NOVO NASCIMENTO: POR QUE DEVEMOS SER SANTOS?
Mizael Xavier
"E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2 Coríntios 5:17).
O povo de Deus é um povo distinto do mundo, que foi resgatado de um fútil procedimento, sendo ressuscitado por Cristo para viver e servir a Deus em novidade de vida (1 Pedro 1:18; Romanos 6:4). Embora nada pudéssemos fazer para ganhar a nossa salvação e nos tornar justos diante de Deus, pois somos salvos pelos méritos de Cristo, a consequência natural da nossa salvação é vivermos uma vida santa, justa e piedosa. Enquanto existem aqueles que creem que suas obras a favor de si mesmos para ganhar a salvação podem livrá-los da ira de Deus e fazer com que mereçam ir para o céu, também existem aqueles que acreditam que, por terem sido salvos sem mérito algum, pela graça de Deus, não precisam ser diferentes, já que já estão salvos. Se aqueles estão errados e a caminho do inferno, talvez estes jamais tenham sido convertidos de fato.
Se alguém está em Cristo, conforme escreveu o apóstolo Pedro, é nova criatura. Ele nada fez nem nada faz para ser nova criatura, porque esta é uma obra que o Espírito Santo operou em sua vida, o que também chamamos de "regeneração" ou "novo nascimento". Conforme afirmou o Senhor: "O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito" (João 3:6). E também como escreveu João: "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus" (João 1:12,13). Se estamos em Cristo, não somos mais os mesmos, não podemos viver segundo a nossa antiga natureza ou o "velho homem". Escrevendo aos efésios, Paulo mostra o contraste entre os ímpios e aqueles que são de Cristo. Ele escreve:
"Mas não foi assim que aprendestes a Cristo, se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus, no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade" (Efésios 4:20-24).
Gostaria de apresentar três razões pelas quais devemos viver de maneira santa, justa e piedosa, uma vez que temos uma nova identidade, uma nova vida ou a verdadeira vida. É importante saber que existe uma ordem natural na obra da salvação: não nos tornamos pessoas boas para agradar a Deus e merecer a salvação, mas somos salvos sendo pessoas más e porque somos pecadores para, após a salvação, vivermos de modo agradável a Deus. Ele nos amou e nos salvou quando estávamos mortos em nossos delitos e pecados (Efésios 2:1-10). Diante de Deus, a nossa autojustiça é como bandagens que encobrem as feridas de um leproso e depois são retiradas, carregando em si toda a podridão de feridas cheias de pus e carne apodrecida (cf. Isaías 64:6). A nossa justiça nos é outorgada por Deus mediante a fé em Jesus Cristo e na sua obra expiatória (Filipenses 3:9).
Somos novas criaturas
A primeira razão a ser apresentada para vivermos em santidade é justamente esta: somos novas criaturas, criadas a partir de regeneração, do novo nascimento. Se não somos mais os mesmos pecadores rebeldes, se fomos lavados no sangue do Cordeiro e se o Espírito Santo habita em nós, temos a vontade e o poder para vivermos de maneira santa. Ao falar da Lei que deixa em evidência o pecado e da graça abundante de Deus que salva o pecador (Romanos 5), o apóstolo Paulo afasta a possibilidade de alguém viver em pecado com a desculpa de tornar a graça ainda mais abundante: "Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?" (Romanos 6:1,2). Fomos sepultados com Cristo e ressuscitamos com Ele. O nosso velho homem está morto, não deve mais fazer parte de nós. Paulo conclui:
"Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça" (vs. 11-14).
