segunda-feira, 7 de julho de 2025

HOMENS DE FÉ, DE FRUTOS E DE OBRAS


HOMENS DE FÉ, DE FRUTOS E DE OBRAS
(Mizael Xavier)

Sentados, salvos e satisfeitos

Alguma vez você já ouviu falar no crente SSS? Não? Este é o crente Sentado, Salvo e Satisfeito. Ele está feliz com a sua salvação, frequenta a igreja, geralmente, aos domingos, assiste aos cultos, gosta da pregação, alguns até dão o dízimo, enfim, estão satisfeitos com a sua religiosidade.

Algo mais caracteriza o crente "3Ss": ele pouco participa das atividades e programações da igreja; às vezes, nem participa. Não procura conhecer seu dom espiritual, não aspira a nenhum ministério, não frequenta a escola bíblica, não vai aos cultos de oração, não se envolve no evangelismo, não participa das uniões (masculina, feminina, adolescentes, jovens, etc.).

Será isso que Deus quer para a sua vida?

"Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda" (João 15:16).

É tempo de despertar!

Infelizmente, esse é o triste retrato das igrejas atuais, onde muitos ingressam na fé sem compromisso com o Reino e a obra de Deus, acreditando que podem ser crentes dessa forma. Domingo após domingo cumprem sua obrigação com a presença nos cultos e só. Você acredita que as coisas devem ser assim? Você reconhece que tem sido um crente SSS?

Este livreto é direcionado, principalmente, a você, HOMEM, varão de Deus que deve ser exemplo para o seu lar, sua família, seus vizinhos, seus amigos e toda a sociedade. Você tem assumido o seu papel de homem cristão na igreja que frequenta? Você tem procurado servir Àquele que derramou seu próprio sangue para te salvar? Você tem sido benção na vida dos seus irmãos em Cristo e da comunidade local?

Você está preparado?

"Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor" (Efésios 5:14-17).


Razões para servir na(à) igreja

Para vencermos a letargia espiritual e nos tornarmos frutíferos na obra do Senhor, vamos aprender algumas razões bíblicas pelas quais devemos produzir obras e frutos para o Reino de Deus, envolvendo-nos ativamente (mas sem ativismo) nas programações, ministérios, reuniões e eventos da igreja local.

Não é uma opção. Não é um favor que fazemos a Deus. Não é para preencher espaço na nossa agenda. Não é para aparecer. Não é nenhum sacrifício. É o nosso dever santo e a nossa alegria servir a Deus e aos irmãos, salgar e iluminar o mundo.

"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão" (1 Coríntios 15:58).


1. Fomos salvos para as boas obras

Não fomos salvos apenas para irmos morar no céu, mas Deus nos resgatou da morte espiritual, de uma vida de pecados e da condenação eterna para sermos úteis, para nos usar para realizar obras que já estavam preparadas para nós antes mesmo que viéssemos ao mundo!

Você já parou para pensar que o Deus que tudo criou, escolheu nos usar para realizar grandes obras? Você já ponderou sobre a alegria e a honra de servirmos ao Deus vivo? O autor de Hebreus escreveu: "muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!" (Hebreus 9:14).

Eis a verdade revelada!

"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Efésios 2:8-10).


2. O serviço a Deus é um dever de todo cristão

Como foi dito, servir a Deus e fazer a sua obra não é uma opção, mas um dever, uma missão, uma honra! E isso não é para poucos crentes "ungidos", mas para todos, porque todos possuímos a unção do Espírito Santo. Qual deve ser a nossa resposta ao chamado de Deus? Deve ser a mesma do profeta Isaías: " eis-me aqui, envia-me a mim" (Isaías 6:8).

Se estamos sentados, salvos e satisfeitos, somos negligentes com a obra do Senhor, estamos em pecado e sobrecarregamos aqueles que amam servir. Que homens de Deus seremos se não nos comprometermos seriamente com o serviço aos santos? Como poderemos imitar àquele que chamamos de Senhor, que não veio para ser servido, mas para servir?

Você tem zelo por Deus e pela sua igreja?

"No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor" (Romanos 12:11).


3. Devemos imitar a Cristo

Se você busca razões para servir a Deus e ser benção na igreja, encontrará essa razão naquele que é seu modelo de fé e de prática: Jesus Cristo. Ele é a Cabeça da igreja (Efésios 5:23) e devemos imitá-lo em seu caráter, liderança e serviço. Ele mesmo nos ensina: "e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mateus 20:27,28).

Varão de Deus, se a sua participação na igreja se limita a sua presença nos cultos, você não está imitando a Cristo. Se você não tem valorizado os momentos de comunhão, oração e serviço na igreja, você tem sido crente da maneira errada, não entendeu o que a Bíblia nos ensina sobre nossa natureza e nossa missão.

Você tem sido modelo na sua igreja e no seu lar?

"Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus" (1 Pedro 4:10).


4. Recebemos dons para a edificação da igreja

Nós somos instrumentos nas mãos de Deus para o louvor da sua glória, para manifestar ao mundo a presença e o poder do seu Reino. Deus nos deu a sua Palavra, a Bíblia, a unção do Espírito Santo e diversos dons para que sirvamos e edifiquemos uns aos outros. Cada crente possui ao menos um dom espiritual, devendo identificá-lo e aplicá-lo à vida da igreja.

Os homens de Deus não devem esconder ou negligenciar os dons que receberam, mas colocá-los a serviço da comunidade de fé, empenhando-se nas diversas necessidades e oportunidades que tem para ser útil, para fazer a vontade de Deus. Não esconda seus dons, não negligencie a sua missão!

Conheça o seu lugar no Corpo de Cristo

"Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos. A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso" (1 Coríntios 12:4-7).


5. A seara é grande

O Senhor da Seara nos diz: "A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos.
38 Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara" (Mateus 9:37-38). Há muito o que ser feito e poucos dispostos a fazer. A seara precisa de obreiros: evangelistas, missionários, mestres, discipuladores, conselheiros e diversos outros serviços. Onde estão os homens de fé? Onde estão os homens de coragem?

Deus convoca todos os varões para serem ativos e disponíveis, porque são urgentemente necessários no campo do trabalho espiritual e eclesiástico. Deus quer nos usar para alcançar os perdidos e discipular os crentes. Deus quer nossas mãos, nossos olhos, nossos pés, nossa boca. Ele quer usar nossas habilidades, talentos e aptidões na sua obra.

Você tem um chamado!

"Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século" (Mateus 28:19,20).


6. Nosso zelo inspira os mais jovens

Como homens de Deus, o nosso testemunho pode formar ou deformar as novas gerações, os mais jovens, que encontram no nosso exemplo um modelo a ser seguido, sendo inspirados por nossa dedicação à obra de Deus ou desestimulados por nossa apatia. Paulo escreveu ao jovem pastor Timóteo: "Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza" (1 Timóteo 4:12).

O que seus filhos enxergam quando olham para a sua atuação na igreja? O que os outros jovens pensam a respeito do Reino de Deus ao observar seu comportamento e sua dedicação ao serviço dos santos? Sejamos zelosos, operosos em obras e frutos, para a glória de Deus e a implantação do seu Reino invisível neste mundo, formando jovens comprometidos e firmes na fé.

Seja um modelo santo!

"Sede vigilantes, permanecei firmes na fé, portai-vos varonilmente, fortalecei-vos. Todos os vossos atos sejam feitos com amor" (1 Coríntios 16:13-14).


