BATALHA ESPIRITUAL, HERESIAS E A TOLERÂNCIA QUE DESTRÓI
Mizael de Souza Xavier
“Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?" (1 Coríntios 5:6).
Uma das grandes estratégias de Satanás na sua luta contra a verdade e a fé cristã, é contar com a tolerância que acabamos desenvolvendo às heresias que se infiltram na Igreja e certos movimentos que se dizem espirituais, mas que são uma vergonha e uma afronta ao Evangelho de Cristo. Para não sermos chatos ou taxados de arrogantes, moralistas, “santinhos” ou donos da verdade, acabamos permitindo que essas coisas façam parte da comunidade, influenciando nossa teologia e nossa prática. Em nome da “liberdade do Espírito”, aceitamos que indivíduos preguem blasfêmias contra Deus e a sua Palavra, que utilizem o púlpito para profetizar o que o Senhor não mandou profetizar, determinar bênçãos que Ele não prometeu e revelar coisas que Ele não revelou. Felizmente, as igrejas que praticam um cristianismo sério e comprometido com a verdade não abrem as suas portas nem entregam o microfone para esse tipo de pessoas. Entretanto, ainda que de forma dissimulada, elas insistem em penetrar entre os fiéis, apregoando mentiras, causando divisões e discórdias. Às vezes, numa simples discussão pela cor da farda do coral das senhoras, já se pode perceber a atuação do inimigo com o intuito de desestruturar o grupo e dissolvê-lo. Uma fofoca na esquina sobre um problema pessoal do irmão pode desencadear num problema de grandes proporções.
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Além disso, existe o cuidado para não machucar, magoar ou afastar a ovelha da comunhão com os irmãos. Então, esconde-se a sujeira debaixo do tapete, esperando que ela permaneça lá sem causar nenhum problema. Essa tolerância é destruidora, acima de tudo quando falamos numa batalha em que o inimigo ataca sem piedade. O diabo não cultiva nenhum tipo de emoção positiva pelas pessoas, mas tão somente deseja destruí-las. Ele não se importa em espalhar a discórdia, separar casais, destruir famílias, levar pastores ao suicídio, esvaziar templos. Satanás não possui nenhuma tolerância pelo bem; ele só deseja o mal. Por isso a Bíblia, especialmente o Novo Testamento, trata de maneira radical esta situação, exigindo a exclusão de tais indivíduos da comunhão da comunidade cristã. Havia uma razão para Deus não permitir que o povo de Israel se contaminasse com as outras nações. O resultado da desobediência a esta regra, trouxe toda sorte de pecados para o meio do povo, incluindo a idolatria tão abominável. O livro de Juízes retrata muito bem isso, como, por exemplo, em 3:7: “Os filhos de Israel fizeram o que era mau perante o Senhor e se esqueceram do Senhor, seu Deus; e renderam culto aos baalins e ao poste-ídolo”.
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A contaminação da Igreja não é combatida apenas no seu envolvimento com as coisas do mundo (1 Jo 2:15,16; Rm 12:2; Tg 1:27; Ef 2:1-3; 1 Co 6:18-20), mas também é um cuidado constante com as impurezas que se apresentam em sua própria estrutura. O apóstolo Paulo não apresenta a mesma tolerância da Igreja moderna. Ele entendia as consequências de se permitir que pessoas com intenções malignas permanecessem no meio dos santos. Ao defender a autoridade do seu apostolado contra os falsos apóstolos, Paulo critica os crentes de Corinto que toleravam os homens insensatos (2 Co 11:19). Ele afirma: “Tolerais quem vos escravize, quem vos devore, quem vos detenha, quem se exalta, quem vos esbofeteie o rosto” (v. 20). O apóstolo parece estar falando à Igreja hoje, que permite que falsos apóstolos se aproveitem da credulidade e da ignorância bíblica das pessoas para exercer autoridade sobre a sua fé, enganando-as com palavras fictícias para arrancar seu dinheiro. As seitas neopentecostais estão repletas de bispos que escravizam a mente dos fiéis com promessas falsas, objetos ungidos e ameaças. Todos são literalmente “devorados” por esses falsos profetas, que não buscam outra coisa senão o enriquecimento financeiro ilícito.
