PRIMEIRA PARTE
Existem muitas versões que explicam
quem é e como surgiu o “bom velhinho”, mais conhecido como Papai Noel. A
história oficial relata a vida de um santo católico que nasceu em Patera, na
Turquia, no ano 280 d.C. O seu nome verdadeiro era Nicolau Taumaturgo,
posteriormente conhecido como São Nicolau ou Saint Nicholas, mas para os
norte-americanos, Santa Claus. Filho de família muito rica, Nicolau, segundo a
tradição católica, vivia cercado de milagres e graças especiais. Ele tornou-se
monge, depois padre e aos 30 anos de idade foi nomeado bispo em Mirna.
Nicolau tinha profundo senso de
justiça e gostava de ajudar anonimamente as pessoas carentes e necessitadas.
Ele embrulhava moedas de ouro em algum pano e jogava pelas janelas das casas;
outros afirmam que ele as jogava pela chaminé. Diz-se também que ele entregava
presentes às crianças escondido. Ele faleceu em 06 de dezembro de 343, em
Mirna, sendo depois considerado santo pelos fiéis católicos, que creditavam a
ele inúmeros milagres. Após um relato em que ele ressuscitara 3 crianças que
haviam sido esquartejadas, Nicolau tornou-se o padroeiro das crianças. Em
comemoração à sua pessoa, freiras francesas passaram a distribuir doces entre
as criancinhas no dia 6 de dezembro.
Passados tantos séculos, a história
do arcebispo Nicolau mesclou-se a fábulas, crendices, festas e cultos pagãos,
transformando-o na figura do santo católico que hoje conhecemos como Papai Noel
(em francês Papai Natal). Do deus alemão Voldan, que andava no céu em uma biga
enquanto observava as pessoas que eram boas e as más, ele herdou seu trenó
puxado por renas mágicas. Foi através de um hábito pagão de entregar presentes
às pessoas no Natal que surgiu esta prática que perdura até hoje. A partir do
século 19, a literatura se incumbiu de trazer novos elementos ao Natal e ao
Papai Noel, como os duendes. Quando o comércio começou a associar a figura do
Papai Noel às vendas em suas lojas, criou-se uma incrível onda comercial que
hoje é parte inseparável do Natal que hoje comemoramos. As vestimentas do Papai
Noel e seu jeito alegre e bonachão são fruto de uma bem-sucedida campanha da
Coca-Cola, que em 1930 encomendou a figurinistas a figura do bom velhinho como
a conhecemos.
O Papai Noel que o mundo inteiro conhece hoje é alguém que mora no Polo
Norte, num lugar de neve eterna, e possui uma imensa fábrica de brinquedos,
onde um sem-número de duendes trabalha sem cessar para garantir um Natal feliz
para milhões de crianças boazinhas espalhadas por todo o planeta, em apenas uma
única noite do ano. De barba branca, vestindo roupas vermelhas e botas pretas,
ele voa por todos os continentes a bordo de um trenó puxado por renas voadoras.
Quando chega a uma casa, desce pela chaminé e deposita os presentes na árvore
de natal ou dentro de uma meia, previamente pendurada na lareira. O bom
velhinho é o ser que incorpora o verdadeiro espírito do Natal: paz, amor e
fraternidade entre os homens.
Mas será este mesmo o espírito de
São Nicolau? Estará mesmo ele a serviço da paz mundial? Existem muitas
controvérsias a respeito disso. Mas uma coisa é certa: ele movimenta
incontáveis milhões de dólares, euros, reais durante as festividades natalinas.
Mais do que qualquer outro personagem, Papai Noel incorpora perfeitamente o
espírito do consumismo desenfreado, do materialismo, da coisificação do homem,
da brevidade da vida, do hedonismo, do mecanicismo, da ambição, da desigualdade
social, do capitalismo voraz, do imperialismo americano, em fim, do amor ao
tudo ter.
A figura do bom velhinho – estampada nas propagandas e nos filmes da TV,
nos outdoors, em fotos espalhadas em todas as partes, nas canções e nas decorações
natalinas, nas fachadas e nas salas das residências, nos ornamentos dos
shoppings, no imaginário das criancinhas, nos filmes do cinema, nos cartões,
nas mentes e nos corações de quem anseia por um presente ou por um único
momento de paz, amor e fraternidade entre as pessoas – faz com que uma outra
pessoa seja sumariamente esquecida, relegada a um plano inferior, tratada com
desdém, desprezada nos enfeites natalinos e nas ornamentações dos grandes
centros comerciais, trocada por um idoso fictício de sorriso bonachão. Quem é
esse? Qual o seu nome? Ele tem presentes para dar? Quanto custa? Cabe debaixo
da árvore de Natal? Podemos pagar com cartão de crédito dividido em suaves
prestações?
É sobre esse “estranho” personagem que acaba de invadir este texto sobre
o bom velhinho que eu gostaria de falar, dando a versão verdadeira para a
criação do Papai Noel. Quem é realmente o Papai Noel? Que mente brilhante o
criou? Qual o seu verdadeiro propósito na terra? O que existe por trás dos seus
lindos presentes enfeitados com lacinhos coloridos? O que se esconde por detrás
do espírito natalino que ele tanto dissemina nesta época festiva e que seus
seguidores mais ferrenhos procuram vivenciar – ao menos uma vez por ano? É este
o objetivo da nossa investigação: conhecer a verdadeira face do seu Noel, o bom
velhinho. Ho! Ho! Ho!
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