1 Introdução
As literaturas católicas insistem em
afirmar que o catolicismo romano não pratica a idolatria, chegando, inclusive,
a chamar de ignorantes aqueles que não conseguem distinguir entre uma “imagem”
e um “ídolo”. Imagem, para eles, é a representação de alguém, como uma foto,
por exemplo; o ídolo seria a própria personificação da divindade. Logo, uma
imagem não poderia ser um ídolo, pois se o fosse já não seria apenas uma
imagem. O Pe. Artur Betti (2003, p. 60) escreve:
Quem
confunde mentalmente e na prática imagens do Deus verdadeiro e dos santos que
viveram a fé, com imagens de ídolos, ou de coisas proibidas pela Bíblia para
serem adoradas, não tem condição nenhuma para pregar a Palavra de Deus ou a
Bíblia de uma forma correta e objetiva. Pois, não distinguindo imagens de
ídolos, colocando tudo dentro do mesmo saco, poderá distinguir outras coisas?
Diante disto, a
afirmação é a de que apenas veneram respeitosamente a imagem dos santos e
santas mortos, espelhando-se em seus exemplos e solicitando sua “intercessão” e
proteção, como servos e mensageiros de Deus que são. Contudo, o que vemos na
prática é algo muito diferente. Com uma fé frágil e débil que não sobrevive sem
algo que não se possa ver e tocar (as imagens), os católicos demonstram uma
idolatria totalmente arraigada à sua fé. É certo que nenhum deles se prostra
diante de uma imagem de Santo Antônio ou da Virgem Maria dizendo: Eis aqui o nosso deus (ou a nossa deusa!),
como ocorreu com o povo de Israel que acabara de deixar o Egito e aguardava os
mandamentos do Senhor. Mas o modo como tratam estas imagens, como se portam
diante delas e como oram a elas, vai muito além daquilo que faziam até mesmo os
adoradores de Baal, no Antigo Testamento.
O
próprio autor acima citado confunde-se e equivoca-se ao tentar justificar-se da
prática da idolatria pelos católicos. Embora insista em afirmar que as imagens
são como fotografias que apenas lembram as pessoas que elas representem e não
contêm a pessoa em si, ele chega a formar mais adiante (p. 75):
Assim, também,
quando a mãe beija a fotografia da filha ausente, não estará apenas beijando um
pedaço de papel, o que seria loucura; mas por esse gesto e por meio da imagem
fotografada, estará em união espiritual e afetiva com a pessoa querida,
fisicamente distante.[1]
Este texto bem que
poderia ser traduzido da seguinte maneira: Assim,
também, quando o fiel católico romano beija (se ajoelha, faz promessas e
orações, leva em procissões, adora...) a imagem do santo ou da santa ausente,
não estará apenas fazendo-o a um pedaço de papel (gesso, madeira, etc.), o que
seria loucura; mas por este gesto e por meio da imagem fotografada (esculpida,
fundida, etc.), estará em união espiritual e afetiva com o santo ou a santa queridos,
fisicamente distantes. O Concílio de Nicéia II (787) firmou a fé católica
na imagem da Cruz e todo e qualquer outro tipo de imagem (pinturas, mosaicos,
etc.) que representassem a Cristo, Maria os santos e os mártires:
Com efeito, com
quanto maior frequência se olha para essas figuras, tanto mais, quem as
contempla, sente despertar em si a lembrança e como que o desejo desses antigos
modelos e assim as beija e lhes tributa respeitosa reverência. Naturalmente não
lhes tributamos verdadeira adoração (latria),
que é, segundo a nossa fé, devida só à natureza divina, mas uma veneração
semelhante à que tributamos à figura da venerada e vivificadora Cruz e aos
santos Evangelhos e aos demais objetos sagrados. Em honra delas também é bom
queimar incenso e acender lâmpadas, como já antigamente era piedoso costume. É
que a honra prestada à imagem reverte ao próprio modelo; e aquele que venera a
imagem, nela venera a pessoa nela representada.[2]
Não são, portanto, as
imagens sacras meras lembranças, mas elas encarnam a essência da pessoa que
representam. É isto que provaremos
aqui: que a adoração católica transcende a imagem e projeta-se totalmente sobre
a pessoa que ela representa.
2 Veneração
católica e adoração pagã
Uma
breve comparação com esta prática de “veneração” e alguns textos bíblicos
poderá nos mostrar que os católicos romanos de hoje são os idólatras da Nova
Aliança, com deuses diferentes, mas com a essência da adoração mesma da antiguidade.
Eles de fato não adoram as imagens, mas aqueles que estas representam, o que é
ainda pior.
2.1 Representação
humana
As imagens de
escultura dos artífices romanos podem não ser um ídolo como aqueles que tanto
causavam abominação diante de Deus no Antigo Testamento. De certo eles não
representam imagens de quadrúpedes ou astros, mas são imagens de pessoas, de
seres humanos criados por Deus, isto é, de criaturas, como os animais e as
plantas ou os astros. Não são o criador e portanto não devem merecer qualquer
tipo de veneração idólatra. Compare com Salmo 106: 20,28 e Isaías 44:13.
2.2 Altares
As imagens dos santos
católicos são colocadas em altares especialmente confeccionados para elas nas
igrejas, praças públicas, repartições, escolas e lares. Que pessoas faziam
semelhante a isto no Antigo Testamento? Quem edificava altares para deuses que não
eram o Deus verdadeiro e os invocavam? Confira em 1 Reis 18:20-40 a disputa
entre os profetas de Baal e Elias no monte Carmelo (Oséias 8:11).
2.3 Templos
de adoração
Para a “inocente”
imagem de seus santos e santas, a igreja católica constrói templos, basílicas,
mosteiros, conventos, igrejas e santuários, onde elas poderão ser vistas e
reverenciadas por seus méritos e santidade. Lá, sobre altares bem ornamentados,
receberão a visita de milhares de peregrinos que lhe visitarão ano após ano.
Confira em Oséias 8:14 como o povo de Israel se esqueceu de Deus e compare como
os católicos romanos também O estão esquecendo.
2.4 Orações
As imagens, como
insistem em afirmar, são apenas representações de pessoas santas que já
morreram e não merecem a mesma adoração que Deus. Mas, diante de suas estátuas,
os católicos fazem coisas que só é permitido fazer diante de Deus (o Deus
invisível e não imagens esculpidas ou desenhadas dele!), como se ajoelhar e
rezar. O que faziam os judeus diante dos ídolos pagãos? Como se portavam os
adoradores de Baal? Compare e veja que não há nenhuma diferença: 2 Reis 5:18; 1
Reis 18:26; 19:18 e Isaías 44:15-19.
2.5 Velas
e oferendas
Quem já prostrou
diante da foto de um parente para acender uma vela e fazer-lhe promessas? Somente
os católicos romanos cultuam seus mortos. Mas o culto aos santos, anjos e
defuntos vai muito além e é bastante diferente do culto à bandeira nacional ou
qualquer outro símbolo, foto ou imagem impressa ou esculpida. Aos pés de suas
imagens, os católicos fazem votos e promessas, depositam suas oferendas,
inclusive dinheiro, acendendo velas, depositando imagens de partes do corpo
esculpidas em cera para agradecer uma graça alcançada. Também sobre o altar dos
santos e santas deixam fotos de familiares que necessitam urgente de uma cura
ou emprego. Compare estas práticas com Números 22:40; 2 Reis 10:23,24 e
Jeremias 48:35 para ver se existe alguma semelhança.
2.6 Festas
religiosas
O que é uma festa de
aniversário? É um evento onde se comemora o dia do aniversário de alguém, com
bolo, salgados, doces, refrigerantes, músicas, convidados, presentes e muita
alegria. Que semelhança há entre estas comemorações e as festividades dedicadas
aos santos e santas, principalmente padroeiros de cidades e países? Nenhuma.
