segunda-feira, 12 de março de 2018

EU E A MINHA CASA SERVIREMOS AO SENHOR - Josué 24:14-25








TEXTO ÁUREO: Josué 24:14-25

INTRODUÇÃO

Este é um estudo direcionado à família cristã, que vive num lar onde se professa a fé em Jesus Cristo. Seria coerente se essa fé fosse suficiente para formar famílias saudáveis, cheias de graça e amor, onde os problemas e as crises fossem facilmente resolvidos através da oração, da prática do amor, do diálogo e da obediência à Palavra de Deus. Mas nem sempre esse ideal é o real. Eis o retrato de muitas famílias modernas, incluindo as cristãs: parece que se esqueceram de Deus e da sua Palavra, não se deixando mais serem guiadas por seus valores e permitindo que os valores mundanos geradores de morte ditem os seus padrões de comportamento. O ser está sendo substituído pelo ter, as pessoas e os relacionamentos são tidos como objetos usáveis, manipuláveis, descartáveis e substituíveis. Pais e filhos parecem ter se tornado inimigos. Quem tem vez e voz no lar geralmente é a Internet.
A inversão de valores e a relativização da verdade divina têm trazido para dentro das famílias a discórdia, a desunião, a falta de diálogo, a falta de respeito dos filhos, o abuso dos pais, uma educação permissiva, a violência, o adultério. Já ouvi caso do pastor usar droga escondido atrás do púlpito. E de outro que fugiu com a esposa do irmão. Fato é  que as famílias evangélicas não são diferentes. Quanto mais se distanciam da cruz de Cristo e colocam vários deuses no seu lugar (mídia, ego, feminismo, sucesso profissional, ganância, drogas, etc.), mais se autodestroem e permitem que Satanás traga discórdias e separações. Poucos são os lares que mantêm a prática do culto doméstico, com oração, leitura da Palavra e adoração. Embora unida debaixo do mesmo teto, a família moderna está separada e dividida, muitas vezes por um pequeno aparelho de telefone.
Aqui iremos estudar um pouco de uma grande família chamada "povo de Deus", a nação chamada Israel . O momento escolhido da história daquele povo para nosso estudo foi crucial: uma decisão sobre quem amar e servir. A Deus? A si mesmos? A outros deuses? Tudo isso tem a ver com a nossa família hoje. A escolha que fizermos com relação a Deus definirá não somente o nosso comportamento, como também a qualidade das nossas relações e o sucesso da nossa família. Quem você tem escolhido? De que lado você está? Qual o modelo de família ideal? Não basta falar de Jesus, de fé, de santidade. Se nada disso faz sentido na nossa vida prática, não passa de teoria. Vamos juntos buscar o modelo de família cristã genuína, que é aquela que ama e serve a Deus. Está disposto(a)? Então aguarde os próximos capítulos.

Dever de casa: Faça uma análise da vivência no seu lar. Em que aspectos ele reflete o caráter de Cristo? Em quais tem deixado a desejar?

Dica de livro: "O sermão do monte", D. A. Carson, ed. Vida Nova.


1 – ALIANÇA COM O SENHOR

Leia: Josué 24:2-4

A família que serve a Deus é bem diferente daquela que não o conhece e não vive de acordo com a sua Palavra, ou pelo menos deve ser. O seu caráter e o seu comportamento são diferenciados, baseados nos valores eternos da Palavra de Deus, numa vida íntegra e cheia do Espírito Santo. Escolher servir a Deus envolve dedicar-se totalmente a Ele, o que transforma a nossa vida integralmente, incluindo as nossas relações interpessoais. Logo, uma família que serve a Deus é uma família que tem uma aliança com o Senhor (vs. 2-4), que se identifica com Cristo e segue os princípios bíblicos. Você e a sua família possuem essa identificação?

ISRAEL: O povo de Israel era fruto de uma aliança entre Deus e Abraão, que o tirou do meio da idolatria para fazer dele uma grande nação (vs. 2,3). A descendência de Abraão (Isaque e Jacó) rumou para o Egito, onde passou a viver sob regime de escravidão (v. 4). Em tudo isso vemos o mover de Deus na história daquele povo, com graça e providência.

