segunda-feira, 7 de julho de 2025

HOMENS DE FÉ, DE FRUTOS E DE OBRAS


HOMENS DE FÉ, DE FRUTOS E DE OBRAS
(Mizael Xavier)

Sentados, salvos e satisfeitos

Alguma vez você já ouviu falar no crente SSS? Não? Este é o crente Sentado, Salvo e Satisfeito. Ele está feliz com a sua salvação, frequenta a igreja, geralmente, aos domingos, assiste aos cultos, gosta da pregação, alguns até dão o dízimo, enfim, estão satisfeitos com a sua religiosidade.

Algo mais caracteriza o crente "3Ss": ele pouco participa das atividades e programações da igreja; às vezes, nem participa. Não procura conhecer seu dom espiritual, não aspira a nenhum ministério, não frequenta a escola bíblica, não vai aos cultos de oração, não se envolve no evangelismo, não participa das uniões (masculina, feminina, adolescentes, jovens, etc.).

Será isso que Deus quer para a sua vida?

"Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda" (João 15:16).

É tempo de despertar!

Infelizmente, esse é o triste retrato das igrejas atuais, onde muitos ingressam na fé sem compromisso com o Reino e a obra de Deus, acreditando que podem ser crentes dessa forma. Domingo após domingo cumprem sua obrigação com a presença nos cultos e só. Você acredita que as coisas devem ser assim? Você reconhece que tem sido um crente SSS?

Este livreto é direcionado, principalmente, a você, HOMEM, varão de Deus que deve ser exemplo para o seu lar, sua família, seus vizinhos, seus amigos e toda a sociedade. Você tem assumido o seu papel de homem cristão na igreja que frequenta? Você tem procurado servir Àquele que derramou seu próprio sangue para te salvar? Você tem sido benção na vida dos seus irmãos em Cristo e da comunidade local?

Você está preparado?

"Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor" (Efésios 5:14-17).


Razões para servir na(à) igreja

Para vencermos a letargia espiritual e nos tornarmos frutíferos na obra do Senhor, vamos aprender algumas razões bíblicas pelas quais devemos produzir obras e frutos para o Reino de Deus, envolvendo-nos ativamente (mas sem ativismo) nas programações, ministérios, reuniões e eventos da igreja local.

Não é uma opção. Não é um favor que fazemos a Deus. Não é para preencher espaço na nossa agenda. Não é para aparecer. Não é nenhum sacrifício. É o nosso dever santo e a nossa alegria servir a Deus e aos irmãos, salgar e iluminar o mundo.

"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão" (1 Coríntios 15:58).


1. Fomos salvos para as boas obras

Não fomos salvos apenas para irmos morar no céu, mas Deus nos resgatou da morte espiritual, de uma vida de pecados e da condenação eterna para sermos úteis, para nos usar para realizar obras que já estavam preparadas para nós antes mesmo que viéssemos ao mundo!

Você já parou para pensar que o Deus que tudo criou, escolheu nos usar para realizar grandes obras? Você já ponderou sobre a alegria e a honra de servirmos ao Deus vivo? O autor de Hebreus escreveu: "muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!" (Hebreus 9:14).

Eis a verdade revelada!

"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Efésios 2:8-10).


2. O serviço a Deus é um dever de todo cristão

Como foi dito, servir a Deus e fazer a sua obra não é uma opção, mas um dever, uma missão, uma honra! E isso não é para poucos crentes "ungidos", mas para todos, porque todos possuímos a unção do Espírito Santo. Qual deve ser a nossa resposta ao chamado de Deus? Deve ser a mesma do profeta Isaías: " eis-me aqui, envia-me a mim" (Isaías 6:8).

Se estamos sentados, salvos e satisfeitos, somos negligentes com a obra do Senhor, estamos em pecado e sobrecarregamos aqueles que amam servir. Que homens de Deus seremos se não nos comprometermos seriamente com o serviço aos santos? Como poderemos imitar àquele que chamamos de Senhor, que não veio para ser servido, mas para servir?

Você tem zelo por Deus e pela sua igreja?

"No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor" (Romanos 12:11).


3. Devemos imitar a Cristo

Se você busca razões para servir a Deus e ser benção na igreja, encontrará essa razão naquele que é seu modelo de fé e de prática: Jesus Cristo. Ele é a Cabeça da igreja (Efésios 5:23) e devemos imitá-lo em seu caráter, liderança e serviço. Ele mesmo nos ensina: "e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mateus 20:27,28).

Varão de Deus, se a sua participação na igreja se limita a sua presença nos cultos, você não está imitando a Cristo. Se você não tem valorizado os momentos de comunhão, oração e serviço na igreja, você tem sido crente da maneira errada, não entendeu o que a Bíblia nos ensina sobre nossa natureza e nossa missão.

