A VENERAÇÃO A MARIA E AOS SANTOS É IDOLATRIA?
(Mizael Xavier)
Um dos grandes abismos que separam a fé reformada da fé católica é a idolatria católica a Maria e aos santos. No entanto, os católicos insistem que aquilo que os cristãos protestantes chamam de "idolatria", é apenas uma veneração respeitosa à pessoa de Maria e dos santos que estão no céu, que foram exemplo de fé, de caridade e de virtude. Sem entrar em questões relacionadas à comunhão dos santos e à intercessão dos mortos a favor dos vivos, vamos a uma rápida análise para entendermos se a veneração católica é idolátrica ou simples veneração.
Vejamos duas das principais justificativas para a veneração católica, repetidas pelos fiéis católicos todas as vezes que são confrontados e questionados pelos protestantes.
Há tipos diferentes de cultos
A primeira justificativa católica é que, na Bíblia, existem diferentes tipos de cultos prestados pela igreja. O primeiro é a "latria", que é a adoração dedicada exclusivamente a Deus, conforme o ensinamento de Cristo, ao rebater o diabo: "Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto" (Lucas 4:8). O segundo é a "dulia", um culto prestado aos santos já falecidos. Apesar de todas as justificativas católicas, não existe apoio escriturístico para a "dulia". O termo grego sugerido, "douleuo", não apoia esse tipo de culto. Além disso, outro termo utilizado para serviço, "doulos", significa "escravo". Tipo de culto prestado pelos católicos é a "hiperdulia", o culto especial prestado à Maria, devido à sua maior honra, por ser a mãe de Jesus. Além desses, soma-se a "protodulia", que é uma veneração especial em honra a São José, pai terreno de Jesus e pai biológico dos demais filhos e filhas de Maria.
Estes cultos sugerem adorar a Deus por meio do culto a Maria e aos santos, com a justificativa de que o fim de todo culto é Deus. No entanto, não existe qualquer ensinamento bíblico que devemos cultuar a Deus por meio de outras pessoas. A centralidade do culto dos cristãos no Novo Testamento era o Senhor Jesus. Ele é o único Mediador entre Deus e nós: "Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" (1 Timóteo 2:5). Jesus Cristo também é nosso único e suficiente Senhor e Salvador, não havendo necessidade da mediação de Maria ou intercessão dos santos: "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (Atos 4:12).
Portanto, ainda que o católico insista em cultuar imagens de escultura e/ou as pessoas que elas representam por simples honraria e respeito, também isto não é bíblico e não fazia parte da fé e da prática da igreja neotestamentária. Jesus era o centro da vida e da adoração cristã, como único caminho que leva ao Pai (João 14:6). Em seu Nome cremos, vivemos, adoramos a Deus, fazemos boas obras, damos frutos e evangelizamos. Os mortos não têm mais parte neste mundo. Podemos, sim, honrar sua memória e seguir seu exemplo, mas jamais como se eles recebessem nossas honras, porque estão mortos, não tem poder ou mérito algum para interceder por nós. Por melhores que tenham sido nesta vida, não merecem altares, catedrais, festividades, cultos, procissões, velas, incensos, louvores ou o que quer que seja. Não existe um único texto bíblico que apoie isso. Quando se fala em intercessão de uns pelos outros, na Bíblia, fala-se de vivos que oram a Deus pelos vivos (cf. 1 Tessalonicenses 1:2; 5:25; Efésios 3:14-19; 6:18; 2 Coríntios 1:11; 1 Timóteo 4:1,2; etc.). Apocalipse 5:8 em nada apoia a prática católica da intercessão dos santos.
Em suma, a Bíblia só apresenta dois tipos de culto: aquele que é dirigido a Deus e o culto idólatra, que é dirigido a qualquer ser, pessoa ou coisa que não é Deus.
Os santos não são deuses
Os católicos justificam a sua "veneração" a Maria e aos santos afirmando que eles não são deuses e, portanto, a sua prática não é "idolatria", ou seja: "adoração a ídolos". Para os católicos, Deus proíbe apenas o culto aos falsos deuses e às suas imagens. Leiamos o texto do Decálogo, que está ausente na apresentação dos Dez Mandamentos propagada pelo catolicismo romano, em Êxodo 20:1-6:
Então, falou Deus todas estas palavras: Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.
