O pregador de sucesso
Mizael de Souza Xavier
"As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava" (At 8:6).
Podemos dizer com certeza que o maior pregador da era moderna do Cristianismo foi o grande evangelista norteamericano Billy Graham, falecido em 2018. Ele pregava a incontáveis multidões, tanto presencialmente como em seus programas de TV. Outros grandes homens de Deus que vieram antes dele, como John Wesley e Charles Spurgeon, também figuram na história do Cristianismo como pregadores cheios do Espírito Santo, que levaram milhões de pessoas ao conhecimento de Jesus e da sua salvação. Em Atos 8, logo após o martírio de Estêvão, encontramos Filipe que operava grandes sinais e anunciava a Cristo, de modo que as multidões o seguiam de perto. O seu ministério, portanto, estava rendendo muitos frutos para o Reino de Deus. Qualquer pastor, missionário ou evangelista dos dias atuais se sentira realizado ministerialmente, seria considerado um grande homem de Deus e um pregador de sucesso.
Todavia, Jesus retirou Filipe do meio das multidões e o enviou para pregar o Evangelho em um local desértico e para apenas uma pessoa: um eunuco que estava de viagem e lia o livro do profeta Isaías (vs. 26-40). Imaginemos os pregadores famosos da atualidade, que em nada lembram Wesley, Spurgeon ou Graham, sendo convocados pelo Senhor a deixarem suas suntuosas igrejas e seus milhares de fiéis para servirem-no em um lugar ermo, com poucas pessoas e parcos recursos. Imaginemos os pregadores "coaches", os "apóstolos" e os empresários da fé deixando tudo isso para trás, a fim de sevir a pessoas humildes, que só possuem um desejo insaciável de conhecer a Deus. Filipe atendeu prontamente a voz do Senhor Jesus e partiu para pregar a apenas uma alma, que foi convertida e batizada. Filipe não era um pregador das multidões, mas um pregador do Senhor, por isso não importava quantos fossem escutá-lo.
Pensemos sobre o que Deus quer nos falar. O sucesso da pregação não está na performance do pregador nem na quantidade de pessoas que ele arrebanha com sua pregação, mas na sua capacidade de obedecer a voz do Senhor. A conversão do pecador é operada pelo Espírito Santo, e isso está totalmente fora do nosso controle. Talvez Deus nos leve a pregar a multidões ou nos envie para algum povoado perdido no mapa, onde existem várias almas que Ele quer salvar. Não pregamos para aparecer ou para nos tornarmos famosos, mas para que Jesus seja conhecido e vidas se rendam a Ele. Não importa o número daqueles que responderão positivamente ao apelo à conversão, porque sempre será o número exato daqueles que o Senhor quis salvar. Da boca do pregador deve sair a Palavra que gera a fé e ele precisa entender que a obra é de Deus, não dele.
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