Você tem sido modelo na sua igreja e no seu lar?

"Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus" (1 Pedro 4:10).


4. Recebemos dons para a edificação da igreja

Nós somos instrumentos nas mãos de Deus para o louvor da sua glória, para manifestar ao mundo a presença e o poder do seu Reino. Deus nos deu a sua Palavra, a Bíblia, a unção do Espírito Santo e diversos dons para que sirvamos e edifiquemos uns aos outros. Cada crente possui ao menos um dom espiritual, devendo identificá-lo e aplicá-lo à vida da igreja.

Os homens de Deus não devem esconder ou negligenciar os dons que receberam, mas colocá-los a serviço da comunidade de fé, empenhando-se nas diversas necessidades e oportunidades que tem para ser útil, para fazer a vontade de Deus. Não esconda seus dons, não negligencie a sua missão!

Conheça o seu lugar no Corpo de Cristo

"Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos. A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso" (1 Coríntios 12:4-7).


5. A seara é grande

O Senhor da Seara nos diz: "A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos.
38 Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara" (Mateus 9:37-38). Há muito o que ser feito e poucos dispostos a fazer. A seara precisa de obreiros: evangelistas, missionários, mestres, discipuladores, conselheiros e diversos outros serviços. Onde estão os homens de fé? Onde estão os homens de coragem?

Deus convoca todos os varões para serem ativos e disponíveis, porque são urgentemente necessários no campo do trabalho espiritual e eclesiástico. Deus quer nos usar para alcançar os perdidos e discipular os crentes. Deus quer nossas mãos, nossos olhos, nossos pés, nossa boca. Ele quer usar nossas habilidades, talentos e aptidões na sua obra.

Você tem um chamado!

"Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século" (Mateus 28:19,20).


6. Nosso zelo inspira os mais jovens

Como homens de Deus, o nosso testemunho pode formar ou deformar as novas gerações, os mais jovens, que encontram no nosso exemplo um modelo a ser seguido, sendo inspirados por nossa dedicação à obra de Deus ou desestimulados por nossa apatia. Paulo escreveu ao jovem pastor Timóteo: "Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza" (1 Timóteo 4:12).

O que seus filhos enxergam quando olham para a sua atuação na igreja? O que os outros jovens pensam a respeito do Reino de Deus ao observar seu comportamento e sua dedicação ao serviço dos santos? Sejamos zelosos, operosos em obras e frutos, para a glória de Deus e a implantação do seu Reino invisível neste mundo, formando jovens comprometidos e firmes na fé.

Seja um modelo santo!

"Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos. Todos os vossos atos sejam feitos com amor" (1 Coríntios 16:13-14).


7. Devemos cooperar com o Corpo

Quão fácil é sentar-se na cadeira e esperar que os outros façam a sua parte! Os zeladores, o ministério de louvor, os irmãos da comunicação, o pastor... Afinal de contas, damos nossos dízimos e ofertas pelos serviços prestados e queremos o melhor! Nada poderia ser mais errado! Que pensamento egoísta e arrogante! Mas é dessa forma que muitos estão na igreja. Somos membros uns dos outros e devemos cooperar uns com os outros. Não fomos salvos para que sejamos servidos, mas para servir uns aos outros em amor.

Com os nossos dons espirituais, talentos, habilidades e aptidões; com as nossas orações, nossa profissão, nossos dízimos e ofertas somos convocados a fazer a nossa parte em tudo o que existe e acontece na igreja e por meio dela. Ninguém está isento. A igreja não é um clube, mas um exército de obreiros do Senhor.

Servir unidos é nosso propósito

"Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer" (1 Coríntios 1:10).


8. Temos o exemplo dos primeiros cristãos

A igreja nasceu na unidade, na mútua cooperação, no envolvimento de toda a igreja nas atividades e necessidades da comunidade cristã (Atos 2:42-47). Embora havia os apóstolos e, posteriormente, diáconos e outros ministros e obreiros separados (presbíteros, pastores e bispos), toda a igreja atuava na obra do Senhor, no cuidado uns com os outros, na batalha pela fé, no discipulado e na evangelização. Ninguém deveria ficar de fora.

De lá para cá, nada mudou na Palavra e na vontade de Deus para a sua Igreja. O que mudou foi nosso sentimento de Corpo, nossa motivação, nossas prioridades, nossa relação com Deus. Infelizmente, essa mudança não foi para a melhor. É preciso retornarmos aos primórdios, vivermos como os primeiros cristãos, comprometer-nos com Deus e com a sua obra.

Somos uma comunidade de partilha

"Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum" (Atos 4:32).