Se no v. 3 o Senhor ordena que não haja outros deuses (que são falsos deuses, seres inexistentes e mitológicos, na nossa concepção moderna), no v. 4, Ele ordena que não sejam feitas imagens de escultura de nada que exista nos céus, na terra, nas águas e debaixo da terra. Neste caso, trata-se de coisas, animais ou pessoas, não de deuses, porque estes não existem, logo, não estão em lugar algum. Não podemos confeccionar imagens para adoração ou culto de nenhuma dessas coisas. Os santos mortos estão no céu (alguns no inferno, Deus o sabe), eles caminhavam sobre a terra. Portanto, estão na categoria de coisas que não devem ser adoradas nem merecem uma imagem de escultura para ser cultuada com dulia, hiperdulia ou protodulia.
A idolatria não se trata apenas de adoração aos falsos deuses e às suas imagens de escultura, mas de tudo aquilo que o homem coloca no lugar de Deus para servir e adorar. No caso de Maria, os santos e os anjos, embora não sejam colocados diretamente no lugar de Deus para substituí-lo, são postos antes de Deus como seus porta-vozes e intermediários, ao menos na fé oficial da igreja. Na prática, no entanto, o culto a Maria, aos santos e aos anjos não tem outro fim, senão eles mesmos. Os devotos mais fanáticos de Maria não a adoram como uma forma de adorar a Deus, mas a adoram por ela mesma. Quando um fiel se derrama em lágrimas diante de uma estátua de Maria ou algum santo, não tem em vista Deus, mas a pessoa ali representada. As festas de padroeiros não são dedicadas a Deus, mas aos padroeiros. Quando uma benção é recebida, os méritos não são de Deus, mas do santo a quem se rezou. A idolatria, decididamente, não é uma "adoração a um falso deus", mas pode incluir tudo que rouba o lugar de Deus em nosso coração. Paulo escreveu aos colossenses: "Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus [sobre os filhos da desobediência]" (3:5,6). A avareza é um tipo de idolatria.
Em Romanos 1:24,25, está claro que Deus não condena apenas a adoração a falsos deuses, mas também aquela que é direcionada à "criatura", ou seja, um ser real: "Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!". Homens, mulheres e anjos não são seres mitológicos inexistentes, mas criaturas de Deus. Não existe justificativa! Jesus e os apóstolos não nos ensinaram nenhuma prática católica relacionada ao culto a Maria ou quem quer que seja.
A história da idolatria católica romana
O culto católico aos santos, anjos, imagens de escultura e a Maria começou a se desenvolver gradualmente nos primeiros séculos do cristianismo, mas só foi formalmente estabelecido ao longo dos séculos seguintes. Eis um resumo do processo:
1. Culto aos Santos
Início: Por volta do século II, os cristãos começaram a venerar mártires, ou seja, aqueles que morreram por sua fé em Cristo. Seus túmulos eram visitados e reverenciados como locais sagrados.
Razão: A crença era de que os santos estavam na presença de Deus e podiam interceder pelos vivos.
Oficialização: O culto aos santos foi formalizado no Concílio de Nicéia II (787 d.C.), que afirmou a legitimidade da veneração.
2. Culto aos Anjos
Início: Desde os primeiros séculos, os anjos eram reconhecidos como mensageiros de Deus, com base nas Escrituras (por exemplo, Gabriel e Miguel).
Razão: Os cristãos acreditavam que os anjos protegiam e intercediam pelos humanos.
Oficialização: O culto aos anjos foi aceito gradualmente, sendo reforçado por tradições eclesiásticas e textos apócrifos.
3. Uso e Culto de Imagens
Início: As imagens começaram a ser usadas como ferramentas pedagógicas para ensinar analfabetos sobre os eventos bíblicos, por volta do século III.
Debate: No início, muitos cristãos rejeitavam o uso de imagens devido à proibição bíblica da idolatria (Êxodo 20:4-5). A controvérsia se intensificou durante a crise iconoclasta (séculos VIII e IX).
Oficialização: O Concílio de Nicéia II (787 d.C.) decretou que as imagens poderiam ser veneradas, mas não adoradas. A adoração (latria) era devida somente a Deus.
4. Culto a Maria
Início: A veneração a Maria começou a crescer nos séculos IV e V, especialmente após o Concílio de Éfeso (431 d.C.), que proclamou Maria como Theotokos (Mãe de Deus).
Razão: Isso reforçou sua posição como intercessora e modelo de santidade.
Desenvolvimento: Práticas como o Rosário e festas marianas foram sendo incorporadas gradualmente na liturgia e na devoção popular.
