segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO PAPAI NOEL - PARTE I




PRIMEIRA PARTE


            Existem muitas versões que explicam quem é e como surgiu o “bom velhinho”, mais conhecido como Papai Noel. A história oficial relata a vida de um santo católico que nasceu em Patera, na Turquia, no ano 280 d.C. O seu nome verdadeiro era Nicolau Taumaturgo, posteriormente conhecido como São Nicolau ou Saint Nicholas, mas para os norte-americanos, Santa Claus. Filho de família muito rica, Nicolau, segundo a tradição católica, vivia cercado de milagres e graças especiais. Ele tornou-se monge, depois padre e aos 30 anos de idade foi nomeado bispo em Mirna.

            Nicolau tinha profundo senso de justiça e gostava de ajudar anonimamente as pessoas carentes e necessitadas. Ele embrulhava moedas de ouro em algum pano e jogava pelas janelas das casas; outros afirmam que ele as jogava pela chaminé. Diz-se também que ele entregava presentes às crianças escondido. Ele faleceu em 06 de dezembro de 343, em Mirna, sendo depois considerado santo pelos fiéis católicos, que creditavam a ele inúmeros milagres. Após um relato em que ele ressuscitara 3 crianças que haviam sido esquartejadas, Nicolau tornou-se o padroeiro das crianças. Em comemoração à sua pessoa, freiras francesas passaram a distribuir doces entre as criancinhas no dia 6 de dezembro.

            Passados tantos séculos, a história do arcebispo Nicolau mesclou-se a fábulas, crendices, festas e cultos pagãos, transformando-o na figura do santo católico que hoje conhecemos como Papai Noel (em francês Papai Natal). Do deus alemão Voldan, que andava no céu em uma biga enquanto observava as pessoas que eram boas e as más, ele herdou seu trenó puxado por renas mágicas. Foi através de um hábito pagão de entregar presentes às pessoas no Natal que surgiu esta prática que perdura até hoje. A partir do século 19, a literatura se incumbiu de trazer novos elementos ao Natal e ao Papai Noel, como os duendes. Quando o comércio começou a associar a figura do Papai Noel às vendas em suas lojas, criou-se uma incrível onda comercial que hoje é parte inseparável do Natal que hoje comemoramos. As vestimentas do Papai Noel e seu jeito alegre e bonachão são fruto de uma bem-sucedida campanha da Coca-Cola, que em 1930 encomendou a figurinistas a figura do bom velhinho como a conhecemos.

O Papai Noel que o mundo inteiro conhece hoje é alguém que mora no Polo Norte, num lugar de neve eterna, e possui uma imensa fábrica de brinquedos, onde um sem-número de duendes trabalha sem cessar para garantir um Natal feliz para milhões de crianças boazinhas espalhadas por todo o planeta, em apenas uma única noite do ano. De barba branca, vestindo roupas vermelhas e botas pretas, ele voa por todos os continentes a bordo de um trenó puxado por renas voadoras. Quando chega a uma casa, desce pela chaminé e deposita os presentes na árvore de natal ou dentro de uma meia, previamente pendurada na lareira. O bom velhinho é o ser que incorpora o verdadeiro espírito do Natal: paz, amor e fraternidade entre os homens.

            Mas será este mesmo o espírito de São Nicolau? Estará mesmo ele a serviço da paz mundial? Existem muitas controvérsias a respeito disso. Mas uma coisa é certa: ele movimenta incontáveis milhões de dólares, euros, reais durante as festividades natalinas. Mais do que qualquer outro personagem, Papai Noel incorpora perfeitamente o espírito do consumismo desenfreado, do materialismo, da coisificação do homem, da brevidade da vida, do hedonismo, do mecanicismo, da ambição, da desigualdade social, do capitalismo voraz, do imperialismo americano, em fim, do amor ao tudo ter.

A figura do bom velhinho – estampada nas propagandas e nos filmes da TV, nos outdoors, em fotos espalhadas em todas as partes, nas canções e nas decorações natalinas, nas fachadas e nas salas das residências, nos ornamentos dos shoppings, no imaginário das criancinhas, nos filmes do cinema, nos cartões, nas mentes e nos corações de quem anseia por um presente ou por um único momento de paz, amor e fraternidade entre as pessoas – faz com que uma outra pessoa seja sumariamente esquecida, relegada a um plano inferior, tratada com desdém, desprezada nos enfeites natalinos e nas ornamentações dos grandes centros comerciais, trocada por um idoso fictício de sorriso bonachão. Quem é esse? Qual o seu nome? Ele tem presentes para dar? Quanto custa? Cabe debaixo da árvore de Natal? Podemos pagar com cartão de crédito dividido em suaves prestações?

É sobre esse “estranho” personagem que acaba de invadir este texto sobre o bom velhinho que eu gostaria de falar, dando a versão verdadeira para a criação do Papai Noel. Quem é realmente o Papai Noel? Que mente brilhante o criou? Qual o seu verdadeiro propósito na terra? O que existe por trás dos seus lindos presentes enfeitados com lacinhos coloridos? O que se esconde por detrás do espírito natalino que ele tanto dissemina nesta época festiva e que seus seguidores mais ferrenhos procuram vivenciar – ao menos uma vez por ano? É este o objetivo da nossa investigação: conhecer a verdadeira face do seu Noel, o bom velhinho. Ho! Ho! Ho!


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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Como ser um bom católico?




