terça-feira, 13 de dezembro de 2022

O IMPOSSÍVEL REGRESSO DO PROTESTANTE AO CATOLICISMO

 


O impossível regresso do protestante ao catolicismo

Mizael de Souza Xavier


Vez por outra, vejo algumas matérias na Internet contando histórias de protestantes que “se converteram” ao catolicismo romano ou que voltaram a frequentar a igreja católica após algum tempo frequentando uma igreja evangélica. Tal acontecimento é como um valioso troféu para os católicos, porque um protestante reconheceu que estava errado e voltou ou entrou para a única e verdadeira igreja de Jesus Cristo. Tais conversões ou regressos são sempre acompanhados de testemunhos contra a doutrina e a igreja protestantes. Para a maioria dos evangélicos, tais conversões causam estranheza, uma vez que estamos acostumados a ver os ímpios serem convertidos a Jesus e passarem a fazer parte de alguma igreja cristã evangélica, não o contrário. Quando alguém cai em pecado e volta para o mundo, não soa tão estranho, porque mesmo o cristão sincero está sujeito a isso, quando não anda no Espírito Santo. Mas voltar à antiga crença leva-nos a questionar sobre o que possa ter acontecido.

Quero aqui analisar alguns pontos importantes para a compreensão desse abandono da fé e regresso do cristão protestante ao catolicismo romano ou a qualquer outra crença.


Conversão insincera

Em todas as crenças existem aqueles que são apenas fiéis nominais, que se declaram de determinada religião, mas não vivem segundo a sua própria fé. Por motivo de cultura familiar ou social, declaram-se cristãos, judeus, muçulmanos, espíritas, budistas, mas não praticam sua religião. A grande maioria daqueles que se declaram católicos possuem uma baixíssima frequência na igreja. No meio protestante não é diferente. As igrejas evangélicas estão lotadas de falsos crentes, que vivem uma falsa fé, porque passaram por uma falsa conversão. Eles chegaram até a igreja atraídos por promessas de bênçãos e milagres, não por causa do Senhor Jesus. Eles foram convencidos de que Jesus resolveria todos os seus problemas, não de que eram pecadores miseráveis carentes de salvação. Assim, tornam-se “crentes” carnais, que dão péssimo testemunho, que não servem a Deus nem evangelizam. São lobos em pele de cordeiro, joio no meio do trigo. Quando chegam as provações e as cobranças, logo abandonam a igreja e a fé.

Neste grupo dos insinceros ainda estão aqueles que acreditam que se converteram, que o fato de terem praticamente nascido na igreja, que ser amigo do Evangelho, fazer parte de ministérios e dar ofertas e dízimos faz de alguém um cristão verdadeiro. Muitas pregações não são evangelísticas ou não enfatizam o suficiente os pontos principais do Evangelho que podem levar o ímpio a uma conversão sincera. Após uma pregação vazia da mensagem de salvação, faz-se um apelo e solicita-se que os ímpios que desejarem, façam uma oração mecânica de conversão, que não parte da sua própria vontade. Como os do outro grupo, esses insinceros serão como galhos mortos na videira. Além disso, nenhuma ênfase é dada ao preço por seguir a Jesus: negar a si mesmo, tomar a sua cruz, obedecer a Deus, desenvolver sua santidade, viver em comunhão, pregar o Evangelho e fazer discípulos. Seu coração é a beira do caminho, o solo pedregoso e aquele cheio de espinhos.

