O pragmatismo nas igrejas cristãs refere-se à prática de adotar estratégias e métodos baseados em resultados práticos e imediatos, muitas vezes colocando a eficácia acima dos princípios bíblicos. Isso significa que, em vez de seguir os ensinamentos bíblicos de forma consistente, muitas igrejas têm adotado métodos que atraem mais pessoas, geram crescimento numérico ou satisfazem as preferências culturais contemporâneas. Embora o pragmatismo possa parecer eficaz no curto prazo, ele pode desviar a igreja da verdade bíblica e de sua missão central.
Erros do pragmatismo nas igrejas
1. Foco nos resultados numéricos Igrejas pragmáticas muitas vezes enfatizam o crescimento numérico e a popularidade em detrimento da solidez doutrinária. O sucesso é medido pela quantidade de membros, pela arrecadação financeira ou pelo tamanho dos eventos. Isso cria uma cultura de "grandeza", onde as práticas espirituais são diluídas para atrair mais pessoas.
Erro bíblico: Jesus nunca mediu o sucesso de Seu ministério pelo número de seguidores, mas pela fidelidade ao Pai. Em João 6:66-67, quando muitos discípulos o abandonaram devido aos Seus ensinamentos duros, Ele não os acomodou para mantê-los.
2. Comprometimento da verdade bíblica O pragmatismo pode levar ao comprometimento da verdade bíblica para tornar a mensagem mais aceitável ao público. Sermões podem ser diluídos, evitando temas como pecado, arrependimento e santidade para atrair uma audiência mais ampla e "suave".
Erro bíblico: A Bíblia alerta contra o diluir da verdade. Paulo escreve em Gálatas 1:10: "Porventura, procuro eu agora o favor dos homens, ou o favor de Deus? Ou procuro agradar aos homens? Se eu ainda estivesse agradando aos homens, não seria servo de Cristo."
3. Substituição da centralidade do evangelho O pragmatismo muitas vezes coloca métodos de autoajuda, coaching ou entretenimento no lugar do evangelho puro. A mensagem de Cristo e Sua obra redentora podem ser secundarizadas, enquanto a igreja se concentra em proporcionar uma "experiência" que agrada os sentidos, mas não transforma o coração.
Erro bíblico: Paulo, em 1 Coríntios 1:22-24, destaca que os judeus pediam sinais e os gregos buscavam sabedoria, mas a pregação de Cristo crucificado era a essência do evangelho, ainda que fosse vista como "loucura" por muitos. O evangelho não pode ser substituído por nada mais.
4. Culto voltado para o consumidor Um erro comum nas igrejas pragmáticas é ver os membros como consumidores a serem satisfeitos. Isso resulta em cultos projetados para agradar gostos e preferências, ao invés de adorar a Deus conforme Sua vontade.
Erro bíblico: Romanos 12:1 nos ensina que o verdadeiro culto envolve entregar nossas vidas como "sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". O culto não é sobre o que as pessoas desejam, mas sobre o que Deus ordena e merece.
5. Dependência de estratégias humanas O pragmatismo muitas vezes substitui a dependência do Espírito Santo por estratégias humanas de marketing, psicologia e administração empresarial. Embora planejamento e organização sejam importantes, a igreja pode perder a dependência em Deus e na Sua palavra quando confia demais em métodos humanos.
Erro bíblico: Jeremias 17:5 nos adverte: "Maldito o homem que confia no homem, que faz da carne mortal o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor." A confiança excessiva em estratégias humanas afasta o foco da confiança em Deus.
A verdade bíblica: O evangelho é o centro
A Bíblia nos chama para sermos fiéis à pregação da verdade, independentemente de quantas pessoas isso atraia ou dos resultados visíveis. A mensagem de Cristo é que a salvação vem pela fé, arrependimento e transformação de vida, não por entretenimento, autoajuda ou popularidade. A missão da igreja, segundo Jesus em Mateus 28:19-20, é fazer discípulos, ensinando-os a obedecer tudo o que Ele ordenou.
Em 2 Timóteo 4:2-3, Paulo exorta Timóteo a pregar a Palavra, "insista, quer seja oportuno, quer não, corrija, repreenda e encoraje com toda paciência e doutrina". Ele adverte que tempos viriam em que as pessoas não suportariam a sã doutrina, preferindo mestres que lhes agradassem os ouvidos.
Conclusão
O pragmatismo nas igrejas pode parecer eficaz, mas a verdadeira eficácia bíblica está na fidelidade à Palavra de Deus, à pregação do evangelho puro e à dependência do Espírito Santo. A igreja deve resistir à tentação de se adaptar ao mundo de forma que comprometa sua missão espiritual. Como seguidores de Cristo, somos chamados a adorar a Deus em espírito e em verdade, e a confiar que Ele trará o crescimento e os frutos no tempo devido (1 Coríntios 3:6).
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