APLICAÇÃO: Precisamos lembrar que temos uma Aliança com Deus firmada na cruz de Cristo e baseada em princípios éticos, morais e espirituais da sua Palavra (Hb 12:24). São esses princípios que devem servir de base para as nossas decisões. Se nossa vida não está fundamentada na Palavra de Deus, nós e a nossa família seremos levados pela enxurrada do mundo. Estar edificado sobre a Palavra de Deus significa obedecê-la (Jo 14:21; Mt 7:21-27). Fomos salvos para obedecer a Deus. Esta obediência traz consequências positivas à nossa vida (Dt 5:29). Qual o manual de instruções e o guia da sua família?

FAMÍLIA: Falamos tanto das bênçãos consequentes da nossa fé e das nossas orações, mas esquecemos dos benefícios de obedecer a Deus, atentando àquilo que Ele ensina e ordena na sua Palavra. Os grandes problemas familiares são frutos da desobediência, quanto nos negamos a viver segundo a Lei do Senhor para agir de acordo com nossas próprias regras e desejos pecaminosos. O primeiro fruto da obediência é o amor, porque o amor é o cumprimento da Lei (Jo 15:17; 2 Jo 2:15). Se temos uma aliança com o Senhor, não podemos viver escravizados pelo pecado. É preciso haver arrependimento e confissão para que a nossa família seja restaurada e permaneça fiel a Deus. Era esse o projeto de Deus para o seu povo, como também o é para nós hoje. Deus não parou de agir na história. Ele continua nos dando graça e providência. O que precisamos fazer é recorrer a Ele, ficar firmes no propósito de caminhar sobre os passos de Jesus. Imagine que efeitos transformadores a nossa família pode experimentar ao submeter-se totalmente a Deus, dando sempre lugar ao Espírito Santo.

Dever de casa: Ore por familiares e parentes que ainda não conhecem a Jesus. Sempre que possível, fale da salvação para eles.

Dica de livro: "Minha família: projeto de Deus", Jaime Kemp, ed. Betânia.


2 – LIBERTOS PARA SERVIR

Leia: Josué 24:5-13

Quando olhamos as crises enfrentadas por muitas famílias que frequentam as igrejas costumeiramente, nem sempre enxergamos alguma diferença entre elas e o mundo na maneira como encaram essas crises. Isso causa espanto e preocupação, uma vez que são pessoas que professam sua fé em Cristo e creem naquilo que a Bíblia ensina. Um número considerável de famílias cristãs vivem na contramão do ensino de Paulo: "Mas a prostituição e toda impureza ou avareza nem ainda se nomeiem entre vós, como convém a santos; nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, que não convêm; mas, antes, ações de graças" (Ef 5:3,4).

ISRAEL: A liberação do povo de Israel se deu por intermédio de Moisés (vs. 5-7). Após a saída do Egito, o povo de Deus enfrentou diversos inimigos, até finalmente tomar posse da terra prometida (vs. 8-13).

APLICAÇÃO: Da mesma forma que o Senhor libertou o seu povo para servi-lo no deserto, também nos liberta para as boas obras preparadas de antemão para que andemos nelas (Ef 2:8-10). Somos salvos para servir a Deus como indivíduos, Igreja e família. Amamos e adoramos a Deus quando assumimos a nossa natureza regenerada através de um compromisso irrestrito de santidade, obediência e serviço. Pais servem aos filhos, filhos servem aos pais, e ambos fazem isso para a glória de Deus.

FAMÍLIA: A nossa família será abençoada a partir do momento em que vivermos para servir a Deus e uns aos outros, não nos entregando à idolatria e à desobediência, como fizeram os judeus, fazendo com que passassem 40 anos peregrinando pelo deserto. Se fomos libertos pelo Senhor, somos verdadeiramente livres (Jo 8:35,36; Rm 8:2). Então, não devemos mais nos prender à escravidão do passado. Somente vivendo esta liberdade a nossa família será capaz de servir a Deus. É preciso impregnar nossas relações familiares com os valores corretos, como aqueles que Paulo ensina aos crentes de Filipos: "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco" (Fp 4:8,9).

Dever de casa: Medite sobre que ídolos no seu lar tem tomado o lugar de Deus. Internet? Dinheiro? Ego? Sucesso?


3 – SEPARADOS PARA DEUS

Leia: Josué 24:14,15

Já aprendemos em outra mensagem a respeito da santificação. Somos separados do mundo para Deus pela fé em Jesus Cristo. Esta era a natureza de Israel: separada dentre os outros povos para ser consagrada a Deus. Além de Igreja, como núcleo familiar também temos essa característica. Então, se fomos consagrados a Deus, ungidos com o seu Santo Espírito, como deve ser o nosso procedimento como pais e filhos? Devemos ser uma família que se afasta de tudo que nos afasta de Deus (vs. 14,15).

