Parte 1: Introdução
Salmo
65:2
A
oração é um dos temas mais complexos do ensino cristão. Cada seguimento do
cristianismo possui as suas formas de buscar a Deus, de orar. No catolicismo
romano, por exemplo, pratica-se a oração pelos mortos. O cristianismo
protestante aboliu essa prática por entender que não é bíblica. São muitas as
teorias que explicam o que é a oração e que demonstram como o cristão deve
orar, quais os benefícios da oração e que tipo de oração surte maior efeito
diante de Deus. Existem orações já prontas, rezadas de forma repetitiva; e
existem orações que são verdadeiros diálogos com Deus. Algumas, porém, parecem
monólogos, onde apenas o cristão fala e Deus só escuta. Existe oração de fogo,
oração de poder, oração ungida. Algumas orações desejam atrair bênçãos, outras
expulsar os demônios. Alguns oram baixo, enquanto outros gritam a plenos
pulmões. Alguns usam palavras simples e diretas, enquanto outros transformam a
oração num tratado de teologia, citando diversos versículos e explicando cada
um enquanto fala com Deus. Ao orar, alguns buscam diretamente a Deus, por meio
de Cristo, enquanto outros suplicam pela intercessão dos santos. Vemos como
este é um tema bastante complexo e que dependerá do nosso cuidado em
compreender o que a Bíblia tem a nos ensinar, independente das doutrinas humanas.
A oração é, acima de tudo, um ato de gratidão. Quando nos aproximamos de Deus,
reconhecemos quem Ele é, o que tem feito e o que ainda poderá fazer por nós.
Mas não é só isso: a verdadeira oração busca a Deus não para obter respostas,
mas simplesmente porque Ele é Deus e merece o nosso louvor e a nossa adoração.
Se pararmos para pensar, já temos o suficiente para transformarmos a nossa
oração em um eterno momento de agradecimento, a começar pela salvação que Ele
nos deu. Aprendamos, então, um pouco mais sobre a oração cristã.
Parte 2: O que é
oração?
Isaías
56:7
A
primeira lição que devemos aprender sobre oração é que Deus não precisa da
nossa fé e das nossas súplicas para operar qualquer tipo de obra no mundo. Tudo
Ele faz desde o início sem o nosso consentimento e independente da nossa
vontade. Ele é soberano. A oração é nossa resposta ao Deus que se revela a nós
e o reconhecimento da nossa dependência dele. Deus pode realizar o impossível
sem a nossa intercessão, mas espera que o busquemos para que demonstremos que
precisamos dele. Oração é muito mais que uma conversa, ela é um momento de
comunhão com Deus restabelecida por Cristo na cruz. Sem esta comunhão não
poderíamos nos aproximar dele (Is 59:2). Orar não é rezar, não é repetir
fórmulas pré-estabelecidas, mas manter um diálogo aberto e sincero com Deus (Dt
5:24; I Sm 3:10), onde Cristo é o canal que nos liga a Ele. Orar também é uma
ordem, embora não devamos orar apenas por cumprir um mandamento, mas pelo
prazer de conversar com Deus (Lc 18:1; I Sm 12:23). A oração do crente não é
algo esporádico, que ele faz quando dá vontade ou quando necessita de algo, mas
deve se tornar uma prática constante (I Ts 5:17). É preciso investir tempo de
qualidade nessa comunhão abençoada com o Pai. Oração também é fortalecimento
(Ef 3:14-21; Tg 5:13-16). Aliado à leitura da Bíblia, o diálogo com Deus nos
esvazia de nós mesmos e nos enche de graça, dando-nos forças para enfrentar os
revezes diários. Uma vida de oração se transforma em arma contra Satanás (Mt
17:21). Quando o crente ora segundo a vontade de Deus, o diabo treme. Oração é,
também, um canal de benções. Deus tem prazer em nos abençoar, em derramar sobre
nós coisas boas (1 Jo 5:14,15). Mas nada devemos exigir, apenas pedir em Nome
de Jesus e que seja feito segundo a sua vontade. Orar precisa ser como o ar que
respiramos e o chão que pisamos.
