terça-feira, 19 de março de 2019

EU NÃO TENHO SORTE NO AMOR



Para muitas pessoas, encontrar um amor duradouro é como ganhar na loteria, não pelo alto valor do prêmio, mas pela questão da sorte. Eu mesmo já repeti inúmeras vezes a mesma ladainha de tantas pessoas que jamais alcançam êxito nas suas tentativas de amar e ser amado: “Eu não tenho sorte no amor”. Confesso que, no meu caso, essa é uma justificativa evasiva para não ter que viver explicando a todos que me perguntam sobre algo tão complexo e complicado como a minha vida amorosa. Quando alguém me pergunta o motivo de eu estar só, geralmente respondo que é pura falta de sorte e pronto. Todavia, pode ser que para você isso seja mais que uma resposta evasiva, mas reflita seu sentimento de desânimo e incapacidade diante dos reveses da sua vida amorosa. Talvez você tenha jogado, apostado alto em diversos relacionamentos na tentativa de tirar a sorte grande, mas sem sucesso. Então você se acha realmente um azarado amoroso.
            Essa “falta de sorte”, na verdade, esconde outras questões mais substanciais, coisas que escondemos dentro de nós e dos olhares dos outros, mas que nos impedem de acertar na nossa vida amorosa e nos mantêm reféns de diversos relacionamentos infrutíferos. Neste caso, a solução para a “falta de sorte” é bastante simples. É tudo uma questão de modificar o nosso comportamento diante da vida e do amor para que alcancemos o que desejamos. Vejamos algumas questões que nos ajudarão a mudar a nossa perspectiva e os nossos resultados.

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Muitos alvos, muitos erros

            Pode ser que este não seja o seu caso, mas um dos maiores motivos para termos esta sensação de má sorte no amor é que miramos em muitos alvos, às vezes vários ao mesmo tempo, sem conseguir jamais atingir o alvo certo. Pode ser que você esteja entre os que têm investido em muitas relações amorosas – algumas profundas, outras superficiais –, conquistando ou deixando-se conquistar por uma pessoa atrás da outra, usando-se e deixando-se usar, semeando e colhendo ilusões, causando e sofrendo desilusões, e ainda se pergunta a razão de não acertar nunca, de não ter sorte no amor. Talvez você não queira verdadeiramente amar ou o que conhece por amor é uma visão distorcida da verdade. Brincar com os sentimentos dos outros acaba destruindo os seus próprios sentimentos.
            Muitas relações pode denunciar uma inconstância afetiva ou a busca pelo preenchimento de alguma carência, geralmente emocional ou sexual. Quem sabe esta “maré de azar amorosa” esteja ligada a autossabotagem! Você, consciente ou inconscientemente, vai destruindo aos poucos todas as chances que tinha de ser feliz, cometendo erros para se punir por alguma coisa, usando as pessoas para isso. Então você descobre que no amor você não joga até acertar, não faz testes até descobrir a fórmula mágica de uma vida plena e feliz ao lado da pessoa amada. Para viver o amor, você se guarda, investe na própria emoção e se prepara para a pessoa certa. Se você acha que precisa aproveitar bastante antes de se “amarrar”, não se espante se ainda está sozinho e se continuará assim por muito tempo. Isso não é falta de sorte, mas o resultado das suas péssimas escolhas, da sua inconstância e da sua incapacidade de se concentrar em fazer apenas uma pessoa feliz.


