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terça-feira, 17 de janeiro de 2023

DECEPCIONADOS COM A IGREJA: O QUE FAZER SOBRE A EVASÃO NAS IGREJAS?

DECEPCIONADOS COM A IGREJA: O QUE FAZER SOBRE A EVASÃO NAS IGREJAS?
Mizael de Souza Xavier

A evasão nas igrejas cristãs não é um problema novo e se intensificou durante e, principalmente, após a pandemia mundial de  COVID. Algumas igrejas tiveram de fechar suas portas por falta de membros ou pela deserção dos líderes. Em Hebreus 10:25, vemos que na era apostólica a evasão nas igrejas já era preocupante: "Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima". Hoje, o que tem levado a essa evasão? Uma explicação realista mas simplória é: pecado. No entanto, essa visão minimalista do problema pode não trazer soluções eficazes. Em um livro que escrevi, intitulado "Decepcionados com a igreja", analisei 70 razões e desculpas para a evasão nas igrejas cristãs, oferecendo orientações pastorais, evangelísticas e apologéticas para o problema. Em minhas pesquisas, pude constatar que esta questão é bem mais complexa do que possa imaginar a nossa vã filosofia. Somente líderes comprometidos com o Reino de Deus e a sua Palavra poderão dar ao tema a importância que ele merece.

Neste breve estudo, pretendo apresentar cinco maneiras biblicamente corretas de lidar com a situação, com o objetivo de prevenir, combater e reverter a evasão nas igrejas. Como foi dito, 70 razões e desculpas foram analisadas; portanto, aqui veremos um resumo daquilo que é relevante e urgente para lidar com a questão.

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1. Pregação expositiva e cristocêntrica

Quando a pregação na igreja não é cristocêntrica, dois fenômenos podem acontecer: o desânimo e a falta de estímulo dos verdadeiros crentes, que não se sentem alimentados por um conteúdo genuíno e substancial da Palavra de Deus; e o fomento de uma fé vazia, descompromissada, pragmática e, em última análise, geradora de falsas conversões. Muitos que estão no primeiro grupo podem pensar em mudar de igreja ou mesmo se tornar "desigrejados". Os do segundo grupo podem até permanecer, mas a sua fé débil não é garantia que estarão ali por muito tempo. Um evangelho que não gera concessões sinceras nem alimenta os convertidos, não é o Evangelho da graça de Deus.

A pregação expositiva e cristocêntrica alimenta a igreja e afasta aqueles que veem no Evangelho apenas uma forma de ser feliz e conquistar bênçãos. O apóstolo Paulo pregava um Evangelho "desagradável", pois não atendida aos interesses nem dos judeus e nem dos gregos. Ele escreveu aos crentes de Corinto:

"Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens" (1 Coríntios 1:22-25).

O Evangelho cristocêntrico aproxima as pessoas de Deus pelas razões certas, forma discípulos discipuladores, produz servos e servas obedientes e comprometidos com o Reino de Deus e com a igreja local. A pregação expositiva forma verdadeiros adoradores, obreiros aprovados, crentes cheios do Espírito Santo, que crescem na graça e no conhecimento de Deus. Se queremos crentes firmes na fé, precisamos ser firmes na doutrina, abandonar de vez as mensagens de autoajuda e a pregação antropocêntrica. Conforme Paulo ordenou a Tito em contraponto aos falsos mestres e suas falsas doutrinas: "Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina" (Tito 2:1). As pessoas só ficarão firmes na igreja se forem membros do Corpo de Cristo e estiverem firmes na doutrina correta.

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2. Liderança servidora

A evasão nas igrejas também tem a sua origem em questões relacionadas ao estilo de liderança. Há alguns anos, fui vítima de um líder opressor, que rebatia cristãs as suas palavras e ações com o bordão: "Não toquem no ungido do Senhor!". Fui expulso da igreja quando comecei a estudar teologia!  Quantos irmãos e irmãs têm precedido nas mãos de líderes opressores, orgulhosos e carnais! Quantas famílias são desfeitas por pastores indiferentes ou adúlteros! O quanto a obra do Senhor tem sido prejudicada por obreiros que não botam suas mãos no arado, mas apenas gerenciam aqueles que colocaram! O apóstolo Pedro escreveu:

"Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda coparticipante da glória que há de ser revelada: pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória" (1 Pedro 5:1-4).