7. Devemos cooperar com o Corpo

Quão fácil é sentar-se na cadeira e esperar que os outros façam a sua parte! Os zeladores, o ministério de louvor, os irmãos da comunicação, o pastor... Afinal de contas, damos nossos dízimos e ofertas pelos serviços prestados e queremos o melhor! Nada poderia ser mais errado! Que pensamento egoísta e arrogante! Mas é dessa forma que muitos estão na igreja. Somos membros uns dos outros e devemos cooperar uns com os outros. Não fomos salvos para que sejamos servidos, mas para servir uns aos outros em amor.

Com os nossos dons espirituais, talentos, habilidades e aptidões; com as nossas orações, nossa profissão, nossos dízimos e ofertas somos convocados a fazer a nossa parte em tudo o que existe e acontece na igreja e por meio dela. Ninguém está isento. A igreja não é um clube, mas um exército de obreiros do Senhor.

Servir unidos é nosso propósito

"Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer" (1 Coríntios 1:10).


8. Temos o exemplo dos primeiros cristãos

A igreja nasceu na unidade, na mútua cooperação, no envolvimento de toda a igreja nas atividades e necessidades da comunidade cristã (Atos 2:42-47). Embora havia os apóstolos e, posteriormente, diáconos e outros ministros e obreiros separados (presbíteros, pastores e bispos), toda a igreja atuava na obra do Senhor, no cuidado uns com os outros, na batalha pela fé, no discipulado e na evangelização. Ninguém deveria ficar de fora.

De lá para cá, nada mudou na Palavra e na vontade de Deus para a sua Igreja. O que mudou foi nosso sentimento de Corpo, nossa motivação, nossas prioridades, nossa relação com Deus. Infelizmente, essa mudança não foi para a melhor. É preciso retornarmos aos primórdios, vivermos como os primeiros cristãos, comprometer-nos com Deus e com a sua obra.

Somos uma comunidade de partilha

"Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum" (Atos 4:32).


9. Nosso trabalho glorifica a Deus

A nossa missão como filhos de Deus é uma só: glorificá-lo. Tudo o que fizermos deve ter esse fim, do contrário, deveremos repensar a nossa conversão. Paulo escreveu: "Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus" (1 Coríntios 10:31). O que glorifica a Deus é: santidade, obediência, amor, comunhão, serviço, frutos e obras. Ser um crente SSS pode ser cômodo, mas não agrada a Deus.

Organize a sua vida de acordo com a agenda de Deus, não o contrário. Planeje servir Àquele que é Senhor da sua alma. Se você não dá o dízimo, passe a dar; se não oferta, passe a ofertar; se não evangeliza, passe a evangelizar; se não ora, passe a orar, se não lê a Bíblia, passe a ler.

Seja você uma luz!

"Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus" (Mateus 5:16).


10. Seremos recompensados por Deus

Todo envolvimento na obra do Senhor tem valor eterno e receberá recompensa no tempo de Deus. Não trabalhamos para sermos vistos, mas para que as pessoas enxerguem a Cristo através de nós. O nosso interesse deve ser fazer o Evangelho conhecido, ver vidas salvas e transformadas, praticar o amor, socorrer os aflitos, discipular os crentes, salgar e iluminar o mundo. Tudo isso por amor a Deus e compromisso com o seu Reino.

Um dia estaremos com o Senhor, na glória. Lá, seremos recompensados por sua graça, não porque merecemos, mas porque Ele assim o determinou. O que aqui plantamos, colheremos na eternidade. E se não plantarmos? E se não fizermos nada além de ir ao culto aos domingos "receber" algo de Deus? Pense nisso e comece a servir a Deus agora!


O seu lugar é na obra do Senhor

"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão" (1 Coríntios 15:58).

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quinta-feira, 3 de julho de 2025

TODOS: CINCO GRANDES FATOS QUE UNEM TODA A HUMANIDADE


TODOS: Cinco grandes fatos que unem toda a humanidade
Por Mizael Xavier

O QUE TEMOS EM COMUM?

Vivemos em uma grande diversidade de crenças e religiões, além daqueles que se professam ateus. Existe algum ponto de contato entre tanta diversidade e formas de crer em Deus e viver a fé? O que budistas e muçulmanos podem ter em comum? O que há de semelhante entre católicos e protestantes? E em que todos esses se possuem em comum com os ateus?

Aqui encontraremos cinco grandes fatos que unem toda a humanidade, independente de suas crenças, raças, culturas ou níveis sociais. Entender isto será decisivo para você alcançar o que todos nascem precisando desesperadamente, mesmo que não o reconheçam: a salvação da sua alma.

"Porque Deus a todos encerrou na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos" (Romanos 11:32).


FATO 1: UM ÚNICO DEUS

Todos temos um único Deus, criador de todas as coisas; um Deus que é Santo, Justo e Juíz, não importa qual a sua crença ou religião, nem mesmo se você é ateu. Pelo fato de Deus ser Santo, Ele não tolera o pecado e punirá os pecadores com o castigo eterno. Pecados são ofensas contra Deus, são uma rebelião contra a sua natureza e caráter.

"Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR" (Deuteronômio 6:4).

"Adorai o SENHOR na beleza da sua santidade; tremei diante dele, todas as terras. Dizei entre as nações: Reina o SENHOR. Ele firmou o mundo para que não se abale e julga os povos com equidade" (Salmo 96:9,10).


FATO 2: O PECADO ORIGINAL

Todos somos pecadores, carentes de salvação e estamos em rebelião contra Deus. Nossos pecados nos separam de Deus e nos condenam. Todas as nossas justiças diante de Deus são abomináveis, porque não podemos agradá-lo, amá-lo e servi-lo por nossos próprios meios. E como pecadores, estamos debaixo da ira de Deus.

"pois todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3:23).

"Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram" (Romanos 5:12).

FATO 3: O JUÍZO FINAL

Todos compareceremos um dia diante do Tribunal de Deus para sermos julgados por Ele. Se você morresse agora ou se Jesus voltasse neste momento, qual seria o destino da sua alma pecadora? Você está seguro de comparecer diante de Deus no Juízo Final, sabendo que a sua alma pode ser condenada ao inferno?

"E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo" (Hebreus 9:27).

"E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas. Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira" (Apocalipse 22:12-15).


FATO 4: SALVAÇÃO PELA GRAÇA

Todos só podemos ser reconciliados com Deus, obter o perdão dos nossos pecados e alcançar a vida eterna por meio da justificação pela fé em Jesus Cristo. Se o salário do pecado é a morte, o dom gratuito de Deus é a vida eterna. Quem crê em Jesus, comparece diante do Tribunal de Deus para receber a sua recompensa: o Paraíso eterno.

"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:26).

"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?" (João 11:25,26).


FATO 5: UMA ESCOLHA

Todos temos uma escolha pessoal para fazer, uma decisão pessoal para tomar. Você deve decidir agora, entregar sua vida a Jesus para ser salvo, pela graça. Ninguém pode fazer esta escolha por você. Creia e você será salvo!

"Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar" (Isaías 55:6,7).

"Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome" (João 1:11,12).


Conclusão

Se existem cinco fatos que nos unem, existe um único grande fato que separa aqueles que creem daqueles que não creem, os crentes dos incrédulos, os perdidos dos salvos: os salvos vão morar no céu, enquanto os perdidos serão punidos para sempre no lago de fogo.

"E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida. O vencedor herdará estas cisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho. Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte" (Apocalipse 21:5-8).


Arrependimento e conversão

Você deve reconhecer que é um pecador miserável e que seus pecados ofendem a Deus. Então, é necessário que você se arrependa sinceramente e se converta a Jesus, pela graça de Deus, por meio da fé somente.

"Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2 Pedro 3:9).

"Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados" (Atos 3:19).

"Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar" (Isaías 55:7).