Cada santo e santa tem o seu dia de comemoração, onde realizam-se festas
religiosas e profanas, sendo suas imagens (estátuas) carregadas em procissões,
onde lhes são entoados cânticos de louvor e adoração, invocando-os e
reverenciando-os. Embora os católicos romanos insistam que não vivemos mais
debaixo da lei mosaica (o que é a mais pura verdade), mas debaixo da graça de
Deus, e, portanto não devemos cumprir as ordenanças do Antigo Testamento[3],
eles buscam aí os textos que justifiquem sua prática. Os textos citados são
inúmeros: Isaías 25:6; Levítico 23:9; 23:41; Números 29:12; Deuteronômio 16:14;
1 Reis 8:1,2; 12:32; 2 Crônicas 5:3; 7:8,9; 30:13 e Zacarias 14:16, conforme
cita o Pe. Artur Betti (op. cit., p. 200 e 201). Somente três textos do Novo
Testamento são citados (Lucas 2:41,42; João 4:45 e 5:1), ainda assim referentes
as mesmas festas judaicas citadas anteriormente.
A única festa
diferente que vemos é das bodas de Caná, onde Jesus realizou seu primeiro
milagre. Todas as outras, todavia, tinham como único objetivo louvar a Deus e
celebrar a sua Glória e a libertação do povo da escravidão no Egito. Nenhuma
era endereçada a qualquer outras pessoa e não há um registro sequer na Bíblia
que apoie estas festividades religiosas católicas em homenagem aos seus santos.
Elas mais se assemelham às festas pagãs que tanto causavam tristeza em Deus no
passado. Compare: 1 Reis 8:26; 2 Reis 10:20; Êxodo 32:18,19; 1 Coríntios
10:27,28 e 10:7,8). As festas profanas de hoje eram condenadas antigamente
pelos santos da igreja, conforme podemos ver neste caso contado no livro
Glórias de Maria:
No ano de 1611, no
célebre santuário de Maria em Monte-Virgem, aconteceu que, na vigília de
Pentecostes, tendo a multidão que ali concorrera profanado a festa com bailes,
crápulas e imodéstia, se ateou de repente, um incêndio na casa de tábuas em que
estavam os romeiros, e em menos de hora e meia reduziu-se a cinzas, morrendo
mais de 400 pessoas. Só sobreviverem cinco que depuseram, com juramento, terem
visto a Mãe de Deus com duas tochas acesas pondo fogo no edifício. (p. 453)
2.7 Objetos
sagrados
Embora os doutores de
Roma afirmem que a imagem não se trata da pessoa, mas é uma simples
representação dela, consideram todas as imagens esculpidas de Jesus, Maria ou
qualquer santo ou santa como sagradas. Como já vimos, elas ocupam lugar de
destaque em altares e igrejas, sendo consideradas como objetos de culto e
adoração. Qualquer que atente contra uma estátua de Maria, no entendimento do
católico, principalmente do leigo, estará atentando contra algo sagrado, contra
a própria Maria! Não temos trechos bíblicos para comparar com esta prática, o
que torna a adoração católica mais perniciosa que aquela dedicada aos ídolos no
Antigo Testamento.
2.8 Seres
vivos
As imagens sacras não
são consideradas, como temos visto, a pessoa em si, mas apenas uma representação
dela. Mas podem ocorrer casos, como inúmeros que temos visto no decorrer dos
anos, destas imagens transpirarem, chorarem e verterem sangue. Estes milagres
são vistos com grande reserva pelo Vaticano, mas fazem parte da crença da
maioria dos fiéis que veem aí grandes sinais de seus santos. Mas será mesmo que
eles estão operando estes sinais, principalmente Maria, a que mais chora? Ou
será que estas manifestações são obras do Inimigo para confundir os cegos e
deixá-los mais cegos ainda? Compare com o Salmo 115.
2.9 Milagres
Às estatuetas de
santos e santas, de mártires e de Jesus, bem como o Rosário e o crucifixo são
atribuídos inúmeros milagres de livramento e de cura. Um caso clássico – e um
tanto simples diante de tantos outros mais espantosos – é o da imagem de Nossa
Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, segundo o catolicismo romano. No ano de
1717, alguns pescadores, entre eles Domingos Garcia, João Alves e Felipe
Pedroso, foram pescar a mando do conde de Assumar, em Guaratinguetá. Durante
muito tempo não conseguiram pescar nada. Até que João Alves lançou a sua rede e
recolheu o corpo de uma imagem de Nossa Senhora; lançando novamente, recolheu a
cabeça. Após este fato, a pescaria rendeu-lhes tantos peixes que temeram
afundar com seus barcos e voltaram. Felipe Pedroso conservou a imagem, a qual o
povo logo chamou de Senhora Aparecida, dando-a depois a seu filho Anastácio,
que lhe fez um oratório e a colocou sobre um altar, para onde as pessoas iam se
reunir para rezar o terço e outras devoções. Numa destas romarias, as velas que
iluminavam a imagem apagaram-se e reacenderam-se por si só, sem ninguém lhes
tocar. Este foi somente o primeiro de muitos outros prodígios realizados pela
imagem, que hoje ocupa lugar de grande destaque a suntuosa basílica de Nossa
Senhora Aparecida.[4]
2.10 Reverências
As imagens nas notas
de dinheiro, nos álbuns de fotografia e em outras partes, não servem como
exemplo para justificar as imagens do catolicismo, pois nenhuma delas é tratada
da forma como estas são tratadas. Nas igrejas ou em qualquer lugar que elas
estejam, são tratadas com enorme deferência, reverenciadas, aclamadas e
adoradas com lágrimas e gritos de êxtase espiritual. Diante delas os fiéis se
prostram de joelhos em adoração cega e devota, tocando-as e beijando-as como
prova de sua fé e idolatria. Igual faziam os adoradores de ídolos no Antigo
Testamento e têm feito as religiões pagãs até os dias de hoje. Os católicos
beijam as imagens, crucifixos, o ostensório –
onde é colocada a hóstia para ser elevada – e tudo que consideram
sagrado. Compare estas práticas com os seguintes textos bíblicos: 1 Reis 19:18;
Oséias 13:2 e Jó 31:26,27.
2.11 Sacrifícios
A história das
religiões está repleta de relatos de sacrifícios, muitas vezes humanos, que
eram oferecidos aos deuses. Mesmo na religião judaica os sacrifícios foram
instituídos por Deus como forma de expiação dos pecados do povo. No
cristianismo o sacrifício também foi incluído: a morte de Cristo na cruz pelos
nossos pecados. Os católicos romanos, embora o sacrifício de Cristo tenha sido
único e perfeito (Hebreus 10:12), continuam a oferecer sacrifícios a Deus: na
Missa, onde Jesus é sacrificado todas as vezes que ela é celebrada, e na
própria carne, com mortificações, principalmente em dias de festas e romarias
aos santos e santas. Esta mortificação não é, na maioria das vezes, um meio de
dedicação ou louvor a Deus, mas uma forma de alcançar o perdão dos pecados
através de penitências. Se tais sacrifícios já são errados porque não são
dedicados a Deus, mas às suas criaturas, pior ainda se são feitos com o intuito
de conquistar a graça de Deus! Compare
com 1 Reis 18:28.
2.12 Imagens
caseiras
Em sua grande
maioria, os fiéis católicos romanos possuem imagens de seus santos e santas em
suas casas, ou pelo menos um “santinho” guardado na carteira ou na bolsa. Estas
imagens estão sempre em lugar de destaque e servem para proteger os lares
(superstição), bem como serem reverenciadas em todas as horas. Estas imagens
são adornadas com flores e iluminadas por velas. Compare esta prática com os
seguintes textos: Juízes 17:4,5; Gênesis 31:19,30; Sofonias 1:4,5).