Assim como a esposa deve se submeter ao marido que a ama como Cristo amou a sua Igreja (Efésios 5:22-25), a igreja deve se submeter a uma autoridade legítima, não a um mercenário abusador. Como deverá ser o líder que é modelo para o rebanho de Cristo (não dele)? A resposta nos é dada pelo próprio Senhor do rebanho:

"Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Marcos 10:42-45).

O único estilo de liderança bíblico é a liderança servidora. Conheço pessoas que resistem em frequentar uma igreja por traumas relacionados a pastores opressores. Podemos falar do pecado dessas pessoas, mas isso não resolverá o problema inteiramente. A igreja precisa de pastores que servem, que amam, que cuidam, que se importam. Por outro lado, a igreja precisa amar seus pastores, honrá-los, orar por eles e cuidar deles. Também há evasão de pastores! Como não usamos dois pesos e duas medidas, podemos falar do pecado deles, mas isso não resolverá o problema inteiramente. Eu abordo o tema do cuidado com os obreiros no meu livro: "Manual do obreiro aprovado".

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3. Cultura de discipulado

Muitos nomes têm sido dados à igreja local, como casa do Senhor, grupo terapêutico, entre outros. Poucos a tratam como um "celeiro missionário". Aquilo que as pessoas pensam da igreja decidirá a maneira como lidarão com ela. Para um bom número de cristãos, a igreja é o lugar onde se vai para cultuar a Deus, ouvir uma pregação e "receber dele". Infelizmente, vivemos uma época de apatia religiosa e de mera religiosidade, de uma fé sem compromisso, sem obras e sem frutos. Embora o pecado de cada um contribua para esse estado de coisas, o estilo de fé praticado pela igreja local fornece uma grande parcela de contribuição. Muitos eventos e programações, muitas festas, danças e teatro têm desvirtuado a razão de ser da igreja e seu propósito missionário. As pessoas brincam de ser crentes, enquanto são alimentadas por um mingau ralo e não são desafiadas a viver uma fé vibrante, madura e cheia de frutos.

Dentro a missão áurea de glorificar a Deus está a principal missão da igreja: fazer discípulos: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século" (Mateus 28:19,20). A missão tem seu início no Ide, com a pregação do Evangelho (Marcos 16:15,16) e prossegue por meio da inserção do convertido na vida da comunidade local, com a prática da ordenaça do batismo e do ensino. Muitas igrejas negligenciam todo o processo e param no batismo. Com o tempo, muitos acabam abandonando a igreja e até mesmo a fé, porque não foram ensinados, não foram discipulados para se tornar maduros e frutuosos. Mais ainda: não foram discipulados para fazer novos discípulos. Paulo escreveu a Timóteo: "E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros"  (2 Timóteo 2:2).

A cultura de discipulado forma crentes maduros e operantes. Ela fornece alimento sólido da Palavra de Deus e capacita a toda a igreja para ser um poderoso instrumento nas mãos de Deus. Não existem leigos na obra do Senhor, mas todos somos chamados a trabalhar na sua videira, a dar frutos, a praticar as boas obras. A evasão nas igrejas também está ligada à falta de sentimento de pertença, de importância, de corpo. Os pastores atuam mais como animadores ou administradores e muito pouco como treinadores de discípulos. Não é uma opção: todos os crentes precisam se posicionar e assumir um compromisso com a evangelização e com o discipulado.  Todos devem se reconhecer como fazedores de discípulos, plantadores de igrejas, servos do Reino de Deus. Somente isso gera compromisso e mantém as pessoas firmes na fé, com oração e estudo da Palavra de Deus.

