domingo, 12 de fevereiro de 2023

BATALHA ESPIRITUAL, HERESIAS E A TOLERÂNCIA QUE DESTRÓI


BATALHA ESPIRITUAL, HERESIAS E A TOLERÂNCIA QUE DESTRÓI
Mizael de Souza Xavier

“Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?" (1 Coríntios 5:6).

Uma das grandes estratégias de Satanás na sua luta contra a verdade e a fé cristã, é contar com a tolerância que acabamos desenvolvendo às heresias que se infiltram na Igreja e certos movimentos que se dizem espirituais, mas que são uma vergonha e uma afronta ao Evangelho de Cristo. Para não sermos chatos ou taxados de arrogantes, moralistas, “santinhos” ou donos da verdade, acabamos permitindo que essas coisas façam parte da comunidade, influenciando nossa teologia e nossa prática. Em nome da “liberdade do Espírito”, aceitamos que indivíduos preguem blasfêmias contra Deus e a sua Palavra, que utilizem o púlpito para profetizar o que o Senhor não mandou profetizar, determinar bênçãos que Ele não prometeu e revelar coisas que Ele não revelou. Felizmente, as igrejas que praticam um cristianismo sério e comprometido com a verdade não abrem as suas portas nem entregam o microfone para esse tipo de pessoas. Entretanto, ainda que de forma dissimulada, elas insistem em penetrar entre os fiéis, apregoando mentiras, causando divisões e discórdias. Às vezes, numa simples discussão pela cor da farda do coral das senhoras, já se pode perceber a atuação do inimigo com o intuito de desestruturar o grupo e dissolvê-lo. Uma fofoca na esquina sobre um problema pessoal do irmão pode desencadear num problema de grandes proporções.

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Além disso, existe o cuidado para não machucar, magoar ou afastar a ovelha da comunhão com os irmãos. Então, esconde-se a sujeira debaixo do tapete, esperando que ela permaneça lá sem causar nenhum problema. Essa tolerância é destruidora, acima de tudo quando falamos numa batalha em que o inimigo ataca sem piedade. O diabo não cultiva nenhum tipo de emoção positiva pelas pessoas, mas tão somente deseja destruí-las. Ele não se importa em espalhar a discórdia, separar casais, destruir famílias, levar pastores ao suicídio, esvaziar templos. Satanás não possui nenhuma tolerância pelo bem; ele só deseja o mal. Por isso a Bíblia, especialmente o Novo Testamento, trata de maneira radical esta situação, exigindo a exclusão de tais indivíduos da comunhão da comunidade cristã. Havia uma razão para Deus não permitir que o povo de Israel se contaminasse com as outras nações. O resultado da desobediência a esta regra, trouxe toda sorte de pecados para o meio do povo, incluindo a idolatria tão abominável. O livro de Juízes retrata muito bem isso, como, por exemplo, em 3:7: “Os filhos de Israel fizeram o que era mau perante o Senhor e se esqueceram do Senhor, seu Deus; e renderam culto aos baalins e ao poste-ídolo”.

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A contaminação da Igreja não é combatida apenas no seu envolvimento com as coisas do mundo (1 Jo 2:15,16; Rm 12:2; Tg 1:27; Ef 2:1-3; 1 Co 6:18-20), mas também é um cuidado constante com as impurezas que se apresentam em sua própria estrutura. O apóstolo Paulo não apresenta a mesma tolerância da Igreja moderna. Ele entendia as consequências de se permitir que pessoas com intenções malignas permanecessem no meio dos santos. Ao defender a autoridade do seu apostolado contra os falsos apóstolos, Paulo critica os crentes de Corinto que toleravam os homens insensatos (2 Co 11:19). Ele afirma: “Tolerais quem vos escravize, quem vos devore, quem vos detenha, quem se exalta, quem vos esbofeteie o rosto” (v. 20). O apóstolo parece estar falando à Igreja hoje, que permite que falsos apóstolos se aproveitem da credulidade e da ignorância bíblica das pessoas para exercer autoridade sobre a sua fé, enganando-as com palavras fictícias para arrancar seu dinheiro. As seitas neopentecostais estão repletas de bispos que escravizam a mente dos fiéis com promessas falsas, objetos ungidos e ameaças. Todos são literalmente “devorados” por esses falsos profetas, que não buscam outra coisa senão o enriquecimento financeiro ilícito.


Outro exemplo está na sua primeira carta aos crentes de Corinto, onde ele reprova diversas atitudes carnais daqueles irmãos que, apesar dos seus dons espirituais, viviam na imoralidade, ao ponto de haver quem se atrevesse a possuir a mulher do seu próprio pai (5:1). A orientação dada pelo apóstolo é que fosse retirado do meio da comunhão da igreja aquele que estava praticando tal pecado (vs. 2-5). Ele escreve: “Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda toda a massa?” (v. 6). O velho fermento precisa ser lançado fora! Ele escreve, ainda: “Já em carta vos escrevi que não vos associeis com os impuros; refiro-me, com isto, não propriamente aos impuros deste mundo, ou aos avarentos, ou roubadores, ou idólatras; pois neste caso, teríeis de sair do mundo. Mas agora vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem sequer comais” (vs. 11,12). Os membros sadios não podem sair da igreja, da mesma forma que é impossível que saiam do mundo; o indivíduo impuro é quem deve se retirar para que os puros sejam preservados.

