quarta-feira, 28 de junho de 2023

EVANGELISMO: LIÇÕES PARA TODO EVANGELISTA




LIÇÕES PARA O EVANGELISTA
(Mizael de Souza Xavier)

Apresento aqui, de forma resumida, algumas lições que o evangelista precisa aprender atentamente. Utilize este estudo no seu ministério de evangelismo, na sua pastoral, na sua célula, na escola bíblica dominical e no seu devocional diário. Compartilhe com outros evangelistas e com toda a sua igreja. Fique à vontade.

Desafio você a pesquisar na sua Bíblia e a colocar neste estudo alguns versículos bíblicos que fundamentem cada uma destas lições. Você pode enviar o resultado para o meu Facebook ou para o e-mail: mizaelsouzaxavier@gmail.com.

Bom estudo!


1. IDENTIFICAÇÃO. A regra áurea do evangelista é ter identificação com Cristo por meio da fé. Como chamar os pecadores ao arrependimento e à conversão se nós mesmos não formos convertidos? A pregação do Evangelho é um papel exclusivo da igreja. Sem ser parte da igreja, que é o corpo de Cristo, não se pode ter autoridade na evangelização.

2. CONVICÇÃO. O evangelista deve possuir uma fé convicta em Deus e na sua Palavra. Não podemos falar daquilo em que não acreditamos e esperar que as pessoas aceitem a nossa mensagem. A sua convicção se estende à sua salvação, ao conteúdo da sua mensagem, ao poder de Deus e à eficácia do Espírito Santo na conversão do perdido.

3. SANTIDADE. É preciso que haja integridade de caráter do evangelista, vivendo de modo digno da nossa vocação e coerente com o Evangelho que ele prega. A mensagem da cruz deve fazer sentido primeiramente para nós, transformando o nosso ser. Devemos ser santos como o nosso Pai é Santo.

4. HUMILDADE. O evangelista precisa ser humilde como Cristo, nunca presunçoso ou arrogante. Ele deve o tempo todo lembrar que não é melhor que os perdidos, mas alguém que estava no mundo e que somente pela graça e pela misericórdia de Deus é hoje uma pessoa melhor. A sua humildade deve se refletir no trato com as pessoas e na prática da misericórdia.


5. AMOR. É impossível pregar o Evangelho de um Deus de amor sem amar também. Como filho de Deus, o evangelista deve amar os perdidos e desejar que eles conheçam a salvação em Cristo. Quem não ama, não conhece a Deus. Não podemos pregar como o profeta Jonas.

6. ESPÍRITO SANTO. O Espírito Santo é quem santifica e capacita o cristão na obra evangelizadora. Precisamos viver na sua total dependência, buscando nele sabedoria, orientação, direção e força. Sem o Espírito Santo a nossa obra é vã. É Ele, não nós e nossa eloquência, que convence e converte o pecador.

7. ORAÇÃO. O evangelista precisa manter uma vida constante de oração para estar em comunhão com Deus. Através da oração falamos com Deus sobre nossas dificuldades, pedimos orientação, força e livramento. Pela oração tomamos a nossa armadura espiritual e batalhamos contra as hostes malignas das trevas.

8. TESTEMUNHO. A vida do evangelista deve testemunhar da Palavra que ele prega. A verdade do Evangelho deve impregnar a sua vida. Se praticamos o contrário do que pregamos, não teremos autoridade alguma. Testemunho não envolve apenas bênçãos e milagres que Cristo faz por nós, mas acima de tudo um caráter transformado, honesto e santo. Mas lembre-se: a mensagem que salva o pecador não é a história da sua vida, mas a Palavra de Deus, a doutrina da salvação. A salvação vem pelo ouvir da Palavra.

9. COMPROMISSO. A obra do Senhor requer total compromisso: com obra em si, com a Bíblia, com a igreja, com as pessoas, com horários, com o estudo, com a santidade, com a liderança do ministério, com o Reino de Deus acima de tudo.

10. SERVIÇO. O evangelista deve entender que está na obra para servir. Como servo do Senhor, ele serve às pessoas através da sua pregação. Este serviço pode envolver ações de misericórdia e socorro aos necessitados.