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4. Relações afetivas

Há muitas pessoas amarguradas fora da igreja, pessoas que foram maltratadas ou criaram desavenças; pessoas vítimas de fofoca ou propagadoras de maledicências. Em todas as igrejas (e creio que sem exceção) existem pecados que atrapalham o seu crescimento e que não deveriam existir. Todos eles estão ligados às relações interpessoais: entre casais, entre pais e filhos, entre irmãos em Cristo, entre o pastor e a igreja e entre os crentes e o mundo. A primeira carta de Paulo aos Coríntios nos mostra que este não é um problema exclusivo da nossa época, mas tem-se intensificado conforme o Fim se aproxima. Podemos falar muitas coisas do Cristianismo contemporâneo, mas pouco podemos dizer sobre a afetividade entre os membros. Às vezes, a questão não é a prática de algum pecado específico, mas a ausência de qualquer tipo de prática, a indiferença com relação à vida do outro. E isso também é pecado.

Muitas das razões e desculpas que analisei podem ser sanadas por meio da prática do amor fraternal. Fofocas, intrigas, disputas, indiferença, preferencionismo e tantos outros pecados que causam separações, divisões e evasões seriam erradicados com a prática do amor fraternal. Não precisamos repetir aqui tudo que já sabemos sobre o dever de amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos, porque é o amor que nos confirma como verdadeiros discípulos de Jesus (João 13:34,35). Pedro escreveu:

"Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes, não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança. Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente; aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la. Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males" (1 Pedro 3:8-12).

Quantos conselhos maravilhosos, capazes de evitar a evasão nas igrejas contém esse texto! O amor cobre multidão de pecados: "Ora, o fim de todas as coisas está próximo; sede, portanto, criteriosos e sóbrios a bem das vossas orações. Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados" (1 Pedro 4:7,8).

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5. Aplicação da disciplina bíblica

Alguns termos poderiam ser dispensados. Se estamos falando sobre a Igreja do Senhor Jesus, é óbvio que a disciplina não possui outra fonte que não seja a Bíblia. Todavia, é essencial definirmos a disciplina como bíblica, uma vez que a disciplina que tem sido praticada em muitas igrejas não estão ligadas à Bíblia, mas aos regimentos internos das denominações e a questões relacionadas a usos e costumes. A disciplina bíblica é aplicada ao crente para levá-lo a uma vida de santidade e obediência a Deus e visa a sua restauração. A disciplina aplicada ao falso irmão e ao falso profeta visa a sua exclusão da comunhão com a igreja. Entretanto, o que se tem visto é uma disciplina destruidora da fé, implacável e sem misericórdia. O banco da igreja, para muitos que são disciplinados, transforma-se na sua eterna pressão.

A maneira como deve acontecer a disciplina está descrita nos seguintes textos:

"Se teu irmão pecar [contra ti], vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus. Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles" (Mateus 18:15-20).

"Já em carta vos escrevi que não vos associásseis com os impuros; refiro-me, com isto, não propriamente aos impuros deste mundo, ou aos avarentos, ou roubadores, ou idólatras; pois, neste caso, teríeis de sair do mundo. Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais. Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vós os de dentro? Os de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor" (1 Coríntios 5:9-13).

"Ora, se alguém causou tristeza, não o fez apenas a mim, mas, para que eu não seja demasiadamente áspero, digo que em parte a todos vós; basta-lhe a punição pela maioria. De modo que deveis, pelo contrário, perdoar-lhe e confortá-lo, para que não seja o mesmo consumido por excessiva tristeza. Pelo que vos rogo que confirmeis para com ele o vosso amor" (2 Coríntios 2:5-8).

Já escutei testemunhos de mulheres que perderam seus ministérios na igreja porque foram abandonadas por seus maridos, trocadas por outras. Agora, elas que pagam! Em tantos outros casos, mesmo quando há pecados graves, os crentes perdem para sempre a credibilidade, precisam encarar a indiferença dos demais e se resignar aos bancos, bem longe de qualquer possibilidade de servir a Deus novamente em sua congregação. A maioria não suporta tal situação e vai embora. Algumas vão para outras igrejas, enquanto outras desejam nunca mais colocar os pés em qualquer igreja.