ISRAEL: Josué exorta o povo a abandonar os deuses de seus pais, os quais eles mesmos cultuavam, para servir somente a Deus (vs. 14,15). Josué fez a sua escolha: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (v. 15).

APLICAÇÃO: A liberdade do crente é do pecado e da morte (Rm 8:2). O nosso Egito era uma vida longe da presença de Deus, sendo escravos da Lei e do pecado. Se somos libertos, não devemos mais nos sujeitar àquilo que nos aprisionava (Gl 5:1). Se somos diferentes como indivíduos, isso refletirá em todas as áreas da nossa vida, acima de tudo no âmbito familiar, que é a base de tudo.

FAMÍLIA: Para que a nossa família siga abençoada, precisamos abrir mão de tudo aquilo que nos afasta do centro da vontade de Deus, para amar, adorar e servir exclusivamente a Ele, o que envolve assumir uma identidade de filhos e obedecê-lo (Lc 6:46). Os israelitas tinham Deus por Pai, mas não o obedeciam, ao contrário: viviam na idolatria. Servir a Deus envolve renúncia (1 Ts 1:8,9). Muitos casamentos não dão certo porque um ou os dois cônjuges insistem em manter uma vida de solteiro, não lembrando do compromisso que assumiram um com o outro diante de Deus. Diversas famílias cristãs estão falindo porque os crentes não agem como libertos por Cristo, mas como escravos do pecado, agredindo-se física e verbalmente, cometendo adultério, criando os seus filhos de maneira permissiva e sem a disciplina do Senhor (Ef 6:4). Os israelitas deveriam escrever as leis de Deus até mesmo nos umbrais das casas (Dt 6:9), mas elas só fariam verdadeiramente sentido se fossem guardadas em seus corações (Sl 119:11). Se a Palavra de Deus não estiver no nosso coração, se não atentarmos para os mandamentos do Senhor, todas as nossas ações sempre serão contrárias ao ideal de família cristã abençoada e abençoadora proposto por Ele.

Dever de casa: No seu lar existe diálogo? Como você  e sua família costumam administrar os conflitos?


4 – SANTIDADE

Leia: Josué 24:16-18

De onde vem a falta de diálogo entre marido e mulher e entre pais e filhos? De onde surgem o individualismo e o egoísmo? De onde provém a falta de diálogo, de atenção e de carinho? Será que a indiferença é fruto do acaso? Será que o desemprego e o preço do combustível são os vilões no lar? Será que relacionamentos tóxicos e abusivos são obras do diabo? Sejamos sinceros: a raiz de todos os nossos problemas é o pecado. E uma família que serve a Deus é uma família que abre mão do pecado (vs. 16-18)

ISRAEL: A resposta do povo a Josué foi positiva, isto é: eles estavam dispostos a abandonar a idolatria para servir somente a Deus, a quem reconheciam como o seu Libertador (vs. 16-18).

APLICAÇÃO: Servir a Deus traz consequências práticas à nossa vida: uma vida santa, totalmente dedicada a Ele, onde abrimos mão do pecado para servi-lo em novidade de vida (Rm 6:1-4; Tt 2:11-15). Assim como os judeus foram exortados a abandonar a sua idolatria, Deus nos chama hoje para uma vida longe da perversidade do mundo (At 2:40), onde a nossa mente transformada nos torna diferentes e nos leva a conhecer, experimentar e viver a vontade perfeita de Deus (Rm 12:1,2). Não basta crer, é preciso obedecer. O inferno estará repleto de pessoas que sempre acreditaram em Deus.

FAMÍLIA: Não é possível ter uma família sadia sem abrir mão do pecado, de tudo aquilo que representa uma afronta à santidade de Deus e uma agressão aos valores familiares descritos na Bíblia. Onde existe a prática deliberada e constante do pecado, não existe amor, paz, compreensão, diálogo. O pecado nos afasta de Deus, de nós mesmos e das pessoas. Isso demonstra egoísmo: queremos fazer o que nos agrada sem nos importar com o que Deus pensa e sem pensar no que isso pode representar para quem está do nosso lado. Não podemos servir a Deus e continuar pecando, como também não é possível continuar no pecado e ter uma família feliz. Uma família desestruturada, onde o não existem demonstrações de amor, gera desequilíbrio emocional nos seus membros, o que se transforma em atitudes nocivas, gerando uma cadeia destrutiva de opressão e autodestruição. Muitos filhos acabam buscando no mundo a paz que não encontram no seu lar, envolvendo-se com as drogas e a criminalidade. Casais que deveriam se amar, acabam se tornando inimigos dentro do próprio lar. Que pecados precisamos abandonar para que a nossa família viva em paz?