A falta de conversão verdadeira implica na ausência do Espírito Santo. Esses indivíduos estão na igreja, mas não fazem parte do Corpo de Cristo. São como folhas ao vento, sacudidas para todos os lados por todo vento de doutrina (Efésios 4:14,15). Eles não suportam a verdade, a sã doutrina, mas seus ouvidos coçam e clamam por qualquer novidade teológica que satisfaça seus próprios interesses (2 Timóteo 4:1-5). Não é difícil regressar ou se converter ao catolicismo romano nessas condições. Uma vez que não são templos do Espírito Santo nem têm a mente de Cristo, a doutrina caótica torna-se sedutora, acima de tudo quando convencidos de que ela é a única e verdadeira Igreja de Cristo, que o papa é o representante legítimo de Jesus na terra e que todas as igrejas evangélicas são seitas comandadas por Satanás. A incerteza a respeito da sua própria salvação e o medo de ter “trocado o certo pelo duvidoso” faz com que muitos desses falsos crentes voltem ou entrem para a igreja romana.



FONTE: “A igreja católica e as seitas”, de Pe. Flaviano Amatulli Valente, ed. Apóstolos da Palavra, 1998.


Ignorância com relação às Escrituras

Os grandes ataques do catolicismo romano à fé protestante ocorrem justamente contra os maiores pilares da Reforma Protestante, os cinco solas que todos os cristãos evangélicos deveriam conhecer, mas que a maioria ignora:


  • Sola Scriptura: as Escrituras Sagradas como única fonte autoritativa de fé e prática cristãs (Mateus 4:4; 5:18; João 6:63; 17:17; Romanos 1:1,2; 15:4; 16:25-27; 1 Coríntios 2:6-13; 15:3-8; Gálatas 1:6-12; Efésios 2:19-22; 3:1-5; 2 Timóteo 3:14-17; Hebreus 1:2; 1 Pedro 1:10-12; 2 Pedro 1:3,16-21; 2 Pedro 3:1,2,15,15; Apocalipse 22:18,19).

  • Sola fide: a justificação do pecador acontece e sua nova vida desenvolve-se somente pela fé na obra vicária de Cristo (João 3:16; 6:29,29; Atos 15:7-9; 26:16-18; Romanos 1:16,17; 3:21-4:25; 5:1,2; 10:4-11; Gálatas 2:16; 3:8,11-14,22-26; 5:1-6; Efésios 2:8,9; 3:17-19; Filipenses 3:9; 2 Tessalonicenses 2:13; 1 Timóteo 1:16; Hebreus 10:38,39; 11:1-40; 2 Pedro 1:1).

  • Sola gratia: salvação somente pela graça de Deus, sem mérito humano, de acordo com a sua soberana vontade (Salmo 6:4; Atos 15:11; Romanos 3:21-24; 4:16; 6:14-23; 11:1-6; 2 Coríntios 1:12; 8,9; 12:9; Gálatas 1:15,16; 2:20,21; 3:18; Efésios 1:4-6; 2:7-9; 4:4-7; 2 Tessalonicenses 2:15-17; 1 Timóteo 1:12-14; Tito 3:4-7; 1 Pedro 1:1-5,10).

  • Solus Christus: somente o Senhor Jesus como princípio, razão e centro da fé cristã (João 1:1-18; 5:21-27; 6:40-51; 7:37,38; 10:25-30; 14:6; 15:1-5; Atos 4:11,12; Romanos 5:10-21; 1 Coríntios 6:11; 8:5,6; Gálatas 2:16; 3:22-29; Efésios 2:13-22; Filipenses 2:5-11; 3:7-11; 1 Timóteo 2:5; Hebreus 5:1-10; 9:11,12; Apocalipse 5:6-10;

  • Soli Deo Glória: toda honra e toda glória, todo culto e adoração a Deus somente (Salmo 24:7-10; 57:5; Isaías 6:1-3; 48:11; Romanos 11:36; 16:27; 1 Coríntios 10:31; Gálatas 1:3-5; Efésios 2:8,9; 3:20,21; Filipenses 4:20; 2 Timóteo 4:18; Hebreus 13:21; 1 Pedro 4:11; 2 Pedro 1:2,3; 3:18; Judas 1:25; Apocalipse 1:5,6; 4:11; 5:12-14).