            Deus nos ensina através da sua Palavra, por intermédio do apóstolo Pedro, que devemos estar preparados para testemunhar da nossa fé. Assim está escrito: “Ora, quem é que vos há de maltratar, se fordes zelosos do que é bom? Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados; antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós” (1 Pedro 3:13-15). Então, o que dizer a alguém que porventura nos pergunte o motivo de sermos crentes?
            A minha resposta pessoal seria: Sou crente porque sou lavado e remido no sangue de Cristo, porque o aceitei como Senhor e Salvador da minha vida e fui justificado pela fé por meio da graça de Deus. Estando em Cristo, sou adotado como filho de Deus, santificado pelo Espírito Santo, estou perdoado dos meus pecados e separado do mundo para as boas obras preparadas para que eu ande nelas, o que se pode resumir em amor e obediência. Nele eu tenho a segura esperança da vida eterna, porque nele não há mais condenação. Um dia Ele voltará para levar a sua igreja, santa e imaculada, e eu irei com Ele nas nuvens morar para sempre no Paraíso celestial, na nova Jerusalém. E, lógico, citaria inúmeros versículos bíblicos.
            Mas que resposta eu daria se alguém me perguntasse: Por que você é católico? Voltando até o ano de 1994 e resgatando a minha mentalidade e a minha fé católica de outrora, eu certamente responderia: Porque nasci num lar católico, porque vou à missa, comungo... Na verdade não saberia muito que dizer. Mas esse não seria um problema apenas meu. A grande maioria dos católicos, os leigos, que não tem costume de ler a Bíblia nem de participar de cursilhos e pastorais; que não são carismáticos nem frequentam a comunidade Canção Nova, muito pouco tem a dizer a respeito da razão de serem católicos. Rezam, fazem novenas, pagam promessas, se prostram diante de imagens, comungam, se confessam aos padres, adoram o papa, mas a sua fé não possui fundamento bíblico algum. Por que você é católico? Porque sou, ora!
            Uma das grandes estratégias dos líderes da igreja católica chama-se “batismo”.  Segundo o Compêndio do Vaticano II, o batismo é um rito sacramental que une a todos os fiéis católicos, tornando-os verdadeiramente filhos de Deus através de uma nova vida incorporada em Cristo. O batismo consagra o fiel ao sacerdócio comum e o torna participante do sacerdócio real de Cristo. Ele é a porta através da qual o fiel é introduzido na igreja e o faz ter participação plena, cônscia e ativa na liturgia. Através do batismo o fiel alcança a sua salvação, pois só aí passa a fazer parte da única igreja que salva: a católica, e fora dela ele está perdido.
A palavra-chave para entendermos a importância do batismo e o que ele significa para o que pretendo demonstrar aqui chama-se “sacramento”. Os sacramentos, de acordo com o Catecismo da Igreja Católica (cân. 1127): “Celebrados dignamente na fé, os sacramentos conferem a graça que significam”. No mesmo Catecismo, a respeito do significado dos sacramentos, o cânon 774 afirma:


A obra salvítica de sua [de Jesus Cristo] humanidade santa e santificante é o sacramento da salvação que se manifesta e age nos sacramentos da Igreja (que as Igrejas do Oriente dominam também “os santos mistérios”). Os sete sacramentos são os sinais e os instrumentos pelos quais o Espírito Santo difunde a graça de Cristo, que é a Cabeça da Igreja, que é seu corpo. A Igreja contém, portanto, e comunica a graça invisível que ela significa. É neste sentido analógico que ela é chamada de “sacramento”.

            Percebe-se, então, que os sacramentos conferem salvação. Desta forma, como sacramento de iniciação na fé (fé que um recém-nascido não possui porque ainda não tem consciência de pecado nem da necessidade de aceitar a Cristo para ser salvo), o batismo finca as raízes do fiel na igreja católica, onde será ensinado e fará a primeira comunhão e a crisma. Ele participará da vida da igreja e poderá desenvolver ministérios próprios para os leigos ou mesmo abraçar a vida sacerdotal. A maioria das pessoas, porém, cumpre os rituais exigidos e tornam-se católicos apenas nominais. Pergunte-se a maioria dos entrevistados nos censos do IBGE e dirão: sou católico. Pergunta-se quantas vezes vai à igreja: casamentos, batizados, missa de sétimo dia... Alguns vão todos os domingos e dias de festas.
            Então, o que é ser um bom católico? O que o fiel deve fazer para afirmar sua fé além de participar dos sacramentos da igreja? Atualmente, principalmente com o movimento carismático católico e a luta dos padres para frear o avanço do protestantismo, transformando seus cultos em cópias do movimento pentecostal evangélico, algo mais tem sido exigido do fiel católico, inclusive a leitura da Bíblia e a santificação. Mas a grande massa, aqueles que são católicos apenas verbalmente e que não abrem mão do cigarro, das bebidas e das festas mundanas (que inclusive estão mescladas às festividades de santos padroeiros das cidades), não atentam a essas novas exigências. Na verdade, a igreja católica já tem estabelecido regras que o seu fiel deve praticar para estar quite com a sua fé. São os “Mandamentos da Igreja”, descritos no Catecismo da Igreja Católica, cânon 2041 a 2043. São eles:

I – Participar da missa inteira nos domingos e outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho.
II – Confessar-se ao menos uma vez por ano.
III – Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição.
IV – Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja.
V – Ajudar a Igreja em suas necessidades.

