Para
muitas pessoas, encontrar um amor duradouro é como ganhar na loteria, não pelo
alto valor do prêmio, mas pela questão da sorte. Eu mesmo já repeti inúmeras
vezes a mesma ladainha de tantas pessoas que jamais alcançam êxito nas suas
tentativas de amar e ser amado: “Eu não tenho sorte no amor”. Confesso que, no
meu caso, essa é uma justificativa evasiva para não ter que viver explicando a todos
que me perguntam sobre algo tão complexo e complicado como a minha vida
amorosa. Quando alguém me pergunta o motivo de eu estar só, geralmente respondo
que é pura falta de sorte e pronto. Todavia, pode ser que para você isso seja
mais que uma resposta evasiva, mas reflita seu sentimento de desânimo e
incapacidade diante dos reveses da sua vida amorosa. Talvez você tenha jogado,
apostado alto em diversos relacionamentos na tentativa de tirar a sorte grande,
mas sem sucesso. Então você se acha realmente um azarado amoroso.
Essa “falta de sorte”, na verdade,
esconde outras questões mais substanciais, coisas que escondemos dentro de nós
e dos olhares dos outros, mas que nos impedem de acertar na nossa vida amorosa
e nos mantêm reféns de diversos relacionamentos infrutíferos. Neste caso, a
solução para a “falta de sorte” é bastante simples. É tudo uma questão de
modificar o nosso comportamento diante da vida e do amor para que alcancemos o
que desejamos. Vejamos algumas questões que nos ajudarão a mudar a nossa
perspectiva e os nossos resultados.
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Muitos alvos, muitos
erros
Pode ser que este não seja o seu
caso, mas um dos maiores motivos para termos esta sensação de má sorte no amor
é que miramos em muitos alvos, às vezes vários ao mesmo tempo, sem conseguir
jamais atingir o alvo certo. Pode ser que você esteja entre os que têm
investido em muitas relações amorosas – algumas profundas, outras superficiais
–, conquistando ou deixando-se conquistar por uma pessoa atrás da outra,
usando-se e deixando-se usar, semeando e colhendo ilusões, causando e sofrendo
desilusões, e ainda se pergunta a razão de não acertar nunca, de não ter sorte
no amor. Talvez você não queira verdadeiramente amar ou o que conhece por amor
é uma visão distorcida da verdade. Brincar com os sentimentos dos outros acaba
destruindo os seus próprios sentimentos.
Muitas relações pode denunciar uma
inconstância afetiva ou a busca pelo preenchimento de alguma carência,
geralmente emocional ou sexual. Quem sabe esta “maré de azar amorosa” esteja
ligada a autossabotagem! Você, consciente ou inconscientemente, vai destruindo
aos poucos todas as chances que tinha de ser feliz, cometendo erros para se
punir por alguma coisa, usando as pessoas para isso. Então você descobre que no
amor você não joga até acertar, não faz testes até descobrir a fórmula mágica
de uma vida plena e feliz ao lado da pessoa amada. Para viver o amor, você se
guarda, investe na própria emoção e se prepara para a pessoa certa. Se você
acha que precisa aproveitar bastante antes de se “amarrar”, não se espante se
ainda está sozinho e se continuará assim por muito tempo. Isso não é falta de
sorte, mas o resultado das suas péssimas escolhas, da sua inconstância e da sua
incapacidade de se concentrar em fazer apenas uma pessoa feliz.
Amar não é sorte, é
investimento
Se quisermos ter sucesso no amor,
precisamos investir nele. Imagine que você pretenda iniciar um negócio,
empreender. Uma das primeiras coisas que você vai precisar fazer para que o seu
negócio cresça é investir nele. Se não fizer isso, fechará as portas em poucos
meses. O fracasso no amor não é falta de sorte, mas o resultado da nossa falta
de investimento na relação, crendo que tudo surgirá do nada sem esforço algum
da nossa parte. Você deve investir, em primeiro lugar, em si mesmo,
desenvolvendo e aprimorando o seu caráter, cuidando das suas emoções. É preciso
saber que teremos de abrir mão de algo, acima de tudo de pensamentos e
sentimentos que não combinam com o amor, como o egoísmo, por exemplo. É
necessário conhecer-se, amar-se, respeitar-se, estar aberto a mudanças, ser
humilde para admitir suas falhas, reconhecer suas limitações e se empenhar em
ser melhor a cada dia, explorando os seus pontos fortes e aprimorando os seus
valores. Seja o melhor para dar o melhor de si e exigir o melhor dos outros.