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Considerações finais

Ainda há muito que ser dito sobre este vasto e urgente tema. Além de analisar as 70 razões e desculpas para a evasão nas igrejas cristãs, também fiz uma breve análise de um movimento crescente: os desigrejados, uma heresia que, como disse, remete à era apostólica. Os líderes da igreja não podem tratar este tema com descaso, muito menos ter uma visão medíocre dele. Nem toda razão para a evasão e pecado, por isso devemos analisar cada caso, porque cada um merecerá um tratamento diferente. Eu já deixei de ir algumas vezes à igreja e sei o quanto é terrível viver longe da comunhão. Uma das características dessas minhas saídas foi que nunca, jamais pastor algum se preocupou em me procurar para saber como eu estava e o que estava acontecendo. Em algumas vezes, eu precisava ser disciplinado; em outras, de cuidado e atenção; e em outras, de aconselhamento e motivação. Há muitos irmãos e irmãs assim. Precisamos cuidar deles e resgatá-los.

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quinta-feira, 11 de agosto de 2022

LONGE DA IGREJA, MAS PERTO DE DEUS?



Longe da Igreja, mas perto de Deus?

AUTOR: Mizael de Souza Xavier

Cresce no mundo o número de adeptos de um erro teológico que se denomina “desigrejados”, onde indivíduos que rejeitam a igreja institucionalizada, seus estatutos, sua forma de governo e seu estilo de culto buscam reuniões alternativas em que nada disso esteja presente. Na prática, mudam apenas os locais de reunião, criando outro governo e suas próprias crenças e regras. Cresce, também, os ministérios on-line e as igrejas virtuais, com cultos, pregações e ensino que acontecem somente à distância, inclusive a arrecadação de dízimos e ofertas. Todas essas coisas caminham na contramão do ensino de Jesus e dos apóstolos, bem como do estilo de vida e da prática de fé da Igreja neotestamentária, que perdurou pelos séculos e que ainda está presente na grande maioria das igrejas cristãs. O povo de Deus jamais deixou de se congregar, embora sempre tenham ocorrido variações no formato e no estilo de reunião da assembleia dos crentes e também erros. Para evitar tais erros, em vez de repará-los, investem-se em outros tipos de erros travestidos de soluções. E nada disso é novidade.

Outra questão importante quando se fala em deixar de ir à igreja (congregação, comunidade eclesial, templo, denominação) é a velha máxima de muitos crentes que se encontram desviados e que pode ser resumida na seguinte declaração: “Estou afastado da igreja, não de Deus”. Embora o crente genuíno jamais deixe de ser membro do Corpo místico de Cristo, que é a Igreja invisível, ao deixar de congregar com outros irmãos, ele desobedece à Cabeça desse corpo, que estipulou que todos vivessem em comunhão e compartilhassem a fé, o amor, os dons e o serviço para a mútua edificação (Sl 133:1-3; 1 Co 1:10; 12:4-27; 14:12; Rm 12:4-8; Ef 4:11-13). O texto de Hebreus 10:19-27 sintetiza bem isso. Por que não devemos deixar de congregar? Porque o acesso gracioso à presença de Deus por meio de Cristo santifica a nossa vida e confirma a nossa fé (vs. 19-23). E isso não traz frutos apenas para a nossa relação com Deus, mas também com os nossos irmãos em Cristo, dentro e fora da igreja local. Na igreja, somos santos que manifestam sua santidade para a edificação uns dos outros. Boa parte dessa santidade (santificação progressiva) só pode ser desenvolvida no contato entre crentes.

Os salvos devem considerar-se uns aos outros, estimulado-se ao amor e às boas obras (v. 24). Isto não se dá quando cada um está isolado no seu próprio mundo, mas quando todos se reúnem com esse propósito. Por isso, o autor escreve: “não deixemos de congregar-nos” (v. 25; gr. episynagoge, o ato de se ajuntar ou reunir; cf. 1 Ts 4:17; 2 Ts 2:1). Estando congregados, podemos admoestar uns aos outros a respeito da possibilidade do pecado e da necessidade de vencê-lo (vs. 26,27). Aquele que não permanece na igreja porque está em pecado, nega ser admoestado, corrigido e disciplinado. Ele acredita que, sozinho, poderá consertar-se, negando a necessidade dos irmãos e de um líder espiritual no processo. Deus estabeleceu a Igreja como um organismo vivo e interdependente. Se alguém diz que está em comunhão com Deus mesmo fora da igreja local, essa comunhão, provavelmente, não envolve estudo e obediência da Palavra, porque lhe faltam a prática de muitos mandamentos e a observação de diversas doutrinas que só podem ser postos em prática em comunhão com a igreja local, que se reúne com esse propósito, além da adoração a Deus.