            São cinco mandamentos que, quando praticados, fazem com que o fiel “se sinta católico”. Não é necessário que ele esteja o tempo inteiro na igreja, nem que esteja constantemente confessando a Deus os seus pecados; também não é preciso participar constantemente da Eucaristia, se for somente na Páscoa já está ótimo. Agindo assim, o fiel estará mostrando ser um bom católico, porque obedeceu às regras, cumpriu os rituais exigidos, deu o seu dízimo, absteve-se de carne por alguns dias. Mas não foi só isso! Ele reverenciou seu santo padroeiro, devotou sua vida à Maria, acendeu muitas velas, encomendou muitas almas.
            É assim que a grande maioria dos católicos se relaciona com Deus, por meio dos sacramentos, dos dogmas, das liturgias, dos rituais, das festas, da devoção à Maria e aos santos, do terço, das novenas, do culto aos mortos e aos anjos, das velas, dos amuletos (escapulário, medalhas milagrosas, relíquias de santos mortos). Não existe um relacionamento pessoal e íntimo com Deus por meio de Cristo. Tudo o que foi relacionado acima é cumprido de maneira mecânica, sem consciência. As pessoas nascem num “país católico” e por isso são católicas. Participam dos sacramentos, mas nada disso produz relacionamento profundo com Deus, motivado pela fé consciente e sincera, pelo arrependimento genuíno, pelo desejo de adoração, pelo reconhecimento do senhorio de Cristo e da soberania de Deus.
            Existe um grande personagem da nossa História que sempre demonstrou ser um católico legítimo e praticante, fiel às tradições e observante dos rituais. Ele, coforme conta Reinaldo Azevedo (2012, p. 82)

...era um homem extremamente religioso. Era devoto de Santo Expedito e Santa Luzia, não obstante, pelo seu racismo, não apreciava São Benedito.
Com frequência, ajoelhava-se perante o oratório, nas novenas rezava como um bom católico. Tinha um rosário e uma imagem de Nossa Senhora da Conceição do Juazeiro. A sua principal oração era o Ofício da Virgem da Conceição.
Os cangaceiros, todos juntos, rezavam em voz alta, de joelhos, principalmente na hora do ângelus, antes de se deitarem.
Às sextas feiras da paixão, passavam o dia com as armas descarregadas. Nesse dia, o chefe não falava absolutamente nada.

            O nome desse fiel católico? Virgulino Ferreira, vulgo Lampião, o mais famigerado cangaceiro do sertão Pernambucano, responsável por espalhar terror e morte na sua época. Ou como diz a canção: “Bandoleiro das terras nordestinas”. Um católico praticante, mas sem escrúpulos; cumprindo com seus rituais, mas sem qualquer compromisso com Deus e com a sua Palavra.
Agora, através dos relatos históricos de Nigel Cawthorne (2002), observemos o currículo de um fiel, cujo nome era Rodrigo, que cometeu seu primeiro assassinato aos 12 anos de idade: orgulho, arrogância, crueldade, tirania. Ele era inflexível e implacável, vingativo e imprevisível. Notório por sua promiscuidade na juventude, tendo inúmeras amantes. Mesmo em idade avançada, jamais perdeu seu faro para as mulheres bonitas. Teve inúmeros filhos ilegítimos durante sua carreira. Seduziu uma viúva espanhola e conquistou também as suas duas filhas e era conhecido por sua voracidade sexual. Cometeu adultérios. Gostava de caçar e de jogar e possuía muitos bens preciosos e caríssimos, inclusive inúmeros cavalos e criados. Após um batizado, retirou-se para um jardim fechado, onde foi permitida a entrada apenas de cardeais, de seus criados e das senhoras, ficando maridos, pais, irmãos e outros parentes masculinos de fora.
Sob sua responsabilidade, Roma tornou-se um mercado público, onde todos os ofícios sacros estavam à venda. Sobre ele foi dito: “Estamos agora nas garras daquele que talvez seja o mais selvagem lobo que o mundo já viu”. Ele foi tido como “o mais voluptuoso tirano”. Além disso, diz-se que ele havia feito pacto com o diabo para chegar onde chegara. Sobre ele, Cawthorne (2002, p. 233) relatou: “Rodrigo adorava patrocinar entretenimentos nos quais se exibiam mulheres nuas e núbeis. Algumas vezes eles interrompiam a missa. Certa ocasião, ele trouxe mulheres às gargalhadas até o altar e a hóstia santificada foi pisoteada”. Ele também praticava a simonia, envenenando seus eleitos após a nomeação. Quem é esse Rodrigo? Ninguém menos que o papa Alexandre VI (1492-1503).
Então, basta apenas ser batizado, fazer parte de uma igreja, cumprir rituais e participar de liturgias? Basta nascer católico para ser católico? Cantores de músicas que fomentam a violência contra a mulher, fazem apologia ao alcoolismo, incentivam a prostituição, a promiscuidade e o adultério agradecem a Deus no início e no fim de cada show. Padres pedófilos são denunciados constantemente e encobertos pelo Vaticano. Freiras afogam bebês recém-nascidos em fontes e lagoas para não denunciar o seu pecado. Padres, tomados por desejos carnais, envolvem-se em romances escondidos com suas fiéis ou se tornam homossexuais. O sincretismo religioso permite ao católico frequentar terreiros de umbanda e mesas brancas, bem como participar de toda espécie de ritual “ecumênico”. O que é ser católico afinal de contas? O que é ser um “bom católico”?
É claro que se pode devolver a pergunta: O que é ser um “bom evangélico?”. Boa pergunta para o protestantismo materialista do neopentecostalismo, que se rende a cada dia mais à teologia da prosperidade, buscando satisfazer todos os desejos que a carne pode ter, deixando de lado o Evangelho de Graça de Deus. Pastores corruptos, lobos devoradores, crentes que não oram, não evangelizam, não praticam a misericórdia, não são socialmente responsáveis, não compartilham, não se aconselham. Apenas cantam: “Por todo lado sou abençoado!”. Mercenários, como o bispo Edir Macedo, que se professem crentes e vivem a encostar Deus contra a parede, exigindo seus direitos às riquezas dos cofres celestiais. Pessoas cujo deus é o ventre e cujo anseio está em conquistar riquezas materiais, esquecendo-se da única riqueza que realmente interessa: a vida eterna.
Então, o que é ser um “bom cristão”? Deixo a cargo de cada um a resposta a esta pergunta. Termino com a oração da paz, de São Francisco de Assis:

Senhor, fazei-me um instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado; pois é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida eterna.

Se você gostou deste texto, tem algo a acrescentar ou alguma crítica a fazer, envie email para: pregandoaverdadeirafe@gmail.com.


Mizael de Souza Xavier.
27 de dezembro de 2012.

BIBLIOGRAFIA

AZEVEDO, Reinaldo. Cangaço tatuado no braço. Rio Grande do Norte: Sebo Vermelho, 2012.

CAWTHORNE, Nigel. A vida sexual dos papas: uma exposição irreverente dos bispos de Roma, de São Pedro até nossos dias. São Paulo: Ediouro, 2002.

Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola, 2003.

Compêndio do Vaticano II. Petrópolis: Vozes, 2000.



DICAS DE LEITURA SOBRE O CATOLICISMO ROMANO E OS PAPAS:


CORNWELL, John. O papa de Hitler: a história secreta de Pio XII. Rio de Janeiro: Imago, 2000.

_____________. A face oculta do pontificado de João Paulo II. Rio de Janeiro: Imago, 2005.

FRATTINI, Eric. O mundo secreto dos papas: de São Pedro a Bento XVI. São Paulo: Novo Século, 2005.

LACHATRE, Maurice. Os crimes dos papas: mistérios e iniquidades da corte de Roma. São Paulo: Madras, 2004.

NUZZI, Gianluigi. Sua Santidade: as cartas secretas de Bento XVI. Rio de Janeiro: Leya, 2012.

SCOTTI, R. A. Basílica de São Pedro: esplendor e escândalo na construção da catedral do Vaticano. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.

STANFORD, Peter. A papisa: a busca da verdade sobre a história de Joana, a papisa. Rio de Janeiro: Gryphus, 2000.

URQUHART, Gordon. A armada do papa: os segredos e o poder das novas seitas da igreja católica. Rio de Janeiro: Record, 2002.

YALLOP, David. O poder e a glória: o lado negro do Vaticano de João Paulo II. São Paulo: Planeta, 2007.


DICAS DE LEITURA SOBRE O FALSO PROTESTANTISMO:


MARIANO, Ricardo. Neopentecostais: sociologia do novo pentecostalismo no Brasil. São Paulo: Loyola, 2005.

NICODEMUS, Augustus. O que estão fazendo com a igreja: ascensão e queda do movimento evangélico brasileiro. São Paulo: Mundo Cristão 2008.

PIERATT, Alan B. Evangelho da prosperidade: análise e resposta. São Paulo: Vida Nova, 1993.

ROMEIRO, Paulo. Decepcionados com a graça: esperanças e frustrações no Brasil neopentecostal. São Paulo: Mundo Cristão: 2005.

_____________. Supercrentes: o evangelho segundo Kenneth Hagin, Valnice Milhomens e os profetas da prosperidade. São Paulo: Mundo Cristão, 2007.


DICA DE LEITURA PARA AMBOS:


Bíblia Sagrada. Céu: Deus, eternamente.


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Versículo para meditar: Colossenses 3:16








sábado, 22 de dezembro de 2012

Jerusalém




Senhor Jesus tu és meu Deus
Tu és o meu Senhor
Minha esperança e vida eterna
Tu és meu salvador.

És o pastor da minha vida
Minha esperança
Em ti eu sei que existe paz
E confiança.

Dos meus pecados perdoou-me
E deu-me a redenção
Como teu filho adotou-me
Mudou-me o coração.

Sou tua igreja, tua noiva
Contigo eu quero estar
Jerusalém, cidade santa
É lá que eu vou morar.

Jerusalém, cidade santa
Tu és a noiva do Senhor
Foste comprada por seu sangue
E seu amor.

Senhor Jesus tu és a rocha
Da minha salvação
A tua palavra é minha vida
E minha inspiração.

São os teus dons a ferramenta
Que faz-me trabalhar
Em tua obra que entregaste
De almas resgatar.

O teu Espírito é Santo
E fonte de poder
Que santifica-me e ensina
O que devo saber.

Tu voltarás e levarás
Aqueles que são teus
Na tua cidade habitarão
Ó meu Senhor e Deus.

Jerusalém, cidade santa
Povo escolhido do Senhor
Foste comprada por seu sangue
E seu amor.