Em segundo lugar, você deve
desenvolver a capacidade de conhecer o outro, de enxergá-lo e dar-lhe o devido
valor. Muitos fracassam em suas relações porque desejam tanto ser felizes, que
se esquecem de fazer a pessoa amada feliz. Tudo dá errado quando não nos
importamos com quem está do nosso lado, quando não buscamos compreendê-lo como
ele é, não como imaginamos que ele seja ou queiramos que seja para suprir
nossas necessidades. Amar é investir tempo e vontade em estar junto,
importar-se, ser presente, dar carinho, ser atencioso, aceitar as falhas, se
prontificar em ajudar no crescimento do outro e de ambos. Quanto mais
investimos na pessoa amada, maior será o nosso retorno, na certeza de que ela
estará investindo em nós, de modo que ambos nos completaremos. Isso não é
sorte, é resultado.
O que realmente
importa?
Quanto mais tempo você gasta com
relacionamentos vazios, mais desgastado fica o seu coração e menos capacidade
você terá de viver um amor verdadeiro. Somente a graça de Deus pode renovar
diariamente o nosso interior. Por nós mesmos, produzimos desgastes emocionais
que aos poucos vão corroendo a nossa sensibilidade, tornando-nos pessoas frias
e indiferentes. Relacionar-se muitas vezes sem amor e por impulsos meramente
sexuais não nos ensina a amar de verdade, não nos diz nada sobre o que é ser
feliz, não nos mostra a alegria de pertencermos a alguém que também é nosso.
Chega um momento em que olhamos para tudo o que fizemos e vemos que nada
conquistamos, que o tempo passou e continuamos sozinhos ou atrelados a pessoas
que em nada nos acrescentam ou que sofrem porque nada temos para lhes dar.
Envolver-nos em relacionamentos
tóxicos com pessoas desprovidas de afeição pode fazer com que o nosso cérebro
processo informações distorcidas, tais como: ninguém presta, ninguém é capaz de
nos fazer felizes, o amor não existe, não merecermos ser amados, entre tantas
outras que congestionam a nossa mente. No final das contas, ou nos tornamos
insensíveis e embrutecidos ou desacreditados de tudo e de todos. Vemos como
podemos estar dos dois lados: o primeiro é o lado de quem engana; o segundo, de
quem é enganado. De qualquer forma, culpamos a falta de sorte pela nossa
solidão, pelo nosso fracasso em manter relacionamentos. Jogamos o jogo errado
usando regras injustas e esperamos ter sucesso. Se realmente nos importa amar,
se de fato nos preocupamos com o nosso bem-estar emocional, devemos investir no
que importa: um relacionamento sadio, alicerçado sobre o amor, que gera frutos de
respeito e exclusividade. Ser lapidado pelo amor pode até doer, mas traz
benefícios verdadeiros para a nossa vida e a de quem se relaciona conosco. Não
é preciso pressa. Ao invés de nos machucarmos até não sentirmos mais nada,
plantemos boas sementes no nosso coração. Os frutos serão saborosos.
É preciso criar uma
reputação
Em muitos casos, precisamos admitir
que a pessoa não consegue ser feliz no amor porque não consegue encontrar
alguém com coragem o suficiente para amá-la. A Internet nos permite ir além da
nossa rua, do nosso bairro, da nossa cidade, até mesmo do nosso país. Podemos
conhecer alguém que mora do outro lado do mundo. Já conversei com pessoas das
Filipinas, da Tailândia, de Portugal e de alguns países da África. As pessoas
que estão distantes não acompanham de perto a nossa vida cotidiana para saber
quem somos de verdade, apenas aquilo que lhes repassamos pelas redes sociais.
Mas mesmo no mundo virtual, as notícias se espalham muito rapidamente,
alcançando quem está perto ou quem está longe, quem tem contato direto conosco
ou quem nos conhece apenas por um perfil na Internet. Está cada vez mais
difícil se esconder, fingir ou manipular alguém.