Destes cinco pontos depende toda a fé reformada e por causa deles ocorreu a contrarreforma, que culminou com o Concílio de Trento (1545 a 1563), que rechaça com vários anátemas a fé protestante. Para o catolicismo romano, os cinco solas ficariam mais ou menos assim:


  • Não apenas as Escrituras Sagradas, mas também a Tradição e o Magistério da igreja como que possuindo a mesma autoridade revelacional da Bíblia, incluindo os livros apócrifos.

  • Não somente a fé, mas também as obras para conquistar a salvação.

  • Não somente a graça, mas a participação humana segundo a doutrina da “comunhão dos santos”, que inclui o sufrágio pelas almas do purgatório e o pagamento de indulgências.

  • Não somente Cristo, mas as obras e a virgem Maria.

  • Glória a Deus, a Maria, aos anjos e aos santos.


Sem ler nem estudar a Palavra de Deus, como o crente em Cristo Jesus refutará cada um desses pontos? Como terá plena convicção da sua fé e da sua conversão? Como poderá apresentar o Evangelho ao católico sem ser evangelizado por ele? Existem muitos cristãos sinceros que acabam por regressar ao catolicismo porque não se permitiriam ser ensinados por Deus, não receberam instrução bíblica na igreja, não se importam em estudar em casa. Para eles, a fé católica é a mesma da protestante, então tanto faz. Mas não é. Pela graça de Deus, o Espírito Santo irá incomodá-los e abrir-lhes os olhos para que voltem à verdade do Evangelho. O seu coração arderá de indignação diante das imagens de escultura e da adoração a Maria, como o apóstolo Paulo em Atenas (Atos 17). Ele não suportará participar da celebração eucarística, quando Cristo é oferecido outra vez em sacrifício pelos pecados, pois se recordará que Jesus ofereceu um único e providencial sacrifício de si mesmo na cruz para nos dar o perdão e a salvação eterna (Hebreus 9:28; 10-12). Mesmo com pouco conhecimento da Bíblia, o cristão protestante verdadeiramente convertido não durará muito tempo longe da sã doutrina.


Ecumenismo

De acordo com a doutrina oficial da Igreja Católica Apostólica Romana, não existe salvação fora da igreja católica. O Catecismo da Igreja Católica, em seu parágrafo 846, repete a doutrina oficial da igreja romana, como consta no documento Lumen Gentium, do Concílio Vaticano II, que afirma: “esta Igreja peregrina é necessária para a salvação” (LG, 38). Os cristãos de outras igrejas cristãs são denominados de “irmãos separados” pelo Vaticano II. Todavia, basta uma rápida observação nas redes sociais para ver que, na verdade, o cristão evangélico é tratado com desprezo e desdém por muitos católicos; são “os protestantes”, “os calvinistas” e sua sola fide. Outros, no entanto, consideram respeitosamente os evangélicos. Apesar de tudo isso, o catolicismo romano prega o ecumenismo, que é uma tentativa de harmonizar as religiões, em especial as igrejas cristãs, tendo como ponto central da fé a “eucaristia”. No Brasil, o principal conselho das igrejas ecumênicas é o CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs), do qual são membros: a Igreja Católica Apostólica Romana, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, a Igreja Ortodoxa Siriana do Brasil e a Igreja Presbiteriana Unida do Brasil. Fora do movimento ecumênico estão a Igreja Presbiteriana do Brasil, os Batistas, os assembleianos e um incontável número de denominações cristãs independentes que não podem conciliar a sã doutrina com o que propõe o ecumenismo nem manter comunhão de fé com igrejas que pregam aquilo que a Bíblia não ensina.

A conversão ou a volta ao catolicismo romano por parte dos membros das igrejas adeptas do ecumenismo não é algo excepcional, uma vez que o ecumenismo nos leva a pensar que todas as igrejas são iguais e legítimas. Na prática, o ideal católico permanece: fazer com que todos retornem ao seu rebanho. Se é impossível haver salvação fora da igreja católica, todos os demais cristãos estão condenados ao inferno.