Mizael de Souza Xavier (08/12/2012)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A QUARTA PESSOA DA TRINDADE: Semelhanças incríveis entre Maria e a Trindade na tradição católica




Aqui citarei apenas alguns exemplos. O texto na íntegra se encontra no livro: EU SOU A NÚMERO QUATRO.

Livros consultados e suas abreviaturas nas citações:

Tratado da verdadeira devoção à santíssima virgem – S. Luíz Maria de Montfort (TVD)
Glórias de Maria – S. Afonso de Ligório (GM)
O segredo de Maria – S. Luíz Maria de Montfort (SM)


Semelhanças com Deus pai.


         Não é difícil descobrir, através da leitura que se segue, que o culto a Maria ultrapassa todos os limites de uma simples devoção ou admiração por parte dos seus fiéis. Ele é realmente colocada, senão em pé de igualdade, pelo menos em profunda semelhança com Deus Pai. A criatura, ainda que se negue isso, mescla-se definitivamente à natureza divina, a ponto de manipulá-la e dela conseguir quaisquer bênçãos e benefícios aos seus devotos. Não há como separar Maria de Deus dentro da teologia romanista, visto que Ele próprio tenha se subjugado à sua poderosa “mãe”. As mãos do Pai da eternidade estão atadas e somente são estendidas quando Maria, com seus rogos incessantes a favor dos seus mais humildes e fiéis devotos, intercede por eles e os livra da ira divina.
         Na teologia romanista, Maria não somente é uma pseudodeusa, como também dona do mover divino. Ela e Deus formam uma só pessoa.

Deus é amor: “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1João 4:8; cf. Oséias 6:4; Romanos 5:5,8; 2 Coríntios 5:14; 13:13).
Maria é amor: “Maria é nossa mãe, não carnal, mas de amor. Eu sou a mãe do belo amor (Eclo 24,24). Tão somente o amor que nos tem é que a faz ser nossa mãe” (GM, pág. 53).

Deus é Onipotente: “Então ouvi uma voz como de numerosa multidão, como de muitas águas, e como de fortes trovões, dizendo: Aleluia! Pois reina o Senhor nosso Deus, o Todo-Poderoso” (Apocalipse 19:6).
Maria é onipotente: “Não me alegueis que não vos é possível ajudar-me, pois sei que sois onipotente e de vosso Deus conseguis tudo quanto desejais” (GM, pág. 72).

Deus é Glorioso: “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos” (Salmo 19:1; cf. Isaías 42:8; 60:7; Êxodo 40:34; 1 Crônicas 16:24; Salmos; 68:34; 96:6; Romanos 11:36 e Apocalipse 7:12).
Maria é gloriosa: “... têm o paraíso todos os que anunciam as glórias de Maria” (GM, pág. 28).

Deus é Pai: “Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso” (2 Coríntios 6:17,18; cf. Isaías 64:8; Mateus 6:9; Lucas 11:13; Tiago 1:17; João 16:23; 1 Coríntios 8:6; Efésios 2:18; 4:6; Hebreus 1:5; 1 Pedro 1:17).
Maria é mãe: “Portanto, quem aspira ser filho desta grande Mãe, é preciso que primeiro deixe o pecado, e depois será sem dúvida aceito como filho” (GM, pág. 66).

Deus é Senhor do Reino: “Lembrar-se-ão do Senhor e a ele se converterão os confins da terra; perante ele se prostrarão todas as famílias das nações. Pois do Senhor é o reino, é ele quem governa as nações” (Salmo 22:27,28; cf. Mateus 6:13; 1 Crônicas29:11).
Maria é rainha do reino: “Por conseguinte estão sujeitos ao domínio de Maria os anjos, os homens e todas as coisas do céu e da terra (...) Continuai, pois, a dominar com toda a confiança;disponde a vosso arbítrio dos bens do vosso Filho; pois, sendo Mãe, e esposa do Rei dos reis, pertence-vos como Rainha o Reino e o domínio sobre todas as criaturas” (GM, pág. 36). “Quando, portanto, e é certo, o conhecimento e o reino de Jesus Cristo tomarem o mundo, será como uma conseqüência necessária do conhecimento e do reino da Santíssima Virgem Maria. Ela o deu ao mundo a primeira vez, e também, na segunda, o fará resplandecer” (TVD, pág. 24).

Deus é Santo, Santo, Santo: “Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobriam o rosto; com duas cobriam os pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda terra está cheia da sua glória” (Isaías 6:2,3; cf. Apocalipse 4:8).
Maria é santa, santa, santa: “Vibra nos céus, como diz São Boaventura, o clamor incessante dos anjos: Sancta, sancta, sancta maria, Dei genitrix et Virgo; e milhões e milhões de vezes, todos os dias, eles lhe dirigem a saudação Angélica: Ave Maria... prostrando-se diante dela e pedindo-lhe a graça de honrá-los com suas ordens (...) Toda a terra está cheia de sua glória” (TVD, pág. 21).

Deus é Redentor: “Quanto ao nosso Redentor, o Senhor dos Exércitos é o seu Nome, o Santo de Israel” (Isaías 47:4; cf. Isaías 41:14; 46:4; 54:8; 59:20; Jó 19:25; Salmos 19:14; 78:35; Jeremias 14:8; 50:34).
Maria é co-redentora: “Tendo, pois, Maria cooperando para a redenção com tanto amor pelos homens e tanto zelo pela glória divina, com razão determinou o Senhor que todos nos salvemos por intermédio da sua intercessão” (GM, pág. 141).