9. Nosso trabalho glorifica a Deus

A nossa missão como filhos de Deus é uma só: glorificá-lo. Tudo o que fizermos deve ter esse fim, do contrário, deveremos repensar a nossa conversão. Paulo escreveu: "Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus" (1 Coríntios 10:31). O que glorifica a Deus é: santidade, obediência, amor, comunhão, serviço, frutos e obras. Ser um crente SSS pode ser cômodo, mas não agrada a Deus.

Organize a sua vida de acordo com a agenda de Deus, não o contrário. Planeje servir Àquele que é Senhor da sua alma. Se você não dá o dízimo, passe a dar; se não oferta, passe a ofertar; se não evangeliza, passe a evangelizar; se não ora, passe a orar, se não lê a Bíblia, passe a ler.

Seja você uma luz!

"Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus" (Mateus 5:16).


10. Seremos recompensados por Deus

Todo envolvimento na obra do Senhor tem valor eterno e receberá recompensa no tempo de Deus. Não trabalhamos para sermos vistos, mas para que as pessoas enxerguem a Cristo através de nós. O nosso interesse deve ser fazer o Evangelho conhecido, ver vidas salvas e transformadas, praticar o amor, socorrer os aflitos, discipular os crentes, salgar e iluminar o mundo. Tudo isso por amor a Deus e compromisso com o seu Reino.

Um dia estaremos com o Senhor, na glória. Lá, seremos recompensados por sua graça, não porque merecemos, mas porque Ele assim o determinou. O que aqui plantamos, colheremos na eternidade. E se não plantarmos? E se não fizermos nada além de ir ao culto aos domingos "receber" algo de Deus? Pense nisso e comece a servir a Deus agora!


O seu lugar é na obra do Senhor

"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão" (1 Coríntios 15:58).

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quinta-feira, 3 de julho de 2025

TODOS: CINCO GRANDES FATOS QUE UNEM TODA A HUMANIDADE


TODOS: Cinco grandes fatos que unem toda a humanidade
Por Mizael Xavier

O QUE TEMOS EM COMUM?

Vivemos em uma grande diversidade de crenças e religiões, além daqueles que se professam ateus. Existe algum ponto de contato entre tanta diversidade e formas de crer em Deus e viver a fé? O que budistas e muçulmanos podem ter em comum? O que há de semelhante entre católicos e protestantes? E em que todos esses se possuem em comum com os ateus?

Aqui encontraremos cinco grandes fatos que unem toda a humanidade, independente de suas crenças, raças, culturas ou níveis sociais. Entender isto será decisivo para você alcançar o que todos nascem precisando desesperadamente, mesmo que não o reconheçam: a salvação da sua alma.

"Porque Deus a todos encerrou na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos" (Romanos 11:32).


FATO 1: UM ÚNICO DEUS

Todos temos um único Deus, criador de todas as coisas; um Deus que é Santo, Justo e Juíz, não importa qual a sua crença ou religião, nem mesmo se você é ateu. Pelo fato de Deus ser Santo, Ele não tolera o pecado e punirá os pecadores com o castigo eterno. Pecados são ofensas contra Deus, são uma rebelião contra a sua natureza e caráter.

"Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR" (Deuteronômio 6:4).

"Adorai o SENHOR na beleza da sua santidade; tremei diante dele, todas as terras. Dizei entre as nações: Reina o SENHOR. Ele firmou o mundo para que não se abale e julga os povos com equidade" (Salmo 96:9,10).


FATO 2: O PECADO ORIGINAL

Todos somos pecadores, carentes de salvação e estamos em rebelião contra Deus. Nossos pecados nos separam de Deus e nos condenam. Todas as nossas justiças diante de Deus são abomináveis, porque não podemos agradá-lo, amá-lo e servi-lo por nossos próprios meios. E como pecadores, estamos debaixo da ira de Deus.

"pois todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3:23).

"Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram" (Romanos 5:12).

FATO 3: O JUÍZO FINAL

Todos compareceremos um dia diante do Tribunal de Deus para sermos julgados por Ele. Se você morresse agora ou se Jesus voltasse neste momento, qual seria o destino da sua alma pecadora? Você está seguro de comparecer diante de Deus no Juízo Final, sabendo que a sua alma pode ser condenada ao inferno?

"E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo" (Hebreus 9:27).

"E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas. Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira" (Apocalipse 22:12-15).


FATO 4: SALVAÇÃO PELA GRAÇA

Todos só podemos ser reconciliados com Deus, obter o perdão dos nossos pecados e alcançar a vida eterna por meio da justificação pela fé em Jesus Cristo. Se o salário do pecado é a morte, o dom gratuito de Deus é a vida eterna. Quem crê em Jesus, comparece diante do Tribunal de Deus para receber a sua recompensa: o Paraíso eterno.

