LIÇÕES PARA O EVANGELISTA
(Mizael de Souza Xavier)
Apresento aqui, de forma resumida,
algumas lições que o evangelista precisa aprender atentamente. Utilize este
estudo no seu ministério de evangelismo, na sua pastoral, na sua célula, na
escola bíblica dominical e no seu devocional diário. Compartilhe com outros
evangelistas e com toda a sua igreja. Fique à vontade.
Desafio você a pesquisar na sua Bíblia
e a colocar neste estudo alguns versículos bíblicos que fundamentem cada uma
destas lições. Você pode enviar o resultado para o meu Facebook ou para o
e-mail: mizaelsouzaxavier@gmail.com.
Bom estudo!
1. IDENTIFICAÇÃO. A regra áurea do
evangelista é ter identificação com Cristo por meio da fé. Como chamar os
pecadores ao arrependimento e à conversão se nós mesmos não formos convertidos?
A pregação do Evangelho é um papel exclusivo da igreja. Sem ser parte da
igreja, que é o corpo de Cristo, não se pode ter autoridade na evangelização.
2. CONVICÇÃO. O evangelista deve
possuir uma fé convicta em Deus e na sua Palavra. Não podemos falar daquilo em que
não acreditamos e esperar que as pessoas aceitem a nossa mensagem. A sua
convicção se estende à sua salvação, ao conteúdo da sua mensagem, ao poder de
Deus e à eficácia do Espírito Santo na conversão do perdido.
3. SANTIDADE. É preciso que haja
integridade de caráter do evangelista, vivendo de modo digno da nossa vocação e
coerente com o Evangelho que ele prega. A mensagem da cruz deve fazer sentido
primeiramente para nós, transformando o nosso ser. Devemos ser santos como o
nosso Pai é Santo.
4. HUMILDADE. O evangelista precisa
ser humilde como Cristo, nunca presunçoso ou arrogante. Ele deve o tempo todo
lembrar que não é melhor que os perdidos, mas alguém que estava no mundo e que
somente pela graça e pela misericórdia de Deus é hoje uma pessoa melhor. A sua
humildade deve se refletir no trato com as pessoas e na prática da
misericórdia.
5. AMOR. É impossível pregar o
Evangelho de um Deus de amor sem amar também. Como filho de Deus, o evangelista
deve amar os perdidos e desejar que eles conheçam a salvação em Cristo. Quem
não ama, não conhece a Deus. Não podemos pregar como o profeta Jonas.
6. ESPÍRITO SANTO. O Espírito Santo é
quem santifica e capacita o cristão na obra evangelizadora. Precisamos viver na
sua total dependência, buscando nele sabedoria, orientação, direção e força.
Sem o Espírito Santo a nossa obra é vã. É Ele, não nós e nossa eloquência, que
convence e converte o pecador.
7. ORAÇÃO. O evangelista precisa
manter uma vida constante de oração para estar em comunhão com Deus. Através da
oração falamos com Deus sobre nossas dificuldades, pedimos orientação, força e
livramento. Pela oração tomamos a nossa armadura espiritual e batalhamos contra
as hostes malignas das trevas.
8. TESTEMUNHO. A vida do evangelista
deve testemunhar da Palavra que ele prega. A verdade do Evangelho deve
impregnar a sua vida. Se praticamos o contrário do que pregamos, não teremos
autoridade alguma. Testemunho não envolve apenas bênçãos e milagres que Cristo
faz por nós, mas acima de tudo um caráter transformado, honesto e santo. Mas
lembre-se: a mensagem que salva o pecador não é a história da sua vida, mas a
Palavra de Deus, a doutrina da salvação. A salvação vem pelo ouvir da Palavra.
9. COMPROMISSO. A obra do Senhor
requer total compromisso: com obra em si, com a Bíblia, com a igreja, com as
pessoas, com horários, com o estudo, com a santidade, com a liderança do
ministério, com o Reino de Deus acima de tudo.
10. SERVIÇO. O evangelista deve
entender que está na obra para servir. Como servo do Senhor, ele serve às
pessoas através da sua pregação. Este serviço pode envolver ações de
misericórdia e socorro aos necessitados.
11. OFERTA. Seja por meio dos seus
dízimos ou das ofertas, deve ser motivo de alegria para o evangelista
contribuir financeiramente para a manutenção do ministério de evangelismo da
igreja e de missões. Ele não deve medir esforços nesta área, não sendo
avarento, mas praticando a mordomia.