Parte 3: Como devemos
orar?
Mateus
5:23,24
Quando
nos indagamos sobre a forma correta de oração, podemos pensar na estética da
oração ou na nossa posição física ao orar: sentado, ajoelhado, de pé,
prostrado, etc. Todavia, o que mais importa na oração não são as suas formas
exteriores, mas o seu conteúdo espiritual. Como devemos orar então? Em primeiro
lugar é preciso ter fé em Deus e confiança na sua resposta (Hb 11:1,6).
Impossível haver oração verdadeira se não for acompanhada de fé. É preciso
sempre pedir em Nome de Jesus (Jo 14:13), com pureza de coração (Mt 5:8) e reconhecendo
a nossa dependência de Deu (Sl 23). Se não reconhecermos essa dependência, Ele
jamais será o centro da oração (Sl 25:1). Se Deus é o centro a nossa oração
será segundo a sua vontade (1 Jo 5:14). Não devemos exigir nada de Deus nem
decretar coisa alguma, mas manter espírito de humildade (Lc 18:9-14). A nossa
oração deve ser o mover do Espírito em nós (Jd 20,21; Rm 8:26),
direcionando-nos com amor altruísta na direção das necessidades dos outros (1Pe
2:17). Ela não é somente vertical, mas igualmente horizontal. A oração deve
ser, também, precedida de arrependimento (Mt 6:12). Se não nos arrependermos e
confessarmos os nossos pecados, a nossa oração será vã. Devemos orar, ainda, confiando
em Deus (Sl 37:5 ; Fp 4:6 ; Sl 55:22) e apropriando-se das suas promessas (Sl
37 ; Rm 10:9; Nm 23:19 ; Ef 3:20), lendo a Bíblia e avaliando quais promessas
são para nós de fato. Por fim, devemos orar ouvindo a voz de Deus (Dt 13:14; Ez
3:27; Jo 8:47; Tg 1:22). Onde? Na Bíblia. A oração deve sempre nos direcionar à
Palavra. Orar não é “sentir” Deus falar, mas conversar com Ele e depois
escutá-lo na sua Revelação específica: as Sagradas Escrituras. Quando o nosso
eu sair de cena, saberemos ouvir a voz suave do Senhor. Que a nossa mente e no
nosso coração estejam sempre abertos para receber Deus em nós.
Parte 4: As
relevâncias na oração
Salmo
26:2
Existem
alguns fatores relevantes que precisamos saber para orar da maneira correta e
termos a certeza de estarmos orando segundo a vontade de Deus. Em primeiro
lugar, é preciso ter certeza da aceitação de Deus(Is 6:5-7). Mesmo sendo
pecadores miseráveis, em Cristo somos aceitos por Deus por sua maravilhosa graça.
Entendendo isso e sabendo que Deus sonda os corações, precisamos ter uma
transparência total do nosso ser, rasgar nosso coração diante de Deus e
reconhecer quem somos (Sl 139:1,2). Não adianta tentar fingir nada quando nos
colocamos diante do Pai. Outro fator relevante é a revelação de nossas
necessidades (Fp 4:6). Quando pensamos em pedir, Deus já tem a resposta para
nos dar, mas deseja que peçamos, que nos submetamos à sua vontade. Na oração,
também, é de extrema importância um coração aberto para Deus (Mc 12:30): aberto
para dar e para receber, para falar e para ouvir, para ser trabalhado e
transformado; aberto para o sim e para o não. Ainda outro fator relevante é a ausência
de sentimentos contrários à justiça (1 Jo 4:20). Tais sentimentos só produzem
orações egoístas, impedem que nos reconciliemos com alguém e nos levam a
desejar a vingança de Deus ao invés de clamar por sua misericórdia. O reconhecimento
do pecado também é fator decisivo para quem busca a face de Deus. Ele sabe da
nossa condição, não adianta esconder. Orando, precisamos ser sinceros e pedir
perdão (1 Jo 5:18) O desinteresse pelo mundo também deve acompanhar a nossa
oração, levando-nos a nos desprender do materialismo para buscar as coisas do
alto (1 Jo 2:15). Por fim, a oração verdadeira parte de um coração fiel a Deus
(Rm 3:3,4). Se formos infiéis, Ele permanece fiel, mas fomos salvos para sermos
fiéis a Ele, à sua Palavra, à sua vontade. Que a nossa oração seja o reflexo de
um coração fiel, obediente e submisso a Deus e à sua obra.