Enquanto estivermos neste corpo mortal e caído, mesmo que regenerados e ressuscitados em Cristo, teremos a possibilidade de pecar. Todavia, conforme escreveu o apóstolo João: "Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus" (1 João 3:9). O cristão verdadeiro não peca sem sentir que está ofendendo a Deus, que as suas ações são contrárias à sua nova natureza. Ele vive se esforçando, pela graça de Deus, por viver de modo santo e digno da sua vocação, para dar bons frutos e praticar boas obras, não em prol da sua salvação, mas como consequência dela (Efésios 4:1; Filipenses 1:27; Colossenses 1:10; 1 Tessalonicenses 2:12). Tudo isso só é possível para quem é nova criatura, porque todo poder para vivermos em santidade vem de Deus e opera em nós por meio do seu Santo Espírito. Paulo escreveu aos filipenses:
"Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade" (Filipenses 2:12,13).
Devemos ser obedientes
A segunda razão para vivermos de modo santo, justo e reto, assim como a primeira, é resultado do novo nascimento e da graça de Deus: a obediência devida a Deus. Antes da conversão, somos criaturas rebeldes que possuem como único objetivo pecar, assim como Adão, que foi desobediente e, por isso, condenou toda a humanidade e a levou à morte, ao afastamento de Deus (Romanos 5:1). Sem Cristo somos todos desobedientes (Romanos 11:30-32) e filhos da desobediência (Efésios 5:6). Pelos méritos de Cristo, por sua obediência, somos justificados dos nossos pecados (Romanos 5:19; Filipenses 2:8). A obediência é uma árvore que sempre dará bons frutos, como podemos ver em Deuteronômio 5:29, onde o Senhor diz a respeito do seu povo: "Quem dera que eles tivessem tal coração, que me temessem e guardassem em todo o tempo todos os meus mandamentos, para que bem lhes fosse a eles e a seus filhos, para sempre!". A obediência honra a Deus, abençoa a nossa e também produz bênçãos para a vida das outras pessoas. Já a desobediência, causa um efeito contrário.
A fé cristã é uma fé que está além da religiosidade. Embora pratiquemos algumas ordenanças que se parecem com rituais (como o batismo e a ceia do Senhor, por exemplo), mesmo isso não deve ser feito de maneira mecânica, mas viva e com uma fé racional. Muitos, porém, enxergam na fé um rito religioso, com tradições e legalismo que não produzem santidade verdadeira, obras de misericórdia nem discipulado. Essa é uma fé sem comunhão verdadeira com Deus e com o mínimo de compromisso com a sua Palavra. Cabem aqui as palavras de Samuel ao rei Saul, que presumiu que o sacrifício era apenas um ritual e que poderia ser feito de qualquer maneira: "Porém Samuel disse: Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros" (1 Samuel 15:22). A obediência é a verdadeira religião, quando nos despimos da nossa vontade para em tudo obedecer a Deus, amá-lo, adorá-lo e servi-lo como Ele próprio determinou na sua Palavra, não segundo nossos interesses e entendimento.
Devemos, portanto, obedecer a Deus e à sua Palavra, porque este é um sinal de que somos de Deus e amamos o Senhor Jesus, que disse: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (João 14:14; cf. Lucas 6:46; 1 João 5:3). Dizer-se convertido e viver na desobediência é uma contradição. Conforme escreveu Tiago:
"Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma. Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural; pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência. Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar" (Tiago 1:21-25).
O apóstolo Pedro possui o mesmo parecer, o que é uma prova da confiança que devemos depositar na veracidade e na inerrância das Escrituras. Ele escreve:
"Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo. Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação, sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós que, por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus" (1 Pedro 1:14-21).
Fomos resgatados por Deus da nossa velha natureza com todos os seus pecados, logo, devemos viver de maneira digna do nosso Senhor, em santidade, não segundo nossas paixões carnais. Quando vivemos na carne, praticamos uma espécie de idolatria, porque tiramos Deus do centro da nossa vida e colocamos a nós mesmos, que desejamos servir e satisfazer. A desobediência irresoluta pode significar ausência de conversão, o que é bastante sério, porque faz do desobediente um inimigo da cruz de Cristo e amante de si mesmo. Paulo escreveu aos filipenses:
"Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós. Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas" (Filipenses 3:17-19; cf. 2 Timóteo 3:1-5).