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As sete Igrejas e os falsos ensinos

Está claro que a associação de que Paulo fala é para praticar as mesmas coisas. Todavia, ao invés de disciplinar essas pessoas e excluí-las da Igreja, tendemos a tolerá-las, deixando-nos levar por seus pecados e permitindo que as suas práticas infames influenciem o ambiente eclesial. Outra coisa que fica bastante clara nesse texto, é que tais pessoas não são irmãos verdadeiros, mas “se dizem irmãos”. Os seus frutos demonstram totalmente o contrário. Escrevendo a Tito, Paulo também o exorta a respeito de pessoas desse tipo que estavam infiltradas na Igreja (Tt 1:10-16). O contexto desta exortação parte das qualificações dos ministros que, entre outras coisas, deveriam se apegar à palavra fiel, “que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem” (v. 9). Ao denunciar o caráter desses falsos mestres (vs. 10,16), suas ações e sua hipocrisia (v. 16) e o seu péssimo testemunho no mundo (vs. 12,13), Paulo deixa claro que o objetivo deles é enganar as pessoas por meio de ensinos errados, movidos por sua ganância. Esses indivíduos demonstravam uma imensa incoerência entre a fé que professavam e a sua prática de vida, o que os tornava abomináveis, desobedientes e reprovados para toda boa obra (v. 16). Eis uma razão escondida por trás da inoperância de muitos crentes: eles não se envolvem na obra do Senhor porque são indivíduos desobedientes e reprovados.

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A solução de Deus para essas pessoas não é a tolerância. Paulo afirma: “É preciso fazê-los calar” (v. 11). As suas doutrinas não devem ser ouvidas, seus ensinamentos não devem ser permitidos, mas é necessário repreendê-los severamente, para que sejam sadios na fé (v. 13). Ele exorta mais adiante: “Evita o homem faccioso, depois de admoestá-lo primeira e segunda vez” (3:10). Por trás dessas práticas carnais e dos falsos ensinos, como já aprendemos, está a influência de Satanás. Quando não infiltra seus soldados no meio da Igreja, utiliza seus próprios membros para espalhar a destruição. Esses membros são os crentes carnais, que não se firmam na fé e também não procuram aprender a verdade para obedecê-la. Atualmente, muitos ensinos e práticas contrários à Palavra de Deus têm sido aprendidos na Internet e reproduzidos no meio da Igreja. A liderança não pode ser permissiva, mas deve tratar com seriedade esta situação, porque um pouco de fermento pode levedar realmente toda a massa.

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A forma correta de agir é por meio do discipulado, do ensino e da aplicação correta da disciplina, com o intuito de preservar a unidade e a santidade dos membros da Igreja. Esses três elementos juntos – discipulado, ensino e disciplina – fornecem aos membros do corpo a edificação necessária para crescerem saudáveis, conduzindo-os à obediência a Cristo. Para aqueles que andam de forma desordenada, tanto em questões de comportamento como de doutrina, a disciplina é importante para corrigir suas ações e trazê-los de volta à verdade evangélica. O Novo Testamento deixa bastante claro a aplicação da disciplina na Igreja (Mt 16:19; 18:18; Jo 20:23; 1 Co 5:2,7,13; 2 Co 2:5-7). A ideia primária da disciplina é fazer com que o insubordinado se arrependa e seja liberto (2 Ts 3:14,15; Tt 3:10). Embora a cura seja o ideal, haverá casos em que ela não surtirá nenhum efeito, principalmente quando estivermos lindando com um falso crente. Após um processo de exortações e admoestações, caso o indivíduo insistir em suas práticas, a sua exclusão da comunhão com a Igreja deve ser aplicada (Mt 18:17; 1 Co 5:13; Tt 1:10,11; 3:10; 1 Tm 1:20). O objetivo da excomunhão nos casos descritos na Bíblia é que o pecado irresoluto ou os falsos ensinos não contaminem o restante do corpo. Se essa excomunhão não for devidamente aplicada, corre-se o risco de uma infecção generalizada, que poderá fazer desviar os membros que estavam sadios. Este é o objetivo de Satanás.

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Uma Igreja doente não prega o Evangelho, não ora, não ensina a Palavra de Deus, não influencia o mundo com a luz e o sal de Cristo, não pratica as boas obras, não busca o Reino dos céus, não anseia pela volta de Jesus. Tal Igreja assemelha-se à igreja de Sardes, para a qual o Senhor escreveu: “Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus” (Ap 3:1,2). A solução para o problema daquela igreja era lembrar-se do que recebera e ouvira, guardá-lo e arrepender-se. Isto é: relembrando e praticando a doutrina correta, aquela igreja voltaria ao seu estado original de santidade. As outras igrejas descritas no Apocalipse enfrentavam seus próprios problemas, e muitos envolviam questões de desvio moral e desvio doutrinário. A igreja de Éfeso estava numa luta constante contra os falsos apóstolos, homens mentirosos que se infiltraram na comunidade, embora eles mesmos tivessem abandonado seu primeiro amor (2:1-7). O retorno às primeiras obras é apresentado como uma solução eficaz para aquela comunidade (v. 5). A igreja de Esmirna enfrentava a influência de alguns que se declaravam judeus, mas que eram, na verdade, da sinagoga de Satanás, o que mostra a ação do inimigo na igreja por meio de pessoas (2:8-11).

