O elixir da ressurreição
(Mizael Xavier)
Imagine uma história bem fantasiosa: você é um grande cientista e consegue criar o "Elixir da ressurreição". Após testar em cobaias animais mortos e obter grande êxito em trazê-los de volta à vida, você decide oferecer o poderoso "Elixir da ressurreição" aos seres humanos. Mas, claro, é necessário que eles estejam mortos. Mas, ao invés de simplesmente forçar os mortos a tomarem o seu elixir, você crê que é melhor oferecer a eles, assim podem decidir se vão ou não tomá-lo.
Com uma garrafa cheia do "Elixir da ressurreição" nas mãos, você entra no primeiro funeral que encontra. Os amigos e familiares do morto estão transtornados, mas logo se alegram quando você fala do seu poderoso elixir. Então eles permitem que você vá até o caixão e ofereça o elixir ao morto. Você o chama uma vez, duas, três. Você diz ao morto: "Ei, você está morto, mas eu tenho um poderoso elixir que é um antídoto contra a morte e, se você tomá-lo, ressuscitará". Nenhuma resposta vem do defunto e você vai embora frustrado.
Sabe porque o morto não tomou o elixir? Justamente por isto: ele está morto. E mais ainda: ele não sabe que está morto. Como um defunto poderá decidir sobre si próprio? Como ele produzirá a sua própria vida? Ele não pode decidir ou escolher, pois não tem mais vida, é apenas um corpo que ocupa espaço em um caixão.
Agora vamos sair da ficção e entrar na realidade: todos nascemos espiritualmente mortos. Não existe vida em nós, mas apenas pecado e morte. Paulo escreveu aos romanos: "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram" (Romanos 5:12). Mas Deus tem o "Elixir da ressurreição": a fé em Jesus Cristo, que, pela graça de Deus nos traz à vida, restaura a nossa comunhão com Deus e nos dá a vida eterna! O sangue de Cristo vertido na cruz é o elixir da vida!
Todavia, existe uma questão importante: da mesma forma que acontece na morte física, acontece na morte espiritual: nós não sabemos que estamos mortos. Todas as vezes que alguém vem até o nosso caixão existencial e fala conosco do elixir da vida eterna, nós não podemos escutar, não podemos gritar: "Sim, eu quero este elixir!". Estamos totalmente incapacitados de atender ao apelo do Evangelho, de decidir sobre a nossa salvação, de produzir a nossa própria ressurreição. Mortos não fazem escolhas!
Então, surge reluzente a verdade do Evangelho: é Deus quem nos ressuscita, é Deus quem nos dá a vida, é Deus quem nos regenera e nos dá a fé necessária para crermos, por sua graça, mediante o seu Santo Espírito. Paulo escreveu aos efésios: "Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados" (Efésios 2:1). Da mesma forma que Lázaro não poderia clamar do seu túmulo: "Jesus, meu amigo, estou morto há quarto dias e já estou fedendo. Venha depressa me ressuscitar!", também não podemos clamar a Deus de dentro da nossa morte, é necessário que Ele escolha nos dar a vida e tome a iniciativa soberana de nos salvar e nos dizer: "Venha para fora!"
Quando, pela fé, recebemos a Jesus como Senhor e Salvador e, com o coração arrependimento de quebrantado, somos convertidos a Ele, significa que o elixir da ressurreição já fez efeito em nós. A salvação é uma obra graciosa e exclusiva de Deus. Somente Ele tem poder para trazer a nossa alma de volta à vida e nos tornar seus filhos. O poder está nele, não em nós, conforme lemos em João 1:11-13: "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus."
Leia a Bíblia. Escute a mensagem do Evangelho. E se você clamar a Deus que salve a tua alma da morte e da condenação eterna, pode estar certo de que o "Elixir da ressurreição" já está fazendo efeito em você.
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