Como estar em Deus sem estar ao lado dos irmãos e dos pastores que Ele próprio instituiu para zelar pelo seu rebanho (1 Tm 5:17,18; 2 Tm 2:24-26; 4:2; At 20:28; Fp 2:4; 1 Pe 5:2-4)? Como não estar afastado de Deus enquanto se está afastado de tudo aquilo que a sua Palavra ensina? O maior erro desse tipo de argumento é considerar Deus sem levar em conta a sua Palavra, de modo a se ver livre da obrigação de obedecê-la. Essa “comunhão desviada” com Deus, geralmente se restringe a continuar a acreditar na sua existência e confiar na sua providência e na sua resposta às orações: “Deus não me abandonou, eu converso sempre com Ele e Ele sempre atende as minhas orações”. Ou seja: pode-se continuar a pecar e a estar longe da igreja e da comunhão com os irmãos, porque Deus sempre estará presente, porque Ele é fiel, mesmo que sejamos infiéis (2 Tm 2:13) e nada pode nos separar do seu amor (Rm 8:35-39). Essa forma de pensar perigosa deve acordar essas mentes para Tiago 2:19: “Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios creem e tremem”. Eles creem e tremem, mas não se submetem gentilmente a Deus. O seu único compromisso com a Palavra de Deus é afastar dela os crentes.

Não podemos nos enganar, como os ímpios que, às vezes, declaram-se crentes e até mantêm uma espécie de piedade aparentemente cristã, mas que não foram regenerados, selados com o Espírito Santo e tornados membros do Corpo de Cristo. Para eles, a Bíblia não é Palavra autoritativa de Deus nem a Igreja uma necessidade. Eles dão à sua fé o formato que desejarem. Entretanto, aquele que está em Cristo é nova criatura e não vive mais em seu próprio reino, mas está ligado a Jesus e à sua Igreja, da qual é membro e da qual depende para viver uma espiritualidade sadia e genuinamente bíblica. Desde o Pentecoste, o povo de Deus é estimulado a viver em comunhão e a se reunir como comunidade e assembleia (At 2:37-47; 4:32-37). No Novo Testamento existem exortações e mandamentos que só podem ser cumpridos em um contexto de reunião periódica, de congregação. Todos envolvem expressões como:

  • uns dos outros” (1 Co 13:25; Gl 5:2; Ef 4:25; Tg 4:11);

  • uns aos outros” (1 Co 16:20; 2 Co 13:12; Gl 5:13-16; 1 Ts 4:9,18; 5:11; Hb 3:13; 10:24; 1 Pe 1:22; 5:5,14; 1 Jo 3:11,23; 4:7-12; Rm 12:10; 13:8; 14:13; 15:7,14; 16:16; Ef 4:2; 5:21; Cl 3:9-16; Tg 5:16; 2 Jo 1:5);

  • uns pelos outros” (1 Co 11:33; Tg 5:16);

  • uns para com os outros" (1 Ts 3:12; 5:15; 1 Pe 4:8; Ef 4:32).

Esses exemplos são apenas para citar os textos que envolvem as expressões entre aspas, sem contar a variedade de outros mandamentos que, assim como esses, só podem ser praticados por meio da comunhão entre os irmãos na igreja local e fora dela, nos lares ou onde quer que haja o contato entre os crentes. Ainda que alguém decida viver sem se congregar mas, ao mesmo tempo, buscar cumprir esses mandamentos, sendo presente e atuante na vida das pessoas, permanece o fato de que rejeita a comunhão e a submissão a uma autoridade pastoral constituída por Deus. Portanto, não há escapatória quando se pretende viver para Deus, porque isso envolve obedecer a sua Palavra, e ela ordena: “não deixemos de congregar-nos”.