11. OFERTA. Seja por meio dos seus dízimos ou das ofertas, deve ser motivo de alegria para o evangelista contribuir financeiramente para a manutenção do ministério de evangelismo da igreja e de missões. Ele não deve medir esforços nesta área, não sendo avarento, mas praticando a mordomia.

12. DOM. Na Grande Comissão, todos os cristãos são convocados a pregar o Evangelho. É uma obrigação santa da qual ninguém que professe a fé em Jesus está isento. Deus nos deu o seu Espírito e a sua Palavra como instrumentos para este serviço. Além disso, o Espírito Santo dá a alguns crentes uma capacitação especial para o ministério evangelístico: o dom de evangelista. São esses irmãos que mais se dedicarão a pregar as Boas novas, com maior capacidade, conhecimento e estratégias.

13. AUTORIDADE. O evangelista prega na autoridade de Cristo. Essa autoridade envolve, além da pregação do Evangelho, poder para curar enfermos e expulsar demônios, conforme a necessidade e os planos de Deus. É preciso lembrar sempre que o evangelista não possui qualquer poder ou autoridade próprios. Tudo pertence a Deus e é dado por Ele. O poder está no Nome se Jesus, não no carisma ou na eloquência do pregador. Este é um mero instrumento nas mãos de Deus.

14. EDUCAÇÃO. A mensagem da cruz é loucura para os que se perdem. Ela é uma palavra dura contra os filhos da desobediência. Isto não significa ser duro com as palavras. A verdade por si só já serve para convencer o perdido pela ação do Espírito Santo. Não é preciso ser mal educado ou estúpido no falar. O evangelista deve ser cortês, sem abrir mão da convicção. Deve ser incisivo sem ser estúpido.

15. ABNEGAÇÃO. O trabalho evangelístico requer abnegação e sacrifício. O evangelista deve se preparar para enfrentar problemas, obstáculos, resistência, perseguição, incompreensão e rejeição. É preciso haver uma boa estrutura espiritual e psicológica, o que conta, acima de tudo, com a graça de Deus e o poder dado pelo Espírito Santo. É preciso haver disposição e disponibilidade. Será que estamos dispostos a abrir mão de nós mesmos e do nosso conforto pelo Reino de Deus?

16. RECOMPENSA. O nosso trabalho em Cristo não é em vão. Ele resulta em glória a Deus. A recompensa do trabalho do evangelista é dupla. Ele se alegra em fazer a obra do Senhor e com as almas que vão sendo salvas. Ele também tem seu galardão garantido nos céus pela graça de Deus. O evangelista não deve esperar por aplausos ou reconhecimento. Ele não deve esperar lucrar financeiramente com o seu ministério. A sua recompensa é ser útil no Reino de Deus.

17. INDOUTO. A mensagem do Evangelho pode e deve ser pregada mesmo pelo indouto. Ainda assim, de uma forma ou de outra ele precisará saber do conteúdo integral dessa mensagem para que possa repassá-la. Não importa se com erros de português, mas o conteúdo teológico correto é inegociável. Muitos exaltam a simplicidade de pessoas humildes que pregam poderosamente o Evangelho. Pode até ser bonito, mas mesmo a pessoa mais iletrada precisa se esmerar em conhecer a Palavra de Deus para pregá-la. Misturar pinceladas de textos bíblicos fora de contexto com testemunho pessoal nem sempre é eficaz. O perdido precisa receber a mensagem na sua íntegra.

18. CONTEÚDO. O conteúdo da mensagem evangelística é um só: a salvação por meio da fé em Cristo. A mensagem da cruz é a única que deve ser pregada, pois somente ela gera arrependimento para a salvação. A evangelização não é autoajuda, mas a proclamação do Reino de Deus. A pregação evangélica deve ser cristocêntrica.

19. VERDADE. A Palavra que pregamos e a verdade de Cristo e que é Cristo. O evangelista precisa conhecer essa verdade e encarná-la, torná-la parte de si. A verdade de Deus é absoluta e não pode ser relativizada. O mundo pós-moderno não crê em absolutismo, mas a verdade existe e é única. Somente a fé cristã conhece essa verdade e é capaz de pregá-la. Qualquer palavra ou ação do evangelista que não contenha essa verdade nem conduza a ele, não procede de Deus. Não podemos pregar ou viver a mentira. Somos portadores da verdade que liberta o perdido do seu pecado e o reconcilia com Deus.