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A igreja de Pérgamo, apesar de não ter negado a fé mesmo diante da idolatria daquela cidade (2:13), tolerava alguns indivíduos que sustentavam duas doutrinas heréticas; a de Balaão e a dos nicolaítas (vs. 14,15; a igreja de Éfeso odiava esta última, cf. 2:6). Vemos na igreja de Tiatira uma tolerância declarada pelo próprio Senhor (2:18-29). Aquela igreja possuía muitos pontos positivos: obras, amor, fé, serviço, perseverança e um progresso visível, porque as suas últimas obras eram mais numerosas que as primeiras (v. 19). Todavia, o Senhor afirma: “Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos” (v. 20). Este fato apenas confirma aquilo que dissemos no decorrer deste capítulo: o ataque do inimigo é contra a verdade; ele introduz ensinos mentirosos nas igrejas para desviar os crentes da sã doutrina e levá-los a pecar. Quantos profetas e profetisas hoje estão espalhados pelas igrejas, pregando e ensinando mentiras, trazendo novas revelações e doutrinas de demônios, sendo tolerados e reverenciados por quem não suporta a verdade. No v. 24 fica bastante claro que o ensino e as ações daquela Jezabel estavam diretamente ligados a Satanás.

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A igreja da Filadélfia parece ter sido a única que de fato guardou a Palavra do Senhor (3:7-13). Percebe-se como estar certo ou errado, em santidade ou em pecado, no caminho certo ou no caminho errado, firme na fé ou desviado, do lado de Deus ou do lado de Satanás está sempre ligado a pregar e viver a verdade. Apesar de a igreja em Filadélfia ter pouca força, ela guardava a Palavra do Senhor e não negava o seu Nome (vs. 8,10). Ali também havia a influência de indivíduos da sinagoga de Satanás, que se declaravam judeus, mas mentiam; entretanto, aqueles irmãos permaneciam firmes na verdade que lhes fora revelada. A igreja de Laodiceia (3:14-22) é contada como uma igreja morna, capaz de fazer o Senhor vomitar (vs. 15,16). Laodiceia era uma das cidades mais ricas da Ásia Menor. A riqueza daquela igreja levou-a a soberba, a crer que já possuía tudo, quando não possuía nada (v. 17). O Senhor convida aqueles irmãos a valorizarem o que de fato importava: as riquezas espirituais e celestiais capazes de lhes devolver a visão (v. 18). Nos dias de hoje, vemos muitas igrejas, acima de tudo as neopentecostais, pregarem a conquista de bens e riquezas materiais, esquecendo-se das celestiais. Elas transformam a fé num instrumento de barganha com Deus, reduzindo a espiritualidade cristã a uma busca constante por felicidade e prosperidade neste mundo. Jesus está batendo à porta dessas igrejas, querendo transformar vidas que ali estão enganadas por Satanás e pelo seu próprio desejo ganancioso. Ele deseja transformar o culto a si mesmo num culto verdadeiro a Deus.

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

PORTA LARGA OU PORTA ESTREITA: POR QUAL CAMINHO VOCÊ TEM ANDADO?


PORTA LARGA OU PORTA ESTREITA: POR QUAL CAMINHO VOCÊ TEM ANDADO?
#MizaelSouzaXavier

"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores" (Mateus 7:15).

É interessante como esta exortação do Senhor vem logo após aquela em que nos exorta a entrar pela porta estreita para que tenhamos vida (vs. 13,14). A porta larga conduz a um caminho fácil, cujo final é a morte. Desde a época de Jesus e a era apostólica até os dias de hoje, pregadores têm se levantado para apresentar um tipo de evangelho que pode ser definido como "evangelho da porta larga". Ele dispensa a necessidade e os resultados do sacrifício de Cristo na cruz e elimina a cruz que cada um precisa carregar (compromisso integral com o Senhor) e que requer livrar-se do peso do pecado. Até mesmo as pregações mais sinceras a respeito da salvação pela fé em Jesus Cristo têm ocultado o preço a ser pago, não para seguir a Jesus, mas por seguir a Jesus. Para que sejamos reconciliados com Deus e alcancemos a salvação eterna, Jesus pagou um alto preço ao verter seu precioso e imaculado sangue no madeiro. Este preço nos "comprou" para Deus (cf. 1 Coríntios 6:20; 7:23; Atos 20:28; Gálatas 3:13; Hebreus 9:12; Apocalipse 5:9).

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O "evangelho da porta larga" é aquele que diz: "Vinde como estás", sem acrescentar: "Mas não permaneça desse jeito". É o evangelho que nos apresenta Jesus como um bom amigo, mas não o revela como Senhor; que promete que Ele nos livrará de todos os nossos problemas, mas não diz que o nosso problema real é o pecado e é dele que o Senhor veio nos libertar. O apóstolo Paulo escreveu: "Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados" (Colossenses 1:13,14). O falso evangelho da porta larga, porém, não tem interesse em nada que não seja deste mundo, que não se possa tocar aqui e agora: bênçãos materiais, prosperidade financeira, saúde total e felicidade plena.

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Os falsos profetas denunciados pelo Senhor Jesus apresentam-se como santos e, em alguns casos, chamam-se de apóstolos. Eles carregam boas intenções nas suas palavras, porque, aparentemente, preocupam-se com a vida dos seus fiéis, oferecendo-lhes um evangelho de facilidades e vitórias, por meio de uma mensagem antropocêntrica e triunfalista. Aqui vale aquela máxima: nem tudo que reluz é ouro. Uma fé que está centrada nas conquistas deste mundo é a pavimentação da estrada que leva para o inferno. Assim nos exorta o apóstolo João: "Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente" (1 João 2:15-17).

