A CURA DAS FERIDAS INTERIORES
Autor: Mizael Xavier
Introdução
Para alcançar a cura das nossas feridas interiores, não basta apenas conhecermos a nossa própria história e entender que dependemos da graça de Deus para alcançar a cura. Existe um processo que se inicia por uma autoavaliação e que evolui até uma nova maneira de pensar, de sentir, de viver.
O real problema
Por mais que as pessoas e as circunstâncias nos tenham maltratado, o que pensamos e sentimos é de responsabilidade nossa. A maneira como encaramos os problemas é que determinará a forma como viveremos, que traumas e complexos vamos carregar e o que sentiremos em relação àqueles que nos machucaram e a Deus. Nossas crises interiores são, a priori, reflexo do nosso próprio coração, das nossas atitudes e da nossa rebelião contra Deus. Em resumo, devemos nos curar dos nossos próprios pecados. Jeremias profetizou a um povo cativo e espiritualmente doente:
“Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados. Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los e voltemos para o Senhor” (Lamentações 3:39,40).
A graça que transforma
A Palavra de Deus não traz uma mensagem de autoajuda, com tantos passos que devemos dar para alcançar a cura emocional e espiritual. Ela nos revela a “ajuda do Alto”, a graça de Deus eficaz, que opera em nós a conversão e a santificação. A cura efetuada por Deus envolve um processo, não como um sistema que vai nos curando ao pouco, mas de atitudes que nos fazem depender de Deus, para vivermos uma vida cheia do Espírito Santo. Sem a graça de Deus, qualquer passo para a cura será uma jornada inútil. Paulo escreveu aos romanos:
“Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça” (Romanos 6:12-14).
O processo gracioso de cura
Viver o processo não significa praticar rituais ou viver de forma mecânica a Palavra de Deus, esperando que a cura aconteça. O poder de Deus não opera de forma pragmática, mas segundo a sua vontade e a sua graça, mediante a ação do Espírito Santo. Logo, os pontos que veremos a seguir não são para quem ainda não nasceu de novo, mas para os crentes em Cristo Jesus, selados com o Espírito Santo e que já foram transformados em novas criaturas.
Autoavaliação. É necessário coragem para avaliarmos a nós mesmos, para entendermos as fontes e as razões das nossas feridas interiores. Elas podem estar ligadas ao nosso próprio comportamento errado diante dos fatos que nos adoeceram ou a incapacidade de lidar com eles. Quais são as nossas verdadeiras dores? O que realmente machuca o nosso coração? Quem nos tornamos a partir disso? O que de fato precisa ser curado? Como lemos em Lamentações 3:40, nossos pecados são as verdadeiras causas das nossas dores, não importam os fatores externos que nos afligiram. Tendemos a culpar nossos pais, cônjuges, filhos, amigos, a igreja e até mesmo Deus, mas, no final das contas, carregaremos a nossa própria culpa. O mal que as pessoas fizeram conosco é um pecado delas; o mal que sentimos e praticamos a partir daí, é um pecado nosso.
Confissão. A partir do momento em que reconhecemos as fontes das nossas dores e a nossa responsabilidade, é preciso que as confessemos, para que sejamos curados. Não podemos sentar e esperar uma cura sobrenatural, automática, sem que façamos o que Deus espera de nós. Tiago escreve: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tiago 5:16). Não podemos ser curados enquanto guardamos escondidas nossas mágoas e ressentimentos; não podemos ser curados se não fomos perdoados e, para isso, é preciso reconhecer onde erramos e nossos sentimentos negativos em relação àqueles que erraram conosco. Devemos nos confessar a Deus e a pessoas de confiança, para que orem por nós e estejam conosco. Além disso, é preciso confessar nossas mágoas a quem nos ofendeu ou as nossas ações a quem ofendemos, perdoando e pedindo perdão.