Amar não é sorte, é investimento

            Se quisermos ter sucesso no amor, precisamos investir nele. Imagine que você pretenda iniciar um negócio, empreender. Uma das primeiras coisas que você vai precisar fazer para que o seu negócio cresça é investir nele. Se não fizer isso, fechará as portas em poucos meses. O fracasso no amor não é falta de sorte, mas o resultado da nossa falta de investimento na relação, crendo que tudo surgirá do nada sem esforço algum da nossa parte. Você deve investir, em primeiro lugar, em si mesmo, desenvolvendo e aprimorando o seu caráter, cuidando das suas emoções. É preciso saber que teremos de abrir mão de algo, acima de tudo de pensamentos e sentimentos que não combinam com o amor, como o egoísmo, por exemplo. É necessário conhecer-se, amar-se, respeitar-se, estar aberto a mudanças, ser humilde para admitir suas falhas, reconhecer suas limitações e se empenhar em ser melhor a cada dia, explorando os seus pontos fortes e aprimorando os seus valores. Seja o melhor para dar o melhor de si e exigir o melhor dos outros.
            Em segundo lugar, você deve desenvolver a capacidade de conhecer o outro, de enxergá-lo e dar-lhe o devido valor. Muitos fracassam em suas relações porque desejam tanto ser felizes, que se esquecem de fazer a pessoa amada feliz. Tudo dá errado quando não nos importamos com quem está do nosso lado, quando não buscamos compreendê-lo como ele é, não como imaginamos que ele seja ou queiramos que seja para suprir nossas necessidades. Amar é investir tempo e vontade em estar junto, importar-se, ser presente, dar carinho, ser atencioso, aceitar as falhas, se prontificar em ajudar no crescimento do outro e de ambos. Quanto mais investimos na pessoa amada, maior será o nosso retorno, na certeza de que ela estará investindo em nós, de modo que ambos nos completaremos. Isso não é sorte, é resultado.


O que realmente importa?

            Quanto mais tempo você gasta com relacionamentos vazios, mais desgastado fica o seu coração e menos capacidade você terá de viver um amor verdadeiro. Somente a graça de Deus pode renovar diariamente o nosso interior. Por nós mesmos, produzimos desgastes emocionais que aos poucos vão corroendo a nossa sensibilidade, tornando-nos pessoas frias e indiferentes. Relacionar-se muitas vezes sem amor e por impulsos meramente sexuais não nos ensina a amar de verdade, não nos diz nada sobre o que é ser feliz, não nos mostra a alegria de pertencermos a alguém que também é nosso. Chega um momento em que olhamos para tudo o que fizemos e vemos que nada conquistamos, que o tempo passou e continuamos sozinhos ou atrelados a pessoas que em nada nos acrescentam ou que sofrem porque nada temos para lhes dar.
            Envolver-nos em relacionamentos tóxicos com pessoas desprovidas de afeição pode fazer com que o nosso cérebro processo informações distorcidas, tais como: ninguém presta, ninguém é capaz de nos fazer felizes, o amor não existe, não merecermos ser amados, entre tantas outras que congestionam a nossa mente. No final das contas, ou nos tornamos insensíveis e embrutecidos ou desacreditados de tudo e de todos. Vemos como podemos estar dos dois lados: o primeiro é o lado de quem engana; o segundo, de quem é enganado. De qualquer forma, culpamos a falta de sorte pela nossa solidão, pelo nosso fracasso em manter relacionamentos. Jogamos o jogo errado usando regras injustas e esperamos ter sucesso. Se realmente nos importa amar, se de fato nos preocupamos com o nosso bem-estar emocional, devemos investir no que importa: um relacionamento sadio, alicerçado sobre o amor, que gera frutos de respeito e exclusividade. Ser lapidado pelo amor pode até doer, mas traz benefícios verdadeiros para a nossa vida e a de quem se relaciona conosco. Não é preciso pressa. Ao invés de nos machucarmos até não sentirmos mais nada, plantemos boas sementes no nosso coração. Os frutos serão saborosos.


É preciso criar uma reputação

            Em muitos casos, precisamos admitir que a pessoa não consegue ser feliz no amor porque não consegue encontrar alguém com coragem o suficiente para amá-la. A Internet nos permite ir além da nossa rua, do nosso bairro, da nossa cidade, até mesmo do nosso país. Podemos conhecer alguém que mora do outro lado do mundo. Já conversei com pessoas das Filipinas, da Tailândia, de Portugal e de alguns países da África. As pessoas que estão distantes não acompanham de perto a nossa vida cotidiana para saber quem somos de verdade, apenas aquilo que lhes repassamos pelas redes sociais. Mas mesmo no mundo virtual, as notícias se espalham muito rapidamente, alcançando quem está perto ou quem está longe, quem tem contato direto conosco ou quem nos conhece apenas por um perfil na Internet. Está cada vez mais difícil se esconder, fingir ou manipular alguém.
            Apesar disso, muitos se esforçam por manter uma aparência que não conseguirão sustentar por muito tempo. Logo, pode ser que a má sorte no amor esteja ligada à má fama conquistada entre o público que se pretende alcançar e espalhada pelos quatro ventos. Após diversas investidas e inúmeras vítimas, muitos homens acabam sendo conhecidos como garanhões, galinhas, aqueles que pegam todas, que gostam de brincar com os sentimentos dos outros e só pensam em sexo. Infelizmente, a maioria não deve se importar com isso, não deve ter sentimentos. Mas creio que não é o seu caso, creio que você sente desejo de amar e ser amado, mas que pode estar sofrendo dificuldades por conta da sua má reputação. Pense nisso: quanto melhor você for como pessoa, maiores probabilidades terá de atrair alguém especial. Reputação é tudo! Uma vez que você a perde, é muito difícil recuperá-la. Por isso, crie uma boa reputação, sendo justo e honesto com as pessoas. Não iluda nem engane ninguém. Você poderá acabar sozinho, e um dia essa solidão vai doer, por mais frio que você seja.