Apelo final

Hoje você tem a oportunidade de buscar a salvação em Jesus Cristo e se tornar filho de Deus. Hoje você pode ter os seus pecados perdoados e a sua vida transformada. Hoje, Deus te chama para pertencer a Ele, agora e para sempre. Hoje pode ser o dia em que você irá garantir o seu lugar no céu, ao lado do Senhor, por toda a eternidade.

"Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação" (Romanos 10:9,10).


Oração

Se o Espírito Santo tocou seu coração e você deseja receber a Jesus Cristo como seu único e suficiente Senhor e Salvador, para amá-lo e servi-lo. Se você se arrepende sinceramente dos seus pecados e quer viver inteiramente para a glória de Deus, faça uma oração confessando seus pecados e declarando a Deus que agora a sua vida e a sua alma pertencem a Ele.

Procure uma igreja que pregue a Palavra de Deus de forma correta. Converse com o pastor sobre a sua decisão e passe a frequentar os cultos. Em breve, você será batizado, mas já faz parte da família de Deus, já está selado com o Espírito Santo.


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"Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela" (Mateus 7:13,14).

"E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida" (1 João 5:11,12).

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sexta-feira, 11 de abril de 2025

A CURA DAS FERIDAS INTERIORES

A CURA DAS FERIDAS INTERIORES
Autor: Mizael Xavier


Introdução

Para alcançar a cura das nossas feridas interiores, não basta apenas conhecermos a nossa própria história e entender que dependemos da graça de Deus para alcançar a cura. Existe um processo que se inicia por uma autoavaliação e que evolui até uma nova maneira de pensar, de sentir, de viver.


O real problema

Por mais que as pessoas e as circunstâncias nos tenham maltratado, o que pensamos e sentimos é de responsabilidade nossa. A maneira como encaramos os problemas é que determinará a forma como viveremos, que traumas e complexos vamos carregar e o que sentiremos em relação àqueles que nos machucaram e a Deus. Nossas crises interiores são, a priori, reflexo do nosso próprio coração, das nossas atitudes e da nossa rebelião contra Deus. Em resumo, devemos nos curar dos nossos próprios pecados. Jeremias profetizou a um povo cativo e espiritualmente doente:

Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados. Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los e voltemos para o Senhor” (Lamentações 3:39,40).


A graça que transforma

A Palavra de Deus não traz uma mensagem de autoajuda, com tantos passos que devemos dar para alcançar a cura emocional e espiritual. Ela nos revela a “ajuda do Alto”, a graça de Deus eficaz, que opera em nós a conversão e a santificação. A cura efetuada por Deus envolve um processo, não como um sistema que vai nos curando ao pouco, mas de atitudes que nos fazem depender de Deus, para vivermos uma vida cheia do Espírito Santo. Sem a graça de Deus, qualquer passo para a cura será uma jornada inútil. Paulo escreveu aos romanos:

“Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça” (Romanos 6:12-14).


O processo gracioso de cura

Viver o processo não significa praticar rituais ou viver de forma mecânica a Palavra de Deus, esperando que a cura aconteça. O poder de Deus não opera de forma pragmática, mas segundo a sua vontade e a sua graça, mediante a ação do Espírito Santo. Logo, os pontos que veremos a seguir não são para quem ainda não nasceu de novo, mas para os crentes em Cristo Jesus, selados com o Espírito Santo e que já foram transformados em novas criaturas.

Autoavaliação. É necessário coragem para avaliarmos a nós mesmos, para entendermos as fontes e as razões das nossas feridas interiores. Elas podem estar ligadas ao nosso próprio comportamento errado diante dos fatos que nos adoeceram ou a incapacidade de lidar com eles. Quais são as nossas verdadeiras dores? O que realmente machuca o nosso coração? Quem nos tornamos a partir disso? O que de fato precisa ser curado? Como lemos em Lamentações 3:40, nossos pecados são as verdadeiras causas das nossas dores, não importam os fatores externos que nos afligiram. Tendemos a culpar nossos pais, cônjuges, filhos, amigos, a igreja e até mesmo Deus, mas, no final das contas, carregaremos a nossa própria culpa. O mal que as pessoas fizeram conosco é um pecado delas; o mal que sentimos e praticamos a partir daí, é um pecado nosso.

Confissão. A partir do momento em que reconhecemos as fontes das nossas dores e a nossa responsabilidade, é preciso que as confessemos, para que sejamos curados. Não podemos sentar e esperar uma cura sobrenatural, automática, sem que façamos o que Deus espera de nós. Tiago escreve: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tiago 5:16). Não podemos ser curados enquanto guardamos escondidas nossas mágoas e ressentimentos; não podemos ser curados se não fomos perdoados e, para isso, é preciso reconhecer onde erramos e nossos sentimentos negativos em relação àqueles que erraram conosco. Devemos nos confessar a Deus e a pessoas de confiança, para que orem por nós e estejam conosco. Além disso, é preciso confessar nossas mágoas a quem nos ofendeu ou as nossas ações a quem ofendemos, perdoando e pedindo perdão.

Humildade. A humildade começa quando reconhecemos nossas falhas e prossegue quando admitimos a nossa impotência diante daquilo que nos perturba, a nossa incapacidade de promover a nossa própria cura e mudança. Muitos não buscam o poder de Deus para se curar nem a ajuda dos seus irmãos em Cristo, porque creem que não precisam ser ajudados, que podem enfrentar e vencer tudo sozinhos. Todavia, acabam a cada dia mais doentes e solitários. O apóstolo Paulo era bastante realista em relação às suas limitações interiores. Ele escreveu aos romanos: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço” (Romanos 7:18,19). A humildade nos lança aos pés do Senhor e nos faz entender que o Senhor usa as pessoas para promover a cura das nossas dores.

Rendição. Deus é soberano em sua vontade e obras. Ele não depende da nossa autorização para realizar seus grandes feitos. Apesar disso, em se tratando do ser humano, dos seus pecados e das suas dores, o Senhor deseja que o busquemos, que nos rendamos completamente a Ele, admitindo nossas fraquezas e clamando pelo seu agir, sem arrogância, mas totalmente convictos do nosso pecado, da nossa incapacidade e da necessidade urgente do seu socorro gracioso. Tiago escreve: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração. Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará” (Tiago 4:7-10). Rendidos ao Senhor, somos por Ele curados.

Cura e arrependimento. Para que sejamos curados, é preciso que clamemos ao Senhor por libertação de tudo aquilo que nos aflige e das nossas imperfeições. Se não é possível voltar no tempo para desfazer aquilo que as pessoas e as circunstâncias fizeram conosco, também é impossível retroceder no tempo e desfazer nossas reações e sentimentos em relação a essas coisas. O que nos resta é experimentar a cura de Deus hoje. Mesmo que o passado não seja apagado, mesmo que nossos erros não desapareçam, podemos ser curados das dores que eles nos causam, da nossa falta de perdão, da ira e de qualquer outro sentimento ruim que nos acompanha. Para isso, não serve mentalizar o passado e decretar a vitória no presente, mas é necessário arrependimento, confissão e clamor pelo perdão de Deus. O apóstolo João escreve: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós” (1 João 1:9,10). Enquanto vivermos apenas culpando as pessoas e as circunstâncias, sem reconhecer nossos pecados, jamais alcançaremos a cura.

Entrega. Quando chegamos aqui, significa que já vivemos a maior parte do processo, que não significa que demos tantos passos para a cura, porque tudo o que foi dito pode e deve acontecer em um único momento. E após reconhecermos nossa responsabilidade diante das nossas dores e confessarmos a Deus nossos pecados, a cura acontece quando nos entregamos, quando nos submetermos inteiramente à sua vontade. Muitos querem ser curados, mas não querem se sujeitar a Deus, querem fazer as coisas do seu jeito e, em muitos casos, manter as mesmas mágoas. A cura necessita de transformação da nossa mente, algo que não podemos operar em nós mesmos, mas que acontece somente quando submetemos nossa vontade à vontade de Deus. Paulo escreve: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:1,2). Não podemos ser curados enquanto insistimos na mesma mentalidade, nos mesmos sentimentos e nas mesmas atitudes.

