quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A QUARTA PESSOA DA TRINDADE: Semelhanças incríveis entre Maria e a Trindade na tradição católica




Aqui citarei apenas alguns exemplos. O texto na íntegra se encontra no livro: EU SOU A NÚMERO QUATRO.

Livros consultados e suas abreviaturas nas citações:

Tratado da verdadeira devoção à santíssima virgem – S. Luíz Maria de Montfort (TVD)
Glórias de Maria – S. Afonso de Ligório (GM)
O segredo de Maria – S. Luíz Maria de Montfort (SM)


Semelhanças com Deus pai.


         Não é difícil descobrir, através da leitura que se segue, que o culto a Maria ultrapassa todos os limites de uma simples devoção ou admiração por parte dos seus fiéis. Ele é realmente colocada, senão em pé de igualdade, pelo menos em profunda semelhança com Deus Pai. A criatura, ainda que se negue isso, mescla-se definitivamente à natureza divina, a ponto de manipulá-la e dela conseguir quaisquer bênçãos e benefícios aos seus devotos. Não há como separar Maria de Deus dentro da teologia romanista, visto que Ele próprio tenha se subjugado à sua poderosa “mãe”. As mãos do Pai da eternidade estão atadas e somente são estendidas quando Maria, com seus rogos incessantes a favor dos seus mais humildes e fiéis devotos, intercede por eles e os livra da ira divina.
         Na teologia romanista, Maria não somente é uma pseudodeusa, como também dona do mover divino. Ela e Deus formam uma só pessoa.

Deus é amor: “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1João 4:8; cf. Oséias 6:4; Romanos 5:5,8; 2 Coríntios 5:14; 13:13).
Maria é amor: “Maria é nossa mãe, não carnal, mas de amor. Eu sou a mãe do belo amor (Eclo 24,24). Tão somente o amor que nos tem é que a faz ser nossa mãe” (GM, pág. 53).

Deus é Onipotente: “Então ouvi uma voz como de numerosa multidão, como de muitas águas, e como de fortes trovões, dizendo: Aleluia! Pois reina o Senhor nosso Deus, o Todo-Poderoso” (Apocalipse 19:6).
Maria é onipotente: “Não me alegueis que não vos é possível ajudar-me, pois sei que sois onipotente e de vosso Deus conseguis tudo quanto desejais” (GM, pág. 72).

Deus é Glorioso: “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos” (Salmo 19:1; cf. Isaías 42:8; 60:7; Êxodo 40:34; 1 Crônicas 16:24; Salmos; 68:34; 96:6; Romanos 11:36 e Apocalipse 7:12).
Maria é gloriosa: “... têm o paraíso todos os que anunciam as glórias de Maria” (GM, pág. 28).

Deus é Pai: “Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso” (2 Coríntios 6:17,18; cf. Isaías 64:8; Mateus 6:9; Lucas 11:13; Tiago 1:17; João 16:23; 1 Coríntios 8:6; Efésios 2:18; 4:6; Hebreus 1:5; 1 Pedro 1:17).
Maria é mãe: “Portanto, quem aspira ser filho desta grande Mãe, é preciso que primeiro deixe o pecado, e depois será sem dúvida aceito como filho” (GM, pág. 66).

Deus é Senhor do Reino: “Lembrar-se-ão do Senhor e a ele se converterão os confins da terra; perante ele se prostrarão todas as famílias das nações. Pois do Senhor é o reino, é ele quem governa as nações” (Salmo 22:27,28; cf. Mateus 6:13; 1 Crônicas29:11).
Maria é rainha do reino: “Por conseguinte estão sujeitos ao domínio de Maria os anjos, os homens e todas as coisas do céu e da terra (...) Continuai, pois, a dominar com toda a confiança;disponde a vosso arbítrio dos bens do vosso Filho; pois, sendo Mãe, e esposa do Rei dos reis, pertence-vos como Rainha o Reino e o domínio sobre todas as criaturas” (GM, pág. 36). “Quando, portanto, e é certo, o conhecimento e o reino de Jesus Cristo tomarem o mundo, será como uma conseqüência necessária do conhecimento e do reino da Santíssima Virgem Maria. Ela o deu ao mundo a primeira vez, e também, na segunda, o fará resplandecer” (TVD, pág. 24).