O caminho de quem saiu da Igreja sempre deverá ser o regresso, ainda que não para a mesma denominação. Mas seu pecado precisa ser tratado e abandonado. Tantos crentes até se veem obrigados a deixarem de congregar por serem maltratados em algumas igrejas, mas acabam cometendo o pecado de abandonar de vez a comunhão com os irmãos e carregam amargura e orgulho durante muito tempo. O pecado dos outros não justifica o nosso nem alivia o seu peso. E o fato de estarmos debaixo da graça de Deus e sentirmos a sua presença mesmo quando deixamos de ir à igreja, não justifica nossos erros nem afasta de nós a necessidade de arrependimento. Se insistimos que podemos viver em pecado longe de Deus e dos irmãos e ainda assim afirmar que não abandonamos a Deus, faz-se um bom momento para repensarmos a nossa salvação. Aquele que é de Deus e nele permanece, não vive na prática do pecado, mas (1 Jo 3:6). Não viver em comunhão com os irmãos quando isto é um mandamento, configura-se pecado.

Concluamos com alguns conselhos preciosos para aqueles que sustentam com convicção a teoria: “Estou afastado da igreja, não de Deus”:

1. Procure ler e estudar a Palavra de Deus para além dos textos que trazem conforto ao seu coração, atentando para aqueles que o confrontam com seus pecados, que o chamam à santidade e que revelam que, como membro do Corpo de Cristo, você precisa dos outros membros, seus irmãos em Cristo.

2. Em vez de se sentir bem com seus pecados ou mesmo que se sinta culpado, mas incapaz de se arrepender, siga a ordem do Senhor à igreja de Éfeso: procure lembrar de onde caiu e se arrependa; volte ao primeiro amor e às primeiras obras (Ap 2:1-7). Não se sente capaz? Peça a Deus que te dê graça, vontade e força. Esta é uma obra do Espírito Santo. Clame a Ele!

3. Peça e libere perdão. Reconstrua os relacionamentos desfeitos. Afaste de você toda ira, orgulho, amargura e qualquer outro tipo de pecado (Ef 4:30-32; Cl 3:18,19; Tg 3:14,15). Resolva os problemas antes que eles piorem. Entenda que, por onde você for, eles te acompanharão, trarão peso à sua alma, não deixarão quieta a sua mente nem darão descanso ao seu coração. Tenha a mesma atitude que Davi, no Salmo 32:1-5.

4. Se o seu problema não é estar desviado e em pecado, mas ter comprado a ideia disseminada pelos “desigrejados”, reveja tais conceitos sobre Igreja à luz da Palavra de Deus. Estude a história do Cristianismo e da Igreja cristã. Inspire-se nos bons exemplos de grandes homens de Deus, suas denominações evangélicas, sua contribuição para o Reino de Deus e para a sociedade, seu papel social e na evangelização dos povos.

5. Perceba o risco do abandono da sã doutrina para tentar corrigir os erros de algumas denominações que, nem sempre, são igrejas de verdade. Essa é apenas uma porta de entrada para grandes heresias, como a “igreja inclusiva”, que abraça a ideologia de gênero e já começa a espalhar seus tentáculos malignos sobre aqueles movimentos que não guardam a verdadeira fé ortodoxa. Perceba que, para fugir de estatutos e regimentos internos, os desigrejados e outros movimentos heréticos criam seu próprio conjunto de crenças e determinam o que seus adeptos devem ou não crer. Quem os regula?

6. Ninguém pode ser cristão sozinho, porque ser cristão é ser membro do Corpo de Cristo, que é a Igreja. Se você não está nem quer estar em comunhão com outros irmãos em Cristo, se não sente essa necessidade nem reconhece o seu valor, pode ser que a sua fé seja falsa de um ponto de vista que realmente importa: o da Palavra de Deus. Ela pode ser a “sua” fé, o seu modo de entender Deus e viver o que acha ser verdade, mas que contradiz as doutrinas mais elementares que Deus inspirou homens para escrever e deixou registrado nas páginas da Bíblia Sagrada. Portanto, reveja seus conceitos e opte pela verdade.