Fé e esperança. A graça de Deus não é apenas um favor imerecido que nos dá a salvação que não merecemos, imputando-nos a justiça de Cristo. Ela também é o poder que opera em nós o novo nascimento, a santificação, o crescimento espiritual e a perseverança. A graça também nos dá poder para cumprirmos a vontade de Deus, obedecermos aos seus mandamentos e sermos cheios com seu Santo Espírito. Neste processo de cura, precisamos de fé e esperança, da certeza de que Deus opera eficazmente em nós, que Ele nos cura e nos liberta. Paulo escreveu aos filipenses: “Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Filipenses 2:12,13). Não podemos esperar que sejamos curados que não temos certeza do agir de Deus, se desconfiamos do seu poder ou se duvidamos que Ele poderá curar nossas feridas que consideramos tão grandiosas e nossos pecados que sabemos ser muito sérios.

Perdão. Muitas vezes, o que nos adoece não é aquilo que fizeram conosco, mas as mágoas que guardamos no coração, que nos levam a não perdoar, mas a guardar ressentimentos que mancham nossa alma e nos transtornam. Humanamente falando, não é tão fácil liberar o perdão: quanto maior o mal que nos foi causado, maior será a nossa resistência em perdoar. Achamos relativamente fácil perdoar pequenas faltas, mas abusos, violências e traições perversas, nem sempre somos capazes de perdoar e esquecer. Todavia, quando somos transformados pelo perdão de Deus, quando nos tornamos templos do Espírito Santo, recebemos um poder sobrenatural para perdoar aqueles que nos ofenderam. É a graça de Deus, não a nossa vontade e capacidade. Além disso, o perdão que devemos a quem nos ofendeu não é apenas um ato de graça, mas um mandamento que nos foi dado por Aquele que nos amou e nos perdoou quando ainda éramos pecadores (Romanos 5:8-10). Podemos ver a seriedade com que Deus trata o perdão nas palavras do Senhor Jesus, que nos ensinou a orar: “e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores [...] Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mateus 6:12,14,15). Sem perdão, não existe cura. Como já dissemos, é preciso perdoar e pedir perdão.

Reconciliação. As nossas feridas interiores podem ter sido causadas por nós mesmos, por nossas próprias ações e omissões. Reclamamos tanto do que as pessoas fizeram conosco, que esquecemos daquilo que fizemos a nós mesmos, das doenças físicas e espirituais que atraímos, do quanto nos machucamos, inclusive, ao machucar outros. No processo de cura, a reconciliação é importante. Em primeiro lugar, a nossa reconciliação com Deus por meio do arrependimento, da confissão e do abandono de pecados. Existem, porém, alguns pecados que praticamos e que não fazem mais parte da nossa realidade, mas que nos deixaram marcas, consequências e feridas. São pecados que não conseguimos nos perdoar e esquecer. Neste caso, devemos confiar no perdão de Deus e nos perdoar também. Em relação aos males que nos causaram e que causaram inimizades, distanciamentos e mágoas, a Palavra de Deus nos chama à reconciliação. O Senhor nos ensina: “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta” (Mateus 5:23,24). Nem sempre será possível retomar a relação anterior, mas, por meio do perdão e da reconciliação, passamos a ter paz e permitimos que a outra parte também experimente essa paz. Se quem nos ofendeu e que nós ofendemos já faleceu, bastará nossa reconciliação com Deus por meio do seu perdão. Se a outra parte não desejar perdoar, pedir perdão ou buscar a reconciliação, ainda assim devemos fazer a nossa parte e estar em paz com Deus. As exortações do apóstolo Paulo são essenciais neste ponto: “Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos. Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens; se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens; não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor” (Romanos 12:16-19).

Novo viver. Em Cristo, já somos novas criaturas, nascidas não da vontade da carne nem do homem, mas de Deus, o que significa que fomos por Ele regenerados, que nascemos de novo e vivemos uma nova e verdadeira vida (João 1:12,13; 3:3-8; 2 Coríntios 5:17; Gálatas 6:15; Efésios 4:22-24; Romanos 6:4-7). Nesta nova vida, ainda carregamos muitas pendências interiores e com algumas pessoas; trazemos mágoas e feridas que precisam ser curadas. Quando curados por Deus, passamos a viver de maneira diferente, mentalmente saudável, espiritualmente leve. Nesta vida transformada e que se renova diariamente pela graça de Deus, além de resolver nossas questões passadas, damos especial atenção a nossa vida a partir da cura, mantendo uma avaliação constante de nós mesmos e nos policiando em relação ao nosso comportamento (pensamentos, sentimentos, palavras, ações e omissões). Quando perdoados por Deus, não temos a autorização para pecar novamente. O pecado não é como uma roupa que tiramos, jogamos fora e trocamos por outra, ou seja, outro pecado. Aquele que experimentou a cura de Deus, que pensa estar em pé, deve cuidar para que não caia (1 Coríntios 10:12). Paulo escreveu aos romanos a respeito da nossa atitude diante da grandiosa graça de Deus: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?” (Romanos 6:1,2). Como novas criaturas e crentes curados por Deus, devemos viver em santidade, sujeitando-nos ao mover do Espírito Santo, para que sejamos sempre conforme a imagem de Cristo em nós.

Multiplicação. O conteúdo* que tomei como base para este estudo, terminava no ponto anterior, o “novo viver”. Todavia, julguei necessário abordar esta verdade: a cura das nossas feridas interiores ocorre por meio da comunhão uns com os outros na igreja local. Nesta comunhão, damos e recebemos amor, somos aconselhados, exortados, admoestados, corrigidos, repreendidos, ensinados e discipulados. Em comunhão com nossos irmãos em Cristo, experimentamos a alegria do socorro, recebemos orações e oramos, confessamos nossos pecados e ouvimos confissões, apoiamos uns aos outros e suportamos também uns aos outros. Na medida em que somos curados, ajudamos aqueles que também precisam de uma cura. Isto não se dá por meio de um evento programado de cura e de libertação, como muitas igrejas fazem, mas por meio da graça de Deus e dos relacionamentos santos que mantemos uns com os outros, quando enfrentamos todo o processo que este estudo traz. Uma das grandes bênçãos desta comunhão é a multiplicação, quando aplicamos a outros aquilo que o Senhor fez por nós. O que recebemos de Deus por meio de Cristo, transmitimos a outros: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus. Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo” (2 Coríntios 1:3-5). Que grande alegria sermos usados por Deus para abençoar a vida dos nossos irmãos em Cristo e de todos aqueles que precisam experimentar o consolo e a cura que vêm de Deus!


Conclusões

Todos trazemos marcas do passado e feridas do presente. Todos os que somos convertidos pelo Espírito Santo, possuímos uma história de vida. Particularmente, fui bastante ferido pela vida, principalmente em tudo o que sofri com o bullying. Por outro lado, reconheço que fui a causa da ferida de muitas pessoas, que, acredito, carregam mágoas de mim. Não podemos caminhar com esses esqueletos no armário do nosso coração, mas precisamos nos libertar de tudo aquilo que nos machuca, que nos impede de vivermos plenamente para Deus. Esta é a verdadeira razão da cura: não desejamos ser curados apenas por causa do nosso bem-estar pessoal, mas porque queremos servir mais e melhor a Deus, queremos ser curados para amar mais e melhor a Deus e, dessa forma, não apenas nos tornarmos crentes melhores, mas amarmos e servirmos aos nossos irmãos e ao próximo. A cura deve ser buscada por aqueles que já foram curados da mancha do pecado original, que já foram regenerados, reconciliados, santificados, salvos e glorificados pela graça redentora de Deus, em Cristo. Isso não é para o nosso deleite pessoal, mas para a glória de Deus, conforme escreveu Paulo, em Efésios 1:1-14. Se queremos ser curados todos os dias, o caminho é a graça e a glória de Deus, que vem acompanhada da abnegação: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus. Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco para a igreja de Deus, assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos” (1 Coríntios 10:31-33).