A nossa vida deve glorificar a Deus
A terceira razão pela qual devemos viver em santidade, com temor a Deus, de maneira justa e cheia de piedade cristã é que em tudo o que somos, pensamos e fazemos, o Senhor deve ser glorificado: "Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus" (1 Coríntios 10:31). Esta é, na verdade, a razão principal, o fim único de todas as coisas e para onde a nossa vida deve apontar inteiramente. Por que somos novas criaturas? Porque o Senhor nos redimiu dos nossos pecados e nos reconciliou com Ele por meio do seu Filho. Por que Ele fez isso? Alguns pensam erradamente que Deus tem um caso de amor com as suas criaturas e que este amor é tão imenso que Ele não suportou vê-las caminhando cegas para o inferno. Que Deus ama a sua criação, não resta dúvida, mas não por algo especial que ela possua, pois diante de Deus somos como coisas imundas. A salvação é um ato gracioso de Deus para o louvor da sua glória, como lemos na carta de Paulo aos efésios:
"Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado" (Efésios 1:3-6).
Deus amou o mundo e se fez homem para pagar os nossos pecados e nos salvar pela fé em seu sacrifício vicário, para a sua própria glória. "E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou" (2 Coríntios 5:15). Como aqueles que vivem por meio de Cristo, a nossa vida não deve ser vivida na perspectiva da nossa própria felicidade, mas a nossa felicidade deve ser a glorificação de Deus através de nós. Fomos escolhidos e salvos para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele. Tudo o que somos e fazemos deve refletir a glória de Deus. Conforme lemos em Romanos 14:7,8: "Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor."
A glorificação de Deus está ligada a dois aspectos muito importantes: aquilo que devemos deixar de fazer e aquilo que devemos fazer sempre. No primeiro aspecto está a santidade do nosso corpo, que deve ser guardado da impureza e da lascívia. O apóstolo Paulo afirma sobre este aspecto: "Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo" (1 Coríntios 6:19,20). Todos os elementos do nosso corpo, internos e externos, devem ser usados para a glória de Deus. A que temos emprestado nossos ouvidos? O que tem povoado o nosso pensamento? Que sentimentos vivem em nosso coração? Sobre o que nossa boca tem falado? Por onde caminham nossos pés? O que nossas mãos vivem a tocar? Se somos templos do Espírito Santo, não devemos viver na carne, mas no Espírito (Gálatas 5:25), somente assim glorificaremos a Deus.
No segundo aspecto, ou seja, aquilo que devemos fazer sempre, podemos expor duas questões. A primeira diz respeito a uma vida inteiramente dedicada a Deus, em que sempre nos perguntamos sobre como poderemos glorificar a Deus em tudo o que fizermos. Quando pensamos desta forma, as nossas escolhas e decisões não levarão em conta o que é cômodo ou satisfatório para nós, mas o que renderá maior glória a Deus. O curso da faculdade, o emprego, o lugar onde iremos morar, a igreja que iremos frequentar, nossas viagens, nosso lazer, a educação dos filhos ou qualquer outro fato da nossa vida cotidiana será realizado tendo em mente a pergunta: "Em que isso glorificará a Deus?". A glória de Deus será, então, um termômetro que indicará se estamos no lugar certo e se fazemos a coisa certa, o que pode significar submeter a nossa vontade à vontade de Deus. Como escravos de Cristo, a nossa vontade está totalmente sujeita a Ele.