Apesar disso, muitos se esforçam por
manter uma aparência que não conseguirão sustentar por muito tempo. Logo, pode
ser que a má sorte no amor esteja ligada à má fama conquistada entre o público
que se pretende alcançar e espalhada pelos quatro ventos. Após diversas
investidas e inúmeras vítimas, muitos homens acabam sendo conhecidos como
garanhões, galinhas, aqueles que pegam todas, que gostam de brincar com os
sentimentos dos outros e só pensam em sexo. Infelizmente, a maioria não deve se
importar com isso, não deve ter sentimentos. Mas creio que não é o seu caso,
creio que você sente desejo de amar e ser amado, mas que pode estar sofrendo
dificuldades por conta da sua má reputação. Pense nisso: quanto melhor você for
como pessoa, maiores probabilidades terá de atrair alguém especial. Reputação é
tudo! Uma vez que você a perde, é muito difícil recuperá-la. Por isso, crie uma
boa reputação, sendo justo e honesto com as pessoas. Não iluda nem engane
ninguém. Você poderá acabar sozinho, e um dia essa solidão vai doer, por mais
frio que você seja.
Cuidado com quem você
escolhe
Vimos que muitos alvos geram muitos
erros. Por outro lado, um único alvo errado também pode nos causar grandes
problemas. A razão de estarmos sós, de não termos “sorte no amor”, pode estar
ligada aos tipos de pessoas que escolhemos para nos relacionar, geralmente
pessoas com uma reputação não muito boa. Como afirmei anteriormente, todos
somos dignos de amor. Mesmo aquela pessoa que achamos mais indigna precisa e
deve ser amada. O problema é: não sabemos na vida de quem Deus irá operar uma
grande transformação, quem de caráter questionável um dia se tornará uma pessoa
de boa índole, capaz de nos fazer felizes e ser feliz ao nosso lado. Credito
que não devemos deixar de nos relacionar com alguém por causa dos seus
defeitos, pois temos os nossos próprios. Mas existem algumas situações e
pessoas que podem ser evitadas por quem deseja entrar em um relacionamento
duradouro. Muitas pessoas não têm nada para oferecer a si próprias, como
respeito próprio, quem dirá a nós. Desejar que alguém que vive de bailes e
bares, que não tenha responsabilidade alguma com a própria vida, que não
valorize a família, que só tenha vínculos com pessoas erradas nos dê amor,
respeito, fidelidade e atenção, é como jogar pedras na lua.
Pode ser que as pessoas erradas para
nós não sejam más, mas apenas indivíduos emocionalmente instáveis, que não
estão dispostos a se abrir para o amor, que possuem feridas grandes demais e
não se permitem ser tratadas. Algumas podem ser egocêntricas, materialistas e
abusadoras. Entramos numa relação onde daremos muito de nós e receberemos pouco
ou nada em troca. Envolver-se com pessoas comprometidas na esperança de “ter
sorte no amor” também é perigoso, além de moralmente errado. Então como
escolher a pessoa certa? Existe esta pessoa certa? O que existe são pessoas,
mas precisamos ter princípios e valores que norteiem a nossa escolha, o que não
impedirá de encontrarmos indivíduos complicados que precisaremos aprender a
lidar. O que nos ajuda é saber discernir entre aqueles que claramente nos farão
infelizes, algo que muitas vezes fica bastante claro logo no início da relação:
pessoas prepotentes, egocêntricas, controladoras, ciumentas, estúpidas,
agressivas, ébrias, preguiçosas e sem uma bússola moral.
Você não soube amar
O sucesso no amor se resume em
conhecer o caminho das pedras. O amor tal qual Deus o projetou tem a sua
essência e os seus valores, belamente descritos no capítulo treze da primeira
epístola de Paulo aos Coríntios e no capítulo quinto da sua epístola aos
Gálatas. Hoje somos ensinados que existem diversas formas de amor e inúmeras
maneiras de amar, o que não é verdade. Logo, pode ser que o seu “jeito de amar”
tenha afastado até hoje as pessoas de você. Talvez a sua concepção teórica e
prática de amor tenha contribuído apenas para magoar as pessoas, usá-las,
decepcioná-las, e agora você está só, sentindo-se sem sorte. Imagine que o seu
jeito de amar na sua própria concepção de amor. Suponhamos que você conheça
alguém que também tenha o seu próprio jeito de amar baseado em uma concepção
diferente e até mesmo inversa à sua. Em que você acha que dará este
relacionamento? Até que ponto os dois conseguirão equilibrar as suas
diferenças?