Parte 5: Vários
aspectos da oração
1
Samuel 12:23
A
oração é algo bastante pessoal, um diálogo íntimo com Deus, mas ainda assim possui
alguns aspectos gerais que precisam ser observados. Esses aspectos estão
presentes nas orações descritas na Bíblia e demonstram a forma como homens de
Deus se dirigiam ao Pai. Moisés e os profetas foram grandes homens de oração,
que estavam constantemente buscando a face de Deus, sua direção, seu favor.
Jesus orava constantemente. Em varias de suas epístolas o apóstolo Paulo
comenta sobre a sua oração pelos cristãos. O primeiro aspecto é a ação de
graças (1 Ts 5:18). Ao nos aproximarmos de Deus, precisamos ter o coração
agradecido por todas as suas obras, não somente pelo que Ele tem feito, mas por
tudo aquilo que Ele é. Outro aspecto é o louvor (Tg 5:13). Deus é digno de ser
louvado por seu amor, sua misericórdia, sua graça, sua salvação. Nós o louvamos
porque reconhecemos o quão grande Ele é. A súplica e a petição também são
aspectos importantes (Tg 5:16). Quando suplicamos algo a Deus, quando colocamos
diante dele nossas petições, reconhecemo-lo como único que pode nos atender e
decretamos a nossa submissão a Ele. Somos estimulados a pedir (Lc 11:5-13). Ao
orar, somos também intercessores. A intercessão é um aspecto importante da
oração, pois é quando clamamos a Deus pela vida de outras pessoas, como
familiares, amigos, a igreja, os missionários, o nosso país, os pobres, etc.
Intercessão é sinônimo de amor, um sinal de que nos importamos com os outros e
os amamos (2 Ts 3:1-5). Além de orar, precisamos vigiar (Mt 26:41), estar
atentos às tentações e às investidas do diabo. O simples fato de orar não nos
isenta de certas situações, mas é preciso viver no Espírito, em santidade.
Oração e ação são duas coisas que andam juntas. A vida nos impele a orar e a
oração nos impele a viver e transformar a vida.
Parte 6: O que há
numa oração bem sucedida?
Salmo
51:17
O
conceito de oração varia de acordo com a ideia que se tem de Deus e da sua
Palavra. Isso também definirá as regras para medir o sucesso de uma oração. Nas
igrejas neopentecostais que pregam a Teologia da Prosperidade, uma oração bem
sucedida é aquela oração de fogo, onde o crente dizimista fiel decreta as
bênçãos que deseja e toma posse das promessas de Deus, exigindo seus direitos
às conquistas de Jesus na cruz. A teologia ortodoxa e tradicional, todavia,
anda de acordo com a Palavra de Deus. Podemos destacar algumas marcas de uma
oração bem sucedida, que chega até o céu e toca o coração de Deus, o que não
necessariamente significa que ela seja
atendida conforme imaginamos. A primeira marca é o quebrantamento total do
nosso ser, desnudando-nos diante de Deus com humildade no reconhecimento da nossa
incapacidade de agradá-lo (2 Cr 7:14). Um coração quebrantado Deus não rejeita
(Sl 34:18). Um coração quebrantado é sincero, não se deixa levar pelo orgulho
nem se recusa a receber a correção (Jr 29;13). Outra marca importante é o
exercício da fé (Mc 11:24), o que envolve muito mais que crer e confiar, mas
nos leva a viver uma vida prática, coerente com a fé que professamos. Essa fé
nos leva à marca da obediência (1 Jo 3:22). Um coração obstinado não é aceito
por Deus. Como oraremos se permanecemos nos mesmos erros sem reconhecê-los?
