sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

A CENTRALIDADE DE CRISTO NA PREGAÇÃO

 


A centralidade de Cristo na pregação

Mizael de Souza Xavier


Quem poderia responder qual é a mensagem central da Igreja ao observar o tipo de mensagem que tem sido pregado na maioria das igrejas atuais? Com certeza, diversos elementos acabariam por revelar uma mensagem híbrida, formada por muitas teologias e práticas sem nenhuma linha mestra, sem muitos elos em comum. Quando olhamos para a Bíblia e buscamos nela a essência da sua mensagem, o ponto central da sua existência, descobrimos que é um só, de Gênesis a Apocalipse: a pessoa do Senhor Jesus. É o que Paulo lembra aos crentes de Corinto (1 Co 15:1:33). A mensagem a eles pregada foi que Cristo morreu e ressuscitou segundo as Escrituras, o que foi testemunhado por inúmeras pessoas, incluindo os apóstolos e o próprio Paulo. Ao contrário dos falsos ensinos que os coríntios estavam recebendo de outros, a ressurreição de Cristo é um fato, como também é a garantia de que nós mesmos ressuscitamos com Ele pela fé e ressuscitaremos dos mortos na sua vinda, quando a morte será aniquilada.

É esse Evangelho que separa os crentes dos miseráveis, que não possuem tal esperança. Se não acreditarmos na ressurreição do Senhor e na nossa, onde estará a nossa esperança? Contra o falso ensino que corroía a fé da Igreja, Paulo adverte: “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes” (v. 33). Infelizmente, as más conversações não pararam em Corinto, mas perduram, principalmente, nos dias atuais, onde a mensagem da cruz e a centralidade de Cristo não encontram mais espaço em muitos púlpitos e mensagens evangelísticas. Não que se pregue contra a ressurreição de Jesus ou que seu Nome não esteja presente nas mensagens modernas. A ressurreição apenas deixou de ser relevante diante de temas mais urgentes, como bênçãos e vitórias; e o Nome de Jesus transformou-se apenas numa senha de acesso a essas coisas. A mensagem que os pregadores mais famosos e bem pagos apregoam é o “evangelho dos miseráveis”, que não apresenta nada ao pecador que vá além desta vida.

No v. 57, após descrever como será a ressurreição dos mortos, o apóstolo Paulo fala em vitória, palavra tão apreciada ultimamente. Não é uma vitória financeira, mas sobre a morte, conquistada para nós pelos méritos de Cristo. Ele é a mensagem central do Evangelho e de toda a Bíblia. A sua morte e ressurreição para aplacar a justa ira de Deus contra nós é o bom costume do qual Paulo falou anteriormente e as más conversações o tem corrompido. O que sobra quando o Senhor Jesus é retirado do seu lugar único na nossa fé? Para Deus, tudo permanece como está e os salvos jamais se perderão. Mas para aqueles que desprezam o Evangelho da cruz e baseiam sua fé nas más conversações, resta apenas a vergonha eterna ao lado dos falsos profetas no inferno. É isto que devemos entender: os planos de Deus não se alteram, Ele continua sendo Deus e Jesus permanece como único Redentor. Retomar a centralidade de Cristo na pregação é o que a Igreja precisa fazer. Ele e somente Ele é o bom costume da nossa fé.


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