Como
pudemos ver claramente neste breve estudo, é incrível a semelhança entre o modo
como os idólatras relatados na Bíblia tratavam seus ídolos e a forma como os
católicos romanos veneram seus santos e santas e as imagens que os representam,
em especial da Virgem Maria. Podemos concluir dizendo que os católicos não são
idólatras simplesmente porque adoram imagens, mas porque, acima de tudo, adoram
àqueles a quem estas imagens representam. Porque qualquer coisa e/ou pessoa que
se coloca no lugar de Deus é idolatria.
3 Em
defesa da idolatria
Em
defesa das imagens sacras do catolicismo, Pe. Artur Betti enumera vários textos
do Antigo Testamento que mostram como Deus mandou que construíssem imagens.
Lendo a grande quantidade de relatos, o leigo católico que muito pouco conhece
da Palavra de Deus, pode-se deixar levar, vendo aí a confirmação da sua fé nas
esculturas sagradas. Todavia, se pararmos para ler todos os textos apresentados
pelo citado autor, veremos que:
1.
Onze
dos textos citados são referentes ao mesmo assunto: a imagem dos querubins com
suas asas encurvadas sobre a Arca da Aliança, isto é, um única imagem (cf.
Êxodo 25:18-20; 37:7-9; 1 Reis 6:23-29; 8:7; 1 Crônicas 28:18,19; 2 Crônicas
3:7,10; 5:8; Números 7:89; 1 Reis 6:32; 2 Samuel 6:2; Hebreus 9:5). Devemos
saber que os querubins eram “representações físicas de seres angélicos que, com
suas asas estendidas, simbolizavam a glória da presença de Deus. Não podiam ser
vistos pelo povo, e muito menos adorados, pois ficavam dentro do Santo dos
Santos” (comentário da Bíblia Vida Nova).
2.
Os
textos de 1 Reis 7:36; 8:7 e Ezequiel 41:17-21, citados pelo autor para apoiar
a confecção de imagens de escultura, falam sobre os ornamentos do Templo.
Embora o segundo mandamento proibisse a manufatura de imagens para serem
adoradas, não havia razão para considerar-se ilícitos os adornos do templo. Ao
contrário do que acontece com as imagens do catolicismo romano, em momento
algum Deus incentivou que se prostrassem, reverenciassem, pedissem intercessão
ou qualquer outro tipo de idolatria diante destes adornos. O próprio Jesus
Cristo, frente ao deslumbramento dos apóstolos diante das belezas do templo,
profetizou que este seria destruído, não dando importância alguma às imagens
que ali estavam.
3.
O
texto de Números 21:8,9 fala sobre a confecção da imagem de uma serpente
pendurada em um poste; quem olhasse para ela, estando doente, se salvaria. Esta
serpente tipifica Cristo, que se fez pecado por nós na Cruz. Aquele que olha
para Ele, isto é, que crê na sua obra redentora, é salvo. Em momento algum Deus
autorizou que esta serpente fosse adorada; quando isto aconteceu, ela foi
destruída pelo Rei Ezequias (2 Reis 18:4). Destruída por quê, se foi criada
pelo próprio Deus? Ora, também os homens, a Terra e tudo o que nela há foram
criados por Deus e nem por isso merecem adoração.
4.
O
texto de 1 Samuel 4:1-4 demonstra a total ignorância do referido autor quanto
ao conteúdo da Bíblia. Este texto não só é inviável na tentativa de justificar
a adoração às imagens, como também é sólido fundamento para desaprová-la! O que
vemos aqui é o seguinte: após a derrota para os filisteus, onde morreram 4000
israelitas, esquecendo-se que a derrota era devida ao descumprimento da Lei, o
povo de Israel fez-se acompanhar da Arca da Aliança, julgando-a um talismã.
Acreditaram mais no símbolo do que no arrependimento do coração. Ainda que os
filisteus temessem a Arca da Aliança, derrotaram Israel, que a cada dia mais
via Deus se distanciando (cf. cap. 1 e 2 e Salmo 78:56-64). Da mesma maneira os
católicos veneram seus santos, santas e relíquias, conduzindo-os em procissões
e pedindo seu patrocínio em frentes de evangelismo e guerras. Ao invés de um
arrependimento estrutural em seu caráter e uma fé genuína no Deus vivo, se
entregam a práticas exteriores inúteis, que em nada fazem efeito.
Em que momento estes
fatos passaram desapercebidos do referido padre? É interessante notar que esta
prática de adoração às imagens é bem mais difundida nos países da América
Latina e em alguns da Europa. No Brasil, a maior nação católica do mundo, ela é
tão sólida como o poder e a influência do papa, bispo de Roma. O Compêndio do
Vaticano II, apesar de incentivar a confecção de imagens e a sua veneração,
trata a questão com algumas reservas.
Os santos sejam
cultuados na Igreja segundo a tradição. Suas relíquias autênticas e imagens
sejam tidas em veneração. Pois as festas dos santos proclamam as maravilhas de
Cristo operadas em seu servos e mostram aos fiéis os exemplos oportunos a serem
imitados (706).
Firme permaneça a
costume de se propor nas igrejas as sagradas imagens à veneração dos fiéis;
contudo, sejam expostas com moderação quanto ao número, com conveniência quanto
à ordem, para que não causem admiração ao povo cristão nem favoreçam devoções
menos corretas (737).
O que o presente
Concílio considera como “devoções menos corretas” talvez seja em que se
transformou a veneração a seus santos, santas e mártires. As imagens, como
temos estudado, são muito mais que objetos de veneração e inspiração para os
fiéis, elas são ídolos iguais aos que eram adorados no Antigo Testamento, mas
com uma nova roupagem. Alguns estudiosos chegam a afirmar que as imagens têm
apenas um fim pedagógico, como as imagens da via crucis[5].
Elas serviriam para aqueles fiéis analfabetos, que não conseguem ler a Bíblia e
por isso teriam as imagens como uma simplificação da Palavra de Deus, uma
leitura “virtual”. Embora houvesse, no passado, uma campanha para a destruição
das imagens, a partir de Leão III (726), esta ideia “pedagógica” veio logo
depois:
Em 787, no segundo
Concílio de Nicéia, encerrou-se a controvérsia , com a aprovação ao culto
tributado pelas imagens. Esta conclusão se deu não tanto por motivos teológicos, mas sobretudo pastorais, auxiliando os analfabetos a entender
melhor os textos bíblicos – uma verdadeira catequese, chegando-se ao invisível
por meio do visível.[6]
Mas porque estas imagens não são suprimidas
quando estes fiéis analfabetos aprendem a ler? Porque mesmo as pessoas letradas
continuam a ter imagens e se prostrar diante delas?
O
cuidado do Vaticano é infrutífero, pois em nada condena as práticas abusivas de
seus fiéis. Os homens e mulheres que morreram depois de viverem uma vida
piedosa, tendo operado milagres durante a vida e mesmo após a morte, são
considerados dignos de veneração e culto. Isto leva a crendice popular aos
extremos do absurdo. Tais santos e santas são tomados como muito mais que
simples seres humanos que viveram uma vida pura e casta, muitas vezes decepada
pelo martírio. A eles são atribuídos poderes inusitados. Assim como os amuletos
e os remédios, existem santos para todas as causas: raios e tempestades,
doenças das mais variadas, proteção contra acidentes de trânsito, aviões e
navios, arrumação de casamento... São padroeiros e padroeiras de médicos,
comerciantes, caminhoneiros, navegantes, carniceiros e mais uma infinidade de
outras profissões. Guardam casas, cemitérios, igrejas, escolas... Daremos
alguns exemplos[7]:
·
Santo
Amaro: invocado nos casos de rouquidão, reumatismo, dor de cabeça e paralisia.