Perspectiva Reformada
Os reformadores protestantes (século XVI) rejeitaram essas práticas, argumentando que elas violavam os ensinamentos bíblicos, especialmente os mandamentos contra a idolatria (Êxodo 20:3-6; Isaías 42:8; Mateus 4:10). Eles enfatizavam a adoração exclusiva a Deus e a intercessão única de Cristo (1 Timóteo 2:5). Essas práticas não existiam no cristianismo primitivo e se desenvolveram ao longo do tempo, muitas vezes influenciadas por fatores culturais, teológicos e políticos. Para os reformadores e muitos grupos cristãos, essas tradições são vistas como desvios das Escrituras.
Refutando um católico
Quero citar as palavras de um católico quando o confrontei com algumas práticas católicas que revelam idolatria, como incenso, procissões, catedrais erguidas em homenagem a Maria, a santos, etc. Entre colchetes, um breve comentário meu.
Mizael Souza Você não consegue provar e parte para o achismo.
1- Você diz oferenda como se nós fizéssemos como os pagãos, que oferecem coisas materiais aos seus ídolos.
[Qualquer coisa oferecida em honra a Maria e aos santos é uma oferenda, que pode ser prometida para se alcançar uma graça ou dada após a graça ser alcançada. As igrejas, santuários e outros locais considerados sagrados pelos católicos estão repletos de velas, flores, objetos pessoas e dinheiro depositado aos pés das estátuas. Além disso, a própria vida devotada de Maneira escrava a Maria - como ensina Montfort - é uma espécie de oferenda. Em Jeremias 7:17,18, vemos algo parecido com a adoração católica à Maria: "Acaso, não vês tu o que andam fazendo nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém? Os filhos apanham a lenha, os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha, para se fazerem bolos à Rainha dos Céus; e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira". Uma família inteira dedicada à idolatria, atraindo sobre si a ira de Deus]
2 - As velas eram usadas nas catacumbas para iluminar o ambiente. Com o tempo elas passaram a simbolizar o calor do amor divino penetrando na cera da nossa alma. É apenas um símbolo, não tem nada a ver com oferta.
[Embora possam ser um mero símbolo utilizado de devoção, oração e fé em ritos litúrgicos, o uso de velas não encontra apoio nas Escrituras e de nada serve ao verdadeiro culto cristão. A fé cristã não necessita de subterfúgios, de simbologias, mas de verdade e vida, de prática da Palavra de Deus. Jesus falou a respeito da verdadeira adoração, em João 4:23,24: "Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade."
3 - O incenso também é apenas um símbolo, que também era usado no culto do Templo. O incenso simboliza a oração, que sobe vagarosamente ao céu com um odor agradável a Deus.
[O que foi dito sobre o uso de velas, também se refere ao uso do incenso no culto cristão. Na igreja católica, o incenso é usado em missas solenes, adoração ao Santíssimo Sacramento, funerais e festividades litúrgicas. O seu uso é justificado com base em textos como Êxodo 30:34-38 e Apocalipse 8:3,4, sendo este último em sentido simbólico. Além da inutilidade do simbolismo, podemos destacar que não estamos mais na Antiga Aliança, de modo que, em Cristo, cessou o sacerdócio levítico e todas as demais sombras que não encontram mais espaço na Nova Aliança inaugurada pelo sacrifício vicário do Senhor. De todo o livro de Hebreus que trata da superioridade de Cristo como Profeta, Sacerdote e Rei, citemos apenas o v. 13 do capítulo 8: Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer". Assim como velas, Jesus e seus discípulos não usaram incenso nem ensinaram o seu uso na igreja]
4 - Os dias festivos são dias dedicados para a memória dos santos, não tem nada de oferenda.
[Não se trata apenas de oferendas físicas, mas espirituais e ritualísticas. Como o uso do incenso, as festas religiosas também não possuem mais razão nem serventia para a fé cristã. No livro de Gálatas, escrito por Paulo para combater as heresias dos judaizantes que perturbavam a igreja, Paulo questiona os gálatas, outrora adoradores de deuses pagãos, mas que agora se viam obrigados a guardar as festas judaicas por conta da influência dos falsos profetas. Ele escreve, em 4:8-11: "Outrora, porém, não conhecendo a Deus, servíeis a deuses que, por natureza, não o são; mas agora que conheceis a Deus ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como estais voltando, outra vez, aos rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para convosco". Se é errado para o cristão a prática de festividades judaicas que eram dedicadas a Deus, pior será a realização de festas em homenagem a Maria, aos santos e aos anjos! Mais uma vez, o Novo Testamento não contém relatos de Jesus e seus apóstolos festejando pessoas mortas]
5 - Erigir santuários com o nome de Nossa Senhora nada mais é que uma forma de veneração, de homenagem. Que mal tem nisso?