Deus é Santo, Santo, Santo: “Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobriam o rosto; com duas cobriam os pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda terra está cheia da sua glória” (Isaías 6:2,3; cf. Apocalipse 4:8).
Maria é santa, santa, santa: “Vibra nos céus, como diz São Boaventura, o clamor incessante dos anjos: Sancta, sancta, sancta maria, Dei genitrix et Virgo; e milhões e milhões de vezes, todos os dias, eles lhe dirigem a saudação Angélica: Ave Maria... prostrando-se diante dela e pedindo-lhe a graça de honrá-los com suas ordens (...) Toda a terra está cheia de sua glória” (TVD, pág. 21).

Deus é Redentor: “Quanto ao nosso Redentor, o Senhor dos Exércitos é o seu Nome, o Santo de Israel” (Isaías 47:4; cf. Isaías 41:14; 46:4; 54:8; 59:20; Jó 19:25; Salmos 19:14; 78:35; Jeremias 14:8; 50:34).
Maria é co-redentora: “Tendo, pois, Maria cooperando para a redenção com tanto amor pelos homens e tanto zelo pela glória divina, com razão determinou o Senhor que todos nos salvemos por intermédio da sua intercessão” (GM, pág. 141).

Deus é Salvador: “Ora, é para esse fim que labutamos e nos esforçamos sobremodo, porquanto temos posto a nossa esperança no Deus vivo, salvador de todos os homens, especialmente dos fiéis” (1 Timóteo 4:10; cf. Salmo 106:21; Isaías 43:11; 60:16; Lucas 1:47; 2:11; Atos 13:23; 1 Timóteo 2:3; 1 João 4:14; Judas 25).
Maria é salvadora: “’Em mim há toda a esperança da vida e da virtude’ (Eclo 24,25). Em suma acharemos em Maria a vida e a nossa salvação. ‘Quem me acha, achará a vida e haurirá do Senhor a salvação’ (Provérbios 8,33)” (GM, pág. 134).

Deus é Deus: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei do Egito e da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim” (Deuteronômio 5:6,7).
Maria é Deus: “A sua transformação em Deus ultrapassa a de São Paulo  e dos outros santos, mais que o céu ultrapassa a terra em altura” (Segredo de Maria, S. Luis Maria de Montfort, editora Santuário, 1998, págs. 20 e 21).

Como sabemos que temos Deus por Pai: “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Romanos 8:14; cf. 2 Coríntios 6:18; Romanos 8:15; 1 João 3:1,10; Efésios 1:5; 2:3; Gálatas 4:5-7,28).
Quem não tem Maria não tem Deus por Pai: “Assim como na geração natural e corporal há um pai e uma mãe, há na geração sobrenatural, um pai que é Deus e uma mãe, Maria Santíssima. Todos os verdadeiros filhos de Deus e os predestinados têm Deus por pai, e Maria por mãe; e quem não tem Maria por mãe, não tem Deus por pai” (TVD, pág. 35).

Somos predestinados segundo o propósito de Deus: “... assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito da sua vontade...” (Efésios 1:4,5; cf. 1:11; Romanos 8:29).
Somos predestinados segundo a vontade de Maria: “Santo Agostinho diz mesmo que, neste mundo, os predestinados estão encerrados no seio de Maria, e não vêm à luz senão quando esta boa Mãe os dá à vida eterna” (SM, pág. 16).


Semelhanças com Deus Filho.

         As semelhanças entre Maria e seu Mestre e Senhor Jesus Cristo são, como já dissemos a cerca das semelhanças com Deus Pai, muito mais que aparentes ou frutos de uma vida de imitação ao Salvador (cf. 1 Coríntios 11:1: o Apóstolo Paulo nos exorta a que o imitemos, assim como ele imitava a Cristo). Ela realmente assume muitos, ou todos, os atributos e ofícios de Cristo: Salvador, Intercessor, Mediador, Advogado... Não há nada que Cristo faça que Maria também não possa fazer, às vezes de forma mais poderosa e eficaz, como é o caso de se dizer que acharemos a salvação mais depressa se buscarmos a Maria do que se buscarmos a Cristo.
         Os teólogos romanos, abades e santos padres não atentam para o ministério de Cristo e o significado de sua morte na cruz. Atestam com veemência que Maria teve co-participação na obra da redenção e que as suas dores aos pés da cruz foram para salvar a humanidade. Ao olharem para a cruz não conseguem enxergar o Filho de Deus derramando o seu sangue; enxergam apenas as lágrimas derramadas por sua mãe e seu sofrimento sobre-humano. Daí não admira tantos textos igualando ou exaltando Maria acima do verdadeiro Senhor de nossas almas.