Humildade. A humildade começa quando reconhecemos nossas falhas e prossegue quando admitimos a nossa impotência diante daquilo que nos perturba, a nossa incapacidade de promover a nossa própria cura e mudança. Muitos não buscam o poder de Deus para se curar nem a ajuda dos seus irmãos em Cristo, porque creem que não precisam ser ajudados, que podem enfrentar e vencer tudo sozinhos. Todavia, acabam a cada dia mais doentes e solitários. O apóstolo Paulo era bastante realista em relação às suas limitações interiores. Ele escreveu aos romanos: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço” (Romanos 7:18,19). A humildade nos lança aos pés do Senhor e nos faz entender que o Senhor usa as pessoas para promover a cura das nossas dores.
Rendição. Deus é soberano em sua vontade e obras. Ele não depende da nossa autorização para realizar seus grandes feitos. Apesar disso, em se tratando do ser humano, dos seus pecados e das suas dores, o Senhor deseja que o busquemos, que nos rendamos completamente a Ele, admitindo nossas fraquezas e clamando pelo seu agir, sem arrogância, mas totalmente convictos do nosso pecado, da nossa incapacidade e da necessidade urgente do seu socorro gracioso. Tiago escreve: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração. Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará” (Tiago 4:7-10). Rendidos ao Senhor, somos por Ele curados.
Cura e arrependimento. Para que sejamos curados, é preciso que clamemos ao Senhor por libertação de tudo aquilo que nos aflige e das nossas imperfeições. Se não é possível voltar no tempo para desfazer aquilo que as pessoas e as circunstâncias fizeram conosco, também é impossível retroceder no tempo e desfazer nossas reações e sentimentos em relação a essas coisas. O que nos resta é experimentar a cura de Deus hoje. Mesmo que o passado não seja apagado, mesmo que nossos erros não desapareçam, podemos ser curados das dores que eles nos causam, da nossa falta de perdão, da ira e de qualquer outro sentimento ruim que nos acompanha. Para isso, não serve mentalizar o passado e decretar a vitória no presente, mas é necessário arrependimento, confissão e clamor pelo perdão de Deus. O apóstolo João escreve: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós” (1 João 1:9,10). Enquanto vivermos apenas culpando as pessoas e as circunstâncias, sem reconhecer nossos pecados, jamais alcançaremos a cura.
Entrega. Quando chegamos aqui, significa que já vivemos a maior parte do processo, que não significa que demos tantos passos para a cura, porque tudo o que foi dito pode e deve acontecer em um único momento. E após reconhecermos nossa responsabilidade diante das nossas dores e confessarmos a Deus nossos pecados, a cura acontece quando nos entregamos, quando nos submetermos inteiramente à sua vontade. Muitos querem ser curados, mas não querem se sujeitar a Deus, querem fazer as coisas do seu jeito e, em muitos casos, manter as mesmas mágoas. A cura necessita de transformação da nossa mente, algo que não podemos operar em nós mesmos, mas que acontece somente quando submetemos nossa vontade à vontade de Deus. Paulo escreve: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:1,2). Não podemos ser curados enquanto insistimos na mesma mentalidade, nos mesmos sentimentos e nas mesmas atitudes.
Fé e esperança. A graça de Deus não é apenas um favor imerecido que nos dá a salvação que não merecemos, imputando-nos a justiça de Cristo. Ela também é o poder que opera em nós o novo nascimento, a santificação, o crescimento espiritual e a perseverança. A graça também nos dá poder para cumprirmos a vontade de Deus, obedecermos aos seus mandamentos e sermos cheios com seu Santo Espírito. Neste processo de cura, precisamos de fé e esperança, da certeza de que Deus opera eficazmente em nós, que Ele nos cura e nos liberta. Paulo escreveu aos filipenses: “Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Filipenses 2:12,13). Não podemos esperar que sejamos curados que não temos certeza do agir de Deus, se desconfiamos do seu poder ou se duvidamos que Ele poderá curar nossas feridas que consideramos tão grandiosas e nossos pecados que sabemos ser muito sérios.