7. Por fim, não se acomode ao mundo virtual nem permita que ele roube a sua comunhão presencial com seus irmãos em Cristo. A natureza da Igreja não é virtual, jamais foi e jamais será. Tudo acontece presencialmente. Faça uso das programações on-line somente em último caso, quando ir à igreja não for possível devido a alguma situação extraordinária. Fora isso, priorize estar presente para cultuar a Deus em comunidade e servir à comunidade com seus dons e talentos. Estando em comunhão com seus irmãos na igreja local, pregações e estudos bíblicos virtuais sempre serão uma benção.


SOBRE O AUTOR:


Mizael Xavier é membro da Igreja Batista em Parnamirim, no Rio Grande do Norte, estudante do curso de teologia no Seminário Teológico Batista Potiguar e formado em Gestão de Recursos Humanos. Serve a Deus como pregador, evangelista e professor. Já publicou diversos livros digitais pela Amazon, entre eles: “Manual do obreiro aprovado”, “Curso de formação de evangelistas”, “Batalha Espiritual’: uma luta em defesa da verdade”, “Assédio moral no trabalho”, “Ninguém morre de amor”, “O poder da oração” e “Missão Integral”.

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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

OS DESIGREJADOS



Existe um movimento que tem surgido no meio cristão denominado “os desigrejados” ou “os sem-igreja”. São pessoas que rejeitam o modelo atual de igreja, com seus templos, líderes, placas, sistemas de governo, convenções, estatutos e regras. Esses indivíduos querem seguir a Cristo, mas sem depender da igreja institucional. Eles geralmente se reúnem nas casas e se posicionam contra as igrejas convencionais. Pressupõe-se que nas reuniões desses grupos não existam líderes nem regras; que não há um espaço físico (troca-se o templo pela casa) nem obrigações a serem cumpridas pelos seus adeptos, o que com certeza não é verdade. O que queremos debater aqui ao falar a respeito dos desigrejados, é algumas das razões que levam muitas pessoas a saírem da Igreja, a abandonarem as suas congregações e enveredarem por esse tipo de caminho. Alguns estão decepcionados com igrejas neopentecostais, que lhes prometeram bênçãos que acabaram não recebendo. Outros saíram de suas igrejas porque, como vimos no ponto “d”, deixaram-se influenciar negativamente pelo mau testemunho dos outros e não foram maduros o suficiente para se manterem firmes na fé. Alguns migram de igreja em igreja na busca por um lugar perfeito, onde não haja pecado de espécie alguma, o que subtende-se que tais indivíduos sejam pessoas incapazes de pecar ou se sintam espirituais e perfeitas demais para conviverem com aqueles que julgam inferiores.
            A tarefa do evangelista, neste caso, é mostrar aos desigrejados e àqueles que vivem a migrar entre igrejas que não existe uma igreja perfeita aqui na terra, mas que em todas haverá pecadores e os problemas consequentes desta realidade. Se a igreja primitiva é proposta como modelo para o cristianismo atual, é preciso estudar a Bíblia e ver que ela nunca foi uma igreja perfeita, muito pelo contrário. Todos os problemas que hoje condenamos nas diversas denominações espalhadas pelo mundo, existiam nas igrejas fundadas pelos próprios apóstolos. Vejamos alguns exemplos:

·         Igreja de Corinto: era uma igreja que, assim como nos dias de hoje, possuía “grupinhos” (1 Co 1.12), tinha muitos crentes invejosos e também contendas (1 Co 3.3), além de brigas entre irmãos na justiça secular (1 Co 6), e fornicação (1 Co 5). A Igreja de Corinto possuía muitos dons espirituais, mas mesmo assim era reputada por Paulo como uma igreja carnal (1 Co 3:1), onde parecia não haver a presença do amor.
·         Igreja de Éfeso: apesar de ter sido alicerçada sobre a Palavra, era uma igreja que demonstrava pouco amor (Ap 2:4). Após a saída do apóstolo Paulo, aquela igreja experimentaria a presença de lobos vorazes e falsos mestres (At 20:29,30).
·         Igreja de Tessalônica: alguns crentes desta igreja andavam desordenadamente e não gostavam de trabalhar (2 Ts 3:11).
·         Igreja de Filipos: na igreja de Filipos havia desentendimento entre os irmãos. Duas irmãs, inclusive, não tinham pensamentos tão divergentes que foram citadas na carta escrita por Paulo (Evódia e Sínteque, Fp 4:2).
·         Igreja de Colossos: esta igreja enfrentava um terrível problema de heresias. Alguns estavam querendo colocar em dúvida a divindade de Cristo. Além disso, nela havia até mesmo culto aos anjos praticado por pessoas de mente carnal (Cl 2:18). Nesta igreja havia, inclusive, visões trazidas por pessoas que não eram crentes, porque não tinha Cristo como sua cabeça (v. 19).
·         Igreja da Galácia: além de estarem decaindo da graça e dando atenção aos hereges judaizantes, naquela igreja havia crentes que estavam devorando uns aos outros (Gl 5:2-4,15).
·         Igreja de Tiatira: esta igreja tolerava uma mulher que se dizia profetiza, mas que ensinava os irmãos a se prostituírem e a comer sacrifícios de idolatria (Ap 2:20).
·         Igreja de Laodicéia: ela era uma igreja que enfrentava dois problemas espirituais: era uma igreja morna que causava náuseas em Deus; e também uma igreja que se achava autossuficiente. O Senhor afirma que ela era infeliz, miserável, pobre, cega e nua (Ap 3:15-17).
·         Igreja de Pérgamo: a igreja de Pérgamo tinha sérios problemas doutrinários, permitindo que no meio dela se ensinasse a doutrina da Balaão e dos nicolaítas (Ap 2:14,15).
·         Igreja de Jerusalém: esta igreja sede deveria ter tudo para ser perfeita, pois contava com a presença dos apóstolos. Todavia, foi um deles – Pedro – que demonstrou preconceito contra os crentes gentios e agiu de maneira dissimulada, temendo os crentes judeus (Gl 2:12,13). Além disso, já havia ocorrido murmuração entre seus membros (At 6:1) e crentes que mentiam descaradamente (At 5:1-11).


Não vemos os apóstolos abandonando essas igrejas, mas os encontramos amando os irmãos, orando por eles e com eles, aconselhando, exortando, admoestando (Tg 1:22; 1 Ts 5:14-22; 1 Jo 1:9; Ef 4:1-3; Cl 3:17; 1 Co 6:18-20; 15:33; 2 Co 13:11; Fp 2:1-4;  1 Tm 5:21; 1 Ts 4:1,2; 2 Ts 3:11-13; Hb 13:22). O que precisa estar claro para o evangelista e ele deve passar para os crentes adeptos dessa nova teologia, dessa forma equivocada de pensar e viver a Igreja, é que o corpo de Cristo na terra é composto de pessoas que erram, de pecadores redimidos, mas que são imperfeitos, sendo santificados e aperfeiçoados diariamente em Cristo, pelo Espírito Santo. Os crentes amadurecem todos os dias no convívio com as suas próprias imperfeições e as imperfeições dos seus irmãos, amando-se uns aos outros, exortando-se e aconselhando-se mutuamente (1 Ts 5:10,11). Se não suportarmos as debilidades dos fracos, como poderemos fortalecê-los que a nossa fé que julgamos madura? O conselho do apóstolo Paulo aos desigrejados é: “Ora, nós que somos fortes devemos suportar as debilidades dos fracos e não agradar-nos a nós mesmos. Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para a edificação. Porque também Cristo não se agradou a si mesmo; antes, como está escrito: As injúrias dos que te ultrajavam caíram sobre mim” (Rm 15:1-3). A Igreja perfeita será aquela que estará na glória com o Senhor, sem pecado algum (Ef 2:27) e que consta de todos os que possuem os seus nomes escritos no Livro da Vida e fazem parte da grande Assembleia universal de Deus nos céus (Hb 12:23).

MIZAEL XAVIER

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