Decepção com o neopentecostalismo

Outra razão para o regresso ao catolicismo romano é a decepção com as falsas promessas de bênçãos e vitórias que são a principal doutrina das igrejas (seitas) neopentecostais. Tais seitas pregam a Teologia da Prosperidade e seu sistema de Confissão Positiva, que versam sobre prosperidade financeira, felicidade plena e saúde total. Na prática, claro, a decepção não tarda a chegar, as promessas não se cumprem, a prosperidade chega apenas para o líder da seita, as doenças não somem ou aparecem outras. Sentindo-se enganadas – como de fato foram – e desiludidas, muitas dessas pessoas abandonam a seita e voltam ao seu grupo religioso de origem, entre eles, a igreja católica. Aqui há que se fazer justiça ao catolicismo romano: essas pessoas, em sua maioria, não são católicos praticantes, mas estão entre aqueles que se lembram que possuem uma religião apenas nos censos realizados pelo IBGE. Elas também fazem parte do primeiro grupo citado: jamais foram convertidas, mesmo porque as seitas neopentecostais não pregam conversão a Jesus, mas às suas bênçãos.


Renovação Carismática Católica

Já há alguns anos a igreja católica tem-se revestido de uma roupagem mais espiritualista, por meio da Renovação Carismática, um movimento pentecostal dentro do catolicismo romano que nem sempre é visto com bons olhos pela Santa Sé, como também não o é a Teologia da Libertação – e com muita razão! A partir da Renovação Carismática, esse seguimento do catolicismo romano passou a manifestar alguns pontos comuns ao pentecostalismo e ao neopentecostalismo evangélicos, como o falar na “língua dos anjos”. Além disso, semelhantemente a seitas como a Igreja Universal do Reino de Deus, por exemplo, a igreja católica passou a celebrar missas para todas as ocasiões, como as missas de cura e libertação, onde, como acontece na IURD, os fiéis vão em busca de milagres e bênçãos. Os padres, que outrora praticavam uma oratória sacra, espiritualista, agora pregam como pastores evangélicos, tanto em relação à altura e ao timbre da voz, como ao conteúdo das suas pregações ou homilias. Em determinadas reuniões e encontros católicos, tirando-se os paramentos dos sacerdotes, as imagens sacras e a invocação a Maria e aos santos, dificilmente se conseguiria distingui-los de um culto pentecostal.

Esse movimento pode ser sedutor para muitos cristãos, acima de tudo os pentecostais e neopentecostais, que se identificam com muito do que acontece ali. Quando paramos para analisar a razão de muitos estarem nessas igrejas – culto da emoção, conversão pela experiência, misticismo, sede de milagres e bênçãos, etc. – podemos conjecturar que boa parte está no primeiro grupo, ou seja, não são verdadeiramente convertidos, não nasceram de novo. Além disso, é sabido que o ensino teológico não faz parte da cultura da maioria das igrejas pentecostais e, acima de tudo, neopentecostais, que se fiam na palavra dos seus líderes e em profecias e revelações que lhes são trazidas durante suas reuniões. Não é difícil haver o retorno de muitos desses crentes ao catolicismo romano ou a sua “conversão”, uma vez que ambos possuem elementos de culto muito semelhantes.


Há convertidos sinceros na igreja católica?

