Um fato presente na maioria das igrejas
evangélicas e que tem preocupado pastores, mestres e líderes é a evasão em
massa dos momentos de estudo da Bíblia, seja na Escola Bíblia Dominical ou no
culto de doutrina durante a semana. Enquanto isso, os cultos de bênçãos,
promessas, milagres, poder, vitória e unção seguem sempre lotados. Isso é um
reflexo do individualismo presente no cristianismo atual e que deve ser
tenazmente combatido, porque não é de Deus nem é bíblico. Em parte, isso é
culpa das lideranças que oferecem esse tipo de coisa enquanto reclamam que os
crentes não querem mais ler e estudar a palavra de Deus. Eis aqui algumas dicas
simples para transformar esta situação e devolver à Bíblia o seu lugar no corpo
de Cristo:
1.
Repensar até que ponto somos influenciados pelo neoliberalismo e a teologia
neopentecostal, eliminando da liturgia e do ensino as práticas que se
assemelhem à Teologia da Prosperidade e a sua Confissão Positiva, uma teologia
herética e egocêntrica. Candelabros, estrela de Davi, objetos ungidos, “passes
mágicos” de cura não fazem parte da doutrina cristã.
2.
Transferir para o culto de domingo à noite o ensino doutrinário da Igreja,
quando a frequência é bem maior, investindo no ensino sólido e sistemático das
Escrituras para a formação teológica, ministerial e comportamental dos crentes.
3.
Investir no ensino teológico, exigindo-o como prerrogativa para se assumir
qualquer ministério na Igreja (diáconos, mestres, evangelistas, presbíteros,
pastores, missionários, líderes de ministérios, etc.), incluindo-se a história
da igreja local e as suas bases doutrinárias.
4.
Diminuir a quantidade de programações festivas e de lazer, investindo na
realização de palestras, seminários, simpósios e outros momentos de estudo da
Palavra de Deus, com temas bíblicos e relevantes para a construção do caráter,
a formação teológica e o estímulo à aplicação prática do aprendizado na vida
cotidiana.
5.
Diminuir o tempo do louvor e outras apresentações durante o culto,
principalmente de domingo, para aumentar o tempo de exposição da Palavra de
Deus. Muitos ministros de louvor se aproveitam do microfone para desabafar e até
mesmo pregar, sem preparação alguma, declarando inverdades que precisam ser combatidas.
Uma coisa é o Espírito Santo agir como e onde quiser, outra coisa é a carnalidade.
Precisamos discerni-la e combatê-la.
6.
Educar os ministros de louvor a examinarem as letras das músicas que irão
cantar, examinando-as à luz da Bíblia, eliminando elementos do judaísmo que não
estão em contexto com a Nova Aliança (santo dos santos, deserto, arca, templo,
altar, etc.). A maioria dessas canções serve à Confissão Positiva e não possui
qualquer apoio bíblico. O próprio pastor precisa estar atento ao que é cantado
na Igreja, que traz doutrinas estranhas e muitas heresias. Cabe uma “censura” santa
e preventiva.
7.
Não convidar para pregar na Igreja pessoas de outras denominações que possuem
declaradamente uma doutrina diferente. Ao convidar um pregador de fora, é
preciso deixá-lo a par das bases doutrinárias da igreja local e adverti-lo
contra pregações triunfalistas e egocêntricas que não exaltam a Deus, mas apenas
ao homem.
8.
Incentivar os crentes a lerem as obras dos grandes teólogos e pensadores
antigos e da atualidade e a participarem de eventos como o Encontro para a
Consciência Cristã. Desestimular a leitura de livros e outros materiais de
autores de autoajuda evangélica, de cura e libertação, de batalha espiritual.
9.
Incluir nas pregações e no ensino temas esquecidos, tais como: a cruz de
Cristo, a Graça de Deus, a Queda, a volta de Jesus, o arrependimento, os frutos
do Espírito Santo, o serviço cristão, a responsabilidade social da Igreja, os
pecados da língua, o evangelismo e as missões. É preciso retomar a mensagem da
cruz e voltar ao cristianismo puro e simples que a Bíblia ensina, eliminando temas
recorrentes, como vitória, promessas, unção e prosperidade.
10.
Crer e difundir na Igreja a fé reformada, que diz Sola Scriptura: somente as escrituras, buscando um equilíbrio na
manifestação dos dons ditos de “poder”, como línguas e profecias, colocando-os
em seu devido lugar ao invés de considerar as suas manifestações como
“revelações de Deus”. É preciso provar todos os espíritos, discerni-los,
examinar e julgar todas as coisas. Os falsos mestres e os falsos profetas não
virão de outro lugar senão de dentro da própria Igreja.
11. Investir em discipulado pessoal, principalmente dos novos convertidos, enfatizando a importância de crer, ler, viver, ensinar e pregar a Palavra de Deus. O bom discipulado é a base de tudo. Sem a base, qualquer construção que vier depois vai ao chão.
11. Investir em discipulado pessoal, principalmente dos novos convertidos, enfatizando a importância de crer, ler, viver, ensinar e pregar a Palavra de Deus. O bom discipulado é a base de tudo. Sem a base, qualquer construção que vier depois vai ao chão.
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outras formas você pode pensar? Compartilhe comigo e com todos. Divulgue esta postagem
entre os irmãos que você conhece. Façamos a nossa parte.
Deus
os abençoe grandemente.
Mizael Xavier.
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