"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:26).

"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?" (João 11:25,26).


FATO 5: UMA ESCOLHA

Todos temos uma escolha pessoal para fazer, uma decisão pessoal para tomar. Você deve decidir agora, entregar sua vida a Jesus para ser salvo, pela graça. Ninguém pode fazer esta escolha por você. Creia e você será salvo!

"Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar" (Isaías 55:6,7).

"Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome" (João 1:11,12).


Conclusão

Se existem cinco fatos que nos unem, existe um único grande fato que separa aqueles que creem daqueles que não creem, os crentes dos incrédulos, os perdidos dos salvos: os salvos vão morar no céu, enquanto os perdidos serão punidos para sempre no lago de fogo.

"E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida. O vencedor herdará estas cisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho. Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte" (Apocalipse 21:5-8).


Arrependimento e conversão

Você deve reconhecer que é um pecador miserável e que seus pecados ofendem a Deus. Então, é necessário que você se arrependa sinceramente e se converta a Jesus, pela graça de Deus, por meio da fé somente.

"Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2 Pedro 3:9).

"Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados" (Atos 3:19).

"Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar" (Isaías 55:7).


Apelo final

Hoje você tem a oportunidade de buscar a salvação em Jesus Cristo e se tornar filho de Deus. Hoje você pode ter os seus pecados perdoados e a sua vida transformada. Hoje, Deus te chama para pertencer a Ele, agora e para sempre. Hoje pode ser o dia em que você irá garantir o seu lugar no céu, ao lado do Senhor, por toda a eternidade.

"Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação" (Romanos 10:9,10).


Oração

Se o Espírito Santo tocou seu coração e você deseja receber a Jesus Cristo como seu único e suficiente Senhor e Salvador, para amá-lo e servi-lo. Se você se arrepende sinceramente dos seus pecados e quer viver inteiramente para a glória de Deus, faça uma oração confessando seus pecados e declarando a Deus que agora a sua vida e a sua alma pertencem a Ele.

Procure uma igreja que pregue a Palavra de Deus de forma correta. Converse com o pastor sobre a sua decisão e passe a frequentar os cultos. Em breve, você será batizado, mas já faz parte da família de Deus, já está selado com o Espírito Santo.


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"Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela" (Mateus 7:13,14).

"E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida" (1 João 5:11,12).

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sexta-feira, 11 de abril de 2025

A CURA DAS FERIDAS INTERIORES

A CURA DAS FERIDAS INTERIORES
Autor: Mizael Xavier


Introdução

Para alcançar a cura das nossas feridas interiores, não basta apenas conhecermos a nossa própria história e entender que dependemos da graça de Deus para alcançar a cura. Existe um processo que se inicia por uma autoavaliação e que evolui até uma nova maneira de pensar, de sentir, de viver.


O real problema

Por mais que as pessoas e as circunstâncias nos tenham maltratado, o que pensamos e sentimos é de responsabilidade nossa. A maneira como encaramos os problemas é que determinará a forma como viveremos, que traumas e complexos vamos carregar e o que sentiremos em relação àqueles que nos machucaram e a Deus. Nossas crises interiores são, a priori, reflexo do nosso próprio coração, das nossas atitudes e da nossa rebelião contra Deus. Em resumo, devemos nos curar dos nossos próprios pecados. Jeremias profetizou a um povo cativo e espiritualmente doente:

Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados. Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los e voltemos para o Senhor” (Lamentações 3:39,40).


A graça que transforma

A Palavra de Deus não traz uma mensagem de autoajuda, com tantos passos que devemos dar para alcançar a cura emocional e espiritual. Ela nos revela a “ajuda do Alto”, a graça de Deus eficaz, que opera em nós a conversão e a santificação. A cura efetuada por Deus envolve um processo, não como um sistema que vai nos curando ao pouco, mas de atitudes que nos fazem depender de Deus, para vivermos uma vida cheia do Espírito Santo. Sem a graça de Deus, qualquer passo para a cura será uma jornada inútil. Paulo escreveu aos romanos:

“Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça” (Romanos 6:12-14).


O processo gracioso de cura

Viver o processo não significa praticar rituais ou viver de forma mecânica a Palavra de Deus, esperando que a cura aconteça. O poder de Deus não opera de forma pragmática, mas segundo a sua vontade e a sua graça, mediante a ação do Espírito Santo. Logo, os pontos que veremos a seguir não são para quem ainda não nasceu de novo, mas para os crentes em Cristo Jesus, selados com o Espírito Santo e que já foram transformados em novas criaturas.