É padroeiro dos latoeiros, carregadores, carroceiros e fabricantes de velas.
·
Sant’Ana:
protetora das mulheres casadas, principalmente grávidas, protegendo-as durante
o parto, para que sejam rápidos e felizes.
·
São
Bartolomeu: padroeiro dos carniceiros e curtidores; guarda a casa contra
ladrões e elimina complicações do parto e defende contra o fogo. Os devotos
dançam em sua honra para provocar chuva.
·
São
Bento: protege contra as cobras. Que avista uma cobra pode imobilizá-la
dizendo: Esteja presa, por ordem de São
Bento!
·
São
Cristóvão: protetor dos turistas, viajantes e motoristas, que costumam colocar
em seus veículos a imagem deste Santo. É invocado contra acidentes durante as
viagens, tempestades e vendavais.
·
Santo
Expedito: é invocado nos casos que exigem solução imediata. É protetor da
juventude, venerado pelos estudantes.
·
São
Jorge: invocado como defensor das almas contra o demônio, tentações ou
feitiços, rivalizando com São Miguel.
Estes
são pequenos exemplos de como os santos e santas católicos são considerados,
por seus mais devotos fiéis, como muito mais que simples exemplos de fé e
inspiração. Se recordarmos o que já vimos sobre superstição, veremos que as
imagens sacras são verdadeiros talismãs, capazes de trazer sorte e livramento;
capazes de operar milagres de todas as formas e em todas as ocasiões. Não será
isto um tipo de idolatria? Será que a “veneração” que o Vaticano prega é esta?
Será que seus fiéis não estão colocando seus santos e santas no lugar de Deus
Pai, Filho e Espírito Santo?
4 Condenação
das imagens e da idolatria[8]
Após
constatarmos e afirmarmos que a Igreja Católica Apostólica Romana pratica a
idolatria nas suas mais variadas formas possíveis – embora insistam em negar –
devemos mergulhar em um estudo bíblico que nos forneça verdades sobre este tão
inesgotável assunto. O que são os ídolos? O que é a idolatria? O que Deus acha
disso? É certo construir imagens para “venerá-las”? É certo contar com o seu
patrocínio? Deus aprova tal coisa? Se não aprova, por que os católicos romanos
a praticam tanto? Será que a Tradição tem alguma influência nisto? Certamente
que sim.
Primeiramente
devemos entender que a idolatria é amplamente proibida na Bíblia. Ela já era
condenada nos dez mandamentos que Deus entregou a Moisés, sendo, no catolicismo
romano, suprimida a parte que diz:
Então, falou Deus
todas estas palavras: Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do
Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás
para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima dos céus,
nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes
darás culto; porque eu sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso, eu visito a
iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me
aborrecem. (Êxodo 20:1-5)
Este texto sozinho
bastaria para refutar toda a doutrina católica romana que apoie a idolatria,
mas este mesmo texto também é utilizado, por eles, para apoiar a veneração aos
santos, santas e mártires. Os comentários de algumas bíblias católicas[9]
interpretam este texto dizendo que Deus não proibiu que se confeccionassem
imagens de santos, querubins ou serpentes, mas de qualquer outra coisa que
fosse tida como Deus. Mas como já vimos, embora não considerem como sendo Deus
suas estatuetas e as pessoas que elas representam, a sua prática religiosa e
devoção não deixam dúvidas que Deus está sendo trocado por figuras humanas.
Toda
e qualquer idolatria é proibida por Deus. Qualquer tentativa de substituir Deus
por um falso deus é abominável ao Senhor (Gênesis 35:2; Êxodo 20:4; 34:17;
Levítico 26:1; Deuteronômio 7:25; 11:16; 16:22; Salmo 81:9; 1 João 5:21). O
texto de Isaías 42:8 é bastante contundente sobre este assunto: “Eu sou o
Senhor, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a
minha honra, às imagens de escultura”. Isto significa que a ninguém devemos
glorificar por quaisquer meios ou palavras, porque somente a Deus pertence a
Honra, a Glória e o Poder, agora e para sempre (1 Crônicas 29:11; 1 Timóteo
1:17; 6:16; Hebreus 2:7; 1 Pedro 1:7; 2 Pedro 1:17; Apocalipse 4:11).
4.1 Características
dos ídolos
Os
católicos romanos insistem em afirmar que não é a imagem de escultura que eles
veneram, mas a pessoa a qual ela representa, o que diferencia suas imagens
sacras dos ídolos condenados no Antigo Testamento. Contudo, já vimos que, tanto
as imagens quanto as pessoas que elas representam, são cultuadas e adoradas no
lugar de Deus. Ainda que não fossem, ainda restaria um problema: os santos e
santas representados pelas imagens já estão mortos e, ao contrário do que prega
o romanismo a cerca da intercessão aos mortos e da influência destes no reino
dos vivos, eles não estão a par do que está acontecendo na Terra, entre os que
ainda vivem. Se considerarmos esta verdade, veremos que eles, mesmo como
pessoas e não meras imagens, assemelham-se, na condição de defuntos, aos ídolos
pagãos. Senão, vejamos:
1.
Não possuem sentidos. Os mortos estão
mortos, incapazes de ter emoções, raciocinar ou interceder pelos vivos, pelo
menos no nosso campo de vida. No céu eles desfrutam da glória de Deus, mas não
tem qualquer conhecimento do que está acontecendo por aqui (Deuteronômio 4:28;
Salmo 115:4).
2.
São perecíveis. As imagens dos santos
são perecíveis, bem como os santos que elas representam. Foram comidos pela
terra. Se estão no céu, nada mais têm a acrescentar neste mundo. Os ídolos
também são assim: passam (Isaías 40:20).
3.
Impotentes. Os ídolos não tem poder algum, pois são
vazios e sem vida. O que dirá dos mortos? Que poder tem uma pessoa que já
morreu? Embora condenem o espiritismo, o catolicismo romano o pratica sempre
que consulta seus mortos (Isaías 45:20; Jeremias 10:5). Quebrando-se o ícone,
poderá o ser que este representa ter ainda algum poder?
4.
Indignos de adoração. Os ídolos nada são.
E se não são nada, por que mereceriam adoração? Mesmo se fossem alguma coisa,
como as imagens católicas que representam seus santos e santas mortos, também
nenhuma adoração mereceriam. Seres inteligentes, racionais e cheios de fé em
Deus jamais se prostram diante de imagens de esculturas, mesmo que estas
representem cristãos de santidade comprovada que foram martirizados por causa
da pregação do Evangelho. O Deus do Evangelho deve ser adorado e não seus
ministros (Atos 17:29).
5.
Degradantes. Os ídolos são abomináveis; condenados, mas
revestidos de muitas flores e honras pelos católicos romanos. Sua prática é
degradante, imoral e antibíblica. A adoração aos mortos se assemelha à
idolatria pagã e, por isso, é, também, degradante (Atos 1:22,23).
O salmo 115 é bastante contundente ao tratar
sobre os ídolos:
Não a nós, Senhor,
não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua misericórdia e da tua fidelidade.
Por que diriam as nações: Onde está o Deus deles? No céu está o nosso Deus e
tudo faz como lhe agrada. Prata e ouro são os ídolos deles, obra das mãos dos
homens. Têm boca e não falam; têm olhos e não vêem; têm ouvidos e não ouvem;
têm nariz e não cheiram. Suas mãos não apalpam; seus pés não andam; som nenhum
lhes sai da garganta. Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e quantos
neles confiam. Israel confia no Senhor; ele é o seu amparo e o seu escudo.