Dever de casa: Não se esqueça de dizer todos os dias que ama a sua esposa, seu marido, seus filhos, seus pais.


5 – COMPROMISSO INTEGRAL COM DEUS

Leia: Josué 24:19

A família que serve ao Senhor é aquela que possui compromisso integral com Ele. É maravilhoso quando vemos a presença de famílias inteiras nos cultos: o casal e seus amados filhos. Ainda mais maravilhoso é quando cada um tem um ministério: o marido prega, a esposa canta, os filhos estão envolvidos em atividades com os jovens. A questão é quando esse compromisso está restrito ao ambiente eclesiástico, não refletindo a realidade doméstica. No oculto do lar e da vida pessoal de cada um, nem sempre esse belo compromisso com Deus é notado. Há uma prática religiosa desassociada da vivência cotidiana. Isso é mais ou menos o que acontecia com o povo de Deus no Antigo Testamento, e que sempre foi alvo de grandes repreensões divinas. Veja o exemplo notório do livro do profeta Isaías, capítulo primeiro.

ISRAEL: Apesar da declaração de compromisso do povo, Josué afirma que lhes seria impossível servir a Deus de maneira íntegra, pois o seu coração ainda estava inclinado ao pecado (v. 19).

APLICAÇÃO: Não é possível servir a Deus de qualquer maneira, principalmente quando não estamos dispostos a abandonar aquilo que nos afasta dele. Servir a Deus envolve compromisso total e irrestrito. Não podemos servir a dois Senhores (Mt 6:24). Ou a nossa casa serve a Deus ou aos nossos próprios interesses; ou ela obedece à Palavra de Deus ou segue a ideologia mundana; ou ela é edificada por Cristo ou destruída por Satanás.

FAMÍLIA: O sucesso familiar está em buscar e viver o Reino de Deus em primeiro lugar (Mt 6:33). Este Reino não é composto daquilo que nos tira a paz e traz ansiedade, muito pelo contrário: é um reino de justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14:17). Muitos casamentos chegam ao fim ou seguem uma relação desestruturada porque a busca do casal não está nas coisas do alto, mas nas conquistas e realizações terrenas (Cl 3:1,3). Enquanto se privam um do outro e deixam seus filhos à mercê da TV, da Internet, dos jogos eletrônicos e das amizades da rua, muitos casais buscam seu sucesso profissional e financeiro, não compartilhando mais de si mesmos nem dedicando tempo de qualidade ao cuidado com a família. O resultado é o esfriamento do amor, uma educação falha e permissiva e a traição. Quanto mais se distanciam do ideal de Deus, quanto mais amam mais ao mundo do que a Deus, mais se tornam estranhos para si mesmos e atraem palavras e atitudes destruidoras, deixando várias brechas para que o inimigo penetre e destrua aquilo que já está fraco.

Dever de casa: Eleja um dia por semana, quinzena ou mês em que você e sua família ficarão um dia inteiro fora das redes sociais, usando somente o indispensável. Tire esse tempo para atividades juntos.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Leia: Isaías 2:6-8

O desenrolar da história da nação de Israel a partir do pacto de fizeram com Deus de servir somente a Ele, mostrará que eles não se mantiveram fiéis e voltaram à sua prática idolátrica, misturando-se aos costumes das nações pagãs ao invés de influenciá-las com a Palavra de Deus e um comportamento santo. Como povo de Deus selado com o Espírito Santo, não podemos seguir o exemplo deles, mas devemos viver uma vida íntegra, buscando diariamente a santidade, o que nos levará não somente a abrir mão daquilo que é errado, como também investir na prática do que é certo, que agrada e glorifica a Deus. Baseados em tudo o que estudamos a respeito daquele momento específico da história de Israel e sua aplicação à realidade das famílias cristãs modernas, podemos tirar algumas conclusões:

É preciso perseverar na fé e jamais abandonar a adoração a Deus por qualquer outro tipo de adoração. O culto doméstico deve ser uma prática vital, mas também deve haver mudança de caráter e de comportamento. Isso envolve valores morais elevados, como respeito e fidelidade.
O abandono da verdade nos leva a viver na mentira, praticando tudo aquilo que Deus desaprova. A família só estará unida e servindo a Deus enquanto crer na sua Palavra e praticá-la.
Não podemos permitir que os valores mundanos influenciem a nossa vida. Ao contrário, devemos influenciar o mundo com nosso padrão de vida comprometido com os valores eternos do Reino de Deus. Cada familia cristã deve ser um núcleo evangelístico e missionário.
O valor que damos a Deus demonstrará o valor que damos à nossa família. Deus não pode ser servido por mãos humanas (At 17:25), de modo que escolher adorar somente a Deus significa escolher as pessoas para amar e servir. Qual o nível de qualidade das nossas relações domésticas? Que tipo de pessoas temos sido? As nossas atitudes demonstram que de fato escolhemos a Deus?
Cada membro da família precisa assumir seu papel e suas responsabilidades, cumprindo-os todos. Além disso, deve assumir a sua participação no sucesso ou no fracasso das relações familiares, comprometendo-se com a mudança.
Somente amando a Deus acima de tudo e buscando em primeiro lugar o seu Reino e a sua justiça poderemos dizer: eu e a minha casa serviremos ao Senhor.

Mizael Xavier

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quinta-feira, 1 de março de 2018

A SEGUNDA VINDA DE CRISTO E O ARREBATAMENTO




A SEGUNDA VINDA DE CRISTO E O ARREBATAMENTO


TEXTO BASE: Mateus cap. 24

TEXTO ÁUREO: Mateus 24:29-31


Cremos na certeza da Segunda vinda do Senhor Jesus Cristo em corpo glorificado, juntamente com os cristãos ressuscitados, após o arrebatamento de Sua Igreja triunfante e a consumação do Seu Reino milenar naquela manifestação. A sua segunda vida foi declarada:

·         Pelo próprio Senhor Jesus (Mt 24:25,30; 25:19,31; 26:64; Mc 13; Lc 21:5-36 Jo 14:3).
·         Os anjos também se referiram a ela após a ascensão do Senhor aos céus (At 1:11).
·         Também os apóstolos falaram inúmeras vezes sobre ela (At 3:20,21; Fp 3:20; 1 Ts 4:13-18; 5:1-11; 2 Ts 1:7,10; Tt 2:13; Hb 9:28).


Os benefícios da primeira vinda para os que creem

A segunda vinda de Jesus e o arrebatamento da sua Igreja serão uma bênção para aqueles que subirem com Ele, mas representarão um sinal de castigo eterno para os que ficarem. Dessa forma, quem está em Cristo Jesus deve esperar com alegria a sua gloriosa vinda e o momento maravilhoso de subir com Ele para os céus (Jo 14:3; 17:24; Rm 8:17). Aqueles, porém, que se mantêm rebeldes e infiéis, devem esperar a sua vinda com terror, numa expectativa horrenda de enfrentar a segunda morte no lago de fogo e enxofre (Jo 3:16,36).
Portanto, é interessante que demonstremos os benefícios da primeira vinda de Jesus para aqueles que o esperam e possuem a certeza da salvação. Podemos ver resumidamente estas benefícios em Gálatas 3:24-29 a 4:7.

·         Justificação pela fé (v. 24)
·         Libertação da Lei (v. 25)
·         Adoção de filhos (v. 26; 4:5)
·         Unidade do corpo de Cristo (v. 28)
·         Descendência espiritual de Abraão (v. 29)
·         Herdeiros da promessa (v. 29; 4:7)
·         Templos do Espírito Santo (4:6)


Acontecimentos que precedem a segunda vinda

A Bíblia registra diversos acontecimentos que ocorrerão antes que o Senhor venha resgatar a sua Igreja e julgar a humanidade.

