Lucas
5:1-11
Cada pessoa que nasce na Terra é um
ser individual, mesmo que manifeste características próprias de uma cultura.
Somos diferentes em muitas coisas, desde os aspectos físicos até o conteúdo do
nosso caráter e como nos comportamos em sociedade. Apenas uma característica
une todos os seres humanos e os torna parte de um único rebanho: o pecado
original. Por mais diferentes que sejamos uns dos outros, a mancha do pecado
nos une numa realidade distante da presença de Deus, carentes de salvação. E se
todos pecaram e carecem da glória de Deus, todos também estão unidos a uma
única possibilidade de salvação: a fé em Jesus Cristo. Então, mais uma vez a
individualidade se faz presente, quando aqueles que aceitam a Jesus como Senhor
e Salvador são separados daqueles que não creem, que amam mais as trevas que a
luz. Estes continuam com a sua realidade terrena e pecaminosa, que os conduzirá
brevemente ao inferno, enquanto aqueles, pela graça de Deus, recebem a vida
eterna que os levará até o céu.
Um relato bíblico demonstra essa
verdade. Os apóstolos tiveram a sua vida literalmente e radicalmente dividida
em antes e depois de Cristo. Os discípulos foram chamados para seguir a Jesus
quando estavam lidando com a realidade do seu dia a dia, em seus afazeres
familiares e profissionais. Alguns estavam pescando, outro estava na coletoria
de impostos e todos estavam desfrutando de uma vida distante da glória de Deus;
alguns de forma consciente, talvez; outros de forma bastante consciente. O fato
é que a chegada de Jesus nas suas vidas transformou completamente a sua
realidade. O trecho da Bíblia intitulado “A pesca Maravilhosa”. O relato de
Lucas mostra pescadores que recolhiam as redes. Eram dois barcos, mas Jesus
escolheu deliberadamente entrar em um deles. Vemos logo que quem toma a atitude
de nos buscar é Deus. Jesus já sabia desde a eternidade que naquele barco
estaria um dos seus seguidores. Ele criou Simão Pedro e desde antes da fundação
do mundo já havia preparado um plano para ele.
De boa vontade, Simão recebeu o
Senhor em seu barco, e este passou a ensinar às multidões que ali havia se
reunido. Após essa pregação, Jesus pediu que o barco fosse levado para distante
da praia e que as redes fossem lançadas para que eles pescassem. Baseado na
experiência anterior em quê não havia pescado nada, Simão esclarece que a noite
fora frustrante, pois não haviam pescado nada, mas que lançaria as redes em
obediência à palavra do Mestre. O resultado foi de fato uma pesca maravilhosa
que quase fez afundar a embarcação. Simão então caiu em si e percebeu diante de
quem ele estava. Ele exclamou: “Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador”.
Enquanto muitos hoje, diante das maravilhas operadas por Deus, tornam-se
soberbos e se veem no direito de exigir de Deus os seus milagres, Pedro se
reconheceu pecador indigno de estar na presença do Senhor. Este foi o primeiro
passo para que ele viesse a ter a sua realidade transformada; reconhecer a sua
pequenez diante da Majestade do Senhor, enxergar-se como pecador indigno do
Salvador.
Após a pesca maravilhosa e o
reconhecimento de que Jesus era o Senhor, a realidade de Pedro, bem como Tiago
e João mudou completamente. O evangelista Marcos expressa melhor este chamado;
“Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens” (Mc 1:17). A partir desse
instante, aqueles homens não estavam mais preocupados com a sua profissão e
seus lucros, mas abandonaram tudo para seguirem a Jesus. Após não haverem
pescado nada naquela noite e dependendo dessa pesca para manter o seu negócio,
eles viram o seu barco quase naufragar com tantos peixes que foram apanhados.
Imaginem que grande lucro eles obteriam com a venda do pescado! Mas a Palavra
de Deus afirma: “E, arrastando eles os barcos sobre a praia, deixando tudo, o
seguiram” (Lc 5:11). Isso mesmo, eles simplesmente abandonaram todo aquele
lucro financeiro em prol de um lucro maior: pescar homens. O que eles ganhariam
pescando homens? Será que imaginavam que Jesus os estava convocando à captura e
à venda de escravos? Com certeza não. Eles sabiam diante de quem estavam e qual
seria a sua missão: salvar almas. Incrivelmente, ao contrário da mentalidade
evangélica de hoje que abre mão das pessoas para tomar posse da bênção, aqueles
pescadores abriram mão da benção que acabaram de receber para tomar posse do
ministério de salvar pessoas.
Deus transforma a nossa realidade! Lendo
todos os relatos bíblicos sobre a vida de Pedro e as suas epístolas, vemos o que
esse encontro com Jesus representou na sua vida e como a sua vida, uma vez transformada,
foi poderosamente utilizada para alcançar – pescar – outras vidas. Todos nascem
pecadores, mas podem alcançar a salvação em Cristo (Jo 3:16,36; Rm 3:23,24). Quando
escolhidos e salvos por Ele, nada mais nos importa, apenas deixar tudo para trás
e segui-lo. Somos transformados por sua graça, santificados por seu Santo Espírito,
regenerados, redimidos, justificados, adotados como filhos. Somos salvos para as
obras (Ef 2:8-10), para demonstrarmos através das nossas atitudes o poder de Deus
que opera eficazmente em nós. O Senhor nos salva e nos faz pescadores de homens,
envia-nos a pregar a sua Palavra e nos usa para propagar o seu Reino eterno. Se
a nossa realidade ainda não foi transformada, se escolhemos ficar com os peixes
– as bênçãos – ao invés de seguir o Mestre, pode ser que ainda estejamos no velho
barco da nossa existência, tentando pescar vida, mas colhendo decepções e vendo
todas as manhãs as nossas redes vazias. Será que estamos dispostos a abandonar
a nossa rede cheia de peixes para seguir a Jesus?
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