12. DOM. Na Grande Comissão, todos os
cristãos são convocados a pregar o Evangelho. É uma obrigação santa da qual
ninguém que professe a fé em Jesus está isento. Deus nos deu o seu Espírito e a
sua Palavra como instrumentos para este serviço. Além disso, o Espírito Santo
dá a alguns crentes uma capacitação especial para o ministério evangelístico: o
dom de evangelista. São esses irmãos que mais se dedicarão a pregar as Boas
novas, com maior capacidade, conhecimento e estratégias.
13. AUTORIDADE. O evangelista prega na
autoridade de Cristo. Essa autoridade envolve, além da pregação do Evangelho,
poder para curar enfermos e expulsar demônios, conforme a necessidade e os
planos de Deus. É preciso lembrar sempre que o evangelista não possui qualquer
poder ou autoridade próprios. Tudo pertence a Deus e é dado por Ele. O poder
está no Nome se Jesus, não no carisma ou na eloquência do pregador. Este é um
mero instrumento nas mãos de Deus.
14. EDUCAÇÃO. A mensagem da cruz é
loucura para os que se perdem. Ela é uma palavra dura contra os filhos da
desobediência. Isto não significa ser duro com as palavras. A verdade por si só
já serve para convencer o perdido pela ação do Espírito Santo. Não é preciso
ser mal educado ou estúpido no falar. O evangelista deve ser cortês, sem abrir
mão da convicção. Deve ser incisivo sem ser estúpido.
15. ABNEGAÇÃO. O trabalho
evangelístico requer abnegação e sacrifício. O evangelista deve se preparar
para enfrentar problemas, obstáculos, resistência, perseguição, incompreensão e
rejeição. É preciso haver uma boa estrutura espiritual e psicológica, o que
conta, acima de tudo, com a graça de Deus e o poder dado pelo Espírito Santo. É
preciso haver disposição e disponibilidade. Será que estamos dispostos a abrir
mão de nós mesmos e do nosso conforto pelo Reino de Deus?
16. RECOMPENSA. O nosso trabalho em
Cristo não é em vão. Ele resulta em glória a Deus. A recompensa do trabalho do
evangelista é dupla. Ele se alegra em fazer a obra do Senhor e com as almas que
vão sendo salvas. Ele também tem seu galardão garantido nos céus pela graça de
Deus. O evangelista não deve esperar por aplausos ou reconhecimento. Ele não
deve esperar lucrar financeiramente com o seu ministério. A sua recompensa é
ser útil no Reino de Deus.
17. INDOUTO. A mensagem do Evangelho
pode e deve ser pregada mesmo pelo indouto. Ainda assim, de uma forma ou de
outra ele precisará saber do conteúdo integral dessa mensagem para que possa
repassá-la. Não importa se com erros de português, mas o conteúdo teológico
correto é inegociável. Muitos exaltam a simplicidade de pessoas humildes que
pregam poderosamente o Evangelho. Pode até ser bonito, mas mesmo a pessoa mais
iletrada precisa se esmerar em conhecer a Palavra de Deus para pregá-la.
Misturar pinceladas de textos bíblicos fora de contexto com testemunho pessoal
nem sempre é eficaz. O perdido precisa receber a mensagem na sua íntegra.
18. CONTEÚDO. O conteúdo da mensagem
evangelística é um só: a salvação por meio da fé em Cristo. A mensagem da cruz
é a única que deve ser pregada, pois somente ela gera arrependimento para a
salvação. A evangelização não é autoajuda, mas a proclamação do Reino de Deus.
A pregação evangélica deve ser cristocêntrica.
19. VERDADE. A Palavra que pregamos e
a verdade de Cristo e que é Cristo. O evangelista precisa conhecer essa verdade
e encarná-la, torná-la parte de si. A verdade de Deus é absoluta e não pode ser
relativizada. O mundo pós-moderno não crê em absolutismo, mas a verdade existe
e é única. Somente a fé cristã conhece essa verdade e é capaz de pregá-la.
Qualquer palavra ou ação do evangelista que não contenha essa verdade nem
conduza a ele, não procede de Deus. Não podemos pregar ou viver a mentira.
Somos portadores da verdade que liberta o perdido do seu pecado e o reconcilia
com Deus.