(1-9)
Os santos, santas e
mártires mortos também são incapazes de falar, ver, ouvir, cheirar, apalpar e
caminhar, pelo menos neste mundo. Não a eles, mas a manifestações do reino das
trevas devemos atribuir as aparições e mensagens que têm chegado aos seus fiéis
durante os séculos. A veneração católica romana nada mais é que uma vergonha ao
Evangelho, um culto aos mortos, uma forma disfarçada de espiritismo, onde os
altares assemelham-se às mesas brancas e os sacerdotes aos médiuns.
4.2 A
verdadeira consistência da idolatria
Entre
muitas coisas que veremos a seguir, a idolatria consiste em alterar a glória de
Deus em uma imagem (Romanos 1:23; Atos 17:29). Embora negando que suas imagens
sejam ídolos e que não são deuses, estas imagens e as pessoas que elas
representam são um canal entre os fiéis e Deus, como se Deus precisasse de
intermediários para dirigir-se ao homem, além do Espírito Santo e do Nome de
Jesus. Construir imagens de escultura e atribuir a elas ou as pessoas
representadas por elas algum tipo de poder é alterar a verdade de Deus numa
mentira (Romanos 1:25; Isaías 44:20). Diante das imagens romanas caem por terra
as doutrinas referentes a salvação, a oração e o poder de Deus. Tudo torna-se
vão, mentiroso. Não podemos mais orar ao Pai em nome de Jesus, mas precisamos
nos prostrar diante de uma imagem para que esta leve nosso recado aos céus!
Além disso, a idolatria é incompatível com o serviço de Deus (Gênesis 35:2,3;
Josué 24:23; 1 Samuel 7:3; 1 Reis 18:21; 2 Coríntios 6:15,16). A idolatria
impede de Deus operar. Enquanto se está esperando pelo auxílio dos mortos, Deus
se vê de mãos atadas pela incredulidade, pela idolatria e pela falta de
conhecimento na sua Palavra. Somente quanto o católico desistir de seus ídolos
e buscar ao Deus verdadeiro, terá as verdadeiras bênçãos.
Além
disso, a idolatria consiste em:
1.
Prostra-se perante imagens. A exemplo de Daniel
e seus amigos, nós só devemos nos curvar diante de Deus para adorá-lo. Isto não
impede que nos curvemos com reverência diante das autoridades, como reis e
rainhas, pois não estamos adorando-os (Êxodo 20:5; Deuteronômio 5:9). Ao contrário
disto, os fiéis católicos romanos prostram-se diante de seus santos e santas,
homenageando-os ou adorando-os com bastante reverência. Adoram a Deus através
da sua criatura; buscam ao Deus perfeito através da criatura imperfeita, morta.
2.
Adorar imagens. Como temos visto
aqui, os católicos romanos adoram seus santos e santas com todas as suas
forças, a eles e as suas imagens sagradas (Isaías 44:17; Deuteronômio
3:5,10,15). Esta adoração, embora pretenda Ter como fim principal a adoração a
Deus, coloca Deus em segundo plano, quando não o exclui totalmente de alguma
procissão, quermesse, novena, festa religiosa, oração, etc. Para muitos
católicos, Jesus Cristo é “coisa de crente”. Falar de salvação é “ser
fanático”; louvar a Deus no meio da rua, nas praças, pregar as sua Palavra em
trens e ônibus também é fanatismo. O mais aceitável dentre eles é carregar
imagens de Maria, como “santinhos”, terços, escapulários, etc.
3.
Sacrificar perante imagens. Os sacrifícios dos
fiéis católicos são diversos e, muitas vezes bizarros. Eles se manifestam,
geralmente, através das promessas a serem cumpridas a algum santo ou santa
através de sacrifícios (Êxodo 22:20; Salmo 106:38; Atos 7:41). Mortificar a
própria carne, abster-se de alimentos específicos, guardar a castidade, fazer
voto de silêncio, acender velas, queimar incenso... são práticas que demonstram
o sacrifício dos fiéis católicos romanos aos seus ícones.
4.
Adorar outros deuses. Por serem imagens de
escultura que representam alguém que não é Deus (embora imagens esculpidas de
Deus também sejam reprovadas), constitui-se adoração a outros deuses, pois
estas imagens e as pessoas as quais elas representam têm poderes iguais ou
maiores que o próprio Deus (Deuteronômio 30:17; Salmo 81:9). Muitas vezes elas
pretendem executar tarefas, derramar bênçãos, etc., como se o próprio Deus
estivesse operando.
5.
Jurar por outros deuses. Novamente vemos aqui a prática das promessas: deseja-se alcançar alguma graça, alguma bênção e
acende-se velas aos santos e santas rogando-lhes resposta, fazendo, para isso,
promessas. Além do mais, eles são invocados em ocasiões diversas e seus nomes
são utilizados como escudo e nota promissória (Êxodo 23:13; Josué 23:7).
6.
Falar em nome de outros deuses. As catedrais, escolas, hospitais e repartições públicas,
em sua maioria, contam com o patrocínio dos santos e santos da igreja do
Vaticano. Não é em nome de Deus que seus fiéis falam, mas em nome de Maria, São
José, São Judas Tadeu, São Bartolomeu, Santa Maria Gorete, Santa Rita de
Cássia, São Paulo... (Deuteronômio 18:20). Em nome de muitos santos e santas os
fiéis católicos realizam suas ações e obras, fazendo tudo no nome deles,
esquecendo-se completamente de Deus.
7.
Esperar em outros deuses. Acima estudamos sobre alguns santos que são verdadeiros amuletos
na fé católica, pois resolvem toda sorte de problemas e complicações das
pessoas. É neles que os católicos esperam, embora no final de suas orações
façam alguma alusão a intercessão de Jesus. A crença em padre Cícero, no
nordeste, por exemplo, é bem mais forte do que qualquer crença em Jesus em
qualquer outro lugar do País (Oséias 3:1).
8.
Servir outros deuses. A literatura mariana
esta repleta de textos que mostram que Maria requer para si o serviço que
deveria ser prestado somente a Deus. Os servos de Nossa Senhora e de outros
santos, santas e mártires se multiplicam pelo mundo, fundando congregações e
mosteiros e organizando catequeses. Deixam de servir ao Criador para servir a
criatura. É certo que devemos ser servos uns dos outros, mas somente ao Deus
vivo devemos servir como devotos e escravos (Deuteronômio 7:4; Jeremias 5:19).
9.
Temer outros deuses. Os católicos romanos,
pode-se dizer, temem ao mesmo Deus que os protestantes. Mas, além de Deus,
temem também a Maria e a reverenciam com a adoração que é devida somente a Deus
(2 Reis 17:35). Este temor os faz buscá-la em suas orações, principalmente na
hora da morte (Rogai por nós, pecadores,
agora e na hora de nossa morte. Amém.), e fazer todas as coisas por, em e
para ela, sob o perigo de perderem-se, de não houver quem os socorra na hora da
morte.
10. Adorar o verdadeiro
Deus mediante uma imagem. Os crucifixos, as
imagens do menino Jesus e as tentativas de representar Deus através de desenhos
não passam de idolatria abominável, pelo simples fato de serem proibidas. Os
católicos se assemelham aos judeus em Horebe: não suportaram esperar a resposta
do Deus invisível e confeccionaram para si uma imagem de ouro, para ver e tocar
o seu deus (Êxodo 32:3-6; Salmo 106:19,20). O catolicismo romano transforma todas
as suas práticas que deveriam ser interiores em práticas exteriores, através do
uso destes objetos e de rituais que procuram expressar sua fé. Esta
exteriorização que deveria ser manifestada através de um viver santo e
irrepreensível é canalizada para formalismos e rituais vazios, práticas
idolátricas e sem significado algum ou resultado prático na vida cotidiana dos
fiéis.