20. BÍBLIA. É na Bíblia Sagrada que o evangelista encontrará o conteúdo da sua pregação. Somente ela contém a Palavra de Deus para o mundo e para a igreja. O plano de salvação, incluindo a condenação eterna dos ímpios, encontram-se nas suas páginas. Nada deve ser suprimido ou acrescentado.

21. INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA. O evangelista é um pregador da Palavra de Deus. Portanto, ele precisa manejar bem está Palavra para estar seguro de levar a mensagem correta. Para isso, é indispensável a interpretação correta do texto bíblico. É ideal que ele domine a arte da hermenêutica a fim de fazer uma boa exegese das Sagradas Escrituras. Uma má interpretação leva a uma inverdade e a uma aplicação incorreta. Usar textos fora do seu contexto é um pretexto para a criação de heresias.

22. ESTUDO. Para ser um obreiro aprovado e manejar bem a Palavra da verdade que prega, o evangelista precisa ser um estudioso da Bíblia. Como pregar o que sequer conhecemos? Como dar a razão da nossa fé àqueles que nos questionam? Como ter segurança daquilo que ensinamos? Como discipular sem conhecer as Escrituras? Como apresentar o plano de salvação com segurança? O estudo teológico deve ser uma prática constante.

23. CONTEXTUALIZAÇÃO. O evangelista deve ter cuidado para contextualizar a sua mensagem à realidade das pessoas e do local, o que envolve cultura, linguagem, nível social e educacional. Isto diz respeito à forma de passar a mensagem bíblica, não o seu conteúdo. Contextualizar não é "adequar". O Evangelho não deve se dobrar aos valores e aos interesses do mundo, mas é o mundo que deve se curvar diante dele.

24. CLAREZA. A mensagem do Evangelho deve ser transmitida com clareza, de modo que as pessoas a compreendam. O evangelista não deve utilizar termos teológicos complicados nem abordar temas complexos que só causarão confusão. A mensagem é simples: arrependimento e conversão. Na medida do possível e do necessário, o conteúdo da mensagem deve adequar à uma linguagem compreensível para o ouvinte, o que envolve os regionalismos e elementos da realidade cotidiana de cada ouvinte. Jesus utilizava elementos da realidade das pessoas (ovelhas, agricultura, etc.).

25. ANTIGO TESTAMENTO. É preciso conhecimento e muito cuidado na pregação do Evangelho utilizando o Antigo Testamento. Muitos pregadores incautos não fazem a interpretação correta, o que leva a uma aplicação equivocada, acima de tudo das promessas da Antiga Aliança. Tudo o que dizia respeito a Jesus já se cumpriu nele, com exceção das profecias apocalípticas, como as que encontramos no livro de Daniel. É necessário discernir a Lei da Graça; além disso, que promessas, mandamentos e profecias nos dizem respeito.

26. IGREJA. A igreja não é um templo, somos nós. Fomos chamados como uma assembleia que está a caminho, como um corpo sempre em movimento. Ao invés caminhar em volta de si mesma, a igreja é chamada para fora, para o mundo. Como salgar e iluminar sem se misturar com quem precisa do nosso sal e da nossa luz? O evangelista deve ser um dos membros mais ativos da Igreja, contagiando a todos com a alegria de pregar o Evangelho, estimulando aqueles que ainda não assumiram a sua posição no front de batalha.

27. HONESTIDADE. É preciso honestidade para pregar o Evangelho. Não podemos enganar as pessoas com promessas falsas de bênçãos ou de uma vida sem sofrimento. O evangelista precisa deixar claro que a vida cristã envolve sacrifícios, sofrimentos e perseguições por amor a Cristo. Ele também deve falar sobre a santidade que Deus nos cobra, sobre compromisso com a obra do Senhor e as obras que Deus preparou para nós. Quem se converte enganado, convertido não é.

28. DEFESA DA FÉ. O evangelista é chamado, como todo cristão, a batalhar diligentemente pela fé, ou seja: a sã doutrina. Essa defesa da fé é uma ação contra os falsos mestres e os falsos profetas que têm se infiltrado na igreja para perverter o Evangelho de Cristo e lucrar financeiramente com isso, além de desviar muitos da fé verdadeira. Não podemos nos omitir. Somos soldados do Senhor na guerra pela verdade.