20. BÍBLIA. É na Bíblia Sagrada que o evangelista
encontrará o conteúdo da sua pregação. Somente ela contém a Palavra de Deus
para o mundo e para a igreja. O plano de salvação, incluindo a condenação
eterna dos ímpios, encontram-se nas suas páginas. Nada deve ser suprimido ou
acrescentado.
21. INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA. O
evangelista é um pregador da Palavra de Deus. Portanto, ele precisa manejar bem
está Palavra para estar seguro de levar a mensagem correta. Para isso, é
indispensável a interpretação correta do texto bíblico. É ideal que ele domine
a arte da hermenêutica a fim de fazer uma boa exegese das Sagradas Escrituras.
Uma má interpretação leva a uma inverdade e a uma aplicação incorreta. Usar
textos fora do seu contexto é um pretexto para a criação de heresias.
22. ESTUDO. Para ser um obreiro
aprovado e manejar bem a Palavra da verdade que prega, o evangelista precisa
ser um estudioso da Bíblia. Como pregar o que sequer conhecemos? Como dar a
razão da nossa fé àqueles que nos questionam? Como ter segurança daquilo que
ensinamos? Como discipular sem conhecer as Escrituras? Como apresentar o plano
de salvação com segurança? O estudo teológico deve ser uma prática constante.
23. CONTEXTUALIZAÇÃO. O evangelista
deve ter cuidado para contextualizar a sua mensagem à realidade das pessoas e
do local, o que envolve cultura, linguagem, nível social e educacional. Isto
diz respeito à forma de passar a mensagem bíblica, não o seu conteúdo.
Contextualizar não é "adequar". O Evangelho não deve se dobrar aos
valores e aos interesses do mundo, mas é o mundo que deve se curvar diante
dele.
24. CLAREZA. A mensagem do Evangelho
deve ser transmitida com clareza, de modo que as pessoas a compreendam. O
evangelista não deve utilizar termos teológicos complicados nem abordar temas
complexos que só causarão confusão. A mensagem é simples: arrependimento e
conversão. Na medida do possível e do necessário, o conteúdo da mensagem deve
adequar à uma linguagem compreensível para o ouvinte, o que envolve os
regionalismos e elementos da realidade cotidiana de cada ouvinte. Jesus
utilizava elementos da realidade das pessoas (ovelhas, agricultura, etc.).
25. ANTIGO TESTAMENTO. É preciso
conhecimento e muito cuidado na pregação do Evangelho utilizando o Antigo
Testamento. Muitos pregadores incautos não fazem a interpretação correta, o que
leva a uma aplicação equivocada, acima de tudo das promessas da Antiga Aliança.
Tudo o que dizia respeito a Jesus já se cumpriu nele, com exceção das profecias
apocalípticas, como as que encontramos no livro de Daniel. É necessário
discernir a Lei da Graça; além disso, que promessas, mandamentos e profecias
nos dizem respeito.
26. IGREJA. A igreja não é um templo,
somos nós. Fomos chamados como uma assembleia que está a caminho, como um corpo
sempre em movimento. Ao invés caminhar em volta de si mesma, a igreja é chamada
para fora, para o mundo. Como salgar e iluminar sem se misturar com quem
precisa do nosso sal e da nossa luz? O evangelista deve ser um dos membros mais
ativos da Igreja, contagiando a todos com a alegria de pregar o Evangelho,
estimulando aqueles que ainda não assumiram a sua posição no front de batalha.
27. HONESTIDADE. É preciso honestidade
para pregar o Evangelho. Não podemos enganar as pessoas com promessas falsas de
bênçãos ou de uma vida sem sofrimento. O evangelista precisa deixar claro que a
vida cristã envolve sacrifícios, sofrimentos e perseguições por amor a Cristo.
Ele também deve falar sobre a santidade que Deus nos cobra, sobre compromisso
com a obra do Senhor e as obras que Deus preparou para nós. Quem se converte
enganado, convertido não é.
28. DEFESA DA FÉ. O evangelista é
chamado, como todo cristão, a batalhar diligentemente pela fé, ou seja: a sã
doutrina. Essa defesa da fé é uma ação contra os falsos mestres e os falsos
profetas que têm se infiltrado na igreja para perverter o Evangelho de Cristo e
lucrar financeiramente com isso, além de desviar muitos da fé verdadeira. Não
podemos nos omitir. Somos soldados do Senhor na guerra pela verdade.