·         A vocação dos gentios. É necessário que o Evangelho da salvação seja pregado a todos os povos, para que todos ouçam a mensagem da cruz e possam crer em Cristo para a salvação eterna (Mt 24:14; Mc 13:10; Rm 11:25). Isto não significa que todos crerão, mas que aqueles que foram escolhidos para a adoção de filhos sejam convertidos pelo Espírito Santo e creiam (Ef 1:2-14; 2 Ts 2:13,14; 2 Tm 2:10; 1 Pe 1:2; Jo 6:37-62; 17:24; 2 Tm 2:19; Hb 7:25).
·         Conversão de Israel. Toda a Bíblia, Antigo e Novo Testamento, apontam para uma conversão futura de Israel (Zc 12:10; 13:1; 2 Co 3:15,16), o que não significa uma volta de Israel ao seu estado original de povo de Deus com a conversão de todos os judeus a Cristo, mas do remanescente, os eleitos conforme o antigo pacto e predestinados para a salvação pela graça (Rm 11:11-32).
·         A vinda do anticristo. Antes da volta gloriosa do Senhor para o resgate da sua Igreja, ainda será revelado o anticristo, descrito na Bíblia como o homem da iniquidade, o perverso, por meio de maravilhas e sinais operados pelo poder de Satanás, colocando-se a si mesmo em oposição a Cristo, mas sendo morto pelo sopro do Senhor quanto este voltar (2 Ts 2:3-10). A vinda do anticristo pode ser vista pelo seu espírito que já opera no mundo por meio dos “falsos cristos” e dos “anticristos”, conforme vemos no Novo Testamento (1 Jo 2:18-22; 4:3; 2 Jo 7).
·         Sinais e maravilhas. A segunda vinda do Senhor Jesus Cristo será precedida por diversos sinais e maravilhas, como guerras, fome e terremotos, o que será apenas o princípio das dores (Mt 24). Também será precedida pela grande tribulação, quanto alguns crentes sofrerão perseguição e martírio de falsos profetas que enganarão a muitos. Os poderes do céu serão abalados antes do Senhor voltar (Mt 24:29,30; Mc 13:24,25; Lc 21:25,26).


A segunda vinda em si

Após a realização de todos os sinais que antecedem a sua vinda, o Filho do Homem virá sobre as nuvens, com grande poder e glória (Mt 24:30). Embora a volta de Cristo seja iminente (Mt 16:28; 24:34; Hb 10:25; Tg 5:9; 1 Pe 4:5; 1 Jo 2:18), todas as coisas mencionadas acima precisam acontecer antes que Ele venha (Mt 24:14; 2 Ts 2:2,3; 2 Pe 3:9). Esta será uma vinda:

·       Pessoal (At 1:11; 3:20,21; Mt 24:44; 1 Co 15:23; Fp 3:20; Cl 3:4; 1 Ts 2:19; 3:13; 4:15-17; 2 Tm 4:8; Tt 2:13; Hb 9:28).
·         Física (At 1:11; 3:20,21; Hb 9:28; Ap 1:7).
·         Visível (Mt 24:30; 26:64; Mc 13:26; Lc 21:27; At 1:11; Cl 3:4; Tt 2:13; Hb 9:28; Ap 1:7).
·         Repentina (Mt 24:37-44; 25:1-12; Mc 13:33-37; 1 Ts 5:2,3; Ap 3:3; 16:15);
·         Gloriosa e triunfante (Hb 9:28; Mt 24:30; 2 Ts 1:7,10; 1 Ts 4:14-16; Ap 19:11-16).


Ressurreição dos mortos e o arrebatamento
(Jo 5:28,29; 1 Ts 4:13-15; 1 Co 15:51,53)

Cremos na ressurreição dos mortos, na vida eterna dos salvos e na condenação eterna dos injustos que não aceitaram Cristo Jesus como Senhor e Salvador (1 Ts 4:13-18; Dn 12:1; Jo 5:28,29; 1 Co 15:51,53; At 17:31; 24:15; Hb 9:27,28; Ap 20:11-15). A vinda do Senhor e o arrebatamento da sua Igreja estão expressos claramente nos ensinos de Paulo: 1 Tessalonicenses 4:13-15 e 2 Tessalonicenses 2:1-3 colocam uma ordem nos acontecimentos:

·         A vinda do Senhor.
·         Nossa reunião com Ele.
·         O dia do Senhor.

Vemos na Bíblia duas ressurreições. A primeira é espiritual, para a vida, isto é: a conversão para a salvação (Jo 11:25,26; 1 Co 15:20-23; Ef 2:6; Ap 20:6); a segunda é física (corporal), ocorrendo na segunda vinda de Jesus, tanto para justos como para injustos (Ap 20:4,5).