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O Senhor Jesus também mostra que é possível distinguir esses pregadores, que são verdadeiros lobos em pele de ovelhas: eles são conhecidos pelos frutos que produzem (Mateus 7:16-20). Que frutos são produzidos por quem prega mentiras para desviar o pecador do caminho estreito e levá-lo a trilhar o caminho largo? Podemos pensar em três pontos: fé, caráter e comportamento. Eles são maus, portanto, seus frutos são igualmente maus. Tudo aquilo que não provém da verdade não se sustenta, não produz bons resultados. Uma fé mentirosa só produz morte espiritual. Eles oferecem destruição embrulhada em papel colorido. Sobre isto, temos o alerta do apóstolo Paulo: "Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos" (Romanos 16:17,18).

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A entrada larga e o caminho espaçoso podem agradar os olhos num primeiro momento, mas aos poucos, aqueles que entram por ele acabam percebendo que é uma viagem para longe de Deus. Alguns só descobrirão isso quando não houver mais possibilidade de retornar e entrar pela porta estreita. De nada valerá a sua religiosidade, seus rituais, suas obras de autojustiça, suas vitórias terrenas. Não se pode entrar pela porta larga nem andar pelo caminho estreito esperando encontrar Deus na viagem e a vida eterna no final. Uma citação atribuída ao reverendo Hernandes Dias Lopes, lança um alerta: "O inferno existe e fica no final de uma vida sem Cristo". A porta larga é uma vida sem Cristo ou uma fé em Jesus Cristo sem as reivindicações do Evangelho, um cristo genérico, "made in Hell" e que para a danação eterna leva os seus seguidores.

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Se queremos a vida eterna, o caminho é apertado e não é possível seguir por ele com o fardo dos nossos pecados atados à nossa alma, como bem exemplificou John Bunyan, no livro "O peregrino". É preciso que nos livremos desse fardo e o único jeito de fazer isso é olhando para a cruz de Cristo. Nela, temos completa redenção, quando justificados pela graça de Deus, mediante a fé. Foi na cruz que o Senhor cravou o escrito de dívida que era contra nós e nos libertou da lei do pecado e da morte (Colossenses 2:13-15; Romanos 8:1,2). Os lobos devoradores não apresentam essas verdades, mas uma versão falsificada de Jesus, que não salva e que tolera o pecado. É importante pensar a respeito dessas coisas, porque aqueles que seguem o "evangelho da porta larga", seguem um caminho de morte para a segunda morte.

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Para e pense sobre os motivos que te levou a seguir a Jesus ou a frequentar uma igreja cristã. Talvez alguém tenha te convencido que Jesus resolveria todos os seus problemas ou tenha te prometido uma vida cheia de bênçãos. Talvez você apenas segue a cultura religiosa da sua família, mas jamais parou para pensar a respeito da sua salvação pessoal. Alguns seguem a Jesus porque seus ensinamentos são bons e cheios de amor altruísta. Outros o seguem porque desejam ser pessoas melhores. Por mais interessantes que estes e outros motivos similares sejam, todos são convites à porta larga. O Evangelho da porta estreita chama os pecadores ao arrependimento, a chorarem e lamentarem o fato de que estão miseravelmente perdidos e que seus pecados são uma afronta a um Deus infinitamente Santo, Justo e Bom e que, por isso, estão separados dele e carentes de salvação (Romanos 3:23,24). Mais do que remorso, reconhecer isso leva à conversão sincera e, como resultado, uma vida santa e obediente.


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Para as pessoas que seguem a Jesus enquanto trilham o caminho largo da segunda morte, a mensagem do Evangelho é loucura (1 Coríntios 1:18-25). Algumas realmente afirmam não estar preocupadas se estão acreditando em heresias, uma vez que estejam se sentindo abençoadas: "Dane-se a sã doutrina, eu quero é a minha benção". Elas obedecem cegamente duas mentiras do diabo: primeira, que uma vida repleta de bênçãos é sinal da aprovação divina; segunda, de modo contrário, uma vida de tribulações é sinal do castigo divino. Elas agem assim porque não estão interessadas em Deus, mas nos seus milagres. Elas são o retrato fidedigno daquilo que o apóstolo Paulo profetizou ao enfatizar a importância da pregação da Palavra de Deus:

"Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas" (2 Timóteo 4:1-4).

O evangelho da porta estreita e do caminho largo, além de ter a perdição como destino, não produz vida nem mudança de vida. Ele pode produzir uma falsa sensação de bem-estar e facilidade, mas não traz a esperança eterna. Aqueles que por ele baseiam a sua, experimentam uma falsa conversão, permanecem mortos em seus delitos e pecados e pecando. Eles não se submetem nem creem em doutrinas, como também não servem a Deus, não produzem frutos, não praticam as boas obras, não evangelizam e nem se solidarizam com a dor do seu próximo. Muitos deles estão sendo enganados e se autoenganando, até que o verdadeiro Evangelho fala a sua alma e o Espírito Santo os converte.