Deus é Salvador: “Ora, é para esse fim que labutamos e nos esforçamos sobremodo, porquanto temos posto a nossa esperança no Deus vivo, salvador de todos os homens, especialmente dos fiéis” (1 Timóteo 4:10; cf. Salmo 106:21; Isaías 43:11; 60:16; Lucas 1:47; 2:11; Atos 13:23; 1 Timóteo 2:3; 1 João 4:14; Judas 25).
Maria é salvadora: “’Em mim há toda a esperança da vida e da virtude’ (Eclo 24,25). Em suma acharemos em Maria a vida e a nossa salvação. ‘Quem me acha, achará a vida e haurirá do Senhor a salvação’ (Provérbios 8,33)” (GM, pág. 134).

Deus é Deus: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei do Egito e da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim” (Deuteronômio 5:6,7).
Maria é Deus: “A sua transformação em Deus ultrapassa a de São Paulo  e dos outros santos, mais que o céu ultrapassa a terra em altura” (Segredo de Maria, S. Luis Maria de Montfort, editora Santuário, 1998, págs. 20 e 21).

Como sabemos que temos Deus por Pai: “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Romanos 8:14; cf. 2 Coríntios 6:18; Romanos 8:15; 1 João 3:1,10; Efésios 1:5; 2:3; Gálatas 4:5-7,28).
Quem não tem Maria não tem Deus por Pai: “Assim como na geração natural e corporal há um pai e uma mãe, há na geração sobrenatural, um pai que é Deus e uma mãe, Maria Santíssima. Todos os verdadeiros filhos de Deus e os predestinados têm Deus por pai, e Maria por mãe; e quem não tem Maria por mãe, não tem Deus por pai” (TVD, pág. 35).

Somos predestinados segundo o propósito de Deus: “... assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito da sua vontade...” (Efésios 1:4,5; cf. 1:11; Romanos 8:29).
Somos predestinados segundo a vontade de Maria: “Santo Agostinho diz mesmo que, neste mundo, os predestinados estão encerrados no seio de Maria, e não vêm à luz senão quando esta boa Mãe os dá à vida eterna” (SM, pág. 16).


Semelhanças com Deus Filho.

         As semelhanças entre Maria e seu Mestre e Senhor Jesus Cristo são, como já dissemos a cerca das semelhanças com Deus Pai, muito mais que aparentes ou frutos de uma vida de imitação ao Salvador (cf. 1 Coríntios 11:1: o Apóstolo Paulo nos exorta a que o imitemos, assim como ele imitava a Cristo). Ela realmente assume muitos, ou todos, os atributos e ofícios de Cristo: Salvador, Intercessor, Mediador, Advogado... Não há nada que Cristo faça que Maria também não possa fazer, às vezes de forma mais poderosa e eficaz, como é o caso de se dizer que acharemos a salvação mais depressa se buscarmos a Maria do que se buscarmos a Cristo.
         Os teólogos romanos, abades e santos padres não atentam para o ministério de Cristo e o significado de sua morte na cruz. Atestam com veemência que Maria teve co-participação na obra da redenção e que as suas dores aos pés da cruz foram para salvar a humanidade. Ao olharem para a cruz não conseguem enxergar o Filho de Deus derramando o seu sangue; enxergam apenas as lágrimas derramadas por sua mãe e seu sofrimento sobre-humano. Daí não admira tantos textos igualando ou exaltando Maria acima do verdadeiro Senhor de nossas almas.


Jesus é Intercessor: “Por isso também pode salvar totalmente os que por ele se achegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hebreus 7:25; cf. Romanos 8:26; Isaías 53:12).
Maria é intercessora: “... da pregação sobre Maria e sobre a confiança em sua intercessão, depende a salvação de todos” (GM, pág. 30).

Jesus é Mediador: “Porque há um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo 2:5; cf. Gálatas 3:20; Hebreus 9:15; 12:24).
Maria é medianeira: “Ao mesmo tempo está fora de dúvida que pelos merecimentos de Jesus Cristo foi concedida a Maria a grande autoridade de ser medianeira da nossa salvação, não de justiça, mas de graça e de intercessão, como bem lhe chamou Conrado de Saxônia com o título de ‘Fidelíssima medianeira da nossa salvação’” (GM, pág. 131). “Com efeito, pergunta S. Lourenço Justiniano, sem essa plenitude da graça divina, como teria a Virgem podido ser a escada do paraíso, e advogada do mundo, a verdadeira medianeira entre os homens e Deus?” (GM, pág. 264).

Jesus é Rei: “Assim, ao Rei eterno, imortal, Deus único, honra e glória pelos sáculos dos sáculos. Amém” (1 Timóteo 1:17; cf. Salmo 5:2; 10:6; 24:7; 44:4; Isaías 43:15; João 1:49; Apocalipse 19:16).
Maria é rainha: “E por que é assim tão grande o vosso poder? Pergunta o Santo. Porque sois a Mãe do nosso Salvador, a esposa de Deus, a Rainha do céu e da terra” (GM, pág. 46).

Jesus é Advogado: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai: Jesus Cristo, o Justo” (1 João 2:1; cf.
Maria é advogada: “Nossa Senhora, porém, como é Rainha de todos, de todos é também advogada e lhes cuida da salvação” (GM, pág. 161).