Autoavaliação. É necessário coragem para avaliarmos a nós mesmos, para entendermos as fontes e as razões das nossas feridas interiores. Elas podem estar ligadas ao nosso próprio comportamento errado diante dos fatos que nos adoeceram ou a incapacidade de lidar com eles. Quais são as nossas verdadeiras dores? O que realmente machuca o nosso coração? Quem nos tornamos a partir disso? O que de fato precisa ser curado? Como lemos em Lamentações 3:40, nossos pecados são as verdadeiras causas das nossas dores, não importam os fatores externos que nos afligiram. Tendemos a culpar nossos pais, cônjuges, filhos, amigos, a igreja e até mesmo Deus, mas, no final das contas, carregaremos a nossa própria culpa. O mal que as pessoas fizeram conosco é um pecado delas; o mal que sentimos e praticamos a partir daí, é um pecado nosso.

Confissão. A partir do momento em que reconhecemos as fontes das nossas dores e a nossa responsabilidade, é preciso que as confessemos, para que sejamos curados. Não podemos sentar e esperar uma cura sobrenatural, automática, sem que façamos o que Deus espera de nós. Tiago escreve: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tiago 5:16). Não podemos ser curados enquanto guardamos escondidas nossas mágoas e ressentimentos; não podemos ser curados se não fomos perdoados e, para isso, é preciso reconhecer onde erramos e nossos sentimentos negativos em relação àqueles que erraram conosco. Devemos nos confessar a Deus e a pessoas de confiança, para que orem por nós e estejam conosco. Além disso, é preciso confessar nossas mágoas a quem nos ofendeu ou as nossas ações a quem ofendemos, perdoando e pedindo perdão.

Humildade. A humildade começa quando reconhecemos nossas falhas e prossegue quando admitimos a nossa impotência diante daquilo que nos perturba, a nossa incapacidade de promover a nossa própria cura e mudança. Muitos não buscam o poder de Deus para se curar nem a ajuda dos seus irmãos em Cristo, porque creem que não precisam ser ajudados, que podem enfrentar e vencer tudo sozinhos. Todavia, acabam a cada dia mais doentes e solitários. O apóstolo Paulo era bastante realista em relação às suas limitações interiores. Ele escreveu aos romanos: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço” (Romanos 7:18,19). A humildade nos lança aos pés do Senhor e nos faz entender que o Senhor usa as pessoas para promover a cura das nossas dores.

Rendição. Deus é soberano em sua vontade e obras. Ele não depende da nossa autorização para realizar seus grandes feitos. Apesar disso, em se tratando do ser humano, dos seus pecados e das suas dores, o Senhor deseja que o busquemos, que nos rendamos completamente a Ele, admitindo nossas fraquezas e clamando pelo seu agir, sem arrogância, mas totalmente convictos do nosso pecado, da nossa incapacidade e da necessidade urgente do seu socorro gracioso. Tiago escreve: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração. Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará” (Tiago 4:7-10). Rendidos ao Senhor, somos por Ele curados.

Cura e arrependimento. Para que sejamos curados, é preciso que clamemos ao Senhor por libertação de tudo aquilo que nos aflige e das nossas imperfeições. Se não é possível voltar no tempo para desfazer aquilo que as pessoas e as circunstâncias fizeram conosco, também é impossível retroceder no tempo e desfazer nossas reações e sentimentos em relação a essas coisas. O que nos resta é experimentar a cura de Deus hoje. Mesmo que o passado não seja apagado, mesmo que nossos erros não desapareçam, podemos ser curados das dores que eles nos causam, da nossa falta de perdão, da ira e de qualquer outro sentimento ruim que nos acompanha. Para isso, não serve mentalizar o passado e decretar a vitória no presente, mas é necessário arrependimento, confissão e clamor pelo perdão de Deus. O apóstolo João escreve: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós” (1 João 1:9,10). Enquanto vivermos apenas culpando as pessoas e as circunstâncias, sem reconhecer nossos pecados, jamais alcançaremos a cura.

Entrega. Quando chegamos aqui, significa que já vivemos a maior parte do processo, que não significa que demos tantos passos para a cura, porque tudo o que foi dito pode e deve acontecer em um único momento. E após reconhecermos nossa responsabilidade diante das nossas dores e confessarmos a Deus nossos pecados, a cura acontece quando nos entregamos, quando nos submetermos inteiramente à sua vontade. Muitos querem ser curados, mas não querem se sujeitar a Deus, querem fazer as coisas do seu jeito e, em muitos casos, manter as mesmas mágoas. A cura necessita de transformação da nossa mente, algo que não podemos operar em nós mesmos, mas que acontece somente quando submetemos nossa vontade à vontade de Deus. Paulo escreve: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:1,2). Não podemos ser curados enquanto insistimos na mesma mentalidade, nos mesmos sentimentos e nas mesmas atitudes.