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terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

DEZ FORMAS DE LIDAR COM O MAU TESTEMUNHO DO CRISTÃO


DEZ FORMAS DE LIDAR COM O MAU TESTEMUNHO DO CRISTÃO
Mizael de Souza Xavier

PREÂMBULO

Enquanto produzia este estudo, já quase na conclusão, fiz uma enquete no Facebook (em grupos católicos e evangélicos) com a seguinte questão: "O que devemos fazer quando vemos alguém que professa ser cristão cair no pecado?". Logo fui surpreendido com a seguinte resposta em um grupo: "Nesse caso, eu cuidaria da minha vida. Se o próximo cai no pecado e sabe que o que está fazendo é pecado, eu não ligo nem dou a mínima. Cuido da minha vida e faço o meu e o resto que se exploda". Embora absurdo, nada melhor para introduzir este tema, que fala sobre a forma com que as pessoas do mundo e os cristãos (ou crentes, como o queriam chamar) lidam com as faltas alheias. Enquanto alguns querem mais é que tudo se exploda, outros querem detonar com todos, mas poucos estão interessados em agir com amor e misericórdia.

INTRODUÇÃO

"Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados" (Efésios 4:1).

Escrevendo aos irmãos da cidade de Éfeso, o apóstolo Paulo exorta-os a viverem em conformidade com a sua nova vida em Jesus Cristo. Os vocacionados são aqueles que estavam mortos em seus delitos e pecados, a quem o Senhor, por sua graça e soberana vontade, deu vida (Efésios 2:1,2). Aqueles que estavam sem esperança e sem Deus no mundo, foram apaixonados pela fé em Cristo (vs. 11,12). Esses também somos nós, os que, pela graça de Deus, cremos no Senhor Jesus para a salvação, tendo alcançado o arrependimento dos nossos pecados e a justificação que provém da fé. Como vocacionados em Cristo, o nosso viver não deve mais obedecer ao padrão pecaminoso de antes, mas deve reproduzir o caráter de Cristo e ser um muito para que Deus seja glorificado.

Infelizmente, as coisas nem sempre acontecem dessa maneira. Vivemos um momento da história cristã em que se diz que a própria igreja precisa ser evangelizada, tendo em vista o estilo de vida carnal de muitos que se declaram cristãos e frequentam uma igreja. Para o nosso pesar e vergonha, há tantos pecados cometidos por pessoas que confessam o Nome de Jesus publicamente que não deveriam ser encontrados nem nos piores antros de perversão mundanos. Tudo isso, claro, não é novidade. Desde que o mundo existe, as pessoas são assim. E desde que a Igreja começou a dar os seus primeiros passos, a imoralidade, a corrupção e toda sorte de pecados dos mais vis e perversos têm manchado a imagem da Igreja. A grande diferença é que hoje temos a Internet e as notícias se espalham com maior facilidade, às vezes em tempo real.

👉🏻 CLIQUE AQUI E LEIA NESTE BLOG O TEXTO RESTAURAÇÃO ESPIRITUAL

Muitas pessoas, principalmente aquelas que não perdem uma oportunidade para criticar a religião, escandalizam-se com as atitudes de muitos cristãos, pessoas que frequentam a Igreja, falam de Jesus, leem a Bíblia, mas dão um péssimo testemunho. De fato, muitos cristãos nem parecem convertidos, por tantos pecados absurdos que cometem: fofoca, calote, adultério, corrupção, somente para citar alguns. Claro que isso é ruim e um péssimo testemunho cristão diante da sociedade, acima de tudo daqueles que amam uma boa oportunidade de falar mal da fé cristã e chamar os crentes de hipócritas. Para eles é um triunfo quando alguém cai em pecado. Até mesmo os próprios cristãos têm tratado de maneira pecaminosa o pecado dos outros. No lugar da exortação, do aconselhamento e da disciplina eclesiástica bíblica, pratica-se a fofoca, a maledicência e a difamação.


DICAS DE COMO LIDAR COM A SITUAÇÃO

Diante de tudo isso, quero apresentar algumas dicas sobre que atitudes devemos tomar diante de um crente que está em pecado, que vive de maneira hipócrita. Essas dicas, claro, não são uma invenção minha, mas estão na Bíblia e podem ser confirmadas através dos textos indicados.

1. Tirar o argueiro do próprio olho

Quem critica o comportamento dos outros e condena suas atitudes, talvez não tenha olhado para os seus próprios pecados, como alguém que faz fofoca para espalhar que tal crente é mentiroso. Isto não significa que não devemos notar o irmão que está em pecado. Do contrário, como viriam a exortação, o aconselhamento e a disciplina eclesiástica? A questão é se somos sinceros na nossa fé ou se praticamos aquilo que nós mesmos condenamos. Muitos veem nos pecados dos outros uma forma de aliviar o peso dos seus próprios pecados: "Pelo menos não sou tão pecador quanto fulano de tal". O Senhor Jesus diz:

"Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão" (Mateus 7:3-5).

Paulo escreveu aos romanos: "Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas" (Romanos 2:1). Paulo não está condenando o julgamento das atitudes erradas dos irmãos, mas o pecado de praticar as mesmas coisas que condenamos. Jamais seremos perfeitos enquanto estivernos neste mundo (embora a perfeição nos seja cobrada, Mateus 5:48), mas não podemos apontar os erros dos outros sem nenhuma disposição para corrigir os nossos próprios erros ou para seguir os conselhos que lhes damos. Lembremos do alerta do Senhor Jesus aos seus discípulos sobre a hipocrisia dos fariseus e escribas:

"Na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem. Atam fardos pesados [e difíceis de carregar] e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los" (Mateus 23:2-4).