Cuidado com quem você escolhe

            Vimos que muitos alvos geram muitos erros. Por outro lado, um único alvo errado também pode nos causar grandes problemas. A razão de estarmos sós, de não termos “sorte no amor”, pode estar ligada aos tipos de pessoas que escolhemos para nos relacionar, geralmente pessoas com uma reputação não muito boa. Como afirmei anteriormente, todos somos dignos de amor. Mesmo aquela pessoa que achamos mais indigna precisa e deve ser amada. O problema é: não sabemos na vida de quem Deus irá operar uma grande transformação, quem de caráter questionável um dia se tornará uma pessoa de boa índole, capaz de nos fazer felizes e ser feliz ao nosso lado. Credito que não devemos deixar de nos relacionar com alguém por causa dos seus defeitos, pois temos os nossos próprios. Mas existem algumas situações e pessoas que podem ser evitadas por quem deseja entrar em um relacionamento duradouro. Muitas pessoas não têm nada para oferecer a si próprias, como respeito próprio, quem dirá a nós. Desejar que alguém que vive de bailes e bares, que não tenha responsabilidade alguma com a própria vida, que não valorize a família, que só tenha vínculos com pessoas erradas nos dê amor, respeito, fidelidade e atenção, é como jogar pedras na lua.
            Pode ser que as pessoas erradas para nós não sejam más, mas apenas indivíduos emocionalmente instáveis, que não estão dispostos a se abrir para o amor, que possuem feridas grandes demais e não se permitem ser tratadas. Algumas podem ser egocêntricas, materialistas e abusadoras. Entramos numa relação onde daremos muito de nós e receberemos pouco ou nada em troca. Envolver-se com pessoas comprometidas na esperança de “ter sorte no amor” também é perigoso, além de moralmente errado. Então como escolher a pessoa certa? Existe esta pessoa certa? O que existe são pessoas, mas precisamos ter princípios e valores que norteiem a nossa escolha, o que não impedirá de encontrarmos indivíduos complicados que precisaremos aprender a lidar. O que nos ajuda é saber discernir entre aqueles que claramente nos farão infelizes, algo que muitas vezes fica bastante claro logo no início da relação: pessoas prepotentes, egocêntricas, controladoras, ciumentas, estúpidas, agressivas, ébrias, preguiçosas e sem uma bússola moral.


Você não soube amar

            O sucesso no amor se resume em conhecer o caminho das pedras. O amor tal qual Deus o projetou tem a sua essência e os seus valores, belamente descritos no capítulo treze da primeira epístola de Paulo aos Coríntios e no capítulo quinto da sua epístola aos Gálatas. Hoje somos ensinados que existem diversas formas de amor e inúmeras maneiras de amar, o que não é verdade. Logo, pode ser que o seu “jeito de amar” tenha afastado até hoje as pessoas de você. Talvez a sua concepção teórica e prática de amor tenha contribuído apenas para magoar as pessoas, usá-las, decepcioná-las, e agora você está só, sentindo-se sem sorte. Imagine que o seu jeito de amar na sua própria concepção de amor. Suponhamos que você conheça alguém que também tenha o seu próprio jeito de amar baseado em uma concepção diferente e até mesmo inversa à sua. Em que você acha que dará este relacionamento? Até que ponto os dois conseguirão equilibrar as suas diferenças?
            Já aprendemos no quarto capítulo o que é o amor. Se você aprender a forma correta de amar e ser amado, todas as suas práticas também serão corretas e as chances de ter sucesso em um relacionamento serão bem maiores. Fora isso, não espere uma vida amorosa espetacular com mentiras, traições, abusos, indiferenças, falta de diálogo, ausência de carinho e atenção. Não espere ser amado por quem não recebe o seu amor, por quem percebe que não passa de um objeto de desejo. Se você acha que pode amar várias pessoas e se dedicar a elas, não se surpreenda se elas começarem a se cansar, se descobrirem o seu esquema de mentiras e te abandonarem. Isso não é falta de sorte, mas são as consequências da sua incapacidade em amar de verdade. Então não reclame de não ter sorte no amor, apenas se arrependa, peça perdão a Deus e a quem você magoou e comece a fazer a coisa certa. Não espere pela sorte, mas faça o seu próprio caminho.