Fé e esperança. A graça de Deus não é apenas um favor imerecido que nos dá a salvação que não merecemos, imputando-nos a justiça de Cristo. Ela também é o poder que opera em nós o novo nascimento, a santificação, o crescimento espiritual e a perseverança. A graça também nos dá poder para cumprirmos a vontade de Deus, obedecermos aos seus mandamentos e sermos cheios com seu Santo Espírito. Neste processo de cura, precisamos de fé e esperança, da certeza de que Deus opera eficazmente em nós, que Ele nos cura e nos liberta. Paulo escreveu aos filipenses: “Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Filipenses 2:12,13). Não podemos esperar que sejamos curados que não temos certeza do agir de Deus, se desconfiamos do seu poder ou se duvidamos que Ele poderá curar nossas feridas que consideramos tão grandiosas e nossos pecados que sabemos ser muito sérios.

Perdão. Muitas vezes, o que nos adoece não é aquilo que fizeram conosco, mas as mágoas que guardamos no coração, que nos levam a não perdoar, mas a guardar ressentimentos que mancham nossa alma e nos transtornam. Humanamente falando, não é tão fácil liberar o perdão: quanto maior o mal que nos foi causado, maior será a nossa resistência em perdoar. Achamos relativamente fácil perdoar pequenas faltas, mas abusos, violências e traições perversas, nem sempre somos capazes de perdoar e esquecer. Todavia, quando somos transformados pelo perdão de Deus, quando nos tornamos templos do Espírito Santo, recebemos um poder sobrenatural para perdoar aqueles que nos ofenderam. É a graça de Deus, não a nossa vontade e capacidade. Além disso, o perdão que devemos a quem nos ofendeu não é apenas um ato de graça, mas um mandamento que nos foi dado por Aquele que nos amou e nos perdoou quando ainda éramos pecadores (Romanos 5:8-10). Podemos ver a seriedade com que Deus trata o perdão nas palavras do Senhor Jesus, que nos ensinou a orar: “e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores [...] Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mateus 6:12,14,15). Sem perdão, não existe cura. Como já dissemos, é preciso perdoar e pedir perdão.

Reconciliação. As nossas feridas interiores podem ter sido causadas por nós mesmos, por nossas próprias ações e omissões. Reclamamos tanto do que as pessoas fizeram conosco, que esquecemos daquilo que fizemos a nós mesmos, das doenças físicas e espirituais que atraímos, do quanto nos machucamos, inclusive, ao machucar outros. No processo de cura, a reconciliação é importante. Em primeiro lugar, a nossa reconciliação com Deus por meio do arrependimento, da confissão e do abandono de pecados. Existem, porém, alguns pecados que praticamos e que não fazem mais parte da nossa realidade, mas que nos deixaram marcas, consequências e feridas. São pecados que não conseguimos nos perdoar e esquecer. Neste caso, devemos confiar no perdão de Deus e nos perdoar também. Em relação aos males que nos causaram e que causaram inimizades, distanciamentos e mágoas, a Palavra de Deus nos chama à reconciliação. O Senhor nos ensina: “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta” (Mateus 5:23,24). Nem sempre será possível retomar a relação anterior, mas, por meio do perdão e da reconciliação, passamos a ter paz e permitimos que a outra parte também experimente essa paz. Se quem nos ofendeu e que nós ofendemos já faleceu, bastará nossa reconciliação com Deus por meio do seu perdão. Se a outra parte não desejar perdoar, pedir perdão ou buscar a reconciliação, ainda assim devemos fazer a nossa parte e estar em paz com Deus. As exortações do apóstolo Paulo são essenciais neste ponto: “Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos. Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens; se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens; não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor” (Romanos 12:16-19).

Novo viver. Em Cristo, já somos novas criaturas, nascidas não da vontade da carne nem do homem, mas de Deus, o que significa que fomos por Ele regenerados, que nascemos de novo e vivemos uma nova e verdadeira vida (João 1:12,13; 3:3-8; 2 Coríntios 5:17; Gálatas 6:15; Efésios 4:22-24; Romanos 6:4-7). Nesta nova vida, ainda carregamos muitas pendências interiores e com algumas pessoas; trazemos mágoas e feridas que precisam ser curadas. Quando curados por Deus, passamos a viver de maneira diferente, mentalmente saudável, espiritualmente leve. Nesta vida transformada e que se renova diariamente pela graça de Deus, além de resolver nossas questões passadas, damos especial atenção a nossa vida a partir da cura, mantendo uma avaliação constante de nós mesmos e nos policiando em relação ao nosso comportamento (pensamentos, sentimentos, palavras, ações e omissões). Quando perdoados por Deus, não temos a autorização para pecar novamente. O pecado não é como uma roupa que tiramos, jogamos fora e trocamos por outra, ou seja, outro pecado. Aquele que experimentou a cura de Deus, que pensa estar em pé, deve cuidar para que não caia (1 Coríntios 10:12). Paulo escreveu aos romanos a respeito da nossa atitude diante da grandiosa graça de Deus: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?” (Romanos 6:1,2). Como novas criaturas e crentes curados por Deus, devemos viver em santidade, sujeitando-nos ao mover do Espírito Santo, para que sejamos sempre conforme a imagem de Cristo em nós.