Perdão. Muitas vezes, o que nos adoece não é aquilo que fizeram conosco, mas as mágoas que guardamos no coração, que nos levam a não perdoar, mas a guardar ressentimentos que mancham nossa alma e nos transtornam. Humanamente falando, não é tão fácil liberar o perdão: quanto maior o mal que nos foi causado, maior será a nossa resistência em perdoar. Achamos relativamente fácil perdoar pequenas faltas, mas abusos, violências e traições perversas, nem sempre somos capazes de perdoar e esquecer. Todavia, quando somos transformados pelo perdão de Deus, quando nos tornamos templos do Espírito Santo, recebemos um poder sobrenatural para perdoar aqueles que nos ofenderam. É a graça de Deus, não a nossa vontade e capacidade. Além disso, o perdão que devemos a quem nos ofendeu não é apenas um ato de graça, mas um mandamento que nos foi dado por Aquele que nos amou e nos perdoou quando ainda éramos pecadores (Romanos 5:8-10). Podemos ver a seriedade com que Deus trata o perdão nas palavras do Senhor Jesus, que nos ensinou a orar: “e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores [...] Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mateus 6:12,14,15). Sem perdão, não existe cura. Como já dissemos, é preciso perdoar e pedir perdão.
Reconciliação. As nossas feridas interiores podem ter sido causadas por nós mesmos, por nossas próprias ações e omissões. Reclamamos tanto do que as pessoas fizeram conosco, que esquecemos daquilo que fizemos a nós mesmos, das doenças físicas e espirituais que atraímos, do quanto nos machucamos, inclusive, ao machucar outros. No processo de cura, a reconciliação é importante. Em primeiro lugar, a nossa reconciliação com Deus por meio do arrependimento, da confissão e do abandono de pecados. Existem, porém, alguns pecados que praticamos e que não fazem mais parte da nossa realidade, mas que nos deixaram marcas, consequências e feridas. São pecados que não conseguimos nos perdoar e esquecer. Neste caso, devemos confiar no perdão de Deus e nos perdoar também. Em relação aos males que nos causaram e que causaram inimizades, distanciamentos e mágoas, a Palavra de Deus nos chama à reconciliação. O Senhor nos ensina: “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta” (Mateus 5:23,24). Nem sempre será possível retomar a relação anterior, mas, por meio do perdão e da reconciliação, passamos a ter paz e permitimos que a outra parte também experimente essa paz. Se quem nos ofendeu e que nós ofendemos já faleceu, bastará nossa reconciliação com Deus por meio do seu perdão. Se a outra parte não desejar perdoar, pedir perdão ou buscar a reconciliação, ainda assim devemos fazer a nossa parte e estar em paz com Deus. As exortações do apóstolo Paulo são essenciais neste ponto: “Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos. Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens; se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens; não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor” (Romanos 12:16-19).
Novo viver. Em Cristo, já somos novas criaturas, nascidas não da vontade da carne nem do homem, mas de Deus, o que significa que fomos por Ele regenerados, que nascemos de novo e vivemos uma nova e verdadeira vida (João 1:12,13; 3:3-8; 2 Coríntios 5:17; Gálatas 6:15; Efésios 4:22-24; Romanos 6:4-7). Nesta nova vida, ainda carregamos muitas pendências interiores e com algumas pessoas; trazemos mágoas e feridas que precisam ser curadas. Quando curados por Deus, passamos a viver de maneira diferente, mentalmente saudável, espiritualmente leve. Nesta vida transformada e que se renova diariamente pela graça de Deus, além de resolver nossas questões passadas, damos especial atenção a nossa vida a partir da cura, mantendo uma avaliação constante de nós mesmos e nos policiando em relação ao nosso comportamento (pensamentos, sentimentos, palavras, ações e omissões). Quando perdoados por Deus, não temos a autorização para pecar novamente. O pecado não é como uma roupa que tiramos, jogamos fora e trocamos por outra, ou seja, outro pecado. Aquele que experimentou a cura de Deus, que pensa estar em pé, deve cuidar para que não caia (1 Coríntios 10:12). Paulo escreveu aos romanos a respeito da nossa atitude diante da grandiosa graça de Deus: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?” (Romanos 6:1,2). Como novas criaturas e crentes curados por Deus, devemos viver em santidade, sujeitando-nos ao mover do Espírito Santo, para que sejamos sempre conforme a imagem de Cristo em nós.