Quando observamos a vida de alguns fiéis católicos, sua paixão por Jesus, seu desejo intenso de conhecer mais a Palavra de Deus, sua entrega total à obra do Senhor, podemos imaginar que ali há diversas pessoas sinceramente convertidas a Jesus. Não podemos julgar quem é ou não é um verdadeiro cristão, mesmo porque as igrejas evangélicas estão abarrotadas de falsos cristãos, de joio, de lobos, de falsos profetas e falsos mestres. Pode, sim, haver convertidos a Jesus no seio da igreja católica. Todavia, gostaria de salientar dois pontos importantes. Primeiro: o amor por Jesus e pela sua Palavra nos conduz automaticamente a crer e viver a verdade que está nesta Palavra, ou seja: a sã doutrina. Como ser de Jesus em uma igreja cujas doutrinas e dogmas contrariam as Sagradas Escrituras em diversos aspectos? Como servir de coração ao Senhor acreditando e praticando o sacrifício eucarístico, a comunhão dos santos e a adoração a Maria? Jesus e a sua Palavra se fundem, de modo que não podemos amar e servir a um sem amar e servir a outro. Ou somos de Cristo e obedecemos a sua Palavra ou não somos de Cristo (Deuteronômio 5:29; João 14:15; Lucas 6:46; Tiago 1:22; Mateus 5:19; 1 João 5:3; 2 João 2:6). Como dizer “Eu amo a Cristo” e se prostrar diante de imagens de escultura e contar com a mediação de outros além dele? Esses católicos supostamente convertidos carecem de salvação ou de conhecimento bíblico verdadeiro.

Então chegamos ao segundo ponto: é impossível permanecer na igreja católica após ser convertido pela fé em Jesus e ser selado com o Espírito Santo. O mesmo acontece em qualquer outra religião ou seitas cristãs, como o Mormonismo e as Testemunhas de Jeová: o Espírito incomoda a mente e o coração do convertido diante das doutrinas e práticas que ele ouve e presencia. Ele já não suportará mais ver procissões com imagens de escultura sendo carregadas, orações pelos mortos, pagamentos de indulgências, o desprezo pelos cinco pontos da Reforma Protestante e tudo mais que forma a teologia e a prática da Igreja Católica Apostólica Romana. Logo, ele terá duas alternativas: tentar reformar a igreja católica – como aconteceu com Lutero – ou, diante dessa impossibilidade, abandoná-la – como também aconteceu com Lutero. Ele procurará uma igreja bíblica, que prega o Evangelho da graça de Deus e ali manterá comunhão com outros irmãos, crescerá na graça e no conhecimento de Deus e servirá ao Senhor com seus dons e talentos. Permanecer no catolicismo romano seria como permanecer nas Testemunhas de Jeová aprendendo o tempo inteiro que Jesus não é Deus. Impossível!


O impossível regresso

Nasci no ano de 1971 em um lar católico. O Espírito Santo me converteu no ano de 1994. Nunca mais pensei a respeito da igreja católica, até por volta de 1998 ou 1999, quando comecei a dar aulas de teatro a um grupo de adolescentes e jovens de uma cidade do litoral do Rio Grande do Norte, Baía Formosa. Todos os meus alunos eram católicos. Num determinado dia, fui com eles a uma reunião que ensinava sobre evangelismo. Em suma, ensinaram dois pontos: Pedro é o cabeça da Igreja e as igrejas protestantes são seitas comandadas por Satanás. Lá estavam à venda alguns livretos, que fiz questão de adquirir: “Respostas da Bíblia Às acusações dos ‘crentes’ contra a Igreja Católica para cada lar cristão” (que possui atualmente uma edição revista e atualizada com um título mais ameno: “Resposta da Bíblia a partir do seu sentido original para cada lar cristão”), do padre Vicente; “Cuidado com as seitas”, do padre Flaviano Amatulli Valente; e “A Igreja católica e as seitas: perguntas e respostas”, do mesmo autor.




Tamanha foi a minha indignação com o conteúdo dessa literatura, que me tornei estudioso do catolicismo romano, acima de tudo da “mariologia”. Comprei livros oficiais, como o Concílio Vaticano II e o Catecismo da Igreja Católica, entre outros. Decidi que estudaria e refutaria a doutrina oficial da igreja católica a partir dos seus próprios documentos. Também estudei a vida “real” dos papas, reveladas em livros como “A vida sexual dos papas” e “Os crimes dos papas”. Não existe uma única doutrina ou dogma católico que eu não tenha estudado e refutado através da Palavra de Deus. Um dos meus projetos para 2023, com a graça de Deus, é lançar o maior estudo já realizado por um cristão protestante a respeito da doutrina católica sobre Maria, intitulado: “Desvendando o segredo de Maria”.