[O mal está no fato de que a Bíblia não ensina nem encoraja a construção do que quer que seja para homenagear Maria, santos e anjos. Todas as igrejas fundadas pelos apóstolos pertenciam a um só Senhor e eram dedicadas inteiramente a Ele. Quando lemos sobre a passagem de Paulo por Atenas, em Atos 17:10-34, vemos que aquela cidade possuía diversos templos dedicados ao panteão de deuses gregos, onde as imagens de escultura e a idolatria eram abundantes, chegando a transformar o apóstolo. Paulo diz, no v. 24: "O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas". Podemos fazer uma ponte com João 4:21, onde o Senhor diz à mulher samaritana: "Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai". Fica claro que não existe mais necessidade de templos com a finalidade que existia no Antigo Testamento, porque a presença de Deus não se limita ao templo e a nossa adoração é espiritual. O uso que fazemos dos espaços de culto público não é o mesmo que os judeus faziam do templo. E se não precisamos mais erguer templos em homenagem a Deus, por que o faríamos em homenagem a Maria? Estes se assemelham aos templos pagãos que Paulo encontrou em Atenas]
6 - Deixar flores é apenas um gesto que demonstra amor. Ou você acha que se eu deixar flores no túmulo de um ente querido significa que eu estou o adorando?
[Neste ponto também se aplicam os mesmos princípios das velas e do incenso. Com relação a depositar flores nos túmulos de entes queridos, não vejo nenhum problema com isso, uma vez que é algo cultural e afetuoso. No entanto, esta prática católica vai além da cultura e da afeição, fazendo parte do "culto aos mortos", algo presente nas religiões pagãs. Mesmo que a justificativa seja de homenagem e veneração à memória dos mortos, sabemos que, em relação a Maria e aos santos, tal homenagem é bem mais profunda e idolátrica. Não existe nenhum ensino bíblico que apoie a homenagem aos entes ou santos falecidos, muito pelo contrário! Assim lemos em Isaías 8:19: "Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?". Por que consultaríamos a Maria, aos santos e aos anjos? Por que homenageá-los, uma vez que não possuem acesso a este mundo e não podem receber a nossa homenagem?]
7 - Dar esmolas é um ato de caridade recomendado pelo próprio Jesus: "Vendei o que possuís e dai esmolas" (Lc 12,33)
[Embora as obras de caridade e as esmolas sejam importantes e partes essenciais da piedade cristã, a questão não são as esmolas como um bem que se faz ao próximo, mas o dinheiro, a caridade e o serviço ofertados como uma forma de homenagem ou de pagamento de promessas a Maria ou algum santo. Os católicos costumam depositar dinheiro aos pés das imagens de escultura, como uma forma de honrá-las ou àqueles que elas representam. Além disso, as esmolas, na igreja católica, nem sempre são ofertas desinteressadas, mas servem aos propósitos da reparação de pecados e santificação pessoal, o que já entra em questões ligadas à penitência e às indulgências. Apesar disso, a igreja católica enfatiza a necessidade de ofertar com amor e sem interesses pessoais. Ainda assim, quando feitas em homenagem aos mortos, deve ser qualificado como uma atitude idólatra, pagã e antibíblica]
8 - Quanto às promessas, elas são feitas a Deus, mas pode-se prometer com a intercessão dos santos.
[Aqui existem dois erros: primeiro, não existe ensino bíblico sobre fazer promessas a Deus para receber dele alguma benção. As nossas orações necessitam apenas de fé, de serem feitas em Nome de Jesus e de confiança na vontade soberana de Deus. As promessas são uma forma de negociar a resposta de Deus às nossas petições, como fazem muitos evangélicos ao darem seus dízimos ou participarem de campanhas. Jesus e seus apóstolos não utilizaram nem ensinaram tal artifício. As promessas católicas em tudo diferem dos votos que eram feitos no Antigo Testamento, como, por exemplo, em 1 Samuel 1:11 e Gênesis 28:20-22). As promessas católicas, como peregrinações, doações ou abstinências, são entendidas como atos de sacrifício e devoção, fortalecendo a fé e a espiritualidade pessoal. Segundo erro: a intercessão de Maria e dos santos. Como já vimos, somente a mediação de Jesus já nos basta. Os santos estão mortos e nada podem fazer pelos vivos. Tudo o que Deus nos dá e faz é por sua graça, por causa dos méritos de Cristo. Nada mais precisamos]
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