Não carregue toda a culpa

            O lamento pela falta de sorte nem sempre vem de quem errou ou escolheu a pessoa errada, mas de quem fez de tudo para acertar e procurou se relacionar com alguém que tinha tudo para dar certo, mas não deu. Quando fazemos a litura correta da nossa história, percebemos que não precisamos carregar toda a culpa, às vezes nenhuma parte dela. O relacionamento amoroso é construído por duas pessoas que decidem viver juntas e trabalhar para que a sua união dê certo, cumprindo cada uma o seu papel para a felicidade de ambos. Pode ser que você tenha se esforçado bastante pela pessoa errada ou pela certa que não foi capaz de retribuir o seu amor, o que levou a relação a entrar em colapso. Devemos sempre dar o nosso melhor, o que não significa que receberemos o melhor do outro em troca. Existem tantos motivos para não sermos amados como existem para sermos amados. Talvez o amor que você sentia aumentou vertiginosamente, enquanto o do outro ia diminuindo. Os motivos? Você pode tentar pesquisar.
            Eu costumo reconhecer todos os meus erros nas oportunidades que tive de conhecer alguém especial e acabei fazendo tudo errado. Mas não abro mão dos meus acertos, dos meus esforços em ser o melhor para quem eu achava que seria o meu grande, único e eterno amor. O meu último namoro terminou no momento da relação em que eu mais me dedicava em amar, mais acertava, mais dava o máximo de mim, apesar dos obstáculos que havia entre nós, como a distância. Apesar dos meus esforços, tudo chegou ao fim. Isto não significa que não tenho sorte no amor, mas que a outra parte não quis mais receber todo o amor que eu tinha para lhe dar. Esta é a grande importância de agirmos corretamente, de amarmos na medida certa, de fazermos a nossa parte: saímos com a consciência tranquila. É certo que corremos o risco do abandono, mas sem riscos é impossível viver. Se não quisermos nos arriscar, provavelmente nem sairemos de dentro de casa com medo do que pode nos acontecer ao sobrarmos a esquina.


Baixa autoestima

            A crença na falta de sorte no amor pode indicar problemas com a nossa autoestima. Se não me vejo capaz de amar nem digno de ser amado, dificilmente investirei em uma relação pensando que dará certo. A minha autoestima baixa impedirá que eu desenvolva todo o meu potencial como pessoa e como amante, o que me trará problemas na condução de uma relação amorosa. Não é uma questão de falta de sorte, mas de autoconhecimento e autoaceitação. Durante muitos anos cultivei ideias destrutivas sobre mim que me diziam que eu jamais poderia ser feliz, porque não merecia, porque era uma pessoa desprezível e incapaz de despertar a afeição das mulheres, mesmo quando havia pessoas interessadas em mim. A timidez também me atrapalha, como também atrapalha tantos que não conseguem sequer namorar, pois têm vergonha de si mesmos e desconfiam da sua capacidade e valor. E por não se acharem merecedores de alguém que vale a pena amar, lançam-se em qualquer tipo de relacionamento apenas para não estarem sozinhos ou para dar uma resposta à sociedade, envolvendo-se com pessoas que também não buscam nada além de aventuras infrutíferas.
            A baixa autoestima fecha as portas para envolvimentos perenes. Se não me acho capaz de ser feliz nem de fazer alguém feliz, todas as minhas ações serão no sentido contrário, da autossabotagem. Não há como um relacionamento se sustentar dessa forma. De fracasso em fracasso vamos imaginando que não temos sorte no amor quando, na verdade, não temos raízes em nós mesmos, não somos capazes de sustentar a nossa emoção, impedindo que ela cresça e se fortaleça. Somente cultivando a nossa autoestima podemos estar livres para amar. Para isso é preciso rever a nossa forma de pensar sobre nós mesmos e a respeito da nossa capacidade de amar. Que mensagens você escutou do seu ex-companheiro que precisam ser reeditadas? Pode ser que elas tenham incutido na sua mente que ninguém poderá lhe amar ou que você não poderá amar ninguém. Mude esse pensamento e o amor virá até você. Isso não é sorte, é transformação.