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2. Lembrar que a salvação é individual

Em alguns momentos da minha caminhada com Cristo, confesso que não andei de forma coerente com a minha vocação e sei que não dei um bom testemunho. Na nossa família, no trabalho, na escola, na vizinhança, na nossa turma de amigos, na faculdade e em todos os ambientes que frequentamos, sempre encontraremos pessoas que afirmam ser cristãs (crentes), mas que se comportam iguais ou piores que qualquer pessoa mundana. Isso acaba afastando dos incrédulos o desejo de seguir a Cristo e de pertencer a uma igreja. O lema dessas pessoas é: "Se for para ser crente igual fulano de tal, eu prefiro ficar como estou". Todavia, Deus não nos chama para sermos crentes igual fulano de tal, mas para nos parecermos com Jesus.

Não devemos basear a nossa fé nos erros ou nos acertos dos outros, porque não somos salvos nem perdemos a salvação por isso. Independentemente do mau testemunho de alguns, todos precisam de salvação e devem se converter. João Batista declarou: "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece" (João 3:36). Não importa se nossos pais, irmãos, filhos, amigos, vizinhos, colegas ou quem quer que seja dão mau testemunho, afirmam que creem em Deus e vivem como se Ele não existisse. O pecado deles não anula os nossos e nem a nossa necessidade de salvação. O autor de Hebreus, após falar dos heróis da fé, chama-nos a perseverar na nossa própria fé, enquanto mantemos nossos olhos fixos no Senhor Jesus:

"Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus" (Hebreus 12:1,2).

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3. Considerar que cada um prestará contas de si mesmo a Deus

Escrevendo aos irmãos de Corinto, o apóstolo Paulo utiliza o exemplo da peregrinação do povo hebreu pelo deserto e a sua insistente rebeldia e desobediência, para depois exortar os coríntios com relação aos seus pecados e dizer: "Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia" (1 Coríntios 10:1-12). Aprontar os pecados dos outros traz uma sensação ilusória de que não podemos cair na tentação. Não devemos, mas, infelizmente, pecamos. Logo, por mais hipócrita que um crente seja, não é dos pecados dele que prestaremos conta no dia do Juízo, mas dos nossos próprios. Enquanto julgamos de forma errada e condenamos os outros, o que fazemos a respeito dos nossos próprios pecados? O apóstolo Paulo escreveu:

"De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes, seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão" (Romanos 14:12,13).

Para aqueles que não querem "ser crentes" por causa do mau testemunho dos outros ou não querem frequentar uma igreja por estar cheia de pecadores, fica o aviso: diante do Grande Tribunal, ninguém poderá se justificar diante de Deus com base no pecado alheio. Se o pai não é salvo pela fé do filho e se o filho não é condenado pelos pecados do pai, segue-se que cada um responderá por si próprio a Deus, conforme Ele próprio revelou ao profeta Ezequiel:

"A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai, a iniquidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este. Mas, se o perverso se converter de todos os pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e fizer o que é reto e justo, certamente, viverá; não será morto" (Ezequiel 18:20,21).

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4. Exortar com amor e humildade

Para o incrédulo, a queda do cristão serve como um troféu. Há pessoas que, de tão más, revoltam-se quando veem um drogado ou um alcoólatra confessarem a Jesus. Em vez de se alegrarem com isso, tais pessoas dizem coisas, tais como: "Vivia bêbado pelos cantos e agora diz que é salvo"; ou: "Fulano de tal vivia dando calote, agora só quer ser santinho". E se um desses irmãos caem em alguma tentação, a torcida de Satanás comemora. O mais terrível é quando isso acontece entre os membros da Igreja, quando condenam o irmão que cai em pecado e se afastam dele. Dedos são apontados, pedras são atiradas, a notícia viraliza nas rodas de conversa, nos grupos de oração e pode até parar nas redes sociais.

Misericórdia e empatia é o que falta a quem critica as pessoas e seus erros. Em vez de condenar o crente pecador, devemos exortá-lo com amor, com misericórdia e com humildade. O objetivo não é condená-lo, mas ajudá-lo a vencer, estar ao seu lado. O apóstolo Paulo escreveu: "Rogamo-vos também, irmãos, que admoesteis os desordeiros, consoleis os de pouco ânimo, sustenteis os fracos e sejais pacientes para com todos" (1 Tessalonicenses 5:14). Não estou afirmando que devemos tolerar o pecado no nosso meio. Aquele que peca, deve se arrepender, confessar seu pecado e abandoná-lo. Talvez ele precise ser disciplinado e, caso venha a resistir à correção e insistir na prática pecaminosa, deve ser excluído da comunhão da igreja. O processo deve ser aquele ensinado pelo Senhor Jesus:

"Se teu irmão pecar [contra ti], vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano" (Mateus 18:15-17).

A prática da disciplina com base no amor também é um tema da segunda carta de Paulo aos Coríntios:

"Ora, se alguém causou tristeza, não o fez apenas a mim, mas, para que eu não seja demasiadamente áspero, digo que em parte a todos vós; basta-lhe a punição pela maioria. De modo que deveis, pelo contrário, perdoar-lhe e confortá-lo, para que não seja o mesmo consumido por excessiva tristeza. Pelo que vos rogo que confirmeis para com ele o vosso amor" (2 Coríntios 2:5-8).

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5. Não fazer fofoca

Quando alguém flagra um cristão em pecado, a tendência é fazer disso um troféu e espalhar para todo mundo: "Sabe fulano de tal, que diz que é crente e só quer ser santinho? Então...". A língua venenosa não enxerga sua própria condenação. O telefone sem fio da fofoca respeita o ditado, que diz: "Quem conta um conto, aumenta um ponto". Poucos são os que têm coragem de obedecer à orientação de Tiago: "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo" (Tiago 5:16). Confessar pecados na igreja de hoje pode significar a perda de cargos e ministérios, o afastamento dos irmãos, o julgamento temerário, o desprezo, o escárnio e a pena capital da comunhão. Além disso, o que se fala para um pequeno grupo de irmãos em uma reunião de oração, pode se transformar em tema das conversas desses irmãos em outras ocasiões e até mesmo em notícia nas redes sociais.