A segunda questão diz respeito à prática das boas obras. Como lemos em Efésios 2:8-10, a nossa nova criação - "criados em Cristo Jesus" - não tem como finalidade apenas a esperança da gloriosa recompensa no Paraíso, mas inclui diretamente as boas obras. Vejamos bem: o apóstolo Paulo não diz que fomos "criados em Cristo Jesus para ir para o céu", mas "criados em Cristo Jesus para as boas obras". Ir para o céu já está subentendido na salvação, mas ela ainda carrega outro propósito que deve ser vivido enquanto o nosso Redentor não vem: a prática das boas obras. Este é um aspecto da vida cristã que escapa à maioria das pregações modernas, que, além de não falarem mais sobre arrependimento de pecados, conversão e vida santa, também não ressaltam a necessidade de uma vida cheia de boas obras e de frutos.
Glorificar a Deus está muito longe dos "glória a Deus" e "aleluia" dados em cultos fervorosos. Envolve, na verdade, a prática da Palavra, o que está ligado às boas obras que fazemos diante dos homens. O Senhor nos ensinou sobre sermos sal da terra e luz do mundo (Mateus 5:13-15) e disse: "Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus" (v. 16). Se nossas boas obras não são vistas, pode significar que elas não existem. Se elas não existem, Deus não é glorificado. Aqui precisamos entender que sem nós, Deus sempre é glorioso e glorificado. No céu, uma multidão de vozes o glorificam sem cessar: "Depois destas coisas, ouvi no céu uma como grande voz de numerosa multidão, dizendo: Aleluia! A salvação, e a glória, e o poder são do nosso Deus" (Apocalipse 19:1). As nossas obras não aumentam a glória de Deus, como a falta delas não a diminui.
A glorificação de Deus está mais ligada àquilo que acontece dentro de nós e conosco quando pretendemos glorificá-lo: santidade, obediência, submissão, aprendizado e crescimento. A glória de Deus não aumenta nem diminui, mas a nossa comunhão com Ele, sim. Se hoje a nossa vida glorifica a Deus mais do que ontem, significa que desenvolvemos a nossa salvação com temor e tremor, que entendemos que a nossa alegria está nele e a nossa felicidade está em viver para fazer a sua vontade. A propósito, Deus não quer nos fazer felizes, mas fazer-nos servos que submetem-se a Ele e, assim, venham a glorificá-lo. Se não traduzimos isso como a verdadeira felicidade, somos os mais infelizes de todos os homens.
Considerações finais
Todas estes aspectos da vida cristã respondem à pergunta: por que devemos ser santos? Um bom resumo da resposta seria: porque, uma vez salvos pela graça de Deus, não podemos ser outra coisa. Viver em santidade não é uma opção, mas resultado da nossa conversão e uma missão da nossa nova vida. Não há opção - ser ou não ser salvo -, mas uma imposição, um mandamento: "Disse o SENHOR a Moisés: Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo" (Levítico 19:1,2). Este mandamento não foi revogado pela Nova Aliança, muito pelo contrário, foi acentuado por ela, porque é a graça que nos possibilidade viver em santidade, que é um dos atributos comunicáveis de Deus. Deus faz com que sejamos santos, porque é Ele quem opera em nós todos os seus propósitos e completará a sua boa obra com plena certeza (Filipenses 1:6).
Por fim, devemos lembrar que ser santo significa ser "separado" por Deus e para Deus. A santificação é posicional e instantânea, ou seja: nós nos tornamos santos imediatamente após a conversão. Pode-se dizer, também, que a própria conversão já é a santidade (separação) operada em nós pelo Espírito Santo. A santificação também é progressiva: crescemos em santidade todos os dias, desenvolvemos a nossa salvação, somos aperfeiçoados em todas as nossas tentações, lutas e tribulações. Não nos santificamos a nós mesmos, mas somos santificados pelo Espírito Santo e pela Palavra (João 17:17). O Espírito Santo nos afasta da impureza (Efésios 5:3), "porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação" (1 Tessalonicenses 4:7). Para a glória de Deus e segundo a eficácia de sua graça, a nossa vida deve refletir a ordem de Paulo aos romanos:
"Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Romanos 12:1,2).
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