Já aprendemos no quarto capítulo o
que é o amor. Se você aprender a forma correta de amar e ser amado, todas as
suas práticas também serão corretas e as chances de ter sucesso em um
relacionamento serão bem maiores. Fora isso, não espere uma vida amorosa
espetacular com mentiras, traições, abusos, indiferenças, falta de diálogo,
ausência de carinho e atenção. Não espere ser amado por quem não recebe o seu
amor, por quem percebe que não passa de um objeto de desejo. Se você acha que
pode amar várias pessoas e se dedicar a elas, não se surpreenda se elas
começarem a se cansar, se descobrirem o seu esquema de mentiras e te
abandonarem. Isso não é falta de sorte, mas são as consequências da sua
incapacidade em amar de verdade. Então não reclame de não ter sorte no amor,
apenas se arrependa, peça perdão a Deus e a quem você magoou e comece a fazer a
coisa certa. Não espere pela sorte, mas faça o seu próprio caminho.
Não carregue toda a
culpa
O lamento pela falta de sorte nem
sempre vem de quem errou ou escolheu a pessoa errada, mas de quem fez de tudo
para acertar e procurou se relacionar com alguém que tinha tudo para dar certo,
mas não deu. Quando fazemos a litura correta da nossa história, percebemos que
não precisamos carregar toda a culpa, às vezes nenhuma parte dela. O
relacionamento amoroso é construído por duas pessoas que decidem viver juntas e
trabalhar para que a sua união dê certo, cumprindo cada uma o seu papel para a
felicidade de ambos. Pode ser que você tenha se esforçado bastante pela pessoa
errada ou pela certa que não foi capaz de retribuir o seu amor, o que levou a
relação a entrar em colapso. Devemos sempre dar o nosso melhor, o que não
significa que receberemos o melhor do outro em troca. Existem tantos motivos
para não sermos amados como existem para sermos amados. Talvez o amor que você
sentia aumentou vertiginosamente, enquanto o do outro ia diminuindo. Os
motivos? Você pode tentar pesquisar.
Eu costumo reconhecer todos os meus
erros nas oportunidades que tive de conhecer alguém especial e acabei fazendo
tudo errado. Mas não abro mão dos meus acertos, dos meus esforços em ser o
melhor para quem eu achava que seria o meu grande, único e eterno amor. O meu
último namoro terminou no momento da relação em que eu mais me dedicava em
amar, mais acertava, mais dava o máximo de mim, apesar dos obstáculos que havia
entre nós, como a distância. Apesar dos meus esforços, tudo chegou ao fim. Isto
não significa que não tenho sorte no amor, mas que a outra parte não quis mais
receber todo o amor que eu tinha para lhe dar. Esta é a grande importância de
agirmos corretamente, de amarmos na medida certa, de fazermos a nossa parte:
saímos com a consciência tranquila. É certo que corremos o risco do abandono,
mas sem riscos é impossível viver. Se não quisermos nos arriscar, provavelmente
nem sairemos de dentro de casa com medo do que pode nos acontecer ao sobrarmos
a esquina.
Baixa autoestima
A crença na falta de sorte no amor
pode indicar problemas com a nossa autoestima. Se não me vejo capaz de amar nem
digno de ser amado, dificilmente investirei em uma relação pensando que dará
certo. A minha autoestima baixa impedirá que eu desenvolva todo o meu potencial
como pessoa e como amante, o que me trará problemas na condução de uma relação
amorosa. Não é uma questão de falta de sorte, mas de autoconhecimento e
autoaceitação. Durante muitos anos cultivei ideias destrutivas sobre mim que me
diziam que eu jamais poderia ser feliz, porque não merecia, porque era uma
pessoa desprezível e incapaz de despertar a afeição das mulheres, mesmo quando
havia pessoas interessadas em mim. A timidez também me atrapalha, como também
atrapalha tantos que não conseguem sequer namorar, pois têm vergonha de si
mesmos e desconfiam da sua capacidade e valor. E por não se acharem merecedores
de alguém que vale a pena amar, lançam-se em qualquer tipo de relacionamento
apenas para não estarem sozinhos ou para dar uma resposta à sociedade,
envolvendo-se com pessoas que também não buscam nada além de aventuras
infrutíferas.