Então é necessária a marca da vida reta (Hb 10:22). Não podemos orar de Deus
com as mãos sujas, a não ser para reconhecer a nossa sujeira e pedir perdão.
Precisamos desenvolver a nossa santidade. Ainda outra marca é o perdão. Uma
oração uma oração bem sucedida vem acompanhada do perdão. Sem perdão não há
oração (Mc 11:25,26). O sucesso da nossa oração está na nossa vida santa diante
de Deus e na submissão à sua vontade.
Parte 7: Fatores
importantes na oração
Atos
12:5
Existem
fatores que não possuem tanta importância quando oramos. O local da oração, a
roupa que se está vestindo, a formalidade nas palavras, o nível da oratória, a
posição física, o tom da voz. Todos esses são fatores externos que em nada
influenciam na oração, porque ela é algo que flui de dentro para fora. Não
podemos ser desrespeitosos contra Deus nem atrapalhar a vida das pessoas quando
oramos, mas o que importa mesmo é que a nossa oração contenha verdade. Podemos
listar três fatores importantes à nossa vida de oração. O primeiro é a persistência. Devemos literalmente
“incomodar” a Deus como ensina Jesus em Lucas 18:1-8. Algumas pessoas desistem
de orar tão logo achem que a resposta está demorando a chegar. Todavia,
independente da resposta, devemos persistir, até que Deus nos mande parar.
Oração é luta! Outro fator é a objetividade.
Embora Deus saiba bem do que precisamos e o que iremos pedir, é interessante
que sejamos bastante específicos naquilo que queremos (Lc 11:9-13). Isto não
significa determinar o que, como, quando e onde Deus irá nos abençoar, mas
expor as nossas necessidades de forma sincera àquele que deseja nos dar coisas
boas. O terceiro fator é a perseverança.
Não devemos esmorecer nas nossas orações, esquecer ou desistir de orar. Esse é
um diálogo que precisa ser constante, diário, ininterrupto. A perseverança
demonstra a nossa dependência de Deus. Mesmo diante das tribulações, mesmo
quando a resposta parece não vir, mesmo quando ouvimos um “não” enfático de
Deus, precisamos perseverar. A oração deve ser um hábito, deve estar arraigada
à nossa vida como a necessidade de alimento. Jesus orou até o último instante
na cruz, clamando por misericórdia para os seus algozes. Ele sempre teve
certeza de ser atendido e nos dá esta certeza, porque nos ama e cuida de nós.
Ele é Deus!
Parte 8: Principais
atitudes na oração
Lucas
18:9-14
O
Senhor Jesus contou uma parábola envolvendo dois personagens: um era fariseu e
o outro, publicano. Enquanto os fariseus eram considerados modelos de
religiosidade, os publicanos eram desprezados e considerados corruptos. Estando
a orar, o fariseu orava de si para si enquanto se gabava das suas boas ações; o
publicano, porém, sequer ousava erguer a cabeça, mas apenas batia no peito e
clamava pela misericórdia de Deus. Duas atitudes: uma incorreta e outra
abençoada. Existem três atitudes que devem fazer parte da nossa oração. A
primeira é vida. Ter vida significa
estar em Cristo, a verdadeira vida. Mas também quer dizer viver a nossa fé de
maneira prática e não apenas discursiva. Muitas pessoas parecem vivas, mas
estão mortas em sua fé, pois não possuem obras (Tg 2:17). A segunda atitude é a
ação. Orar não significa esperar que
tudo caia do céu, mas envolve atitudes com relação àquilo que temos colocado
diante de Deus. Sentar-se debaixo do alpendre, contemplar o campo e não plantar
a semente nem regá-la, não trará a colheita. Oração e ação precisam caminhar
juntas. A terceira atitude é a reflexão.