29. INFERNO. Ao contrário do que vem acontecendo na maioria das pregações atuais, o evangelista deve alertar o perdido sobre a realidade do inferno, um lugar de trevas eternas onde os ímpios padecerão a segunda morte. É preciso ser sincero com as pessoas. Existe a vida eterna para os que creem em Cristo e a condenação eterna para os que não creem. Esta é a verdade.

30. PAROUSIA. A igreja perdeu o senso se urgência da obra evangelizadora: Jesus está voltando. As pregações são um apelo à conquista de bênçãos materiais. Jesus parece que não vai voltar. O evangelista deve alertar com insistência: Jesus está voltando! Prepara-te. Nem ele deve se prender a este mundo nem pregar um evangelho mundanizado é triunfalista que não aponta para o céu, mas só para as bênçãos da terra.

31. PECADO. A denúncia do pecado e suas consequências atuais e eternas deve estar presente na mensagem evangelística. Não podemos atenuar a mensagem do Evangelho com medo de magoar ou afastar as pessoas. Como o perdido se converterá se não se arrepender dos seus pecados? E como admitirá os seus pecados se não se reconhecer pecador? Não devemos ter medo de falar de pecado. É o Espírito Santo quem fará a sua obra.

32. PERDIÇÃO. O evangelista deve deixar bastante claro que o perdido não é pecador porque peça, mas peça porque é pecador. Muitos resistem ao Evangelho por não se acharem pecadores. Para rebater isso, é necessário que o evangelista saiba tudo sobre a Queda e as suas consequências para o ser humano.

33. JUÍZO FINAL. Outro assunto muito esquecido é o dia do juízo, quando todos compareceremos diante de Deus para sermos julgados por Ele. O evangelista precisa confrontar o perdido com os seus pecados e questionar se ele está seguro de comparecer diante de Deus para ser julgado por Ele. O pecado conduz à morte. Os ímpios perecerão. Não existirá meio termo ou qualquer apelação diante do Grande Trono. Após a morte, segue-se o juízo. Ponto final.

34. APELO. A mensagem evangelística conduz consequentemente a um apelo para que o perdido faça uma decisão para Jesus, o que não é bíblico, mas um costume evangélico. Porém, o apelo só deve ser feito após uma mensagem genuinamente evangelística, onde ele foi confortado com a sua realidade pecaminosa e a necessidade de aceitar a Jesus para ser salvo. Mensagens que apresentam Jesus apenas como alguém que quer abençoar e fazer milagres não são evangelísticas. Neste caso, a aceitação do apelo pode não ser uma conversão genuína, mas o desejo de abraçar a fé por mero interesse.

35. DISCIPULADO. O trabalho evangelístico não termina quando o pecador se converte. Após a conversão segue-se o discipulado, a inserção no corpo de Cristo. O evangelista ou alguém responsável por essa área na igreja deve iniciar o convertido na sua fé, dando-lhe suporte espiritual e bíblico. Muitos deixam os novos convertidos sem essa atenção especial, o que prejudica o seu desenvolvimento saído na fé. O início da caminhada é crucial. Se houver necessidades sociais, estas também precisam ser observadas. O novo convertido precisa ser ensinado e batizado.

36. MISSÃO INTEGRAL. A missão da igreja também envolve o cuidado com os pobres. Investir em ações sociais contundentes demonstra o amor de Deus aos desfavorecidos. O evangelista pode e deve investir nessa área. Deve-se tomar cuidado, porém, para não gerar dependência social da igreja nem tentar comprar a atenção das pessoas para a pregação do Evangelho com cestas básicas. A prática do amor não substitui a pregação da mensagem da cruz. O perdido não deve se tornar um simpatizante da Igreja, abraçando a fé porque foi ajudado num momento difícil ou porque achou bonito o trabalho social dos irmãos. Ele deve vir a Cristo em busca do pão que não perece, confrontado com os seus pecados e trazido pelo Espírito Santo.