Jesus é o Primogênito: “Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação... Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste” (Colossenses 1:15,17; cf. Salmo 89:27; Jeremias 31:9; Romanos 8:29; Apocalipse 1:5).
Maria é a primogênita: “Com efeito, é Maria a primogênita de Deus por ter sido predestinada juntamente com o Filho nos decretos divinos, antes de todas as criaturas” (GM, pág. 236).

Jesus é sem pecado: “Porquanto para isso mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca” (1 Pedro 2:21,22; cf. 1 João 1:8; 3:5; 1 Pedro 3:18; Hebreus 4:15; 2 Coríntios 5:21; Romanos 3:23).
Maria é sem pecado: “No VI concílio Ecumênico de Constantinopla (680-81) falou São Sofrônio: A Filha de Deus baixou ao ventre de Maria guardado intacto por causa da virgindade, e a virgem  estava isenta de todo contágio no corpo e na alma” (GM, pág. 252; cf. págs. 251 e 253).

Jesus é o Caminho: “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6; cf. Atos 18:26; 19:9,23; 22:4; Romanos 3:17; Hebreus 10:20).
Maria é o caminho: “Porque nestes tempos de apostasia, da purificação e da grande tribulação, o meu Coração Imaculado é o único refúgio e o caminho que vos conduz ao Deus da salvação e da paz” (MSM, pág. 634).

No Nome de Cristo os demônios são expelidos: “E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome expulsarão os demônios...” (Marcos 16:17; cf. Marcos 3:22ss; Lucas 11:14).
No nome de Maria os demônios são expelidos: “Como nuvem protege-nos dos ardores da divina justiça; como fogo defende-nos contra os demônios (...) OH! Como tremem os demônios, afirma S. Bernardo, só com ouvir pronunciar o nome de Maria” (GM, pág. 125,126). “A Ave-Maria, rezada com devoção e modéstia é, como dizem os santos, o inimigo do demônio, pondo-o logo em fuga, e o martelo que o esmaga...” (TVD, pág. 238).

Sem obediência a Cristo não há salvação: “Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. E, sendo ele consumado, veio a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem...” (Hebreus 5:8,9; cf. Atos 5:32; Romanos 10:16; 2 Tessalonicenses 1:8; 1 Pedro 4:17).
Sem servir a Maria não há salvação: “Desde que não lhe ponhamos obstáculos, alcança-nos essa divina Mãe o paraíso, pela eficácia de suas súplicas e de seu patrocínio. Aquele, por conseguinte, que a serve e conta com sua intercessão, está seguro do paraíso, como se já ali estivesse... aqueles que não servem a Maria, não se salvarão; porquanto, destituídos do auxílio da poderosa Mãe, ficam também privados do socorro do Filho e de toda a corte celeste” (GM, pág. 198).

Quem invocar o Nome do Senhor (Jesus) será salvo: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será Salvo” (Atos 2:21; cf. Atos 9:14; Joel 2:28-32).
Quem invocar o nome de Maria será salvo: “S. João Damasceno sem dificuldade dizia à Virgem Santíssima: rainha pura e imaculada, salvai-me, livrai-me da condenação eterna! S. Boaventura saúda-a como ‘salvação dos que a invocam’” (...) “Apareceu-lhe então a Senhora com o Menino Jesus nos braços e, mostrando-lhe os olhos de seu divino Filho, disse: São estes os olhos misericordiosos que posso inclinar, a fim de salvar todos aqueles que me invocam” (GM, págs. 143 e 179).

Cristo é exaltado: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Filipenses 2:9-11; cf. Atos 5:31).
Maria é exaltada: “A Santa Mãe de Deus foi exaltada acima de todos os coros dos anjos. Sim, diz o Abade Guerrico, exaltada acima dos anjos, de modo que só tem acima de si seu Filho, o Unigênito de Deus” (GM, pág. 348).

Cristo nos liberta da condenação eterna: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte” (Romanos 8:1,2; cf. Romanos 8:34; Marcos 16:16).
O “escapulário” de Maria nos livra da condenação eterna: “Os Padres Crasset e Lezena, falando do escapulário do Carmo, referem que, aos 16 de julho de 1251, apareceu a Santíssima Virgem a S. Simão Stock, na Inglaterra, e entregou-lhe um escapulário, garantindo-lhe que aqueles que o trouxessem seriam livres da condenação eterna” (GM, pág. 454).

Quem ouve as palavras de Cristo será salvo: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (João 5:24; cf. João 6:68; 1 Coríntios 1:18).
Quem ouve as palavras de Maria será salvo: “Por outro lado, diz Maria: Aquele que me serve não será condenado (Eclo 24,30). Quem a mim recorre e ouve as minhas palavras não se perderá (...) Por isso o demônio trabalha para que os pecadores, depois de perderem a graça de Deus, percam também a devoção de Maria” (GM, pág. 184).

Cristo nos dá a vida eterna: “Por isso que crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (João 3:36; cf. 5:24; 6:47,68; 10:28; 11:25; 12:25; 17:3; Mateus 25:46; Romanos 6:22,23; Tito 1:2; 1 João 5:11-13).
Maria nos dá a vida eterna: “Jacó, monge e célebre doutor entre os gregos, diz que Deus colocou Maria como ponte de salvação sobre a qual nos faz atravessar as ondas deste mundo e assim alcançaremos o tranqüilo porto do céu. Daí então a exortação de S. Boaventura: Ouvi, ó vós, desejosos do Reino de Deus: honrai e servi a Virgem Maria, e encontrareis a vida eterna” (GM, pág. 198).