A nossa vida de oração deve ser o reflexo de uma vida comprometida com Deus e
com a sua palavra (Tg 1:22). Num outro sentido, devemos refletir sobre a nossa
fé, as 18nossas atitudes e a essência daquilo que temos colocado diante de
Deus. a nossa oração não pode vir carregada de hipocrisia e de soberba. Se não
formos humildes, Deus não nos ouvirá. Jesus diz que o publicano saiu com a
resposta da sua oração, saindo justificado para casa, enquanto o fariseu, não.
Quem se exalta será humilhado e quem se humilha, será exaltado. Quanto mais nos
esvaziarmos de nós mesmos para nos enchermos de Deus, mais iremos agradá-lo e
com mais fé oraremos. O que tem impedido que as nossas orações cheguem a Deus?
Façamos o retorno para a estrada certa.
Parte 9: Quando
nossas orações não são ouvidas?
Salmo
143:10
O
Senhor Jesus nos ensinou a pedir com fé em seu Nome para sermos atendidos. Ele
nos disse que quando batermos, a porta nos será aberta; quando pedirmos,
receberemos; e quanto buscarmos, encontraremos. Tomando este ensino ao pé da
letra e sem levar em conta o ensino geral das Escrituras, acreditaremos que
basta crer, pedir e receberemos. Todavia, nem todas as nossas orações recebem
uma resposta positiva de Deus, o que deve ser motivo de alegria e alívio para
nós. Existem ao menos três razões para isso. Primeira: quando não pedimos
conforme a vontade de Deus. Ele nos ouve se pedirmos alguma coisa conforme a
sua vontade e não a nossa (1 Jo 5:14,15). A melhor maneira de saber se estamos
orando segundo a vontade de Deus é conhecendo a sua Palavra e sempre colocarmos
a frase “seja feita a vossa vontade” no final de cada oração. Segunda razão:
quando pedimos mal (Tg 4:1-5). A motivação ao orar influencia no tipo de
resposta que teremos de Deus. Ele conhece o nosso coração, nossos desejos,
nossos pecados e sabe se aquilo que almejamos tem uma motivação santa ou
egoísta. Se não for para a glória do seu Nome, Deus com certeza não nos
atenderá naquilo que lhe pedimos. Isto nos leva à terceira razão: quando a
oração não é sincera (Sl 24:4,5). Deus não ouve uma oração que não seja
sincera, que diga algo contra a verdade, que esteja carregada de hipocrisia.
Não podemos orar por perdão se não estamos arrependidos; por envolvimento na
sua obra se não estamos dispostos; por provações se de fato não as desejamos.
Por fim, a falta de fé no poder e na provisão de Deus afasta de nós os seus ouvidos
(Tg 1:5-8). Como esperamos receber algo de Deus se não acreditamos que Ele
possa nos dar? Sem fé as montanhas não se movem, a resposta não chega, a bênção
não aparece. É preciso crer em Deus e desejar ardentemente a sua vontade.