Jesus é Intercessor: “Por isso também pode salvar totalmente os que por ele se achegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hebreus 7:25; cf. Romanos 8:26; Isaías 53:12).
Maria é intercessora: “... da pregação sobre Maria e sobre a confiança em sua intercessão, depende a salvação de todos” (GM, pág. 30).

Jesus é Mediador: “Porque há um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo 2:5; cf. Gálatas 3:20; Hebreus 9:15; 12:24).
Maria é medianeira: “Ao mesmo tempo está fora de dúvida que pelos merecimentos de Jesus Cristo foi concedida a Maria a grande autoridade de ser medianeira da nossa salvação, não de justiça, mas de graça e de intercessão, como bem lhe chamou Conrado de Saxônia com o título de ‘Fidelíssima medianeira da nossa salvação’” (GM, pág. 131). “Com efeito, pergunta S. Lourenço Justiniano, sem essa plenitude da graça divina, como teria a Virgem podido ser a escada do paraíso, e advogada do mundo, a verdadeira medianeira entre os homens e Deus?” (GM, pág. 264).

Jesus é Rei: “Assim, ao Rei eterno, imortal, Deus único, honra e glória pelos sáculos dos sáculos. Amém” (1 Timóteo 1:17; cf. Salmo 5:2; 10:6; 24:7; 44:4; Isaías 43:15; João 1:49; Apocalipse 19:16).
Maria é rainha: “E por que é assim tão grande o vosso poder? Pergunta o Santo. Porque sois a Mãe do nosso Salvador, a esposa de Deus, a Rainha do céu e da terra” (GM, pág. 46).

Jesus é Advogado: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai: Jesus Cristo, o Justo” (1 João 2:1; cf.
Maria é advogada: “Nossa Senhora, porém, como é Rainha de todos, de todos é também advogada e lhes cuida da salvação” (GM, pág. 161).

Jesus é o Primogênito: “Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação... Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste” (Colossenses 1:15,17; cf. Salmo 89:27; Jeremias 31:9; Romanos 8:29; Apocalipse 1:5).
Maria é a primogênita: “Com efeito, é Maria a primogênita de Deus por ter sido predestinada juntamente com o Filho nos decretos divinos, antes de todas as criaturas” (GM, pág. 236).

Jesus é sem pecado: “Porquanto para isso mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca” (1 Pedro 2:21,22; cf. 1 João 1:8; 3:5; 1 Pedro 3:18; Hebreus 4:15; 2 Coríntios 5:21; Romanos 3:23).
Maria é sem pecado: “No VI concílio Ecumênico de Constantinopla (680-81) falou São Sofrônio: A Filha de Deus baixou ao ventre de Maria guardado intacto por causa da virgindade, e a virgem  estava isenta de todo contágio no corpo e na alma” (GM, pág. 252; cf. págs. 251 e 253).

Jesus é o Caminho: “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6; cf. Atos 18:26; 19:9,23; 22:4; Romanos 3:17; Hebreus 10:20).
Maria é o caminho: “Porque nestes tempos de apostasia, da purificação e da grande tribulação, o meu Coração Imaculado é o único refúgio e o caminho que vos conduz ao Deus da salvação e da paz” (MSM, pág. 634).

No Nome de Cristo os demônios são expelidos: “E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome expulsarão os demônios...” (Marcos 16:17; cf. Marcos 3:22ss; Lucas 11:14).
No nome de Maria os demônios são expelidos: “Como nuvem protege-nos dos ardores da divina justiça; como fogo defende-nos contra os demônios (...) OH! Como tremem os demônios, afirma S. Bernardo, só com ouvir pronunciar o nome de Maria” (GM, pág. 125,126). “A Ave-Maria, rezada com devoção e modéstia é, como dizem os santos, o inimigo do demônio, pondo-o logo em fuga, e o martelo que o esmaga...” (TVD, pág. 238).