11. Adorar aos anjos e os
exércitos do céu. O Compêndio do
Vaticano II ensina que os anjos devem ser reverenciados, que se deve fazer imagens
de escultura deles iguais as que Deus mandara fazer sobre a Arca da Aliança. De
fato os católicos romanos depositam grande fé nos anjos e no seu patrocínio, o
que é condenado por Deus (Deuteronômio 4:19; 17:3; Colossenses 2:18). Quando o
Apóstolo João de prostrou diante do anjo para adorá-lo, este o repreendeu e
disse que ele deveria adorar a Deus (Apocalipse 22:8,9). Não adorar aos anjos
significa ir contra a vontade do papa.
12. Adorar os demônios. De que os católicos romanos adoram os demônios não se pode
acusá-los diretamente. Mas o que dizer de sua idolatria? Não é uma prática
demoníaca? Não é o demônio que se encontra por detrás das imagens de escultura?
(Mateus 4:9,10; Apocalipse 9:20). Voltando os olhos para o passado, veremos que
muitos papas eram satanistas e invocavam o demônio para vencer em jogos de
azar.
13. Adorar os homens. Diversas vezes já vimos que a adoração católica
projeta-se na direção dos santos e santas mortos e por isso é uma adoração a
homens, conforme a Bíblia condena (Salmo 106:28).
14. Estabelecer ídolos no
coração. Existem aqueles
ídolos que não são feitos de gesso ou de barro e que também não representam
pessoas ou animais. Estes, todavia, também são condenáveis, pois tomam o lugar
de Deus no coração do crente: emprego, família, sucesso, avareza, prazer,
cobiça, sensualidade... Este tipo de idolatria tem sido muito praticada por
diversos evangélicos (Êxodo 14:3,4; Efésios 5:5; Colossenses 3:5; Filipenses
3:19).
4.3 Uma
descrição bíblica da idolatria
O
que a Bíblia fala a cerca da idolatria, como Deus a trata e a descreve, é
desfavorável a adoração romanista. Embora os doutores da igreja romana tomem a
prática da veneração das imagens como sendo salutar à fé de seus fiéis, ela
constitui-se em algo que deve ser evitado pela igreja cristã que serve a um
único Deus. Conforme lemos nas Sagradas Escrituras, a idolatria é:
·
Uma abominação a
Deus:
Deuteronômio 7:25
·
Odiosa a Deus: Deuteronômio 16:22;
Jeremias 44:4
·
Vã e insensata: Salmo 115:4-8; Isaías
44:19; Jeremias 10:3
·
Sanguinária: Ezequiel 23:29
·
Abominável: 1 Pedro 4:3
·
Sem proveito: Juizes 10:14; Isaías
46:7
·
Irracional: Atos 17:29; Romanos
1:21-23
·
Contaminadora: Ezequiel 20:7; 36:18
Todavia, embora com
restrições, como já vimos anteriormente, o culto às imagens é ensinado e
apoiado pelo Vaticano II:
O Sacrossanto
Sínodo ensina deliberadamente esta
doutrina católica e admoesta ao mesmo tempo todos os filhos da igreja a que
generosamente promovam o culto,
sobretudo o litúrgico, para com a Bem-aventurada Virgem, dêem grande valor às
práticas e aos exercícios de piedade recomendados pelo Magistério no curso dos séculos e observem religiosamente o que nos
tempos passados foi decretado sobre o culto
das imagens de Cristo, da Bem-aventurada Virgem e dos Santos. (157, grifo
nosso)
Deliberadamente, aqui, pode ter o mesmo significado que no
texto de Hebreus 10:23: erra-se e continua-se errando, mesmo tendo consciência
do próprio erro. Isto é: mesmo sabendo que a idolatria é condenada pela Bíblia,
deliberadamente o Magistério incentiva o culto das imagens. Mesmo tendo
consciência do equívoco milenar do culto às imagens de escultura, o Vaticano
continua recomendando, com cuidados e reservas, o culto aos santos, santas e
mártires mortos, sem atentar para as terríveis proporções que ele vêm tomando a
cada ano.
4.4 Os
praticantes de idolatria
A
mente daquelas pessoas que praticam a idolatria é totalmente alienada das
Sagradas Escrituras. Basta voltarmos nossos olhos para aquelas senhoras que com
os olhos cheios de lágrimas seguem as procissões onde são carregadas as imagens
de seu santo ou santa preferidos. Durante as missas, com o Rosário nas mãos e
os olhos vidrados no altar, suas rezas repetitivas estão entregues nas mãos
daqueles, ou daquelas, que são objetos de seu culto. Se alguém lhes disser que
sua fé é vã, o que dirão? Tente-se remover do seu lugar a imagem para ver o que
acontecerá. Diga-lhes que era tudo mentira. Dê o padre um sermão dizendo que a
partir daquele instante todos os católicos romanos estão proibidos de se
ajoelhar perante as imagens, fazer-lhes pedidos, prestar-lhes cultos... Ou o
que é pior: que o padre diga que todas as imagens serão destruídas e a partir
daquele momento somente adorarão ao Deus invisível. Que caos! Que revolta! Tal
padre, provavelmente, seria apedrejado, excomungado, expulso da comunidade. Por
quê? Porque a idolatria já está completamente arraigada na mente e no coração
do católico. Somente pela ação poderosa do Espírito Santo esta maldição poderá
ser extirpada.
Mas
os praticantes da “idolatria cristã” vão muito além disso. Talvez por
ignorância ou, como já dissemos, por total falta de conhecimento das Escrituras
Sagradas, são levados a um mundo paganizado, onde Deus torna-se cada vez mais
obsoleto. Ora, para quê Deus, se há santos para todas as causas? Não adianta a
teoria da intercessão, onde os santos e santas são apenas um canal entre o
homem e Deus, pois está mais do que provado que a confiança no patrocínio de
tais pessoas mortas descarta completamente o agir de Deus Pai, Filho e Espírito
Santo. Estes fiéis já não podem mais ser chamados de cristãos, porque
tornaram-se em pagãs, pois eles:
1.
Esquecem-se de Deus. A idolatria leva o
incauto a abandonar a Deus e a sua doutrina, afastando-se da Bíblia para crer
em palavras de homens. Seus deuses disfarçados de santos possuem todos os
atributos do Deus Jeová, inclusive a Onisciência, pois podem estar atentos a
milhares de orações que são feitas ao mesmo tempo em todo globo terrestre
(Deuteronômio 8:19; Jeremias 18:15).
2.
Desviam-se de Deus. Os praticantes da
idolatria, que buscam outras fontes de bênçãos diferentes daquelas apresentadas
na Bíblia, desviam-se de Deus e passam a seguir caminhos contrários à fé. É uma
volta ao paganismo no Antigo Testamento que tantos males levou ao povo de
Israel (Êxodo 44:10).
3.
Poluem o Nome de Deus. A pior idolatria é
aquela que se pratica pretensamente em nome de Deus, afirmando que Ele aprova
tal prática. Este é o modo de agir do catolicismo romano, atribuindo ao próprio
Deus o mandamento de construir imagens (querubins, serpentes...) e tomando isto
para confeccionar imagens esculpidas de criaturas limitadas que descansam no pó
da terra (Êxodo 20:39).
4.
Contaminam o santuário de Deus. Quando o católico se prostra diante de uma imagem de
escultura ou quando o protestante permite que em seu coração outras coisas,
idéias ou pessoas tomem o lugar de Deus, o seu santuário é profanado. Ora,
somos nós o santuário de Deus (1 Coríntios 3:16; 6:19; 2 Coríntios 6:16) e não
podemos permitir outros deuses dentro de nós (Êxodo 5:11).
5.
Estão alienados de Deus. Quem se permite venerar, adorar ou prestar qualquer tipo
de culto aos santos e santas, vivos ou já falecidos, principalmente diante de
suas imagens de escultura, está completamente alienado de Deus, distante de Sua
vontade, aquém de sua Glória. Os ídolos nada são e nada são as pessoas que as
imagens representam. Podem ter sido alguma coisa durante suas vidas, mas depois
de mortas estão impossibilitadas de agir a favor dos vivos. Desconhecendo estas
verdades, está-se completamente distanciado da Palavra de Deus (Ezequiel 14:5).