Multiplicação. O conteúdo* que tomei como base para este estudo, terminava no ponto anterior, o “novo viver”. Todavia, julguei necessário abordar esta verdade: a cura das nossas feridas interiores ocorre por meio da comunhão uns com os outros na igreja local. Nesta comunhão, damos e recebemos amor, somos aconselhados, exortados, admoestados, corrigidos, repreendidos, ensinados e discipulados. Em comunhão com nossos irmãos em Cristo, experimentamos a alegria do socorro, recebemos orações e oramos, confessamos nossos pecados e ouvimos confissões, apoiamos uns aos outros e suportamos também uns aos outros. Na medida em que somos curados, ajudamos aqueles que também precisam de uma cura. Isto não se dá por meio de um evento programado de cura e de libertação, como muitas igrejas fazem, mas por meio da graça de Deus e dos relacionamentos santos que mantemos uns com os outros, quando enfrentamos todo o processo que este estudo traz. Uma das grandes bênçãos desta comunhão é a multiplicação, quando aplicamos a outros aquilo que o Senhor fez por nós. O que recebemos de Deus por meio de Cristo, transmitimos a outros: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus. Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo” (2 Coríntios 1:3-5). Que grande alegria sermos usados por Deus para abençoar a vida dos nossos irmãos em Cristo e de todos aqueles que precisam experimentar o consolo e a cura que vêm de Deus!


Conclusões

Todos trazemos marcas do passado e feridas do presente. Todos os que somos convertidos pelo Espírito Santo, possuímos uma história de vida. Particularmente, fui bastante ferido pela vida, principalmente em tudo o que sofri com o bullying. Por outro lado, reconheço que fui a causa da ferida de muitas pessoas, que, acredito, carregam mágoas de mim. Não podemos caminhar com esses esqueletos no armário do nosso coração, mas precisamos nos libertar de tudo aquilo que nos machuca, que nos impede de vivermos plenamente para Deus. Esta é a verdadeira razão da cura: não desejamos ser curados apenas por causa do nosso bem-estar pessoal, mas porque queremos servir mais e melhor a Deus, queremos ser curados para amar mais e melhor a Deus e, dessa forma, não apenas nos tornarmos crentes melhores, mas amarmos e servirmos aos nossos irmãos e ao próximo. A cura deve ser buscada por aqueles que já foram curados da mancha do pecado original, que já foram regenerados, reconciliados, santificados, salvos e glorificados pela graça redentora de Deus, em Cristo. Isso não é para o nosso deleite pessoal, mas para a glória de Deus, conforme escreveu Paulo, em Efésios 1:1-14. Se queremos ser curados todos os dias, o caminho é a graça e a glória de Deus, que vem acompanhada da abnegação: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus. Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco para a igreja de Deus, assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos” (1 Coríntios 10:31-33).


*Observação

Este estudo foi adaptado do estudo “Graça: o poder para mudar”, da série “Caráter”, desenvolvido nas igrejas batistas e, por sua vez, adaptado da “Bíblia de Estudo do Discipulado”. Várias modificações foram feitas, acima de tudo na ordem dos pontos apresentados. O ponto que aqui fala sobre “reconciliação”, originalmente falava sobre “restituição”. A mudança ocorreu porque este autor entende que Deus não nos cobra a restituição dos atos passados, mas nos perdoa gratuitamente, pelos méritos de Cristo. Um irmão que roubou um celular, pode restitui-lo ao seu dono; mas o que dizer de alguém que tirou a vida de uma pessoa, como restituir essa pessoa à vida? Embora cada caso deva ser tratado de forma específica, o fato é que o perdão de Deus é gratuito e nos isenta de culpa, dando-nos a vontade e a capacidade para não pecarmos mais. Em todo caso, é importante sempre pedirmos perdão a quem ofendemos e perdoar a quem nos ofendeu, não importando o grau e a intensidade da ofensa.