Outro exemplo está na sua primeira carta aos crentes de Corinto, onde ele reprova diversas atitudes carnais daqueles irmãos que, apesar dos seus dons espirituais, viviam na imoralidade, ao ponto de haver quem se atrevesse a possuir a mulher do seu próprio pai (5:1). A orientação dada pelo apóstolo é que fosse retirado do meio da comunhão da igreja aquele que estava praticando tal pecado (vs. 2-5). Ele escreve: “Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda toda a massa?” (v. 6). O velho fermento precisa ser lançado fora! Ele escreve, ainda: “Já em carta vos escrevi que não vos associeis com os impuros; refiro-me, com isto, não propriamente aos impuros deste mundo, ou aos avarentos, ou roubadores, ou idólatras; pois neste caso, teríeis de sair do mundo. Mas agora vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem sequer comais” (vs. 11,12). Os membros sadios não podem sair da igreja, da mesma forma que é impossível que saiam do mundo; o indivíduo impuro é quem deve se retirar para que os puros sejam preservados.
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As sete Igrejas e os falsos ensinos
Está claro que a associação de que Paulo fala é para praticar as mesmas coisas. Todavia, ao invés de disciplinar essas pessoas e excluí-las da Igreja, tendemos a tolerá-las, deixando-nos levar por seus pecados e permitindo que as suas práticas infames influenciem o ambiente eclesial. Outra coisa que fica bastante clara nesse texto, é que tais pessoas não são irmãos verdadeiros, mas “se dizem irmãos”. Os seus frutos demonstram totalmente o contrário. Escrevendo a Tito, Paulo também o exorta a respeito de pessoas desse tipo que estavam infiltradas na Igreja (Tt 1:10-16). O contexto desta exortação parte das qualificações dos ministros que, entre outras coisas, deveriam se apegar à palavra fiel, “que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem” (v. 9). Ao denunciar o caráter desses falsos mestres (vs. 10,16), suas ações e sua hipocrisia (v. 16) e o seu péssimo testemunho no mundo (vs. 12,13), Paulo deixa claro que o objetivo deles é enganar as pessoas por meio de ensinos errados, movidos por sua ganância. Esses indivíduos demonstravam uma imensa incoerência entre a fé que professavam e a sua prática de vida, o que os tornava abomináveis, desobedientes e reprovados para toda boa obra (v. 16). Eis uma razão escondida por trás da inoperância de muitos crentes: eles não se envolvem na obra do Senhor porque são indivíduos desobedientes e reprovados.
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A solução de Deus para essas pessoas não é a tolerância. Paulo afirma: “É preciso fazê-los calar” (v. 11). As suas doutrinas não devem ser ouvidas, seus ensinamentos não devem ser permitidos, mas é necessário repreendê-los severamente, para que sejam sadios na fé (v. 13). Ele exorta mais adiante: “Evita o homem faccioso, depois de admoestá-lo primeira e segunda vez” (3:10). Por trás dessas práticas carnais e dos falsos ensinos, como já aprendemos, está a influência de Satanás. Quando não infiltra seus soldados no meio da Igreja, utiliza seus próprios membros para espalhar a destruição. Esses membros são os crentes carnais, que não se firmam na fé e também não procuram aprender a verdade para obedecê-la. Atualmente, muitos ensinos e práticas contrários à Palavra de Deus têm sido aprendidos na Internet e reproduzidos no meio da Igreja. A liderança não pode ser permissiva, mas deve tratar com seriedade esta situação, porque um pouco de fermento pode levedar realmente toda a massa.
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A forma correta de agir é por meio do discipulado, do ensino e da aplicação correta da disciplina, com o intuito de preservar a unidade e a santidade dos membros da Igreja. Esses três elementos juntos – discipulado, ensino e disciplina – fornecem aos membros do corpo a edificação necessária para crescerem saudáveis, conduzindo-os à obediência a Cristo. Para aqueles que andam de forma desordenada, tanto em questões de comportamento como de doutrina, a disciplina é importante para corrigir suas ações e trazê-los de volta à verdade evangélica. O Novo Testamento deixa bastante claro a aplicação da disciplina na Igreja (Mt 16:19; 18:18; Jo 20:23; 1 Co 5:2,7,13; 2 Co 2:5-7). A ideia primária da disciplina é fazer com que o insubordinado se arrependa e seja liberto (2 Ts 3:14,15; Tt 3:10). Embora a cura seja o ideal, haverá casos em que ela não surtirá nenhum efeito, principalmente quando estivermos lindando com um falso crente. Após um processo de exortações e admoestações, caso o indivíduo insistir em suas práticas, a sua exclusão da comunhão com a Igreja deve ser aplicada (Mt 18:17; 1 Co 5:13; Tt 1:10,11; 3:10; 1 Tm 1:20). O objetivo da excomunhão nos casos descritos na Bíblia é que o pecado irresoluto ou os falsos ensinos não contaminem o restante do corpo. Se essa excomunhão não for devidamente aplicada, corre-se o risco de uma infecção generalizada, que poderá fazer desviar os membros que estavam sadios. Este é o objetivo de Satanás.
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Uma Igreja doente não prega o Evangelho, não ora, não ensina a Palavra de Deus, não influencia o mundo com a luz e o sal de Cristo, não pratica as boas obras, não busca o Reino dos céus, não anseia pela volta de Jesus. Tal Igreja assemelha-se à igreja de Sardes, para a qual o Senhor escreveu: “Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus” (Ap 3:1,2). A solução para o problema daquela igreja era lembrar-se do que recebera e ouvira, guardá-lo e arrepender-se. Isto é: relembrando e praticando a doutrina correta, aquela igreja voltaria ao seu estado original de santidade. As outras igrejas descritas no Apocalipse enfrentavam seus próprios problemas, e muitos envolviam questões de desvio moral e desvio doutrinário. A igreja de Éfeso estava numa luta constante contra os falsos apóstolos, homens mentirosos que se infiltraram na comunidade, embora eles mesmos tivessem abandonado seu primeiro amor (2:1-7). O retorno às primeiras obras é apresentado como uma solução eficaz para aquela comunidade (v. 5). A igreja de Esmirna enfrentava a influência de alguns que se declaravam judeus, mas que eram, na verdade, da sinagoga de Satanás, o que mostra a ação do inimigo na igreja por meio de pessoas (2:8-11).
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A igreja de Pérgamo, apesar de não ter negado a fé mesmo diante da idolatria daquela cidade (2:13), tolerava alguns indivíduos que sustentavam duas doutrinas heréticas; a de Balaão e a dos nicolaítas (vs. 14,15; a igreja de Éfeso odiava esta última, cf. 2:6). Vemos na igreja de Tiatira uma tolerância declarada pelo próprio Senhor (2:18-29). Aquela igreja possuía muitos pontos positivos: obras, amor, fé, serviço, perseverança e um progresso visível, porque as suas últimas obras eram mais numerosas que as primeiras (v. 19). Todavia, o Senhor afirma: “Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos” (v. 20). Este fato apenas confirma aquilo que dissemos no decorrer deste capítulo: o ataque do inimigo é contra a verdade; ele introduz ensinos mentirosos nas igrejas para desviar os crentes da sã doutrina e levá-los a pecar. Quantos profetas e profetisas hoje estão espalhados pelas igrejas, pregando e ensinando mentiras, trazendo novas revelações e doutrinas de demônios, sendo tolerados e reverenciados por quem não suporta a verdade. No v. 24 fica bastante claro que o ensino e as ações daquela Jezabel estavam diretamente ligados a Satanás.
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A igreja da Filadélfia parece ter sido a única que de fato guardou a Palavra do Senhor (3:7-13). Percebe-se como estar certo ou errado, em santidade ou em pecado, no caminho certo ou no caminho errado, firme na fé ou desviado, do lado de Deus ou do lado de Satanás está sempre ligado a pregar e viver a verdade. Apesar de a igreja em Filadélfia ter pouca força, ela guardava a Palavra do Senhor e não negava o seu Nome (vs. 8,10). Ali também havia a influência de indivíduos da sinagoga de Satanás, que se declaravam judeus, mas mentiam; entretanto, aqueles irmãos permaneciam firmes na verdade que lhes fora revelada. A igreja de Laodiceia (3:14-22) é contada como uma igreja morna, capaz de fazer o Senhor vomitar (vs. 15,16). Laodiceia era uma das cidades mais ricas da Ásia Menor. A riqueza daquela igreja levou-a a soberba, a crer que já possuía tudo, quando não possuía nada (v. 17). O Senhor convida aqueles irmãos a valorizarem o que de fato importava: as riquezas espirituais e celestiais capazes de lhes devolver a visão (v. 18). Nos dias de hoje, vemos muitas igrejas, acima de tudo as neopentecostais, pregarem a conquista de bens e riquezas materiais, esquecendo-se das celestiais. Elas transformam a fé num instrumento de barganha com Deus, reduzindo a espiritualidade cristã a uma busca constante por felicidade e prosperidade neste mundo. Jesus está batendo à porta dessas igrejas, querendo transformar vidas que ali estão enganadas por Satanás e pelo seu próprio desejo ganancioso. Ele deseja transformar o culto a si mesmo num culto verdadeiro a Deus.
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