6.
Abandonam a Deus. Muitos católicos,
principalmente os mais leigos, desinformados até mesmo da própria fé, que vão à
igreja somente em dias de casamento ou batizado de algum amigo ou parente,
desconhecem a importância de Cristo na vida cristã. Existem realmente pessoas
que dizem que Jesus Cristo é coisa de “crente”. Sua fé está mais voltada para
Maria e os santos e santas, isto é, as criaturas no lugar do Criador (2 Reis
22:17; Jeremias 16:11). Esse abandono de Deus é gradativo, tornando Deus algo
obsoleto ou um deus de Segunda classe, o qual só se deve buscar em raros
momentos específicos e celebrativos (Natal, Páscoa, etc.).
7.
Odeiam a Deus. Servir a outros
deuses, adorar imagens de escultura, rezar a pessoas mortas, confiar em seu
patrocínio, é demonstrar profundo ódio por Deus. Quando se ama a Deus com o
amor que a Bíblia ensina, coloca-se Ele acima de todas as coisas, e não
dependente delas. Mas pior que o ódio é a indiferença que muitos demonstram
para com Deus e a sua Palavra (2 Crônicas 19:2,3).
8.
Provocam a Deus. Assim como os
israelitas provocavam a Deus entregando-se a idolatria aos deuses pagãos, os
católicos romanos o fazem entregando-se à idolatria a seus santos e santas.
Embora alertados pelas Sagradas Escrituras a não agirem desta forma, provocam a
Deus deliberadamente, ajoelhando-se, reverenciando e beijando estátuas
(Deuteronômio 31:20; Isaías 65:3; Jeremias 25:6).
9.
São vãos em sua imaginação. Todas as doutrinas, os dogmas, os sacramentos, as
crendices, a teologia... formados em torno da idolatria não passam de
imaginações vãs e vãs tentativas de escapar do compromisso total com Deus e com
a sua Palavra. Embora muito já se tenha feito entre os idólatras, sua crença
não passa de conseqüência de imaginações que não produzem fruto algum para o
Reino de Deus (Romanos 1:21).
10. São ignorantes e
insensatos. É insensatez tentar
adorar ao Deus invisível através de imagens visíveis fundidas. Se fosse correto
adorar a Deus através de artifícios visíveis, todos adorariam as árvores, o
sol, as estrelas, os animais, os fungos... Talvez somente as bactérias não
fossem adoradas, nem os átomos ou os micróbios, pois não podem ser vistos a
olho nu; mas ainda assim algum idólatra confeccionaria uma imagem idealizada
deles. Talvez aí surgisse alguma seita dos “adoradores do microscópio”. É
ignorância reduzir a adoração a Deus a uma idolatria de seus servos (Romanos
1:21,22).
11. Abrasam-se. Os idólatras estão entregues a todas as formas de
concupiscência, entregando-se a atos escandalosos de profundo paganismo, com
suas rezas e entregas abnegadas aos ídolos em forma de santos e santas. Seu
sacrifício nada mais é que uma tentativa de servir a Deus sem entregar-se
totalmente a uma prática moral e espiritual sadia de sua Palavra (Isaías 57:5).
12. Apegam-se ao seu
engano. Onde está o nosso
tesouro, também estará o nosso coração. Onde está a nossa fé, também estará a
nossa adoração. Costumamos nos apegar com aquilo que amamos e valorizamos,
cuidando e acolhendo em nossas vidas sem jamais pensar em deixá-lo. Os católicos
romanos, em sua insensata idolatria, apegam-se ao seu engano com avidez, ainda
que confrontados com a Verdade que liberta. Como vimos anteriormente, o caos
pode se abater sobre uma congregação caso o seu sacerdote resolva acabar com as
imagens de escultura para cultuar somente ao Deus invisível (Jeremias 8:5).
13. São levados pela
idolatria. A idolatria cega e
carrega cativos aqueles que a praticam. São seduzidos a pensar que podem
colocar sua confiança nos ídolos, nas imagens de escultura e se deixam guiar
por elas. Seus corações já estão propensos a aceitar o culto às relíquias dos
mortos, às imagens, à cruz, à memória dos defuntos, como certas tribos
indígenas (1 Coríntios 12:2; Ezequiel 20:16).
14. Enlouquecem na
idolatria. A idolatria é uma
doença espiritual capaz de tornar a pessoa que a pratica insana. De fato o
idólatra, aquele que tem sua fé firmada nos imagens de escultura ou em qualquer
outra coisa que sirva como substituto de Deus, não atenta papa a loucura de
seus atos, deixando de adorar ao Deus invisível, justo e verdadeiro para adorar
as suas criaturas e a objetos inanimados (Jeremias 50:38). Esta loucura pode
ser vista no fanatismo de alguns fiéis diante do “Círio de Nazaré”, da imagem
de Nossa Senhora Aparecida, de Padre Cícero.
15. Gloriam-se dela. Grande é a alegria
de quem tem um pedido alcançado por um santo ou santa representados por uma
imagem. Beijam-na, erguem-na, levam-na em procissões, fazem-lhe ornamentos e
festas. Alegram-se, sem saber que todo Dom perfeito vem de Deus, todas as bênçãos
e alegrias. Mas têm operações malignas disfarçadas de milagres para aprisionar
os fiéis devotos de imagens na idolatria, sem que eles se dêem conta disto
(Salmo 97:7). Embora a Santa Sé afirme que o fim de toda adoração é Deus, a
glória das bênçãos alcançadas sempre fica para os idólatras que as pediram.
16. Têm comunhão com os
demônios. O ídolo nenhum valor
tem; é apenas uma peça vazia do quebra-cabeça dos demônios, para iludir,
aprisionar e distanciar as pessoas da verdadeira adoração, devida somente ao
Deus vivo e verdadeiro. A “comunhão dos Santos” pregada pela igreja católica
romana, possivelmente pode ser chamada de a “comunhão com os demônios” (1
Coríntios 10:20). Se, biblicamente, os mortos estão impossibilitados de se
comunicar com os vivos, de quem são as vozes que falam pela boca dos médiuns?
17. Pedem conselho aos
seus ídolos e neles buscam livramento. Em momentos de
angústia, dúvida, desespero, agonia, perigo, doença, catástrofes e tantas
outras moléstias mais, não é a Deus que os idólatras recorrem, mas aos seus
santos e santas. Ouviram dizer que eles são um canal de bênçãos entre o homem e
Deus e que devemos passar primeiramente por eles para obtermos o que queremos,
principalmente por Maria. Assim o fazem. Em suas orações, ajoelhados diante das
imagens, fazem promessas e pedem conselhos e socorro (Oséias 4:12; Isaías
44:17; 45:20). Será que Deus está mesmo tão distante de nós que necessite dos
mortos para levarem nossas orações? “Buscai o Senhor enquanto se pode achar,
invocai-o enquanto está perto” (Isaías 55:6); “Buscar-me-eis e me achareis
quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jeremias 29:13); “Eu amo os que
me amam; os que me procuram me acham” (Provérbios 8:17). O próprio Jesus nos
garantiu: “Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.
Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate,
abrir-se-lhe-á” (Mateus 7:7,8).
18. Juram pelos seus
ídolos. Como já vimos, os
santos e santas romanos são objetos de toda sorte de promessas e votos. Em nome
de Maria, por exemplo, muitas batalhas foram travadas. Sob o patrocínio dos
santos e santas mortos, muitas obras são feitas. Por eles juram e por eles
vivem os idólatras da Nova Aliança (Amós 8:14).