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sábado, 15 de março de 2025

A IMPORTÂNCIA DA EBD NO COMBATE À IGNORÂNCIA BÍBLICA

A IMPORTÂNCIA DA EBD NO COMBATE À IGNORÂNCIA BÍBLICA
(Mizael Xavier)

Enquanto escrevo este capítulo (março/2025), um falso profeta mirim está no auge da sua carreira. O seu ministério consiste em profetizar bençãos e vitórias, afirmando, muitas vezes, ser o próprio Deus que fala pela sua boca. Ele próprio já afirmou que Deus não o chamou para ser pregador, mas profeta. Também pudera, não existe nada em suas palavras que de longe se pareça com a doutrina bíblica. A sua teatralidade esdrúxula, com as línguas estranhas mais estranhas, só não impressiona mais que o número de pessoas que seguem e apoiam o seu "ministério" e a quantidade de igrejas que estão dispostas a pagar por suas apresentações. Para fins do nosso estudo, é importante que pensemos sobre os motivos que levam milhares de pessoas a darem atenção a esses falsos profetas, o que podemos resumir em apenas dois pontos. Primeiro, quem segue esses falsos profetas e consome suas heresias e produtos, não está interessado em Deus, mas nas bençãos de Deus; não se importa com falsos ensinos, contando que atendam às suas expectativas e ambições. Esses se enquadram naquilo que Paulo alertou a Timóteo:

Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério (2 Timóteo 4:1-5).

Esse tipo de ouvinte dificilmente será um verdadeiro convertido, mas alguém que busca na fé cristã o que outros buscam nas outras religiões e até mesmo na bruxaria, sem nenhum compromisso com Deus e com a sua Palavra. O que esses indivíduos precisam é da pregação do Evangelho para arrependimento e conversão.

Um segundo ponto, porém, retrata a deficiência do ensino e do aprendizado da Palavra de Deus, uma responsabilidade inerente a todos os crentes e às lideranças das igrejas. Muitos que emprestam suas atenção aos falsos ensinos, fazem-no por ignorância bíblica, por não conhecerem a verdade para compará-la com aquilo que escutam. Não é difícil encontrar crentes que, mesmo após muitos anos de conversão, não possuem um sólido conhecimento das Sagradas Escrituras nem são capazes de manuseá-las e aplicá-las com destreza. Essa realidade está ligada a fatores internos e externos. Como fatores internos, temos problemas diversos inerentes a cada indivíduo. Muitos não leem nem estudam a Bíblia porque jamais criaram o hábito da leitura. Ler a Bíblia lhes dá sono. Outros possuem problemas de aprendizado ou não sabem ler nem escrever. Com o avanço das tecnologias e o fácil acessos à Bíblia em áudio pelo aparelho celular, essas desculpas não fazem sentido. Também podemos citar a desculpa da falta de tempo, as prioridades de cada um, conflitos familiares, entre outros.

Como fatores externos existe a negligência das igrejas em prover o estímulo à leitura e ao estudo da Bíblia, bem como momentos de aprendizado, como é a EBD. Algumas igrejas são negligentes de maneira deliberada, porque não é importante para seus negócios que os fiéis estudem a Bíblia. Outras, por uma mentalidade equivocada de que o crente não precisa estudar a Bíblia, uma vez que ele recebe a iluminação diretamente do Espírito Santo. Outras ainda não atentaram para a importância do ensino bíblico na igreja e resumem a transmissão do conhecimento bíblico à pregação dos cultos de domingo. Por fim, muitos ministérios até se esforçam para criar e manter a sua EBD ativa, mas não conseguem contar com a assiduidade dos membros, que pouco se importam e pouco participam. EBDs vazias, porém, não são o problema, mas o sintoma de uma doença espiritual que precisa ser tratada e curada, o que é um dos objetivos deste livro.

A falta de conhecimento gera destruição (Oseias 4:6). Sem o conhecimento correto, não existe prática ou essa falta gera práticas incorretas, levando o crente a pecar contra Deus por não conhecer a verdade. Além do risco de legitimar as heresias, a ignorância bíblica pode nos levar a orar da maneira errada, a praticar os mandamentos de forma incorreta, a dar mais valor aos usos e costumes do que a piedade genuinamente bíblica. Certo pastor pentecostal disse abertamente na sua igreja que crente que não dá o dízimo não é crente de verdade ou pode perder a sua salvação. A EBD existe para combater esses falsos ensinos e a firmar a mente e o coração dos crentes no conhecimento e na prática da sã doutrina. E se existe a EBD, também existem aqueles que nela ensinam, separados e capacitados por Deus para ensinar seu povo, a fim de que ninguém se deixe levar pelo engano, mas que todos cresçam, sejam sadios na fé e se pareçam com o Senhor Jesus, como escreveu Paulo aos efésios:

E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro (4:11-14).

Este texto faz parte do livro ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL: MANUAL DO ALUNO, de Mizael Xavier. Lançamento em breve!


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