Falta de atitude

            A “falta de sorte” no amor bem que pode ser traduzida por “falta de atitude”. Muitos acham que um relacionamento amoroso é como um caminhão que desce uma ladeira na banguela: deixe que a lei da gravidade cumpra o seu papel. Na estrada do amor não é assim, a vida precisa ser dirigida para que o caminhão do amor não sofra um grave acidente. Uma pessoa sem atitude não age diante da vida, não previne nem soluciona problemas, não planeja, não está disponível, não se envolve efetivamente na relação. Tudo depende o outro. Ele fica a espera de que as coisas aconteçam. Não há atitude para promover a felicidade; se o casal está em crise, nada é feito para mudar. A cada fim de relacionamento, a única coisa que a pessoa sem atitude pode fazer é se lamentar: “Eu não tenho sorte no amor”.
            Já passei por algumas situações em que não fui capaz de conduzir uma relação por minha falta de atitude. Um relacionamento funciona como um jogo de futebol: não basta saber as regras do jogo, conhecer o adversário, ter preparo físico e treinar incansavelmente acreditando na vitória; é preciso entrar em campo e jogar. Se não estamos jogando, se não investimos em nós mesmos e na pessoa amada, dificilmente seremos vitoriosos. O aprendizado é muito importante. Quanto mais conhecermos acerca de nós mesmos, do outro e do que é uma relação a dois, mais probabilidades teremos de ser felizes no amor. Não dependeremos de sorte, mas do nosso investimento, da parceria firmada entre nós e quem está do nosso lado. É preciso atitude para reconhecer as nossas falhas e dar os passos para a mudança. Atitude para compreender, perdoar, aceitar, ser fiel, ajudar, cuidar, proteger, crescer juntos. Se nada disso for feito, a “maré de azar” amorosa não tarda a chegar.


O melhor está por vir

            Eu acredito na seguinte premissa: se você continua só, é porque o seu verdadeiro amor ainda não apareceu. Quanto mais ansiosos estivermos, menos desenvolveremos duas capacidades: a de saber esperar e a de discernir quem é esse verdadeiro amor. A cada nova paixão, pensaremos: “É ele!”. Quando terminar, diremos: “Não era ele”. E de fato não era! Se fosse, estaria conosco. E se foi embora, foi para que soubéssemos que ainda não era o tempo nem a pessoa. E como sabemos quem será? Mais adiante aprenderemos como avaliar se tal pessoa é a certa para nós, alguém que entrará na nossa vida e será nosso até que a morte nos separe. Se para milhões de pessoas no mundo inteiro isso em sido possível desde que Deus criou o mundo e os seres humanos, por que conosco seria diferente? Todo Adão tem a sua Eva, toda Maria tem o seu José. A não ser, claro, que fechemos todas as portas ou nos tornemos pessoas tão desprezíveis que ninguém terá coragem para nos amar.
            Achei que o meu último relacionamento, aquele que me motivou a escrever este livro, seria o derradeiro, que viveríamos felizes para sempre, mas eu estava errado. Falta de sorte? Jamais!  Eu fui agraciado por Deus com uma pessoa maravilhosa com quem tive a oportunidade de conviver por três anos. Durante esse tempo aprendi muitas coisas sobre mim, amadureci como pessoa capaz de amar, desenvolvi habilidades de relacionamento que precisavam ser aprimoradas, sorri, sonhei, fui feliz. Infelizmente acabou. Sou muito grato a Deus e a ela! Se fui capaz de viver algo tão lindo que não foi meu derradeiro amor, imagino como será quando ele chegar! O melhor está por vir na minha vida e na sua, basta apenas confiarmos em Deus e não andarmos ansiosos. Não é a sorte que irá determinar quem, como, quando e onde, mas Deus. e é claro: atitude!


Mizael  Xavier

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