A baixa autoestima fecha as portas
para envolvimentos perenes. Se não me acho capaz de ser feliz nem de fazer
alguém feliz, todas as minhas ações serão no sentido contrário, da
autossabotagem. Não há como um relacionamento se sustentar dessa forma. De
fracasso em fracasso vamos imaginando que não temos sorte no amor quando, na
verdade, não temos raízes em nós mesmos, não somos capazes de sustentar a nossa
emoção, impedindo que ela cresça e se fortaleça. Somente cultivando a nossa
autoestima podemos estar livres para amar. Para isso é preciso rever a nossa
forma de pensar sobre nós mesmos e a respeito da nossa capacidade de amar. Que
mensagens você escutou do seu ex-companheiro que precisam ser reeditadas? Pode
ser que elas tenham incutido na sua mente que ninguém poderá lhe amar ou que
você não poderá amar ninguém. Mude esse pensamento e o amor virá até você. Isso
não é sorte, é transformação.
Falta de atitude
A “falta de sorte” no amor bem que
pode ser traduzida por “falta de atitude”. Muitos acham que um relacionamento
amoroso é como um caminhão que desce uma ladeira na banguela: deixe que a lei
da gravidade cumpra o seu papel. Na estrada do amor não é assim, a vida precisa
ser dirigida para que o caminhão do amor não sofra um grave acidente. Uma
pessoa sem atitude não age diante da vida, não previne nem soluciona problemas,
não planeja, não está disponível, não se envolve efetivamente na relação. Tudo
depende o outro. Ele fica a espera de que as coisas aconteçam. Não há atitude
para promover a felicidade; se o casal está em crise, nada é feito para mudar.
A cada fim de relacionamento, a única coisa que a pessoa sem atitude pode fazer
é se lamentar: “Eu não tenho sorte no amor”.
Já passei por algumas situações em
que não fui capaz de conduzir uma relação por minha falta de atitude. Um
relacionamento funciona como um jogo de futebol: não basta saber as regras do
jogo, conhecer o adversário, ter preparo físico e treinar incansavelmente
acreditando na vitória; é preciso entrar em campo e jogar. Se não estamos
jogando, se não investimos em nós mesmos e na pessoa amada, dificilmente
seremos vitoriosos. O aprendizado é muito importante. Quanto mais conhecermos acerca
de nós mesmos, do outro e do que é uma relação a dois, mais probabilidades
teremos de ser felizes no amor. Não dependeremos de sorte, mas do nosso
investimento, da parceria firmada entre nós e quem está do nosso lado. É
preciso atitude para reconhecer as nossas falhas e dar os passos para a
mudança. Atitude para compreender, perdoar, aceitar, ser fiel, ajudar, cuidar,
proteger, crescer juntos. Se nada disso for feito, a “maré de azar” amorosa não
tarda a chegar.
O melhor está por vir
Eu acredito na seguinte premissa: se
você continua só, é porque o seu verdadeiro amor ainda não apareceu. Quanto
mais ansiosos estivermos, menos desenvolveremos duas capacidades: a de saber
esperar e a de discernir quem é esse verdadeiro amor. A cada nova paixão, pensaremos:
“É ele!”. Quando terminar, diremos: “Não era ele”. E de fato não era! Se fosse,
estaria conosco. E se foi embora, foi para que soubéssemos que ainda não era o
tempo nem a pessoa. E como sabemos quem será? Mais adiante aprenderemos como
avaliar se tal pessoa é a certa para nós, alguém que entrará na nossa vida e
será nosso até que a morte nos separe. Se para milhões de pessoas no mundo
inteiro isso em sido possível desde que Deus criou o mundo e os seres humanos,
por que conosco seria diferente? Todo Adão tem a sua Eva, toda Maria tem o seu
José. A não ser, claro, que fechemos todas as portas ou nos tornemos pessoas
tão desprezíveis que ninguém terá coragem para nos amar.
Achei que o meu último
relacionamento, aquele que me motivou a escrever este livro, seria o
derradeiro, que viveríamos felizes para sempre, mas eu estava errado. Falta de
sorte? Jamais! Eu fui agraciado por Deus
com uma pessoa maravilhosa com quem tive a oportunidade de conviver por três
anos. Durante esse tempo aprendi muitas coisas sobre mim, amadureci como pessoa
capaz de amar, desenvolvi habilidades de relacionamento que precisavam ser
aprimoradas, sorri, sonhei, fui feliz. Infelizmente acabou. Sou muito grato a
Deus e a ela! Se fui capaz de viver algo tão lindo que não foi meu derradeiro
amor, imagino como será quando ele chegar! O melhor está por vir na minha vida
e na sua, basta apenas confiarmos em Deus e não andarmos ansiosos. Não é a
sorte que irá determinar quem, como, quando e onde, mas Deus. e é claro:
atitude!
Mizael Xavier
Mizael Xavier
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