Sem obediência a Cristo não há salvação: “Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem...” (Hebreus 5:8,9; cf. Atos 5:32; Romanos 10:16; 2 Tessalonicenses 1:8; 1 Pedro 4:17).
Sem servir a Maria não há salvação: “Desde que não lhe ponhamos obstáculos, alcança-nos essa divina Mãe o paraíso, pela eficácia de suas súplicas e de seu patrocínio. Aquele, por conseguinte, que a serve e conta com sua intercessão, está seguro do paraíso, como se já ali estivesse... aqueles que não servem a Maria, não se salvarão; porquanto, destituídos do auxílio da poderosa Mãe, ficam também privados do socorro do Filho e de toda a corte celeste” (GM, pág. 198).

Quem invocar o Nome do Senhor (Jesus) será salvo: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será Salvo” (Atos 2:21; cf. Atos 9:14; Joel 2:28-32).
Quem invocar o nome de Maria será salvo: “S. João Damasceno sem dificuldade dizia à Virgem Santíssima: rainha pura e imaculada, salvai-me, livrai-me da condenação eterna! S. Boaventura saúda-a como ‘salvação dos que a invocam’” (...) “Apareceu-lhe então a Senhora com o Menino Jesus nos braços e, mostrando-lhe os olhos de seu divino Filho, disse: São estes os olhos misericordiosos que posso inclinar, a fim de salvar todos aqueles que me invocam” (GM, págs. 143 e 179).

Cristo é exaltado: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Filipenses 2:9-11; cf. Atos 5:31).
Maria é exaltada: “A Santa Mãe de Deus foi exaltada acima de todos os coros dos anjos. Sim, diz o Abade Guerrico, exaltada acima dos anjos, de modo que só tem acima de si seu Filho, o Unigênito de Deus” (GM, pág. 348).

Cristo nos liberta da condenação eterna: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte” (Romanos 8:1,2; cf. Romanos 8:34; Marcos 16:16).
O “escapulário” de Maria nos livra da condenação eterna: “Os Padres Crasset e Lezena, falando do escapulário do Carmo, referem que, aos 16 de julho de 1251, apareceu a Santíssima Virgem a S. Simão Stock, na Inglaterra, e entregou-lhe um escapulário, garantindo-lhe que aqueles que o trouxessem seriam livres da condenação eterna” (GM, pág. 454).

Quem ouve as palavras de Cristo será salvo: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (João 5:24; cf. João 6:68; 1 Coríntios 1:18).
Quem ouve as palavras de Maria será salvo: “Por outro lado, diz Maria: Aquele que me serve não será condenado (Eclo 24,30). Quem a mim recorre e ouve as minhas palavras não se perderá (...) Por isso o demônio trabalha para que os pecadores, depois de perderem a graça de Deus, percam também a devoção de Maria” (GM, pág. 184).

Cristo nos dá a vida eterna: “Por isso que crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (João 3:36; cf. 5:24; 6:47,68; 10:28; 11:25; 12:25; 17:3; Mateus 25:46; Romanos 6:22,23; Tito 1:2; 1 João 5:11-13).
Maria nos dá a vida eterna: “Jacó, monge e célebre doutor entre os gregos, diz que Deus colocou Maria como ponte de salvação sobre a qual nos faz atravessar as ondas deste mundo e assim alcançaremos o tranqüilo porto do céu. Daí então a exortação de S. Boaventura: Ouvi, ó vós, desejosos do Reino de Deus: honrai e servi a Virgem Maria, e encontrareis a vida eterna” (GM, pág. 198).

Devemos fazer tudo em Nome de Jesus: “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”.(Colossenses 3:17).
Devemos fazer tudo por, com, em e para Maria: “É preciso fazer todas as ações por Maria, quer dizer, em todas as coisas obedecer à Santíssima Virgem, e em tudo conduzir-se por seu espírito, que é o santo espírito de Deus (...) É mister fazer todas as ações com Maria, isto é, em todas as ações olhar Maria como um modelo acabado de todas as virtudes e perfeições, que o Espírito Santo formou numa pura criatura, e imitá-lo na medida de nossa capacidade (...) É precisa fazer todas as ações em Maria (...) É preciso fazer finalmente todas as ações para Maria” (TVD, págs. 241, 244, 245, 249 – grifo nosso!).

Ninguém pode vir a Jesus se o Pai não o atrair: “Ninguém pode vir a mim se o pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44).
Ninguém pode ir a Jesus se Maria não o atrair: “O mesmo também, no sentir de Ricardo de S. Lourenço, diz Jesus de sua Mãe. Ninguém pode vir a mim, se minha Mãe não o atrair com suas preces” (GM, pág. 142 – grifo nosso).