*Observação

Este estudo foi adaptado do estudo “Graça: o poder para mudar”, da série “Caráter”, desenvolvido nas igrejas batistas e, por sua vez, adaptado da “Bíblia de Estudo do Discipulado”. Várias modificações foram feitas, acima de tudo na ordem dos pontos apresentados. O ponto que aqui fala sobre “reconciliação”, originalmente falava sobre “restituição”. A mudança ocorreu porque este autor entende que Deus não nos cobra a restituição dos atos passados, mas nos perdoa gratuitamente, pelos méritos de Cristo. Um irmão que roubou um celular, pode restitui-lo ao seu dono; mas o que dizer de alguém que tirou a vida de uma pessoa, como restituir essa pessoa à vida? Embora cada caso deva ser tratado de forma específica, o fato é que o perdão de Deus é gratuito e nos isenta de culpa, dando-nos a vontade e a capacidade para não pecarmos mais. Em todo caso, é importante sempre pedirmos perdão a quem ofendemos e perdoar a quem nos ofendeu, não importando o grau e a intensidade da ofensa.

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sábado, 15 de março de 2025

A IMPORTÂNCIA DA EBD NO COMBATE À IGNORÂNCIA BÍBLICA

A IMPORTÂNCIA DA EBD NO COMBATE À IGNORÂNCIA BÍBLICA
(Mizael Xavier)

Enquanto escrevo este capítulo (março/2025), um falso profeta mirim está no auge da sua carreira. O seu ministério consiste em profetizar bençãos e vitórias, afirmando, muitas vezes, ser o próprio Deus que fala pela sua boca. Ele próprio já afirmou que Deus não o chamou para ser pregador, mas profeta. Também pudera, não existe nada em suas palavras que de longe se pareça com a doutrina bíblica. A sua teatralidade esdrúxula, com as línguas estranhas mais estranhas, só não impressiona mais que o número de pessoas que seguem e apoiam o seu "ministério" e a quantidade de igrejas que estão dispostas a pagar por suas apresentações. Para fins do nosso estudo, é importante que pensemos sobre os motivos que levam milhares de pessoas a darem atenção a esses falsos profetas, o que podemos resumir em apenas dois pontos. Primeiro, quem segue esses falsos profetas e consome suas heresias e produtos, não está interessado em Deus, mas nas bençãos de Deus; não se importa com falsos ensinos, contando que atendam às suas expectativas e ambições. Esses se enquadram naquilo que Paulo alertou a Timóteo:

Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério (2 Timóteo 4:1-5).

Esse tipo de ouvinte dificilmente será um verdadeiro convertido, mas alguém que busca na fé cristã o que outros buscam nas outras religiões e até mesmo na bruxaria, sem nenhum compromisso com Deus e com a sua Palavra. O que esses indivíduos precisam é da pregação do Evangelho para arrependimento e conversão.

Um segundo ponto, porém, retrata a deficiência do ensino e do aprendizado da Palavra de Deus, uma responsabilidade inerente a todos os crentes e às lideranças das igrejas. Muitos que emprestam suas atenção aos falsos ensinos, fazem-no por ignorância bíblica, por não conhecerem a verdade para compará-la com aquilo que escutam. Não é difícil encontrar crentes que, mesmo após muitos anos de conversão, não possuem um sólido conhecimento das Sagradas Escrituras nem são capazes de manuseá-las e aplicá-las com destreza. Essa realidade está ligada a fatores internos e externos. Como fatores internos, temos problemas diversos inerentes a cada indivíduo. Muitos não leem nem estudam a Bíblia porque jamais criaram o hábito da leitura. Ler a Bíblia lhes dá sono. Outros possuem problemas de aprendizado ou não sabem ler nem escrever. Com o avanço das tecnologias e o fácil acessos à Bíblia em áudio pelo aparelho celular, essas desculpas não fazem sentido. Também podemos citar a desculpa da falta de tempo, as prioridades de cada um, conflitos familiares, entre outros.

Como fatores externos existe a negligência das igrejas em prover o estímulo à leitura e ao estudo da Bíblia, bem como momentos de aprendizado, como é a EBD. Algumas igrejas são negligentes de maneira deliberada, porque não é importante para seus negócios que os fiéis estudem a Bíblia. Outras, por uma mentalidade equivocada de que o crente não precisa estudar a Bíblia, uma vez que ele recebe a iluminação diretamente do Espírito Santo. Outras ainda não atentaram para a importância do ensino bíblico na igreja e resumem a transmissão do conhecimento bíblico à pregação dos cultos de domingo. Por fim, muitos ministérios até se esforçam para criar e manter a sua EBD ativa, mas não conseguem contar com a assiduidade dos membros, que pouco se importam e pouco participam. EBDs vazias, porém, não são o problema, mas o sintoma de uma doença espiritual que precisa ser tratada e curada, o que é um dos objetivos deste livro.

A falta de conhecimento gera destruição (Oseias 4:6). Sem o conhecimento correto, não existe prática ou essa falta gera práticas incorretas, levando o crente a pecar contra Deus por não conhecer a verdade. Além do risco de legitimar as heresias, a ignorância bíblica pode nos levar a orar da maneira errada, a praticar os mandamentos de forma incorreta, a dar mais valor aos usos e costumes do que a piedade genuinamente bíblica. Certo pastor pentecostal disse abertamente na sua igreja que crente que não dá o dízimo não é crente de verdade ou pode perder a sua salvação. A EBD existe para combater esses falsos ensinos e a firmar a mente e o coração dos crentes no conhecimento e na prática da sã doutrina. E se existe a EBD, também existem aqueles que nela ensinam, separados e capacitados por Deus para ensinar seu povo, a fim de que ninguém se deixe levar pelo engano, mas que todos cresçam, sejam sadios na fé e se pareçam com o Senhor Jesus, como escreveu Paulo aos efésios:

E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro (4:11-14).

Este texto faz parte do livro ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL: MANUAL DO ALUNO, de Mizael Xavier. Lançamento em breve!


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sábado, 7 de dezembro de 2024

A VENERAÇÃO A MARIA E AOS SANTOS É IDOLATRIA?

A VENERAÇÃO A MARIA E AOS SANTOS É IDOLATRIA?
(Mizael Xavier)

Um dos grandes abismos que separam a fé reformada da fé católica é a idolatria católica a Maria e aos santos. No entanto, os católicos insistem que aquilo que os cristãos protestantes chamam de "idolatria", é apenas uma veneração respeitosa à pessoa de Maria e dos santos que estão no céu, que foram exemplo de fé, de caridade e de virtude. Sem entrar em questões relacionadas à comunhão dos santos e à intercessão dos mortos a favor dos vivos, vamos a uma rápida análise para entendermos se a veneração católica é idolátrica ou simples veneração.

Vejamos duas das principais justificativas para a veneração católica, repetidas pelos fiéis católicos todas as vezes que são confrontados e questionados pelos protestantes.