Se estamos falando de fofoca entre aqueles que se dizem ser servos de Deus, o que será entre aqueles que são filhos de um mundo que jaz no maligno (1 João 5:19)? Quando vemos vídeos postados e compartilhados nas redes sociais mostrando crentes em flagrante pecado, podemos pensar: que tipo de vida têm aqueles que postaram e compartilharam tal coisa? Quais as suas intenções? Serão indivíduos perfeitos e incapazes de errar? E se errarem, postarão fotos e vídeos mostrando ao mundo inteiro o seu pecado? As perguntas são retóricas. Dentre inúmeros versículos que condenam os pacados da língua, destaco: "Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã" (Tiago 1:29).

Se não temos nada de bom para falar das pessoas, fiquemos calados. Se temos algo de mal para falar, falemos diretamente a elas, não com o desejo de condená-las, mas de edificá-las e restaurá-las. Paulo escreveu aos efésios: "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem" (Efésios 4:29). Se somos verdadeiros servos de Deus, seremos embaixadores da graça, não da desgraça.

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6. Lembrar que o pecado do outro não suaviza nem anula o nosso 

Uma das sensações que o pecado dos outros causa em muitas pessoas é o alívio de seus próprios pecados, como se o pecado alheio minimizasse a gravidade do seu, como se enxergar o outro pecar anulasse os seus próprios erros. Tais indivíduos precisam ver os pecados dos outros para se sentirem bem consigo mesmos. Isso está ligado à ideia equivocada de "pecado, pecadinho e pecadão", onde alguns pecados são mais amenos do que outros e, por isso, aceitáveis e facilmente perdoáveis. Alguns são até tolerados. Mas quem define o grau de gravidade entre um pecado e outro? Isso, claro, dependerá de quem peca. Se sou eu, o pecado é pequeno; mas se é o outro, é pecado gravíssimo e deveria merecer a excomunhão! Ou seja: é tudo uma questão de conveniência.

Isso lembra a parábola do fariseu e do publicano, que todos deveriam ler nos evangelhos (Lucas 18:9-14). Dois homens pecadores oravam no templo. Um deles, o fariseu, orava "de si para si", enquanto exaltava a si próprio e a sua grande religiosidade (vs. 11,12). Já o outro, um publicano, sem ousar levantar seus olhos para o céu, apenas batia no peito contrito, reconhecendo o seu pecado e clamava pela misericórdia de Deus  (v. 13). Vemos que os pecados do publicano faziam com que o fariseu buscasse se justificar dos seus por meio da sua religiosidade, o que não deu certo: "Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado" (v. 14).

Quando vemos algum irmão em Cristo em pecado, não devemos lavar a nossa alma no seu pecado, mas olhar para nós mesmos e agir com amor. As orientações de Paulo aos gálatas falam muito a respeito deste ponto:

"Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo. Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se engana. Mas prove cada um o seu labor e, então, terá motivo de gloriar-se unicamente em si e não em outro. Porque cada um levará o seu próprio fardo" (Gálatas 6:1-5).

Aqui, vemos duas declarações aparentemente contraditórias, mas que são explicadas no próprio texto e definem muito o que este breve estudo pretende ensinar: (a) "levai as cargas uns dos outros", ou seja: uma preocupação mútua de uns para com os outros no aconselhamento espiritual e na disciplina; (b) "cada um levará o seu próprio fardo", ou seja: a autorresponsabilidade por aquilo que se faz e as suas consequências. Dentro do assunto que estamos tratando, devemos enfatizar o alerta: "guarda-te para que não sejas também tentado". Quem não perde a oportunidade de julgar incorretamente o próximo e condená-lo, talvez se ache incapaz de ser também tentado e cair. Mas tão certo quanto o fogo queima, são os primeiros a cair.

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7. Jamais esquecer que ninguém é Deus

Em tudo o que foi dito até aqui, não podemos esquecer: (a) "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2 Coríntios 5:17); (b) "Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?" (Romanos 6:1,2); (c) "Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu" (1 João 3:6); (d) "Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne" (Gálatas 5:16); (e) "Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hebreus 12:14); (f) "nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo" (Efésios 1:11,12); (g) "Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus" (1 Coríntios 10:31).

Eu poderia citar dezenas de outros textos bíblicos que enfatizam a necessidade de uma vida santa, de modo que não existem desculpas nem justificativas para o pecado. Todavia, fato inegável é que a conversão não transforma o pecador em Deus, mas ele segue com sua tendência a pecar, devendo, claro, viver na dependência do Espírito em uma luta diária contra o pecado (Gálatas 5:17; Hebreus 12:4-13). Algum momento ele irá falhar, mas fará isso tentando acertar. Nada justifica o pecado, mas nada justifica achar que o crente é Deus, principalmente pessoas tão ou mais pecadoras do que ele. Veja o que João escreveu: "Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1 João 1:8,9).

Antes de criticar alguém para condená-lo, seja o modelo perfeito daquilo que você acha que ele deve ser; se não, cale-se!