Devemos fazer tudo em Nome de Jesus: “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”.(Colossenses 3:17).
Devemos fazer tudo por, com, em e para Maria: “É preciso fazer todas as ações por Maria, quer dizer, em todas as coisas obedecer à Santíssima Virgem, e em tudo conduzir-se por seu espírito, que é o santo espírito de Deus (...) É mister fazer todas as ações com Maria, isto é, em todas as ações olhar Maria como um modelo acabado de todas as virtudes e perfeições, que o Espírito Santo formou numa pura criatura, e imitá-lo na medida de nossa capacidade (...) É precisa fazer todas as ações em Maria (...) É preciso fazer finalmente todas as ações para Maria” (TVD, págs. 241, 244, 245, 249 – grifo nosso!).

Ninguém pode vir a Jesus se o Pai não o atrair: “Ninguém pode vir a mim se o pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44).
Ninguém pode ir a Jesus se Maria não o atrair: “O mesmo também, no sentir de Ricardo de S. Lourenço, diz Jesus de sua Mãe. Ninguém pode vir a mim, se minha Mãe não o atrair com suas preces” (GM, pág. 142 – grifo nosso).


Semelhanças com o Espírito Santo.

         Antes de subir aos céus, Jesus Cristo nos prometeu o Consolador (cf. João 14:16,26; 15:26; 16:7). Este Consolador seria o penhor da nossa salvação (Efésios 1:13,14) e nos testificaria como filhos de Deus (1 João 3:24). Habitaria em nós e nos daria dons espirituais (1 João 4:13). Este Consolador é o Espírito Santo da promessa, o qual nos foi dado no dia de Pentecostes e no momento em que aceitamos a Jesus como único e suficiente salvador.
         Dentro da doutrina romanista, porém, o Santo Espírito de Deus não encontra liberdade para agir (cf. João 3:8), mas acha-se aprisionado, à mercê de Maria. Além disso, ela mesma possui todos os seus atributos e ofícios, sendo consoladora e penhor dos crentes. O autor de Glórias de Maria chega a falar do “espírito de Maria”, um segundo espírito enviado por Deus ao mundo para habitar nos cristãos convertidos.
         Coexistem, portanto, no mundo o Espírito Santo e o espírito de Maria, sendo que este segundo é quem regula e confere aos homens o primeiro e todos os dons que dele advêm. Sem este segundo, o primeiro é inoperante e não pode ser dado aos homens. É isto o que confirmamos nas comparações que se seguem.


O Espírito Santo é Consolador: “E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis porque ele habita convosco e está em vós” (João 14:16,17).
Maria é consoladora: “Feliz, porém, aquele que por entre tais misérias se dirige muitas vezes à consoladora do mundo, ao refúgio dos pecadores, à grande Mãe de Deus” (GM, pág. 113).

O Espírito Santo é Penhor: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo... em quem também vós, depois que ouvistes a Palavra da verdade, o Evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o penhor da nossa herança até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória” (Efésios 1:13,14).
Maria é penhor: “Na frase de S. André de Creta é a Santíssima Virgem penhor de perdão divino. Isto é, Deus promete garantido perdão aos pecadores, quando recorrem a Maria para que os reconcilie com o Senhor, e como garantia disso lhe dá um penhor” (GM, pág. 77).

Se temos o Espírito Santo somos de Deus: “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus” (Romanos 8:14; cf. Romanos 5:5; 8:9, 16; Gálatas 4:6; Efésios 2:22; Hebreus 6:4; 1 João 4:2).
Se rezamos a Ave-Maria somos de Deus: “Não sei como isto acontece nem por que; entretanto é verdade, e não conheço melhor segredo para verificar se uma pessoa é de Deus, do que examinar se gosta ou não de rezar a Ave-Maria e o terço. Digo: gosta, pois pode acontecer que alguém esteja na impossibilidade natural ou até sobrenatural de dizê-la, mas sempre a ama e a inspira aos outros” (TVD, pág. 237 – Nota: nós sabemos ao certo porque isto acontece. Confira: 1 Timóteo 1:4, 7; 2 Timóteo 4:4; Tito 1:14; 2 Pedro 1:16 e Gálatas 1:6-10).

O Espírito Santo habita em nós através de Cristo: “E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça. E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita” (Romanos 8:10, 11; cf. 1 João 4:13; 3:24; 1 Pedro 4:14; Hebreus 6:4; 1 Tessalonicenses 4:8; Efésios 1:13; Gálatas 4:6; 2 Coríntios 1:22; Atos 19:2; 5:32; 2:17).
O Espírito Santo habita em nós se formos devotos de Maria: “Quando o Espírito Santo, seu esposo, a encontra numa alma, ele se apodera dessa alma, penetra-a com toda a plenitude, comunicando-lhe abundantemente e na medida que lhe concede sua esposa; e uma das razões por que, hoje em dia, o Espírito Santo não opera, nas almas, maravilhas retumbantes, é não encontrar ele uma união bastante forte entre as almas e sua esposa fiel e inseparável<!--[if !supportFootnotes]-->[1]<!--[endif]-->” (TVD, pág. 40, 41).

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<!--[if !supportFootnotes]-->[1]<!--[endif]--> Segundo o pensamento do autor não é a conversão a Cristo que confere ao crente o dom do Espírito Santo, mas uma anterior devoção à Maria, o que confirma as demais doutrinas que afirmam ser necessário encontrar a Cristo somente através de Maria.

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