Há tipos diferentes de cultos

A primeira justificativa católica é que, na Bíblia, existem diferentes tipos de cultos prestados pela igreja. O primeiro é a "latria", que é a adoração dedicada exclusivamente a Deus, conforme o ensinamento de Cristo, ao rebater o diabo: "Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto" (Lucas 4:8). O segundo é a "dulia", um culto prestado aos santos já falecidos. Apesar de todas as justificativas católicas, não existe apoio escriturístico para a "dulia". O termo grego sugerido, "douleuo", não apoia esse tipo de culto. Além disso, outro termo utilizado para serviço, "doulos", significa "escravo". Tipo de culto prestado pelos católicos é a "hiperdulia", o culto especial prestado à Maria, devido à sua maior honra, por ser a mãe de Jesus. Além desses, soma-se a "protodulia", que é uma veneração especial em honra a São José, pai terreno de Jesus e pai biológico dos demais filhos e filhas de Maria.

Estes cultos sugerem adorar a Deus por meio do culto a Maria e aos santos, com a justificativa de que o fim de todo culto é Deus. No entanto, não existe qualquer ensinamento bíblico que devemos cultuar a Deus por meio de outras pessoas. A centralidade do culto dos cristãos no Novo Testamento era o Senhor Jesus. Ele é o único Mediador entre Deus e nós: "Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" (1 Timóteo 2:5). Jesus Cristo também é nosso único e suficiente Senhor e Salvador, não havendo necessidade da mediação de Maria ou intercessão dos santos: "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (Atos 4:12).

Portanto, ainda que o católico insista em cultuar imagens de escultura e/ou as pessoas que elas representam por simples honraria e respeito, também isto não é bíblico e não fazia parte da fé e da prática da igreja neotestamentária. Jesus era o centro da vida e da adoração cristã, como único caminho que leva ao Pai (João 14:6). Em seu Nome cremos, vivemos, adoramos a Deus, fazemos boas obras, damos frutos e evangelizamos. Os mortos não têm mais parte neste mundo. Podemos, sim, honrar sua memória e seguir seu exemplo, mas jamais como se eles recebessem nossas honras, porque estão mortos, não tem poder ou mérito algum para interceder por nós. Por melhores que tenham sido nesta vida, não merecem altares, catedrais, festividades, cultos, procissões, velas, incensos, louvores ou o que quer que seja. Não existe um único texto bíblico que apoie isso. Quando se fala em intercessão de uns pelos outros, na Bíblia, fala-se de vivos que oram a Deus pelos vivos (cf. 1 Tessalonicenses 1:2; 5:25; Efésios 3:14-19; 6:18; 2 Coríntios 1:11; 1 Timóteo 4:1,2; etc.). Apocalipse 5:8 em nada apoia a prática católica da intercessão dos santos.

Em suma, a Bíblia só apresenta dois tipos de culto: aquele que é dirigido a Deus e o culto idólatra, que é dirigido a qualquer ser, pessoa ou coisa que não é Deus.


Os santos não são deuses

Os católicos justificam a sua "veneração" a Maria e aos santos afirmando que eles não são deuses e, portanto, a sua prática não é "idolatria", ou seja: "adoração a ídolos". Para os católicos, Deus proíbe apenas o culto aos falsos deuses e às suas imagens. Leiamos o texto do Decálogo, que está ausente na apresentação dos Dez Mandamentos propagada pelo catolicismo romano, em Êxodo 20:1-6:

Então, falou Deus todas estas palavras: Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.

Se no v. 3 o Senhor ordena que não haja outros deuses (que são falsos deuses, seres inexistentes e mitológicos, na nossa concepção moderna), no v. 4, Ele ordena que não sejam feitas imagens de escultura de nada que exista nos céus, na terra, nas águas e debaixo da terra. Neste caso, trata-se de coisas, animais ou pessoas, não de deuses, porque estes não existem, logo, não estão em lugar algum. Não podemos confeccionar imagens para adoração ou culto de nenhuma dessas coisas. Os santos mortos estão no céu (alguns no inferno, Deus o sabe), eles caminhavam sobre a terra. Portanto, estão na categoria de coisas que não devem ser adoradas nem merecem uma imagem de escultura para ser cultuada com dulia, hiperdulia ou protodulia.

A idolatria não se trata apenas de adoração aos falsos deuses e às suas imagens de escultura, mas de tudo aquilo que o homem coloca no lugar de Deus para servir e adorar. No caso de Maria, os santos e os anjos, embora não sejam colocados diretamente no lugar de Deus para substituí-lo, são postos antes de Deus como seus porta-vozes e intermediários, ao menos na fé oficial da igreja. Na prática, no entanto, o culto a Maria, aos santos e aos anjos não tem outro fim, senão eles mesmos. Os devotos mais fanáticos de Maria não a adoram como uma forma de adorar a Deus, mas a adoram por ela mesma. Quando um fiel se derrama em lágrimas diante de uma estátua de Maria ou algum santo, não tem em vista Deus, mas a pessoa ali representada. As festas de padroeiros não são dedicadas a Deus, mas aos padroeiros. Quando uma benção é recebida, os méritos não são de Deus, mas do santo a quem se rezou. A idolatria, decididamente, não é uma "adoração a um falso deus", mas pode incluir tudo que rouba o lugar de Deus em nosso coração. Paulo escreveu aos colossenses: "Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus [sobre os filhos da desobediência]" (3:5,6). A avareza é um tipo de idolatria.

Em Romanos 1:24,25, está claro que Deus não condena apenas a adoração a falsos deuses, mas também aquela que é direcionada à "criatura", ou seja, um ser real: "Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!". Homens, mulheres e anjos não são seres mitológicos inexistentes, mas criaturas de Deus. Não existe justificativa! Jesus e os apóstolos não nos ensinaram nenhuma prática católica relacionada ao culto a Maria ou quem quer que seja.


A história da idolatria católica romana

O culto católico aos santos, anjos, imagens de escultura e a Maria começou a se desenvolver gradualmente nos primeiros séculos do cristianismo, mas só foi formalmente estabelecido ao longo dos séculos seguintes. Eis um resumo do processo:

1. Culto aos Santos

Início: Por volta do século II, os cristãos começaram a venerar mártires, ou seja, aqueles que morreram por sua fé em Cristo. Seus túmulos eram visitados e reverenciados como locais sagrados.

Razão: A crença era de que os santos estavam na presença de Deus e podiam interceder pelos vivos.

Oficialização: O culto aos santos foi formalizado no Concílio de Nicéia II (787 d.C.), que afirmou a legitimidade da veneração.


2. Culto aos Anjos

Início: Desde os primeiros séculos, os anjos eram reconhecidos como mensageiros de Deus, com base nas Escrituras (por exemplo, Gabriel e Miguel).

Razão: Os cristãos acreditavam que os anjos protegiam e intercediam pelos humanos.

Oficialização: O culto aos anjos foi aceito gradualmente, sendo reforçado por tradições eclesiásticas e textos apócrifos.


3. Uso e Culto de Imagens

Início: As imagens começaram a ser usadas como ferramentas pedagógicas para ensinar analfabetos sobre os eventos bíblicos, por volta do século III.

Debate: No início, muitos cristãos rejeitavam o uso de imagens devido à proibição bíblica da idolatria (Êxodo 20:4-5). A controvérsia se intensificou durante a crise iconoclasta (séculos VIII e IX).

Oficialização: O Concílio de Nicéia II (787 d.C.) decretou que as imagens poderiam ser veneradas, mas não adoradas. A adoração (latria) era devida somente a Deus.


4. Culto a Maria

Início: A veneração a Maria começou a crescer nos séculos IV e V, especialmente após o Concílio de Éfeso (431 d.C.), que proclamou Maria como Theotokos (Mãe de Deus).