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8. Saber que há joio no meio do trigo

Existe um número incontável de razões para se frequentar uma igreja. Existem inúmeros motivos para se seguir a Cristo. Muitos o seguem e frequentam alguma igreja para ganhar suas bênçãos, para fugir de problemas, para alcançar vitórias, para manter sua religiosidade, para tentar ser boas pessoas, para ganhar o céu, para arranjar um casamento... Enfim, mutos estão na igreja sem fazer parte da Igreja, sem ser convertidos pelo Espírito Santo, sem ter sido chamados por Deus, sem aceitarem a Jesus como Senhor e Salvador, sem ser discípulos, sem compromisso com o Reino de Deus, sem dar frutos, sem se submeter a uma liderança eclesiástica, sem obedecer a Bíblia e sem mudança alguma de comportamento. Mas para os de fora e também para os de dentro da Igreja, não importa, se estão na igreja, são crentes.

Infelizmente, nem todos os que se declaram cristãos, são verdadeiros discípulos de Jesus, mas estão ali, enquanto continuam com sua vida de pecados. Quem olha, condena todos os verdadeiros crentes, medindo-os por esses falsos irmãos. O apóstolo Paulo alerta:

"Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles, porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos" (Romanos 16:17,18).

Seria uma grande benção se as pessoas fossem capazes de um julgamento justo, se percebessem que certos indivíduos têm tudo para ser o joio no meio do trigo. O conhecimento verdadeiro disso pertence a Deus, mas o próprio Deus inspirou Paulo para escrever os versículos que acabamos de ler: "noteis bem aqueles". Notem, percebam, vejam, avaliem. A turma do "não julgueis" se escandaliza com isso! Eles não leem a Bíblia nem a estudam. Afinal de contas, também fazem parte do clube "a letra mata" e do time "o saber ensoberbece". Não podemos julgar o que não vemos nem sabemos; também não podemos julgar quem vai ou quem não vai para o céu, porque este é um convencimento que só pertence a Deus. Mas se alguém está em pecado e notamos, precisamos agir, aconselhar, exortar, corrigir, disciplinar. Neste processo, em alguns casos, ficará bastante claro que algumas pessoas jamais foram convertidas, mas apenas inseridas na igreja sem uma evangelização bíblica e uma orientação pastoral. O que mais impressiona é que a maioria daqueles que condenam o cristão que peca, não são cristãos, mas julgam as pessoas por algo que eles mesmos não praticam.

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9. Ore

Retomando o texto da epístola de Tiago: "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo" (Tiago 5:16). Orar por aquele que está em pecado é o mínimo que podemos fazer. A confissão de pecados deve ser seguida da oração de uns pelos outros. É assim que vem a cura. Aquele que confessou, porém, deve se arrepender e não voltar a pecar. A oração não produz mágica, apenas submete nossa vida e nossa vontade à direção de Deus. Mas o que fazer por aqueles que não reconhecem seus pecados nem os abandonam? Na medida do possível, orientar segundo as Sagradas Escrituras e aplicar a disciplina eclesiástica. Havendo ou não uma abertura por parte do pecador impenitente, orar por ele. 

Parece algo tão simples - orar -, mas a maioria das pessoas prefere condenar, falar pelas costas, espalhar boatos, ofender e se afastar. E, depois disso tudo, louvar, ofertar e tomar a ceia do Senhor. O Senhor Jesus nos ensinou: "Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta" (Mateus 5:23,24). De que têm adiantado as ofertas de quem não age com misericórdia, não sabe perdoar, mas prefere varrer a situação para o lado oculto da memória e fingir que tudo está bem? Em que essa falta de amor tem glorificado a Deus? Se não somos capazes de ao menos orar por aqueles que se encontram em pecado, como esperamos orar pelos nossos próprios pecados?

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10. Converta-se!

Se o seu entendimento a respeito deste assunto é totalmente o inverso do que foi exposto aqui com fundamentação bíblica, as chances de você não ser verdadeiramente convertido a Jesus são enormes! Se você sabe que é e tem certeza da sua salvação, exorto-o a se arrepender, pedir perdão a Deus e passar a agir da maneira correta. Mas se você jamais confessou a Jesus Cristo como único e suficiente Senhor e Salvador, o meu apelo é que você clame a Deus por sua misericórdia por ser um pecador miserável, repleto de pecados que ofendem a Santidade dele. Não se engane: os pecados dos outros não fazem de você uma pessoa melhor nem te justificam diante de Deus. A palavra de Deus para você é esta:

"Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus, ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade" (Atos 3:19-21).

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PALAVRAS FINAIS

Ou agimos de acordo com o que a Bíblia ensina, coforme vimos acima, ou continuamos destilando o veneno da nossa hipocrisia em criticar, julgar e condenar os outros, como se nós mesmos fôssemos perfeitos. Alguém dirá: "Mas eu não vivo na Igreja me fazendo de santo, enquanto falo dos pecados dos outros". Isso não justifica, mas apenas revela que tal pessoa precisa urgente de conversão. Por fim, o que devemos fazer sempre? Orar por essas pessoas e por nós mesmos, sempre visando a restauração, porque todos estamos sujeitos a cair. 

Para finalizar, vou propor uma dinâmica:

1. Pegue uma pedra qualquer, de qualquer tamanho ou formato.
2. Pense naquela(s) pessoa(s) que você tem observado e, ainda que apenas na sua mente, tem criticado os pecados que vê nela(s).
3. Agora, abra a sua Bíblia em João 8:1-11 e leia.
4. Sublinhe o versículo 7.

Deus te abençoe sempre.

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