Deus separou pessoas
específicas na sua Igreja para exercerem diferentes ministérios (Ef 4:11),
tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos e a edificação do corpo de Cristo,
com vistas ao amadurecimento da nossa fé (vs. 12-16). Uma obra de tal magnitude
não pode jamais ser feita por pessoas despreparadas, mas existem parâmetros
para a escolha de quem estará guiando a Igreja em seu caminho de serviço e
amadurecimento (1 Tm 3:1-16; 5:17; Hb 13:17). Deus dá o dom conforme o
ministério e a obra a ser realizada (1 Co 12:1-11). Quem tem o dom de ensino,
por exemplo, atuará como mestre. Por isso, é importante que cada crente conheça
o seu próprio dom, e a liderança esteja sensível para identificar os
vocacionados para utilizá-los na obra do Senhor de maneira estratégica. Aliadas
ao dom, estarão as questões morais e espirituais que vemos nos textos
supracitados.
Em sua segunda carta
a Timóteo, Paulo revela mais um fundamento importante da vida do obreiro: ele
precisa ser aprovado (2 Tm 2:15). Neste texto, o termo "obreiro" não
diz respeito a um cargo de obreiro, mas à natureza de todo aquele que trabalha
na obra do Senhor. No caso de Timóteo, ele era pastor. E como o obreiro
demonstra que é aprovado? Ele "maneja bem a Palavra da verdade". Esse
manejo está ligado ao estudo, interpretação e aplicação correta da Sagrada
Escritura. Isso era de suma importância naquela época em que alguns haviam se
desviado da verdade (v. 18). Então imaginemos hoje, com uma variedade tão
absurda de novas doutrinas e heresias. Mais adiante (4:1-5), Paulo exorta
Timóteo a pregar com insistência a Palavra, porque em breve muitos se
desviariam dela para abraçar os falsos ensinos que alimentam o seu ego. E é essa
a teologia em voga em muitos ambientes que se autodenominam "igreja".
O apelo de Paulo é
bastante atual. A igreja carece de obreiros aprovados, que não tratem o estudo
teológico com leviandade, mas que se aprofundem no conhecimento bíblico para
apresentar um ensino substancial à Igreja. A superficialidade do ensino bíblico
de hoje não promove um conhecimento profundo da Palavra de Deus nem fornece
bases teológicas eficazes contra os modismos heréticos modernos. O obreiro
aprovado maneja bem a Palavra da verdade para a edificação de si mesmo e da
igreja. Ele tem conteúdo. Ele está preocupado com a exegese do texto bíblico.
Ele não coloca palavras da boca de Deus, mas prega o que a Bíblia de fato
revela. Não são os seus pensamentos que guiam a fé dos irmãos, mas os
pensamentos de Deus revelados nas páginas da Bíblia. Não existe sucesso
ministerial sem conhecimento teológico profundo. Não é possível haver
edificação e amadurecimento do corpo de Cristo se, no exercício dos dons, o
conteúdo da Palavra de Deus não for levado a sério.
Mizael Xavier
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