·         Esta segunda ressurreição se dará com a volta de Cristo e pode ser encontrada nos escritos do Antigo Testamento (Êx 3:6; Sl 49:15; 73:24,25; Pv 23:14; Is 26:19; Dn 12:2).
·         Ela se dará no último dia, após a Grande Tribulação (Jo 6:39,40,44,54; 11:24).
·         No Novo Testamento, a ressurreição é claramente ensinada por Jesus (Mt 22:23-33; Jo 5:25-29; 6:39,40,44; 11:24,25; 14:3; 17:24) e pelos apóstolos (1 Co 15; 1 Ts 4:13-17; 2 Co 5:1-10; Ap 20:13).
·         Esta ressurreição será corporal e visível (Rm 8:23; 1 Co 6:13-20; Rm 8:11; 1 Co 15).
·         Ela envolve tanto os justos como os injustos (Dn 12:2; Jo 5:28,29; At 24:15).
·         A ressurreição coincide com a volta de Cristo, o fim do mundo, precedendo imediatamente o juízo final (Mt 23:37-41; Lc 17:28-37; 1 Co 15:23; Fp 3:20,21; 1 Ts 4:16), estando ligada ao último dia (Jo 6:39,40,44,54; 11:24) e ao juízo final (Jo 5:27-29; Ap 20:11-15).
·         Os que ficarem se lamentarão (Ap 1:7; 6:12-17).


A trombeta final

             A sétima das trombetas mencionadas em Apocalipse 11:15-18, marcará o começo do dia do Senhor, quando começarão os juízos e serão distribuídos os galardões a todos os seres humanos, vindo depois a eternidade. A última trombeta é mencionada em 1 Coríntios 15:51 e 1 Tessalonicenses 4:16. Esta trombeta dá início aos acontecimentos finais do começo do reinado do Senhor Jesus, as taças da ira de Deus, o juízo contra os moradores da terra e as últimas coisas para a vinda de Jesus e o arrebatamento da sua Igreja.


Juízo final

Cremos na Soberania de Deus na criação, revelação, redenção, governos e nos grandes julgamentos. A Bíblia ensina claramente a respeito do juízo final, tanto no Antigo Testamento (Sl 96:13; Ec 3:17; 12:14) quanto, principalmente, no Novo Testamento (Mt 11:22; 16:27; 25:31-46; At 17:31; Rm 2:5-10,16; 14:12; 1 Co 5:10; 2 Tm 4:1; Hb 9:27; 1 Pe 4:5; Ap 20:11-14). Está claro, também, que todos os indivíduos da raça humana terão de comparecer perante o tribunal de Deus para serem julgados (Ec 12:14; Sl 50:4-6; Mt 12:36,37; 25:32; Rm 14:10; 2 Co 5:10; Ap 20:12; Hb 9:27). O julgamento seguirá imediatamente a ressurreição dos mortos (Jo 5:28,29; Ap 20:12,13). Ele será:

·         Dos crentes no Tribunal de Cristo, para receber segundo o que cada um tiver feito por meio do corpo, bem ou mal, após o arrebatamento. Cremos que o crente comparece diante de Deus já de posse da sua salvação e livre de condenação (Jo 3:16,36; Rm 8:1; 14:10; 1Co 3:11-15; 2 Co 5:10; Ap 22:12). Os justos são apresentados como ministros de Deus em conexão com a obra do juízo (BERKHOF; Mt 13:30,41; 25:31; 2 Ts 1:7,8).
·         O julgamento das nações vivas na Sua vinda Gloriosa (Mt 25:31-46; Ap 1:7).
·         O julgamento de Satanás e seus demônios (Mt 8:29; 1 Co 6:3; 2 Pe 2:4; Jd 6).
·         E, finalmente, o julgamento dos incrédulos e condenados no juízo final (Ap 20:11-15; 21:8; Mt 16:16; Hb 9:27).


Conclusão

Precisamos estar certos de que seremos arrebatados com o Senhor:

·         Crendo em Jesus como nosso único e suficiente Senhor e Salvador (Jo 3:16,36). Aqueles que estão em Cristo têm parte na primeira ressurreição e não sofrerão a segunda morte (Ap 20:6).
·         Aguardando ansiosamente a sua vinda, na certeza de que subiremos com Ele (1 Co 1:7,8; Tt 2:13; 2 Tm 4:8; 2 Pe 3:12).
·         Perseverando em crer no Senhor, jamais apostatando da fé (Mc 13:13; Ap 3:11; Hb 12:1-3; 2 Co 4:16-18).

MIZAEL XAVIER

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