Razão: Isso reforçou sua posição como intercessora e modelo de santidade.

Desenvolvimento: Práticas como o Rosário e festas marianas foram sendo incorporadas gradualmente na liturgia e na devoção popular.


Perspectiva Reformada

Os reformadores protestantes (século XVI) rejeitaram essas práticas, argumentando que elas violavam os ensinamentos bíblicos, especialmente os mandamentos contra a idolatria (Êxodo 20:3-6; Isaías 42:8; Mateus 4:10). Eles enfatizavam a adoração exclusiva a Deus e a intercessão única de Cristo (1 Timóteo 2:5). Essas práticas não existiam no cristianismo primitivo e se desenvolveram ao longo do tempo, muitas vezes influenciadas por fatores culturais, teológicos e políticos. Para os reformadores e muitos grupos cristãos, essas tradições são vistas como desvios das Escrituras.


Refutando um católico

Quero citar as palavras de um católico quando o confrontei com algumas práticas católicas que revelam idolatria, como incenso, procissões, catedrais erguidas em homenagem a Maria, a santos, etc. Entre colchetes, um breve comentário meu.

Mizael Souza Você não consegue provar e parte para o achismo.

1- Você diz oferenda como se nós fizéssemos como os pagãos, que oferecem coisas materiais aos seus ídolos.

[Qualquer coisa oferecida em honra a Maria e aos santos é uma oferenda, que pode ser prometida para se alcançar uma graça ou dada após a graça ser alcançada. As igrejas, santuários e outros locais considerados sagrados pelos católicos estão repletos de velas, flores, objetos pessoas e dinheiro depositado aos pés das estátuas. Além disso, a própria vida devotada de Maneira escrava a Maria - como ensina Montfort - é uma espécie de oferenda. Em Jeremias 7:17,18, vemos algo parecido com a adoração católica à Maria: "Acaso, não vês tu o que andam fazendo nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém? Os filhos apanham a lenha, os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha, para se fazerem bolos à Rainha dos Céus; e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira". Uma família inteira dedicada à idolatria, atraindo sobre si a ira de Deus]


2 - As velas eram usadas nas catacumbas para iluminar o ambiente. Com o tempo elas passaram a simbolizar o calor do amor divino penetrando na cera da nossa alma. É apenas um símbolo, não tem nada a ver com oferta.

[Embora possam ser um mero símbolo utilizado de devoção, oração e fé em ritos litúrgicos, o uso de velas não encontra apoio nas Escrituras e de nada serve ao verdadeiro culto cristão. A fé cristã não necessita de subterfúgios, de simbologias, mas de verdade e vida, de prática da Palavra de Deus. Jesus falou a respeito da verdadeira adoração, em João 4:23,24: "Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade."


3 - O incenso também é apenas um símbolo, que também era usado no culto do Templo. O incenso simboliza a oração, que sobe vagarosamente ao céu com um odor agradável a Deus.

[O que foi dito sobre o uso de velas, também se refere ao uso do incenso no culto cristão. Na igreja católica, o incenso é usado em missas solenes, adoração ao Santíssimo Sacramento, funerais e festividades litúrgicas. O seu uso é justificado com base em textos como Êxodo 30:34-38 e Apocalipse 8:3,4, sendo este último em sentido simbólico. Além da inutilidade do simbolismo, podemos destacar que não estamos mais na Antiga Aliança, de modo que, em Cristo, cessou o sacerdócio levítico e todas as demais sombras que não encontram mais espaço na Nova Aliança inaugurada pelo sacrifício vicário do Senhor. De todo o livro de Hebreus que trata da superioridade de Cristo como Profeta, Sacerdote e Rei, citemos apenas o v. 13 do capítulo 8: Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer". Assim como velas, Jesus e seus discípulos não usaram incenso nem ensinaram o seu uso na igreja]


4 - Os dias festivos são dias dedicados para a memória dos santos, não tem nada de oferenda.

[Não se trata apenas de oferendas físicas, mas espirituais e ritualísticas. Como o uso do incenso, as festas religiosas também não possuem mais razão nem serventia para a fé cristã. No livro de Gálatas, escrito por Paulo para combater as heresias dos judaizantes que perturbavam a igreja, Paulo questiona os gálatas, outrora adoradores de deuses pagãos, mas que agora se viam obrigados a guardar as festas judaicas por conta da influência dos falsos profetas. Ele escreve, em 4:8-11: "Outrora, porém, não conhecendo a Deus, servíeis a deuses que, por natureza, não o são; mas agora que conheceis a Deus ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como estais voltando, outra vez, aos rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para convosco". Se é errado para o cristão a prática de festividades judaicas que eram dedicadas a Deus, pior será a realização de festas em homenagem a Maria, aos santos e aos anjos! Mais uma vez, o Novo Testamento não contém relatos de Jesus e seus apóstolos festejando pessoas mortas]


5 - Erigir santuários com o nome de Nossa Senhora nada mais é que uma forma de veneração, de homenagem. Que mal tem nisso?

[O mal está no fato de que a Bíblia não ensina nem encoraja a construção do que quer que seja para homenagear Maria, santos e anjos. Todas as igrejas fundadas pelos apóstolos pertenciam a um só Senhor e eram dedicadas inteiramente a Ele. Quando lemos sobre a passagem de Paulo por Atenas, em Atos 17:10-34, vemos que aquela cidade possuía diversos templos dedicados ao panteão de deuses gregos, onde as imagens de escultura e a idolatria eram abundantes, chegando a transformar o apóstolo. Paulo diz, no v. 24: "O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas". Podemos fazer uma ponte com João 4:21, onde o Senhor diz à mulher samaritana: "Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai". Fica claro que não existe mais necessidade de templos com a finalidade que existia no Antigo Testamento, porque a presença de Deus não se limita ao templo e a nossa adoração é espiritual. O uso que fazemos dos espaços de culto público não é o mesmo que os judeus faziam do templo. E se não precisamos mais erguer templos em homenagem a Deus, por que o faríamos em homenagem a Maria? Estes se assemelham aos templos pagãos que Paulo encontrou em Atenas]


6 - Deixar flores é apenas um gesto que demonstra amor. Ou você acha que se eu deixar flores no túmulo de um ente querido significa que eu estou o adorando?

[Neste ponto também se aplicam os mesmos princípios das velas e do incenso. Com relação a depositar flores nos túmulos de entes queridos, não vejo nenhum problema com isso, uma vez que é algo cultural e afetuoso. No entanto, esta prática católica vai além da cultura e da afeição, fazendo parte do "culto aos mortos", algo presente nas religiões pagãs. Mesmo que a justificativa seja de homenagem e veneração à memória dos mortos, sabemos que, em relação a Maria e aos santos, tal homenagem é bem mais profunda e idolátrica. Não existe nenhum ensino bíblico que apoie a homenagem aos entes ou santos falecidos, muito pelo contrário! Assim lemos em Isaías 8:19: "Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?". Por que consultaríamos a Maria, aos santos e aos anjos? Por que homenageá-los, uma vez que não possuem acesso a este mundo e não podem receber a nossa homenagem?]


7 - Dar esmolas é um ato de caridade recomendado pelo próprio Jesus: "Vendei o que possuís e dai esmolas" (Lc 12,33)

[Embora as obras de caridade e as esmolas sejam importantes e partes essenciais da piedade cristã, a questão não são as esmolas como um bem que se faz ao próximo, mas o dinheiro, a caridade e o serviço ofertados como uma forma de homenagem ou de pagamento de promessas a Maria ou algum santo. Os católicos costumam depositar dinheiro aos pés das imagens de escultura, como uma forma de honrá-las ou àqueles que elas representam. Além disso, as esmolas, na igreja católica, nem sempre são ofertas desinteressadas, mas servem aos propósitos da reparação de pecados e santificação pessoal, o que já entra em questões ligadas à penitência e às indulgências. Apesar disso, a igreja católica enfatiza a necessidade de ofertar com amor e sem interesses pessoais. Ainda assim, quando feitas em homenagem aos mortos, deve ser qualificado como uma atitude idólatra, pagã e antibíblica]

8 - Quanto às promessas, elas são feitas a Deus, mas pode-se prometer com a intercessão dos santos.

