AMOR E OBEDIÊNCIA AOS PAIS

Amor e obediência aos pais

Texto áureo: Efésios 6:1-3

Em suas orientações sobre uma espiritualidade prática, o apóstolo Paulo repete o mandamento que está em Êxodo 20:12, que diz: "Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá". Honrar significa estimar e respeitar (cf. 1 Pedro 2:17). Isso acontece, claro, quando reconhecemos a dignidade e o valor das pessoas e as tratamos com honra e respeito. No caso dos nossos pais, isso deve fluir de modo natural, porque são os nossos pais, o que nem seria necessário dizer. Mas se existe o mandamento é porque existe uma tendência no coração do homem de fazer o mal, de ir contra a Lei de Deus, desobedecê-la e impor a sua vontade maligna. Neste caso, Deus nos ordena horar os nossos pais porque está em nós o desejo de desonrá-los. Por pior que possa parecer, existem aqueles que não amam nem respeitam os seus pais, muito pelo contrário.

O apóstolo Paulo escreve sua carta a pessoas convertidas, que não possuem apenas uma propensão para o mal, mas um poderoso estímulo para obedecer a Deus: o Espírito Santo. Então ele ordena: "Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra" (vs 1-3). Se pensarmos bem, enfrentamos muitos problemas quando deixamos de dar ouvidos aos conselhos e admoestações dos nossos pais. Fazemos escolhas e tomamos decisões erradas, vamos para onde não deveríamos, envolvemo-nos com pessoas erradas e fazemos coisas das quais nos arrependemos depois. Acima de tudo quando os nossos pais nos orientam segundo a Palavra de Deus, não podemos deixar de ouvi-los: "Filho meu, ouve o ensino de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe. Porque serão diadema de graça para a tua cabeça e colares, para o teu pescoço" (Pv 1:8,9; cf. Cl 3:20; 2 Tm 3:1-3).

Honramos também nossos pais quando os valorizamos, quando os tratamos com humanidade e não como fardos, principalmente quando já estão idosos. Quando estamos presentes e nos preocupamos com eles. Quando somos sempre motivo de alegria e gratidão a Deus. Quando valorizamos e apreciamos sua presença, suas histórias, seu exemplo, seus conselhos e suas queixas. Também quando compreendemos suas limitações e quando os perdoamos. Valorizamos nossos pais quando não nos aproveitamos da sua bondade e do seu amor para roubar-lhes algo (Pv 19:26; 20:20; Mt 15:3-6). Em tudo isso honramos os nossos pais. E honramos nossos pais incrédulos ao pregar a eles o Evangelho da graça de Deus para que sejam nossos irmãos em Cristo. Nossos pais não são perfeitos, alguns são verdadeiramente maus com seus filhos. Mas o nosso interesse deve ser sempre no seu bem-estar, amando-os com o mesmo amor que Cristo ama pecadores miseráveis como nós.

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