29. INFERNO. Ao contrário do que vem
acontecendo na maioria das pregações atuais, o evangelista deve alertar o
perdido sobre a realidade do inferno, um lugar de trevas eternas onde os ímpios
padecerão a segunda morte. É preciso ser sincero com as pessoas. Existe a vida
eterna para os que creem em Cristo e a condenação eterna para os que não creem.
Esta é a verdade.
30. PAROUSIA. A igreja perdeu o senso
se urgência da obra evangelizadora: Jesus está voltando. As pregações são um
apelo à conquista de bênçãos materiais. Jesus parece que não vai voltar. O
evangelista deve alertar com insistência: Jesus está voltando! Prepara-te. Nem
ele deve se prender a este mundo nem pregar um evangelho mundanizado é
triunfalista que não aponta para o céu, mas só para as bênçãos da terra.
31. PECADO. A denúncia do pecado e
suas consequências atuais e eternas deve estar presente na mensagem
evangelística. Não podemos atenuar a mensagem do Evangelho com medo de magoar
ou afastar as pessoas. Como o perdido se converterá se não se arrepender dos
seus pecados? E como admitirá os seus pecados se não se reconhecer pecador? Não
devemos ter medo de falar de pecado. É o Espírito Santo quem fará a sua obra.
32. PERDIÇÃO. O evangelista deve
deixar bastante claro que o perdido não é pecador porque peça, mas peça porque
é pecador. Muitos resistem ao Evangelho por não se acharem pecadores. Para
rebater isso, é necessário que o evangelista saiba tudo sobre a Queda e as suas
consequências para o ser humano.
33. JUÍZO FINAL. Outro assunto muito
esquecido é o dia do juízo, quando todos compareceremos diante de Deus para
sermos julgados por Ele. O evangelista precisa confrontar o perdido com os seus
pecados e questionar se ele está seguro de comparecer diante de Deus para ser
julgado por Ele. O pecado conduz à morte. Os ímpios perecerão. Não existirá
meio termo ou qualquer apelação diante do Grande Trono. Após a morte, segue-se
o juízo. Ponto final.
34. APELO. A mensagem evangelística
conduz consequentemente a um apelo para que o perdido faça uma decisão para
Jesus, o que não é bíblico, mas um costume evangélico. Porém, o apelo só deve
ser feito após uma mensagem genuinamente evangelística, onde ele foi confortado
com a sua realidade pecaminosa e a necessidade de aceitar a Jesus para ser
salvo. Mensagens que apresentam Jesus apenas como alguém que quer abençoar e
fazer milagres não são evangelísticas. Neste caso, a aceitação do apelo pode
não ser uma conversão genuína, mas o desejo de abraçar a fé por mero interesse.
35. DISCIPULADO. O trabalho
evangelístico não termina quando o pecador se converte. Após a conversão
segue-se o discipulado, a inserção no corpo de Cristo. O evangelista ou alguém
responsável por essa área na igreja deve iniciar o convertido na sua fé,
dando-lhe suporte espiritual e bíblico. Muitos deixam os novos convertidos sem
essa atenção especial, o que prejudica o seu desenvolvimento saído na fé. O
início da caminhada é crucial. Se houver necessidades sociais, estas também
precisam ser observadas. O novo convertido precisa ser ensinado e batizado.
36. MISSÃO INTEGRAL. A missão da
igreja também envolve o cuidado com os pobres. Investir em ações sociais
contundentes demonstra o amor de Deus aos desfavorecidos. O evangelista pode e
deve investir nessa área. Deve-se tomar cuidado, porém, para não gerar
dependência social da igreja nem tentar comprar a atenção das pessoas para a
pregação do Evangelho com cestas básicas. A prática do amor não substitui a
pregação da mensagem da cruz. O perdido não deve se tornar um simpatizante da
Igreja, abraçando a fé porque foi ajudado num momento difícil ou porque achou
bonito o trabalho social dos irmãos. Ele deve vir a Cristo em busca do pão que
não perece, confrontado com os seus pecados e trazido pelo Espírito Santo.
37. ECOLOGIA. A preocupação com o
meio-ambiente também deve estar no foco da missão evangelística da igreja.