Com todo o conhecimento que adquiri, pela graça de Deus, nas Sagradas Escrituras e que pude comparar com os dogmas e doutrinas da igreja católica, tenho a plena certeza de que é impossível que aquele que foi convertido a Jesus e conhece a Bíblia cogite a possibilidade de regressar à fé católica. Somente quem jamais foi convertido de verdade pode aceitar mais uma vez fazer parte de uma igreja que retira e acrescenta doutrinas da Bíblia de acordo com seus interesses. A vergonhosa idolatria reinante, acima de tudo, no catolicismo popular latino-americano já deveria servir de alerta a muitos que ainda estão na dúvida.


DEZ RAZÕES PELAS QUAIS É IMPOSSÍVEL AO VERDADEIRO CONVERTIDO RETORNAR AO CATOLICISMO ROMANO:


Aqui estão dez razões pelas quais um cristão protestante, verdadeiramente convertido a Cristo, pode achar impossível retornar à Igreja Católica:


1. Doutrina da Justificação pela Fé: Os protestantes acreditam que a salvação é exclusivamente pela fé em Jesus Cristo (Efésios 2:8-9), enquanto a Igreja Católica ensina que as boas obras e os sacramentos são também necessários para a justificação.

2. Suficiência das Escrituras: Os protestantes defendem a Sola Scriptura, ou seja, que a Bíblia é a única fonte infalível de autoridade para a fé e a prática cristã, rejeitando a tradição católica e a autoridade papal como igualmente válidas.

3. Rejeição da Autoridade Papal: A crença protestante nega a supremacia do papa como representante infalível de Cristo na terra, enquanto a Igreja Católica vê o papa como o sucessor de Pedro com autoridade sobre toda a Igreja.

4. Doutrina dos Sacramentos: Os protestantes acreditam que os sacramentos (como o batismo e a ceia do Senhor) são sinais externos da graça já recebida, enquanto a Igreja Católica ensina que os sacramentos, especialmente a Eucaristia, são meios pelos quais a graça é transmitida.

5. Culto a Maria e aos Santos: Muitos protestantes consideram o culto e as orações dirigidas a Maria e aos santos como uma forma de idolatria, algo que contradiz sua crença na mediação única de Cristo (1 Timóteo 2:5).

6. Confissão a Sacerdotes: Protestantes acreditam no sacerdócio de todos os crentes (1 Pedro 2:9), rejeitando a necessidade de confessar pecados a um sacerdote para receber absolvição.

7. Veneração de Imagens e Relíquias: Os protestantes rejeitam a veneração de imagens e relíquias, considerando isso uma violação dos mandamentos bíblicos que proíbem a idolatria (Êxodo 20:4-5).

8. Teologia da Missa: A doutrina católica ensina que a missa é uma repetição do sacrifício de Cristo, enquanto os protestantes creem que o sacrifício de Jesus na cruz foi único e suficiente (Hebreus 10:12-14).

9. Acesso Direto a Deus: Os protestantes enfatizam que todo crente tem acesso direto a Deus por meio de Cristo, sem a necessidade de mediação de sacerdotes ou de intercessão de santos (Hebreus 4:16).

10. Diferenças na Escatologia: A escatologia protestante, especialmente em relação ao purgatório e indulgências, diverge radicalmente da doutrina católica. Protestantes rejeitam o purgatório e creem que a salvação e o destino final dos crentes são determinados no momento da morte.


Essas diferenças teológicas e doutrinárias profundas tornam o retorno de um cristão protestante convertido à Igreja Católica altamente improvável.


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Mizael de Souza Xavier


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