Parte 10: Os
obstáculos à oração
Provérbios
21:4
Por
que nem sempre conseguimos manter uma vida constante de oração e acabamos
passando dias sem orar, sem conversar com Deus? A falta de tempo e de
oportunidade pode ser uma desculpa, as atividades diárias, os problemas a
resolver. Existem, todavia, alguns motivos muito mais sérios e reais que nos
afastam da intimidade com Deus. Podemos aqui citar alguns: ingratidão (Rm
1:21), Ídolos (Ez 14:1-11), desobediência à Palavra (Pv 28:9), orgulho (Jó
35:12,13), falta de perdão (Mt 5:21-26), vontade própria (Rm 12:2); indiferença (Pv 1:24-28), pecado secreto (Sl
66:18,19); vida religiosa hipócrita (Is 1:10-17), dúvida da fidelidade de Deus (1
Co 1:9), avareza (Lucas 12:15) Desinteresse
(1 Ts 5;17), afastamento de Deus (Sl 73:27), egoísmo (Tg 4:3), falta de
misericórdia (Pv 21:13), teimosia (Zc 7:8-13). Todos esses obstáculos também se
apresentam no nosso envolvimento com o mundo e uma gama de ofertas que nos
fazem não ter tempo para Deus. Passamos mais tempo na realidade virtual do que
na verdade espiritual; gastamos mais tempo aproveitando as inovações dos jogos
em rede do que criando uma rede de relacionamentos e de oração. Se não
mantivermos o nosso foco no Reino dos céus, qualquer clamor da nossa carne ou
demanda do mundo vai desviar-nos do alvo, que é o Senhor Jesus. Quanto mais
cedo vencermos os nossos obstáculos pessoais, mais tempo de qualidade teremos
com Deus. O que tem tirado o seu tempo de oração? Qualquer que seja o motivo, o
resultado de uma vida aos pés da cruz te proporcionará momentos verdadeiramente
significativos e te manterá firme espiritualmente. Deus deseja se relacionar
conosco e nos dá a chance de um diálogo. Pensemos nisso: Deus quer conversar
conosco e nos ouvir. Sejamos fiéis, quebremos todos os nossos ídolos, deixemos
de lado a hipocrisia e a desobediência. Não existe lugar melhor que na presença
de Deus.
Parte 11: Os inimigos
do cristão e da sua oração
Mateus
6:13
A
oração é ferramenta, arma, escudo. Quando oramos segundo a vontade de Deus,
aquilo que Ele tem proposto para acontecer, acontecerá e não existe nada que
possa impedir. Deus, mesmo sendo soberano e todo-poderoso, conta com as nossas
orações, a nossa intercessão: “Muito pode, por sua eficácia, a súplica dos
justos” (Tg 5:16). A oração é algo tão significativo, que atrai inimigos. O diabo
não sabe o que estamos pensando, mas percebe quando paramos para orar e entende
que Deus agirá. Ele não quer isso e nos cerca por todos os lados a fim de minar
a nossa comunhão com Deus (1 Pe 5:8; Ef 6:12-18). O sistema pecaminoso do mundo
também tenta impedir as nossas orações, oferecendo-nos formas de desviar a
nossa atenção para coisas irrelevantes (1 Jo 2:15). Quanto mais nos deixamos
enredar pelo mundo, mas distantes ficamos do prazer de orar. Nós também, na
nossa própria carne, nem sempre queremos orar, ficamos colocando empecilhos,
inventado desculpas, criando barreiras para não orar. É uma luta constante,
diária (Gl 5:17). As investidas de Satanás e as insinuações do mundo só podem
causar dano à nossa vida se permitirmos, se não caminharmos em constante
comunhão com Deus por meio da oração e da leitura da Palavra. Viver na
dependência total do Espírito Santo nos faz compreender as coisas espirituais e
nos dá a graça suficiente para dar uma resposta bíblia e santa a esses três
inimigos. Não existe poder superior ao poder de Deus, a não ser a nossa decisão
em desprezar este poder. Logo, quando mais submetidos ao Senhor, mais
vitoriosos seremos nas nossas orações e oraremos com eficácia, porque saberemos
ao certo o que o Senhor espera de nós. Que a nossa oração seja sempre a
resposta de um coração quebrantado e desejoso da presença viva de Deus, por
meio da prática da sua Palavra em cada instante da nossa vida.
Leia-Medite-Pratique: 2 Coríntios 7:10; 1
Co 7:3; 6:19; João 16:33; 1 João 5:4; Efésios 4:24; 6:16; 18:15; Hebreus 4;15; 12:1;
Romanos 7:23; 8:13; 13:14; 5:13; 1:23; Colossenses 3:5; 1 Timóteo 6:11; Tiago
4:7.
Ação transformadora: Ore pelo desejo de
orar cada vez mais.
Autor:
Mizael Xavier
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