Multiplicação. O conteúdo* que tomei como base para este estudo, terminava no ponto anterior, o “novo viver”. Todavia, julguei necessário abordar esta verdade: a cura das nossas feridas interiores ocorre por meio da comunhão uns com os outros na igreja local. Nesta comunhão, damos e recebemos amor, somos aconselhados, exortados, admoestados, corrigidos, repreendidos, ensinados e discipulados. Em comunhão com nossos irmãos em Cristo, experimentamos a alegria do socorro, recebemos orações e oramos, confessamos nossos pecados e ouvimos confissões, apoiamos uns aos outros e suportamos também uns aos outros. Na medida em que somos curados, ajudamos aqueles que também precisam de uma cura. Isto não se dá por meio de um evento programado de cura e de libertação, como muitas igrejas fazem, mas por meio da graça de Deus e dos relacionamentos santos que mantemos uns com os outros, quando enfrentamos todo o processo que este estudo traz. Uma das grandes bênçãos desta comunhão é a multiplicação, quando aplicamos a outros aquilo que o Senhor fez por nós. O que recebemos de Deus por meio de Cristo, transmitimos a outros: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus. Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo” (2 Coríntios 1:3-5). Que grande alegria sermos usados por Deus para abençoar a vida dos nossos irmãos em Cristo e de todos aqueles que precisam experimentar o consolo e a cura que vêm de Deus!
Conclusões
Todos trazemos marcas do passado e feridas do presente. Todos os que somos convertidos pelo Espírito Santo, possuímos uma história de vida. Particularmente, fui bastante ferido pela vida, principalmente em tudo o que sofri com o bullying. Por outro lado, reconheço que fui a causa da ferida de muitas pessoas, que, acredito, carregam mágoas de mim. Não podemos caminhar com esses esqueletos no armário do nosso coração, mas precisamos nos libertar de tudo aquilo que nos machuca, que nos impede de vivermos plenamente para Deus. Esta é a verdadeira razão da cura: não desejamos ser curados apenas por causa do nosso bem-estar pessoal, mas porque queremos servir mais e melhor a Deus, queremos ser curados para amar mais e melhor a Deus e, dessa forma, não apenas nos tornarmos crentes melhores, mas amarmos e servirmos aos nossos irmãos e ao próximo. A cura deve ser buscada por aqueles que já foram curados da mancha do pecado original, que já foram regenerados, reconciliados, santificados, salvos e glorificados pela graça redentora de Deus, em Cristo. Isso não é para o nosso deleite pessoal, mas para a glória de Deus, conforme escreveu Paulo, em Efésios 1:1-14. Se queremos ser curados todos os dias, o caminho é a graça e a glória de Deus, que vem acompanhada da abnegação: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus. Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco para a igreja de Deus, assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos” (1 Coríntios 10:31-33).
*Observação
Este estudo foi adaptado do estudo “Graça: o poder para mudar”, da série “Caráter”, desenvolvido nas igrejas batistas e, por sua vez, adaptado da “Bíblia de Estudo do Discipulado”. Várias modificações foram feitas, acima de tudo na ordem dos pontos apresentados. O ponto que aqui fala sobre “reconciliação”, originalmente falava sobre “restituição”. A mudança ocorreu porque este autor entende que Deus não nos cobra a restituição dos atos passados, mas nos perdoa gratuitamente, pelos méritos de Cristo. Um irmão que roubou um celular, pode restitui-lo ao seu dono; mas o que dizer de alguém que tirou a vida de uma pessoa, como restituir essa pessoa à vida? Embora cada caso deva ser tratado de forma específica, o fato é que o perdão de Deus é gratuito e nos isenta de culpa, dando-nos a vontade e a capacidade para não pecarmos mais. Em todo caso, é importante sempre pedirmos perdão a quem ofendemos e perdoar a quem nos ofendeu, não importando o grau e a intensidade da ofensa.
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