SER
AMANTE É UM PÉSSIMO NEGÓCIO
(Trecho
do livro “Ninguém morre de amor”, no capítulo “O caminho da cura”)
Mizael Xavier
Este
é um capítulo especial para este tipo de situação. Como afirmei, as relações
extraconjugais estão cada vez mais frequentes, acima de tudo numa época em que
conhecer alguém e se relacionar é tão rápido e fácil por conta das redes
sociais. Desejo lhe mostrar não apenas como superar a dor da sua perda, mas
também como nunca mais cair nessa maldita armadilha. Não restam dúvidas de que
ser amante – o outro – não é uma boa
ideia. Os motivos são diversos:
1) Em primeiro lugar, ser amante de
alguém contaria o mandamento de Deus a respeito da fidelidade matrimonial e
fere o princípio de amar ao próximo como a si mesmo. Além de falta de amor
próprio, ser amante demonstra total falta de amor ao próximo.
2) A pessoa que você tanto ama jamais
será totalmente sua: sua presença, seu tempo, seus carinhos, seu amor, sua
atenção, seu dinheiro. Você sempre terá de dividi-la com o seu verdadeiro
“dono” ou “dona”, que é quem realmente está dividindo com você sem sequer
imaginar.
3) Você sempre será “o outro”, nada
mais. Sempre será chamado de “filial”, jamais de matriz, o que deixa bastante
clara a natureza desse tipo de relação, além do caráter do seu amado ou amada e
do seu também.
4) Por mais que o seu “caso” esteja
investindo em você, inclusive financeiramente, é improvável e praticamente
impossível que ele um dia abrirá mão do seu cônjuge e filhos para assumir um
relacionamento adúltero. Você acabará perdendo todo o investimento que fez,
amargando a dor do desprezo e o iminente abandono, que jamais tarda. Se você
está lendo este livro, pode ser que ele já tenha chegado.
5) O medo sempre fará parte da sua
vida: medo de ser descoberto, medo de que o amante desista do romance quando
você estiver muito apaixonado, medo de descobrir que você não é o único na
lista, mas existem outros, em outros bairros e cidades, nas redes sociais, na
empresa onde seu amante trabalha. Ou seja: medo de provar do próprio veneno.
6) Ser “o outro” sempre lhe trará um
sentimento de incerteza quanto ao futuro, o ciúme em saber que ele está nos
braços do companheiro ou companheira. Haverá o medo constante de ser descoberto
ou abandonado, além do esforço geralmente inútil de forçar o fim da relação
original. Tudo isso pode gerar uma profunda tristeza e evoluir para um quadro
de depressão. Ser amante é viver
constantemente em “estado de sítio”.
7) Quem é amante fica com as “sobras”,
com as migalhas de tempo, de atenção, de carinho. Jamais tem a pessoa inteira e
ainda assim acredita que é amado. Como podemos afirmar que amamos alguém que só
encontramos às escondidas, que não podemos assumir, que evitamos comentar as
fotos nas redes sociais? Apesar de que, dependendo do tipo de caráter de
alguém, é bem possível que faça isso, principalmente se for amigo ou amiga da
vítima.
8) Além de tudo, ser amante é
perigoso. O casal infiel precisa viver em constante estado de alerta. Ele nunca
sabe se há algum detetive particular vigiando os seus passos, se um aplicativo
espião foi instalado no seu celular, se as suas redes sociais estão sendo
monitoradas. A qualquer momento o caso pode ser descoberto. Nesses tempos de
Internet, as imagens dos flagrantes acabam indo parar nas redes sociais, onde
família e amigos podem assistir, causando constrangimento e a desmoralização
dos amantes. Eu mesmo já vi vários! Tudo isso sem contar o risco de levar uma
boa surra, ter o seu patrimônio depredado e até mesmo ser vítima de
assassinato.
9) Por mais que o seu coração se iluda
que não, o amante é um apêndice que pode ser retirado a qualquer instante por
meio de uma cirurgia simples. Ele é um objeto de desejo que pode ser descartado
ou substituído por outro mais interessante. Ele jamais poderá contar com a
segurança que somente uma relação afetiva verdadeira pode lhe proporcionar.
10) O sentimento de culpa não está
descartado para aqueles que, embora estejam envolvidos nesse tipo de relação,
sentem-se mal pelo que estão fazendo. Eles entendem as implicações morais e
espirituais dos seus atos, por isso a sua consciência sempre irá pesar. O tempo
todo buscarão formas de se libertar e manter distância, mas acabarão se
reencontrando, porque o desejo de estar junto de quem amam é bem mais forte que
a sua consciência moral.
11) Assim como acontece em qualquer
outro relacionamento, o amante está sujeito a sofrer uma grande decepção quando
a sua relação chegar ao fim. Mas neste caso haverá um agravante: ele está
apenas colhendo os frutos da ruína que ele próprio semeou. Ele criou as suas
próprias asas de cera e se permitiu voar alto demais, até ser lançado ao chão
pela verdade.
12) A vida social dos amantes é
bastante precária: não podem conhecer a família um do outro nem conviver com
ela; possuem acessos restritos aos ambientes sociais, como restaurantes,
shoppings e cinemas. Provavelmente passarão longe um do outro datas
comemorativas, como Natal, Páscoa, dia dos namorados e réveillon. Viver se
escondendo e com medo é a principal vida social que eles terão.
13) Ser amante, “o outro” ou a
“filial”, também representa um grande risco à autoestima, tanto durante o
romance quanto após o seu fim. Você pode chegar à conclusão de que está apenas
sendo usado ou que não merece nada além de ser o outro de alguém, que o seu
valor é pequeno demais para que alguém o assuma. Essa baixa autoestima pode ser
imposta por si próprio, quando você se sente indigno de um amor verdadeiro e
procura, em uma relação desse tipo, punir-se por isso ou se conformar com seu
baixo valor.
14) Se você for “bom” o suficiente
para fazer com que o seu amante abandone o lar para assumir o relacionamento
adúltero, viverá para sempre inseguro com a desconfiança de que ele fará o
mesmo com você um dia. E você pode ter certeza que ele fará! Além disso, haverá
sempre o risco de seu amante se arrepender e desejar voltar para a “matriz”,
para o seu antigo relacionamento. Resumindo, o amante vive mesmo num inferno!
ATENÇÃO: Este estudo faz parte do
livro NINGUÉM
MORRE DE AMOR, de Mizael Xavier, à venda em formato de
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