37. ECOLOGIA. A preocupação com o meio-ambiente também deve estar no foco da missão evangelística da igreja. Somos mordomos da criação de Deus. Cuidando do planeta, estamos demonstrando amor pelas pessoas que vivem nele, testemunhando de Jesus para o mundo. O evangelista, em conjunto com a igreja local, pode promover campanhas e ações que envolvam questões ecológicas, como limpeza de ambientes, de praias, de rios, proteção à fauna e à flora, reciclagem, etc. Envolvendo a comunidade, o cristão estará mostrando o cuidado de Deus por toda a sua criação.

38. GRATUIDADE. É preciso dar de graça o que de graça recebemos. Nada pode ser cobrado por qualquer ação feita em prol do Reino de Deus. Cobrar por eventos, objetos supostamente ungidos, curas, milagres, exorcismos, pregações ou o que quer que seja é abominável. Ajudas de custo para deslocamento, alimentação e hospedagem são bem-vindas, mas sempre como oferta voluntária, jamais como cobrança.

39. LITERATURA. É preciso atenção no uso de literatura na evangelização (folhetos, livretos, etc.), pois nem sempre ela cumpre o seu papel. O conteúdo de muitas literaturas evangelísticas traz mensagens triunfalistas e de autoajuda, que podem levar a conversões pela motivação errada. A literatura precisa apresentar o plano de salvação, chamando o pecador ao arrependimento. Além disso, o contato pessoal ainda é a maneira biblicamente correta de evangelismo. Mesmo que um folheto achado no chão possa tocar alguém, o método tradicional ainda é o mais indicado.

40. ARTES. Todas as formas de arte podem ser utilizadas para a glória de Deus no trabalho evangelístico (teatro, dança, música, poesia, pintura, etc.). Mas é necessário que a mensagem seja evangelística e apresentada de maneira clara, não subliminar. O Evangelho da salvação precisa estar presente. Assim como acontece com a literatura, nem sempre o conteúdo da arte apresentada é evangelístico.

41. SUBTERFÚGIOS. O Evangelho por si só já basta para a conversão do pecador. Não é necessário outros meios. Não existe nada que precise ser feito para alcançar a salvação, além se crer em Jesus. Jejuns, campanhas, objetos ungidos, esquemas de tantos passos e outros subterfúgios são inúteis. Nada mais é necessário para a salvação do perdido além da pregação genuína do Evangelho e a atuação do Espírito Santo. Fundo musical, apelos calorosos e insistentes, ameaças ou barganha também não são válidos. Tudo isso produz falsos crentes.

42. ESTRELISMO. A pregação evangelística não deve servir como um meio de propaganda de igrejas e ministérios, como se vê no meio evangélico emergente. Também não deve servir de palco para exaltação do ego de pregadores carnais. Não existe espaço para estrelismo na obra de Deus. Somente o Senhor Jesus deve brilhar. Somente ele deve estar em evidência. Mesmo que esteja em cima de um palco numa grande cruzada evangelística, o pregador do Evangelho deve diminuir para que Cristo cresça.

43. APOIO. O trabalho do evangelista ou do corpo de evangelistas é um dos mais importantes da igreja, ao lado do discipulado e do ensino. Portanto, o evangelista deve contar com o total apoio da igreja local: espiritual, financeiro e logístico. Muitas igrejas tratam o evangelismo como algo secundário ou sem muita relevância dentro do contexto eclesiástico. Mas o evangelismo cumpre o "ide" de Jesus e

44. PARCERIA. Jesus nunca enviou pessoas sozinhas para pregar o Evangelho. Elas sempre trabalhavam em duplas ou em grupos. Mesmo o apóstolo Paulo tinha colaboradores. A igreja deve investir em grupos de evangelismo, com irmãos de ambos os sexos, o que facilita ao se entrar num lar com pessoas casadas. Não é conveniente que um irmão esteja só com uma mulher comprometida ou alguma mocinha, de modo que levante suspeitas ou cause escândalos. É preciso haver prudência.

45. LEGALIDADE. O evangelismo deve acontecer sempre dentro da legalidade, respeitando, inclusive, a lei ambiental de poluição sonora. Nenhuma palavra ou ato do evangelista pode ferir a lei. A igreja é exortada a obedecer os magistrados para não sofrer punições. A não ser diante de alguma lei que incite a desobediência à Palavra de Deus, é preciso respeitar a nossa Constituição.

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Mizael de Souza Xavier

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