[Aqui existem dois erros: primeiro, não existe ensino bíblico sobre fazer promessas a Deus para receber dele alguma benção. As nossas orações necessitam apenas de fé, de serem feitas em Nome de Jesus e de confiança na vontade soberana de Deus. As promessas são uma forma de negociar a resposta de Deus às nossas petições, como fazem muitos evangélicos ao darem seus dízimos ou participarem de campanhas. Jesus e seus apóstolos não utilizaram nem ensinaram tal artifício. As promessas católicas em tudo diferem dos votos que eram feitos no Antigo Testamento, como, por exemplo, em 1 Samuel 1:11 e Gênesis 28:20-22). As promessas católicas, como peregrinações, doações ou abstinências, são entendidas como atos de sacrifício e devoção, fortalecendo a fé e a espiritualidade pessoal. Segundo erro: a intercessão de Maria e dos santos. Como já vimos, somente a mediação de Jesus já nos basta. Os santos estão mortos e nada podem fazer pelos vivos. Tudo o que Deus nos dá e faz é por sua graça, por causa dos méritos de Cristo. Nada mais precisamos]

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

VIAGEM PARA O INFERNO

Viagem para o inferno
(Mizael Xavier)

Uma mensagem evangelística jamais estará completa nem poderá conter toda a verdade se não alertar sobre o inferno. Apesar de que não existe uma meia verdade, logo, qualquer pregação que oculta a realidade da condenação eterna dos ímpios no fogo do inferno, não pode ser uma pregação verdadeira. Embora alguns estudiosos, falsos mestres e leigos insistam que o inferno é apenas uma figura de linguagem para se referir à ira de Deus e não um lugar real, com fogo real e sofrimento real, o fato é que ele existe e receberá todos aqueles que não crerem em Jesus Cristo como seu único e suficiente Senhor e Salvador durante a vida. A destruição dos ímpios, incrédulos e abomináveis não tarda. Mas que não se enganem os que se acham bonzinhos ou os religiosos, que apenas frequentam igrejas e praticam rituais, mas que jamais creram em Jesus para a salvação. Cuidem-se aqueles que acreditam que suas obras farão com que mereçam um lugar no céu. Estejam alertas os que se fiam na intercessão de Maria ou algum santo. O Dia do Senhor virá quando menos esperam e lhes mostrará que somente Cristo pode salvar. Eis a promessa de Deus "Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus [...] Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" (João 3:18,36).

A eterna destruição não tarda, como escreveu Paulo: "em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder" (2 Tessalonicenses 1:8,9). O mais terrível no inferno, para o ímpio, será estar banido da presença de Deus para sempre, pensando nas oportunidades que desperdiçou de se converter, no quanto odiou os crentes e perseguiu a igreja, nas bíblias que rasgou, nos carnavais que escarneceu do Senhor, nas suas ideologias nefastas e que atentavam contra a criação de Deus. Os banidos estarão no mesmo nível que Satanás e seus demônios. Mas se o inferno já é uma imagem terrível de se pensar, o que dizer do lago de fogo? Sim, o inferno não é o último estágio do sofrimento, porque o próprio inferno será lançado para dentro de um lago de fogo, como lemos em Apocalipse 20:13-15:

Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.

Vejamos algumas características de ambos os lugares de tormento eterno descritas na Bíblia, que apresenta o inferno e o lago de fogo como lugares de punição eterna, sofrimento e separação de Deus.


Inferno

O inferno é descrito como um lugar de escuridão total (Mateus 25:30), um lugar de sofrimento consciente e constante (Lucas 16:23-24), um lugar de fogo inextinguível (Marcos 9:43,44). O inferno é onde o ímpio sofrerá punição eterna, um castigo que dura para sempre (Mateus 25:46), onde ele estará para sempre separado da presença de Deus (2 Tessalonicenses 1:9). Este lugar terrível foi originalmente preparado para o diabo e seus anjos (Mateus 25:41), mas também receberá os ímpios, os malditos.

Lago de fogo

Este terrível ambiente que receberá o próprio inferno, é o lugar de segunda morte, a punição final para os condenados (Apocalipse 20:14). O sofrimento a ser experimentado ali será eterno: "O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos" (Apocalipse 20:10). O lago de fogo arderá com uma mistura de fogo e enxofre (Apocalipse 21:8). Ele é o destino final dos ímpios e do diabo e todos os seus servos e seguidores (Apocalipse 20:15). Lá, o tormento será consciente e eterno (Apocalipse 14:10,11).

O caminho do inferno é trilhado por todos aqueles que nasceram após a Queda. Em sua graça, Deus enviou seu Filho para que, pela fé, alguns fossem inseridos no caminho do céu. Perceba que no texto de João 3:18 que citamos, aqueles que não creem "serão", mas "já estão" julgados, o que significa que já receberam a sentença de condenação. O autor de Hebreus escreveu: "E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação" (Hebreus 9:27,28). Após a morte e no dia do Juízo, ninguém comparecerá diante de Deus com a chance de mudar a sua sentença. Os que morreram sem Cristo, já serão lançados no inferno; no entanto, aqueles que viveram e morreram aguardando o Senhor para a salvação, serão levados com Ele para o céu. Da mesma forma que não existe nenhuma condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus (Romanos 8:1,2), também não há esperança alguma de salvação para aqueles que morrem sem Ele. O inferno é real e a sua pena, irreversível. O fogo jamais se extinguirá no lago de fogo, o sofrimento será eterno e nada poderá mudar isso.

E minhas andanças evangelísticas, já peguei a pessoas que se mostravam conformadas com o inferno. Após serem alertadas do risco de irem parar neste lugar de tormento, elas simplesmente diziam: "Se esta for a vontade de Deus para a minha vida, eu só tenho que aceitar". Uma coisa é certa: muitos, sim, irão parar no inferno, enquanto muitos outros, irão morar no céu. Deus é soberano e somente Ele pode determinar quem irá para onde. Mas duas coisas devem nos chamar a atenção: primeira, embora poucos sejam os escolhidos, o chamado de Deus é para muitos (Mateus 22:14). Todas as vezes que o Evangelho é pregado, o chamado de Deus é escutado. Ninguém vai para o inferno porque Deus é cruel, mas por sua própria culpa e impiedade. Segunda, estranha-nos como pode alguém se conformar com uma eternidade no inferno! Talvez não saiba o suficiente sobre ele (com exceção de você, que está lendo este livro) ou, quem sabe, lá no fundo, não acredita que ele exista e, portanto, não está nem um pouco preocupado. É como alguém que pula dentro de um vulcão ativo por suspeitar que a lava não vai lhe queimar. A diferença entre a lava do vulcão e as chamas do lago de fogo é que o sofrimento de uma pessoa que cai dentro do vulcão dura poucos segundos, enquanto o sofrimento da alma que vai para o lago de fogo, permanece por eternidades sem fim.

OBSERVAÇÃO: Este breve estudo é um capítulo do livro: O CAMINHO PARA O CÉU, de Mizael Xavier. Se você desejar ler e compartilhar para evangelização, poderá recebê-lo gratuitamente em formato de PDF. Basta entrar em contato através do WhatsApp: