
·
A necessidade
da graça salvadora e santificadora, que é a única capaz de produzir algo bom no
ser humano, de modo que ele produza o bem pretendido por Deus.
·
A necessidade
de Deus que o homem tem e que nada nem ninguém, a não ser o próprio Deus trino,
pode satisfazer.
Um breve estudo da epístola de Paulo aos romanos mostrará que nada somos
sem Deus e que sem Ele nada podemos realizar. Mostrará ainda que tudo o que
precisamos está nele e se quisermos algo devemos nos dirigir a Ele da maneira
que o Senhor Jesus nos ensinou: em seu Nome. Somente por meio de Cristo podemos
ir a Deus. Somente o Deus trino deve ser glorificado, servido, adorado,
cultuado. A Bíblia, em texto algum, mostra que existe um meio para chegar a
Cristo que não a fé o próprio Cristo, e esse nos conduz diretamente a Deus. As três
pessoas da Trindade nos bastam.
É por meio de Cristo, apenas de Cristo, que recebemos a graça de Deus,
tanto a graça salvadora quanto suas graças, isto é, suas ricas bênçãos que Ele
amorosamente derrama sobre nós. E isto está muito bem explicado na Bíblia. Nós nada
merecemos, nada podemos fazer para agradar a Deus de modo a receber dele tais
graças, por isso o nome é GRAÇA, um dom imerecido. Se Deus fosse nos abençoar
por nossos méritos, estaríamos irremediavelmente perdidos. Leia o capítulo 3 de
Romanos! É pela graça, somente por meio dela que nos achegamos a Deus. Nada precisamos
fazer para merecer algo de Deus e nada podemos fazer para retribuir o que Ele
fez por nós em Cristo e continua fazendo todos os dias. E não precisamos!
Assim escreveu o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo: “Porque
dele e por meio dele e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória
eternamente. Amém” (Romanos11:36). Tudo começa nele, se desenvolve nele e volta
para Ele. Eis a razão porque enfatizei todas estas verdades que podem ser
comprovadas à luz da Bíblia Sagrada, da Palavra de Deus inspirada: dando
andamento aos meus estudos a cerca da doutrina católica-romana sobre Maria, mãe
de Jesus, deparei com um livro que pode ser considerado um dos mais importantes
dentro da Mariologia, por trazer a sistematização da verdadeira devoção
católica a Maria. O livro escrito pelo santo católico Luís Maria Grignion de
Montfort, chama-se “Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem” e traz
declarações impressionantes que colocam Maria no centro da adoração católica,
com a desculpa de ser este o meio escolhido por Deus para levar os homens até
Jesus.
Em sua obra, o referido santo (p. 241, 244, 245, 249 – grifo meu).
coloca as coisas da seguinte maneira:
É preciso fazer todas as ações por Maria, quer
dizer, em todas as coisas obedecer à Santíssima Virgem, e em tudo conduzir-se
por seu espírito, que é o santo espírito de Deus (...) É mister fazer todas as
ações com Maria, isto é, em todas as ações olhar Maria como um modelo
acabado de todas as virtudes e perfeições, que o Espírito Santo formou numa
pura criatura, e imitá-lo na medida de nossa capacidade (...) É precisa fazer
todas as ações em Maria (...) É preciso fazer finalmente todas as ações para
Maria.
O autor exorta seus leitores a entregarem toda a sua vida, suas ações e
suas obras à Maria, consagrando-se completamente a ela. Sobre essa necessidade
extremada da consagração a Maria para agradar a Deus, S. Luís cita a total
dependência que Jesus teve de Maria durante seus 30 anos em que esteve com ela.
Ele assevera que Jesus “deu mais glória a Deus seu Pai durante todo esse tempo
de submissão à Santíssima Virgem, como não lhe deu empregando os últimos três
anos de sua vida a fazer prodígios, a pregar por toda parte, a converter os
homens. Oh, que grande glória damos a Deus, submetendo-se a Maria, a exemplo de
Jesus”. Creio que o leitor deve ter sentido, assim como eu, uma pontada no
coração ao perceber que, para o santo católico, a dependência de Jesus por
Maria glorificou mais a Deus que a salvação que Ele trouxe aos homens! Isto é:
Maria está acima da própria obra salvítica de Jesus e é mais importante que a remissão
dos pecados.
O autor continua e mostra a estreita relação de dependência de Maria por
parte da Trindade. Aquela Trindade Onipotente, Onipresente e Onisciente que
relembramos acima, é totalmente submissa a necessidade de escravização do fiel
católico a Maria. Vejamos (p. 135, 136):
Deus Pai nos deu e dá seu Filho por ela somente, só
produz outros filhos por meio dela, e só por intermédio dela nos comunica suas
graças. Deus Filho foi formado para todo o mundo, por ela, e não é senão por
ela que é formado todos os dias, e gerado por ela em união com o Espírito
Santo, e ela é a única via pela qual nos comunica suas virtudes e seus méritos.
O Espírito Santo formou Jesus Cristo por meio dela, e por meio dela forma os
membros de seu corpo místico, e só por ela nos dispensa seus dons e favores.
Amado leitor ou leitora, católico(a)
ou não, releia o texto acima e responda: existe qualquer versículo em toda a
Bíblia – seja a versão católica, a protestante, a dos Testemunhas de Jeová, a
Torá ou qualquer uma outra – que confirme o que acabamos de ler? Um versículo
apenas, somente um, que manifeste claramente o que o santo católico afirmou em
seu livro? Eis o que Montfort “profetizou” a respeito de sua própria obra,
escrita no século XVIII (p. 122):
Vejo, no futuro, animais frementes que se precipitam
furiosos para dilacerar com seus dentes diabólicos este pequeno manuscrito e
aquele de quem o Espírito Santo se serviu para escrevê-lo, ou ao menos para
fazê-lo ficar envolto nas trevas e no silêncio de uma arca, a fim de que ele não
apareça.
Talvez eu seja um desses “animais
frementes”, mas creio não estar sendo movido por “dentes diabólicos”, mas pelo
Espírito Santo de Deus. Outras declarações contidas neste pequeno livro mostram
em que lado realmente o diabo estava operando:
Ou, ainda, pedi a Jesus, em união com Maria, que, por
meio dela venha à terra o seu reino, ou a divina sabedoria, ou o amor divino,
ou o perdão de vossos pecados, ou qualquer outra graça, mas sempre por Maria e
em Maria (p. 255).
Esta boa Mãe, depois de receber a oferenda perfeita
que lhe fizemos de nós mesmos e de nossos próprios méritos e satisfações, pela
devoção de que falei, depois de nos ter despojado de nossos antigos hábitos,
limpa-nos e nos torna dignos de aparecer diante de nosso Pai celeste (p. 195).
Deus, feito homem, encontrou sua liberdade em se ver
aprisionado no seio da Virgem Mãe; patenteou a sua força em se deixar levar por
esta Virgem santa; achou sua glória e a de seu Pai, escondendo seus esplendores
a todas as criaturas deste mundo, para revelá-las somente a Maria; glorificou
sua independência e majestade, dependendo desta Virgem amável, em sua
conceição, em seu nascimento, em sua apresentação no templo, em seus trinta
anos de vida oculta, até a morte, a que ela devia assistir, para fazerem ambos
um mesmo sacrifício e para que ele fosse imolado ao Pai eterno com o
consentimento de sua Mãe, como outrora Isaac, com o consentimento de Abraão à
vontade de Deus (p. 27).
Esses breves trechos exemplificam o
que o autor sente por Maria e nos dão apenas uma amostra do que trata seu
livro. E o que as autoridades da Igreja Católica Apostólica Romana dizem a
respeito disso? Embora o Concílio Vaticano II tenha procurado amenizar um pouco
o discurso triunfalista sobre Maria, colocando-a como figura histórica e humana
na sua teologia, sabemos que não é bem isso que acontece na prática. A devoção
escrava a Maria permanece firme e todos os escritos antigos, mesmo os mais
triunfalistas como o de Montfort, o de Ligório e o de Roschini, continuam
bastante atuais. A respeito do Tratado da verdadeira devoção à Santíssima
Virgem e do seu autor, o padre F. W. Faber, no prefácio dessa obra, escreve (p.
11): “A 12 de maio de 1853, foi promulgado, em Roma, o decreto que declara os
seus escritos isentos de todo erro que pudessem servir de obstáculo à sua
canonização”.
Como os Bispos de Roma são isentos
de erros teológicos, pois ocupam a cátedra de Pedro e falam em nome de Jesus,
como se Ele próprio falasse, o fiel católico é levado a crer que as seguintes
declarações de Montfort são dignas de fé, inspiradas e isentas de qualquer
equívoco (p. 20-23):
Os santos disseram coisas admiráveis desta cidade
santa de Deus... E, depois, proclamaram que é impossível perceber a altura dos
seus méritos, que ela elevou até ao trono da Divindade, que a largura de sua
caridade, mais extensa que a terra, não se pode medir; que está além de tôda compreensão
a grandeza do poder que ela exerce sobre o próprio Deus... Todos os dias, dum
extremo da terra a outro, no mais alto dos céus, no mais profundo dos abismos,
tudo prega, tudo exalta a incomparável Maria... os próprios demônios são obrigados,
de bom ou mau grado, pela força da verdade, a proclamá-la bem-aventurada. Vibra
nos céus, como diz São Boaventura, o clamor incessante dos anjos: Sancta, sancta, sancta Maria, Dei Genitrix
et Virgo; e milhões e milhões de vezes, todos os dias, eles lhe dirigem a
saudação angélica: Ave, Maria...
prostrando-se diante dela e pedindo-lhe a graça de honrá-los com suas ordens...
Toda a terra está cheia de sua glória, particularmente entre os cristãos, que a
tomam como padroeira e protetora em muitos países, províncias, dioceses e
cidades... Devemos, portanto, exclamar como o apóstolo: Nec oculus vidit, Nec audivit, Nec in cor hominis ascendit (1 Cor
2, 9) – os olhos não viram, o ouvido não ouviu, nem o coração do homem
compreendeu as belezas, as grandezas e as excelências de Maria, o milagre dos
milagres da graça, da natureza e da glória.
Essas palavras, o fiel precisa crer
porque São Luís não erra nunca em sua doutrina, são dignas de fé. Mas elas não são
nada para se comparar com o restante da obra e com a obra dos autores
supracitados. Para completar este breve relato, gostaria de incentivar o leitor
a ler neste mesmo blog as impressionantes semelhanças entre Maria e a Trindade.
Que o Senhor Deus coloque na boca de seus profetas a Palavra da verdade, para
que, pregando, possam fazer Jesus conhecido do mundo todo, em especial dos
católicos, que permanecem perdidos em suas doutrinas e escravos de alguém que
já morreu: Maria, quando deveriam exaltar e honrar o único Deus e Senhor Jesus Cristo.
Mizael Xavier.
18 de janeiro
de 2013.
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Eu ficaria com muito medo desta escritura em Gálatas 1:8, 9 e 10. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos agora de novo também vo-lo digo. se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. a salvação é somente por Cristo, a salvação vem dos judeus e não de Roma. Somente Cristo é sacerdote segundo a ordem de Mesquisedeque e intercede pelos salvos.
ResponderExcluirPorque você não faz as citações de forma correta? Você cortou as partes em que o autor explica cada uma de suas afirmações. Se for para pegar partes isoladas dos escritos e tirar suas conclusões sobre elas, até as sagradas escrituras podem estar erradas. Você está buscando o que lhe convém, e não a verdade!
ResponderExcluirEste estudo é bem maior e tem mais de 300 páginas... postei apenas uma milésima parte dele.. com certeza explico bem melhor, mas aqui não cabe
ExcluirO quarto mandamento da lei de Deus ensina: "Honrarás os teus pais". Jesus, Perfeito Deus e perfeito homem, disse no Evangelho: "Eu não vim para abolir a Lei e os profetas, mas para cumprir"(São Mateus 5, 17). Se Jesus não amasse sua Mãe de todo o coração, como Jesus cumpriria este mandamento? E se nós, na terra, amamos nossos pais e fazemos tudo por eles, como nossos genitores, e sabendo que esta é a Vontade de Deus, como não deveria ser o amor de Jesus por sua Mãe e por São José que serviu como Protetor da Sagrada Família? E no céu, pediremos a Deus por aqueles que ficaram neste mundo, a fim de que o Senhor os conduza ao Paraíso, porque os amamos e queremos aquilo que Deus quer para eles: a salvação. Ora, Jesus é Deus. Tudo aquilo que sua Soberana Vontade deseja se cumpre, pois é o Criador de todas as coisas. No Céu, Jesus não somente pediu por sua Mãe que ficou na terra, mas, movido por seu Amor Infinito e Onipotente, conduziu sua Mãe à mais alta glória que uma criatura poderia aspirar, e a colocou no posto mais alto do Céu, como Rainha dos Anjos e dos homens. Jesus não ficará indiferente diante das súplicas daqueles que na terra, tiverem amado e venerado sua Mãe Santíssima, e depositado nela a sua confiança.
ResponderExcluirPor favor, cite os versículos bíblicos que comprovam: "No Céu, Jesus não somente pediu por sua Mãe que ficou na terra, mas, movido por seu Amor Infinito e Onipotente, conduziu sua Mãe à mais alta glória que uma criatura poderia aspirar, e a colocou no posto mais alto do Céu, como Rainha dos Anjos e dos homens. Jesus não ficará indiferente diante das súplicas daqueles que na terra, tiverem amado e venerado sua Mãe Santíssima, e depositado nela a sua confiança."... Amamos e respeitamos nossa mãe, mas não erigimos altares para ela, não carregamos suas imagens em proceissões, não as veneremos nem adoramos em cultos intermináveis, não nos ajoelhamos diante dela.. Eu amo a minha mãe, mas jamais a adorarei.
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