5
Conclusão: atitudes cristãs diante dos ídolos
Diante
de tudo o que já foi apresentado sobre a idolatria católica romana, devemos
concluir que ela não passa de uma abominação ao Senhor, de uma doutrina de
fundo “espírita” que busca comunhão com os mortos e conta com o seu patrocínio.
Todos os textos apresentados pelos doutores de Roma para confirmarem suas
inverdades estão completamente fora de contexto e servem apenas para reafirmar
a crença evangélica na condenação de todo e qualquer tipo de idolatria, seja a
pessoas, imagens, objetos ou qualquer outra forma. O Deus verdadeiro e único
digno de receber toda honra, toda glória e todo louvor não deve ser reduzido a
uma imagem esculpida por mãos humanas, pois a sua glória e a sua majestade não
cabem na limitada imaginação humana, nem em todo o universo por ele mesmo
criado.
O
cristão cheio do Espírito Santo e liberto pelo sangue de Cristo jamais deve
deixar-se levar pelos ídolos ou as pessoas que eles representam. A atitude do
verdadeiro crente em Cristo Jesus deve ser de total negação a esta prática
perniciosa, como veremos a seguir.
1.
O cristão deve resguardar-se da idolatria. Quando falamos em idolatria não estamos nos referindo
somente aos deuses de barro e gesso, mas também aos ídolos do coração: inveja,
ganância, avareza, prostituição, sensualidade... Qualquer coisa que pretenda
tomar o lugar de Deus em nossas vidas precisa ser deixada de lado (Josué 23:7;
1 João 5:21). Existem crentes que colocam seu sucesso como profissional acima
de tudo, da família e de Deus. Deixam sempre Deus em segundo plano ao invés de tomá-lo
como ponto de partida e motivação superior para tudo.
2.
O cristão deve fugir da idolatria. O crente verdadeiro não pode servir a dois senhores. Não
há como misturar as coisas pagãs com as coisas de Deus, como pretende o
catolicismo romano. Ao contrário, da idolatria deve-se mesmo fugir,
distanciar-se o máximo possível para não ser contaminado, como geralmente
acontecia com o povo de Israel que permitia em seu meio ídolos pagãos (1
Coríntios 10:14ss).
3.
O cristão não deve ter ligações com os ídolos em sua
casa. O que vemos na
maioria dos lares católicos são estátuas simbolizando santos e santas, prática
aprovada pelo Vaticano e seu líder “infalível”. Os cristão não deve permitir
que em sua casa entre tais abominações. Isto não quer dizer que não podemos Ter
fotografias nossas e de outras pessoas emolduradas, a não ser que sejam para
veneração e adoração. Caso contrário, não há na Bíblia nenhuma proibição para
isso (Deuteronômio 7:26).
4.
O cristão não deve participar de coisa alguma ligada a
idolatria nem ter ligação religiosa com os idólatras. O discurso do Ecumenismo esbarra na questão das imagens
de escultura do catolicismo romano – além de muitas outras doutrinas
equivocadas. Não há possibilidade do verdadeiro cristão participar de um culto
onde imagens estejam sendo adoradas e outros, que não Deus Pai, Filho e
Espírito Santo, estejam sendo invocados. Fé em Deus e fé nas imagens são duas
coisas excludentes (Josué 23:7; 1 Coríntios 5:11; 10:19,20). Isto deve ser
feito ainda que ameaçado de morte (Daniel 3:18).
5.
O cristão não deve ter pacto com os idólatras. O pacto do cristão verdadeiro deve estar inserido no
contexto do Reino de Deus, longe das artimanhas da idolatria. Quem se une aos
idólatras, acaba tornando-se como eles, aprovando indiretamente suas práticas
antibíblicas. O pacto verdadeiro é com Deus. E uma vez de Deus, sempre dele
(Êxodo 34:12,15; Deuteronômio 7:2).
6.
O cristão não deve casar-se com idólatras. No Antigo Testamento a Lei era severa e mesmo assim
ocorriam distúrbios de religiosidade e moral entre o povo escolhido de Deus.
Nós já não estamos mais debaixo da lei, mas da Graça. Ainda assim, associar-se
aos que caluniam a Deus é voltar-se contra o próprio Deus. Não pode haver
comunhão em nível tão profundo, como o casamento, entre a luz e as trevas,
entre os adoradores de Deus e os adoradores do diabo (Êxodo 34:16; Deuteronômio
7:3). Ainda que o cristão esteja firme em sua fé, há de contaminar-se em
comunhão tão direta com alguém que é idólatra.
7.
O cristão deve testificar contra a idolatria. Muitos fiéis de Roma estão soltos pelo mundo, presos aos
grilhões da idolatria disfarçada de veneração aos santos, santas, mártires,
anjos e mortos. O cristão deve exercer um papel evangelizador – iconoclasta –
levando a Palavra de Deus a estas pessoas e mostrando-lhes o quanto Deus está
triste com a sua prática. Pela verdade que liberta, pelo Santo Espírito que
transforma as vidas, convencendo-as da justiça, do pecado e do juízo, aqueles
que ouvirem a Palavra da Verdade, certamente serão ganhos por ela. Se não,
nosso papel foi feito e só nos resta orar por suas almas. Se pensarmos que o
Brasil tem mais de 200 milhões de habitantes e que a grande maioria é composta
de católicos romanos – praticantes ou nominais – veremos que grande é o campo a
semear.
Bibliografia
Catecismo da Igreja
Católica. São Paulo: Edições Loyola, 2003
Compêndio do Vaticano
II. Rio de Janeiro: Editora Vozes, Rio de Janeiro, 2000.
ADUCCI, Edésia. Maria e seus títulos gloriosos. São Paulo: Loyola, 1999.
BETTI, Pe. Artur. O que o povo pergunta. Rio de Janeiro:
Vozes, 2003.
JORGE, José Antonio. Dicionário informativo bíblico e litúrgico. São Paulo: Átomo, 1999.
LIGÓRIO, S. Afonso de. Glórias de Maria. São Paulo: Santuário, 1987.
MEGALE, Nilza Botelho. Santos do povo brasileiro. Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
PEARLMAN, Myer. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. São
Paulo: Vida, 1997.
SKRZYPCZAK, Otto Mons.
Documentos dos Primeiros Oito Concílios Ecumênicos. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2000.
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[1]
O texto citado está no contexto de adoração à cruz de Cristo feita de madeira
ou outro material e amplamente utilizada pela igreja romana e seus fiéis como
símbolo de adoração a Cristo.
[2]
SKRZYPCZAK, op. cit., p. 95.
[3]
Estas
afirmações são para refutar aquelas seitas que proíbem os seus fiéis de comerem
carne de porco ou fazerem transfusão de sangue, bem como transplante de órgãos.
Os católicos acusam estas seitas – e não sem razão – de fazerem uso da lei para
qual nós já morremos, os que estão ,
sempre que pretendem justificar algumas de suas doutrinas bizarras, fazem uso
desta mesma lei, como mandamentos a serem seguidos ou exemplos de como as
coisas devem ser feitas. Isto veremos mais adiante.
[4] EDÉSIA
Aducci, Maria e seus títulos gloriosos, p. 300 e 301.
[5]
A
via crucis normalmente é formada por
quadros, pintados ou esculpidos, que representam a paixão de Cristo, e são
colocados nas paredes das igrejas.
[6] JOSÉ
Antonio Jorge, Dicionário informativo Bíblico, teológico e litúrgico, p. 238.
[7] NILZA
Botelho Megale, Santos do Povo Brasileiro.
[8]
Este
presente estudo é baseado na enciclopédia da Bíblia Vida Nova, adaptado aqui
para a realidade do catolicismo romano, contextualizando-o com o que já temos
estudado.
[9] Cofira
o comentário na Bíblia Sagrada, edição pastoral, editora Paulus.
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