Semelhanças com o Espírito Santo.

         Antes de subir aos céus, Jesus Cristo nos prometeu o Consolador (cf. João 14:16,26; 15:26; 16:7). Este Consolador seria o penhor da nossa salvação (Efésios 1:13,14) e nos testificaria como filhos de Deus (1 João 3:24). Habitaria em nós e nos daria dons espirituais (1 João 4:13). Este Consolador é o Espírito Santo da promessa, o qual nos foi dado no dia de Pentecostes e no momento em que aceitamos a Jesus como único e suficiente salvador.
         Dentro da doutrina romanista, porém, o Santo Espírito de Deus não encontra liberdade para agir (cf. João 3:8), mas acha-se aprisionado, à mercê de Maria. Além disso, ela mesma possui todos os seus atributos e ofícios, sendo consoladora e penhor dos crentes. O autor de Glórias de Maria chega a falar do “espírito de Maria”, um segundo espírito enviado por Deus ao mundo para habitar nos cristãos convertidos.
         Coexistem, portanto, no mundo o Espírito Santo e o espírito de Maria, sendo que este segundo é quem regula e confere aos homens o primeiro e todos os dons que dele advêm. Sem este segundo, o primeiro é inoperante e não pode ser dado aos homens. É isto o que confirmamos nas comparações que se seguem.


O Espírito Santo é Consolador: “E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis porque ele habita convosco e está em vós” (João 14:16,17).
Maria é consoladora: “Feliz, porém, aquele que por entre tais misérias se dirige muitas vezes à consoladora do mundo, ao refúgio dos pecadores, à grande Mãe de Deus” (GM, pág. 113).

O Espírito Santo é Penhor: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo... em quem também vós, depois que ouvistes a Palavra da verdade, o Evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o penhor da nossa herança até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória” (Efésios 1:13,14).
Maria é penhor: “Na frase de S. André de Creta é a Santíssima Virgem penhor de perdão divino. Isto é, Deus promete garantido perdão aos pecadores, quando recorrem a Maria para que os reconcilie com o Senhor, e como garantia disso lhe dá um penhor” (GM, pág. 77).

Se temos o Espírito Santo somos de Deus: “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus” (Romanos 8:14; cf. Romanos 5:5; 8:9, 16; Gálatas 4:6; Efésios 2:22; Hebreus 6:4; 1 João 4:2).
Se rezamos a Ave-Maria somos de Deus: “Não sei como isto acontece nem por que; entretanto é verdade, e não conheço melhor segredo para verificar se uma pessoa é de Deus, do que examinar se gosta ou não de rezar a Ave-Maria e o terço. Digo: gosta, pois pode acontecer que alguém esteja na impossibilidade natural ou até sobrenatural de dizê-la, mas sempre a ama e a inspira aos outros” (TVD, pág. 237 – Nota: nós sabemos ao certo porque isto acontece. Confira: 1 Timóteo 1:4, 7; 2 Timóteo 4:4; Tito 1:14; 2 Pedro 1:16 e Gálatas 1:6-10).

O Espírito Santo habita em nós através de Cristo: “E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça. E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita” (Romanos 8:10, 11; cf. 1 João 4:13; 3:24; 1 Pedro 4:14; Hebreus 6:4; 1 Tessalonicenses 4:8; Efésios 1:13; Gálatas 4:6; 2 Coríntios 1:22; Atos 19:2; 5:32; 2:17).
O Espírito Santo habita em nós se formos devotos de Maria: “Quando o Espírito Santo, seu esposo, a encontra numa alma, ele se apodera dessa alma, penetra-a com toda a plenitude, comunicando-lhe abundantemente e na medida que lhe concede sua esposa; e uma das razões por que, hoje em dia, o Espírito Santo não opera, nas almas, maravilhas retumbantes, é não encontrar ele uma união bastante forte entre as almas e sua esposa fiel e inseparável<!--[if !supportFootnotes]-->[1]<!--[endif]-->” (TVD, pág. 40, 41).

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<!--[if !supportFootnotes]-->[1]<!--[endif]--> Segundo o pensamento do autor não é a conversão a Cristo que confere ao crente o dom do Espírito Santo, mas uma anterior devoção à Maria, o que confirma as demais doutrinas que afirmam ser necessário encontrar a Cristo somente através de Maria.

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