Somos mordomos da criação de Deus. Cuidando do planeta, estamos demonstrando
amor pelas pessoas que vivem nele, testemunhando de Jesus para o mundo. O evangelista,
em conjunto com a igreja local, pode promover campanhas e ações que envolvam questões
ecológicas, como limpeza de ambientes, de praias, de rios, proteção à fauna e à
flora, reciclagem, etc. Envolvendo a comunidade, o cristão estará mostrando o
cuidado de Deus por toda a sua criação.
38. GRATUIDADE. É preciso dar de graça
o que de graça recebemos. Nada pode ser cobrado por qualquer ação feita em prol
do Reino de Deus. Cobrar por eventos, objetos supostamente ungidos, curas,
milagres, exorcismos, pregações ou o que quer que seja é abominável. Ajudas de
custo para deslocamento, alimentação e hospedagem são bem-vindas, mas sempre
como oferta voluntária, jamais como cobrança.
39. LITERATURA. É preciso atenção no
uso de literatura na evangelização (folhetos, livretos, etc.), pois nem sempre
ela cumpre o seu papel. O conteúdo de muitas literaturas evangelísticas traz
mensagens triunfalistas e de autoajuda, que podem levar a conversões pela
motivação errada. A literatura precisa apresentar o plano de salvação, chamando
o pecador ao arrependimento. Além disso, o contato pessoal ainda é a maneira
biblicamente correta de evangelismo. Mesmo que um folheto achado no chão possa
tocar alguém, o método tradicional ainda é o mais indicado.
40. ARTES. Todas as formas de arte
podem ser utilizadas para a glória de Deus no trabalho evangelístico (teatro,
dança, música, poesia, pintura, etc.). Mas é necessário que a mensagem seja
evangelística e apresentada de maneira clara, não subliminar. O Evangelho da
salvação precisa estar presente. Assim como acontece com a literatura, nem
sempre o conteúdo da arte apresentada é evangelístico.
41. SUBTERFÚGIOS. O Evangelho por si
só já basta para a conversão do pecador. Não é necessário outros meios. Não
existe nada que precise ser feito para alcançar a salvação, além se crer em
Jesus. Jejuns, campanhas, objetos ungidos, esquemas de tantos passos e outros
subterfúgios são inúteis. Nada mais é necessário para a salvação do perdido
além da pregação genuína do Evangelho e a atuação do Espírito Santo. Fundo
musical, apelos calorosos e insistentes, ameaças ou barganha também não são
válidos. Tudo isso produz falsos crentes.
42. ESTRELISMO. A pregação
evangelística não deve servir como um meio de propaganda de igrejas e
ministérios, como se vê no meio evangélico emergente. Também não deve servir de
palco para exaltação do ego de pregadores carnais. Não existe espaço para
estrelismo na obra de Deus. Somente o Senhor Jesus deve brilhar. Somente ele
deve estar em evidência. Mesmo que esteja em cima de um palco numa grande
cruzada evangelística, o pregador do Evangelho deve diminuir para que Cristo
cresça.
43. APOIO. O trabalho do evangelista
ou do corpo de evangelistas é um dos mais importantes da igreja, ao lado do
discipulado e do ensino. Portanto, o evangelista deve contar com o total apoio
da igreja local: espiritual, financeiro e logístico. Muitas igrejas tratam o
evangelismo como algo secundário ou sem muita relevância dentro do contexto
eclesiástico. Mas o evangelismo cumpre o "ide" de Jesus e
44. PARCERIA. Jesus nunca enviou
pessoas sozinhas para pregar o Evangelho. Elas sempre trabalhavam em duplas ou
em grupos. Mesmo o apóstolo Paulo tinha colaboradores. A igreja deve investir
em grupos de evangelismo, com irmãos de ambos os sexos, o que facilita ao se
entrar num lar com pessoas casadas. Não é conveniente que um irmão esteja só
com uma mulher comprometida ou alguma mocinha, de modo que levante suspeitas ou
cause escândalos. É preciso haver prudência.
45. LEGALIDADE. O evangelismo deve
acontecer sempre dentro da legalidade, respeitando, inclusive, a lei ambiental
de poluição sonora. Nenhuma palavra ou ato do evangelista pode ferir a lei. A
igreja é exortada a obedecer os magistrados para não sofrer punições. A não ser
diante de alguma lei que incite a desobediência à Palavra de Deus, é preciso
respeitar a nossa Constituição.
OBSERVAÇÃO: O texto completo com todas
as referências bíblicas encontra-se no livro CURSO DE FORMAÇÃO DE EVANGELISTAS
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Glória a Deus
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